Dá fila mesmo. Por ocasião do lançamento mundial, eu estava em Montreal. Durou dias. Esse Iphone é um exemplo pronto e acabado de fetiche da mercadoria. Rsrsrs.
Pagar figurante? Isso até faria sentido para algo mais doméstico e menos profissional - tipo picolé do seu zé. O Iphone é um blockbuster. A maçã mordida tem os melhores estrategistas de propaganda e venda a serviço dela. Souberam formar uma demanda ávida por essa engenhoca. Exemplo? Basta dar uma olhada no Mercado Livre. A partir desse mercado do jeitinho, imagine ofertar o mesmo produto para compra legal, completo no uso de suas funções, apresentado com a ajudazinha de uma propaganda hightech e a mão providencial de formadores de opinião ... Não a toa, morder a maçã nos danou.
Acredito que haverá sim alguma agitação com o lançamento ofical do iPhone por aqui. Talvez não tão grande quanto em países desenvolvidos.
Assim como aconteceu com o lançamento do Windows Vista, diga-se de passagem um produto bem menos 'sexy' e útil que o iPhone, houve uma certa correria às lojas para adquirí-lo. Mas logo o entusiasmo cedeu lugar a decepção.
No caso do iPhone pode acontecer algo parecido, mas por razões diferentes. O revolucionário dispositivo da Apple deve causar um certo boom nas vendas das operadoras por aqui, mas esse sucesso não deve ser tão grande quanto o esperado e nem deve se sustentar ao longo do tempo (eu espero morder a língua quanto a isso).
O cenário não é favorável ao sucesso do iPhone em terra brasilis. E muito memnos a sua utilização completa e digamos assim "oficial". Mas por quê?
Bem, é quase certo que com o passar do tempo as pessoas continuem preferindo comprar o iPhone desbloqueado nos "mercados livres da vida", principalmente para evitar os contratos dos planos de dados das operadoras. Esses contratos como são praticados hoje excluem a esmagadora maioria dos consumidores pois não cabem no orçamento da maioria dos brasileiros. E isso também acabará forçando o usuário médio do iPhone a limitar-se a fazer chamadas de voz e utilizar o aparelho como iPod e câmera (uma pena) deixando o acesso a Internet para ocorrer apenas quando houver a disponibilidade de uma rede WiFi nas imediações. Alguns pensarão então que não existe vantagem alguma (além do apelo 'sexy' do aparelho) em investir em um aparelho desse tipo, pois nunca perceberão o quanto ele é diferente e revolucionário (estar 'always connected').
App Store então? Nem pensar!
Se isso acontecer, será péssimo para a Apple e no final das contas para o consumidor brasileiro também. Sem estímulo suficiente a empresa do Jobs pode nos deixar de fora da lista de futuros lançamentos mundiais. Algo parecido com o que acontece hoje em dia no mercado de consoles para games com relação ao Brasil.
Existem outros desafios a serem superados também, como por exemplo o mal dimensionamento das redes das operadoras para oferecer capacidade de tráfego de dados suficiente ou até mesmo a oferta de cobertura 3G mais abrangente.
Mas é claro que tudo pode ser diferente. Se a operadoras entenderem que um modelo baseado em escala é mais interessante do que praticar uma política de preços elitista. Mas essa equação ainda escapa a maioria dos planos dessas empresas.
Felizmente algumas excessões promissoras começam a surgir e elas podem acabar levando a uma aboradgem diferente no caso do iPhone (apesar de que eu continuo não conseguindo ser tão otimista).
Vejamos o sucesso nas vendas dos planos de acesso a Internet através de redes EDGE/3G (aqueles com o uso de pequenos 'modens' USB). Eles parecem se popularizar cada vez mais, justamente por que oferecem uma relação custo x benefício que começa a ser favorável ao perfil do consumidor brasileiro.
Como eu já disse, espero que as operadoras percebam que um modelo de negócios diferente do praticado atualmente para planos de dados em smartphones é necessário para o crescimento desse mercado por aqui - quantas pessoas você conhecem que realmente utilizam um smartphone atrelado ao algum desses planos?
Agora quanto aos estratgistas de marketing, acredite, o sucesso dos produtos da Apple transcendem a mera embalagem, estratégia de vendas e divulgação dos produtos.
Eu sei que é difícil de acreditar no que eu digo, pelo menos até você adquirir o seu primeiro Mac. E afinal de contas quem realmente depende quase que exclusivamente de propganda para vender é uma outra empresa.
Seja muito bem-vindo e lendo o seu post sobre câmaas digitais resolvi, também, fazer um up-grade e comprei uma Cannon EOS 440 D Rebel XTi. Uma dica: compre um filtro paa a sua Nikonn. Aconselho-o os da marca Hoya com lentes de cristal. Segundo a minha irmã Flavya Mutran, fotógrafa premiada dentre outros pelo concurso da Nikkon Internacional o filtro conserva as lentes e evita dores de cabêça com a limpeza, sempre algo muito delicado nesse tipo de equipamento. No mais, espero-o para comermos uma tilápia por aqui, veja: http://blogdovalmutran.blogspot.com/2008/08/dicas-de-braslia.html Fraternais abraços.
