Os dois maiores jornais paraenses repercutiram a morte de duas crianças , procedentes de Curralinho, Marajó, em trânsito para Belém. Novamente não repetirei o que disse em outro post, neste blogue, sobre o destino do único projeto pactuado com os secretários de saúde das cidades do grande arquipélago e Belém, nos idos 98. Certamente, o governo do Estado tivesse comprado a idéia, tomado à frente nas negociações com o Ministério da Saúde de FHC, essas e outras mortes silenciosas e anônimas seriam menos frequentes.
Mas, decisão de governo, preferiram ignorá-lo e fazer do Estação das Docas uma das marcas da administração tucana, coincidentemente no mesmo valor de investimento do projeto de saúde ignorado, de forma a anular o governo petista de Belém no cenário político do Estado e na cidade. Foi assim que um projeto de subsistema marajoara de saúde, que se extendia até Chaves, praticamente morreu por falta de alteridade, envenenado pela arrogância, na indigência de recursos.
Isto me faz lembrar de um caso. Princípio de plantão, eu, acadêmico de Clínica Médica, vi entrar na urgência de um hospital privado um pai desesperado com um bêbe lívido e em parada cárdio-respiratória, afogado. De um ano de idade a criança engatinhou e, por descuido da irmã mais velha, seis anos se tanto, caíra da estiva, um tipo precário de ponte entre as palafitas, na lama.
Assim conheci como os pobres morrem no Pará, tantas vezes a vida me ensinou adiante. A razão sabemos qual é: a ganância dos que não pensam nos vivos; os anônfalos e vivaldinos.
Mas, decisão de governo, preferiram ignorá-lo e fazer do Estação das Docas uma das marcas da administração tucana, coincidentemente no mesmo valor de investimento do projeto de saúde ignorado, de forma a anular o governo petista de Belém no cenário político do Estado e na cidade. Foi assim que um projeto de subsistema marajoara de saúde, que se extendia até Chaves, praticamente morreu por falta de alteridade, envenenado pela arrogância, na indigência de recursos.
Isto me faz lembrar de um caso. Princípio de plantão, eu, acadêmico de Clínica Médica, vi entrar na urgência de um hospital privado um pai desesperado com um bêbe lívido e em parada cárdio-respiratória, afogado. De um ano de idade a criança engatinhou e, por descuido da irmã mais velha, seis anos se tanto, caíra da estiva, um tipo precário de ponte entre as palafitas, na lama.
Assim conheci como os pobres morrem no Pará, tantas vezes a vida me ensinou adiante. A razão sabemos qual é: a ganância dos que não pensam nos vivos; os anônfalos e vivaldinos.
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