7 comentários:
Dá fila mesmo. Por ocasião do lançamento mundial, eu estava em Montreal. Durou dias. Esse Iphone é um exemplo pronto e acabado de fetiche da mercadoria. Rsrsrs.
Mas será que estas empresas vão pagar pessoas para entrar na fila, se praticarem preços elevados?
Pagar figurante? Isso até faria sentido para algo mais doméstico e menos profissional - tipo picolé do seu zé.
O Iphone é um blockbuster. A maçã mordida tem os melhores estrategistas de propaganda e venda a serviço dela. Souberam formar uma demanda ávida por essa engenhoca.
Exemplo? Basta dar uma olhada no Mercado Livre. A partir desse mercado do jeitinho, imagine ofertar o mesmo produto para compra legal, completo no uso de suas funções, apresentado com a ajudazinha de uma propaganda hightech e a mão providencial de formadores de opinião ...
Não a toa, morder a maçã nos danou.
Rsss...
Acredito que haverá sim alguma agitação com o lançamento ofical do iPhone por aqui. Talvez não tão grande quanto em países desenvolvidos.
Assim como aconteceu com o lançamento do Windows Vista, diga-se de passagem um produto bem menos 'sexy' e útil que o iPhone, houve uma certa correria às lojas para adquirí-lo. Mas logo o entusiasmo cedeu lugar a decepção.
No caso do iPhone pode acontecer algo parecido, mas por razões diferentes. O revolucionário dispositivo da Apple deve causar um certo boom nas vendas das operadoras por aqui, mas esse sucesso não deve ser tão grande quanto o esperado e nem deve se sustentar ao longo do tempo (eu espero morder a língua quanto a isso).
O cenário não é favorável ao sucesso do iPhone em terra brasilis. E muito memnos a sua utilização completa e digamos assim "oficial". Mas por quê?
Bem, é quase certo que com o passar do tempo as pessoas continuem preferindo comprar o iPhone desbloqueado nos "mercados livres da vida", principalmente para evitar os contratos dos planos de dados das operadoras. Esses contratos como são praticados hoje excluem a esmagadora maioria dos consumidores pois não cabem no orçamento da maioria dos brasileiros. E isso também acabará forçando o usuário médio do iPhone a limitar-se a fazer chamadas de voz e utilizar o aparelho como iPod e câmera (uma pena) deixando o acesso a Internet para ocorrer apenas quando houver a disponibilidade de uma rede WiFi nas imediações. Alguns pensarão então que não existe vantagem alguma (além do apelo 'sexy' do aparelho) em investir em um aparelho desse tipo, pois nunca perceberão o quanto ele é diferente e revolucionário (estar 'always connected').
App Store então? Nem pensar!
Se isso acontecer, será péssimo para a Apple e no final das contas para o consumidor brasileiro também. Sem estímulo suficiente a empresa do Jobs pode nos deixar de fora da lista de futuros lançamentos mundiais. Algo parecido com o que acontece hoje em dia no mercado de consoles para games com relação ao Brasil.
Existem outros desafios a serem superados também, como por exemplo o mal dimensionamento das redes das operadoras para oferecer capacidade de tráfego de dados suficiente ou até mesmo a oferta de cobertura 3G mais abrangente.
Mas é claro que tudo pode ser diferente. Se a operadoras entenderem que um modelo baseado em escala é mais interessante do que praticar uma política de preços elitista. Mas essa equação ainda escapa a maioria dos planos dessas empresas.
Felizmente algumas excessões promissoras começam a surgir e elas podem acabar levando a uma aboradgem diferente no caso do iPhone (apesar de que eu continuo não conseguindo ser tão otimista).
Vejamos o sucesso nas vendas dos planos de acesso a Internet através de redes EDGE/3G (aqueles com o uso de pequenos 'modens' USB). Eles parecem se popularizar cada vez mais, justamente por que oferecem uma relação custo x benefício que começa a ser favorável ao perfil do consumidor brasileiro.
Como eu já disse, espero que as operadoras percebam que um modelo de negócios diferente do praticado atualmente para planos de dados em smartphones é necessário para o crescimento desse mercado por aqui - quantas pessoas você conhecem que realmente utilizam um smartphone atrelado ao algum desses planos?
Agora quanto aos estratgistas de marketing, acredite, o sucesso dos produtos da Apple transcendem a mera embalagem, estratégia de vendas e divulgação dos produtos.
Eu sei que é difícil de acreditar no que eu digo, pelo menos até você adquirir o seu primeiro Mac. E afinal de contas quem realmente depende quase que exclusivamente de propganda para vender é uma outra empresa.
Seja muito bem-vindo e lendo o seu post sobre câmaas digitais resolvi, também, fazer um up-grade e comprei uma Cannon EOS 440 D Rebel XTi.
Uma dica: compre um filtro paa a sua Nikonn. Aconselho-o os da marca Hoya com lentes de cristal.
Segundo a minha irmã Flavya Mutran, fotógrafa premiada dentre outros pelo concurso da Nikkon Internacional o filtro conserva as lentes e evita dores de cabêça com a limpeza, sempre algo muito delicado nesse tipo de equipamento.
No mais, espero-o para comermos uma tilápia por aqui, veja: http://blogdovalmutran.blogspot.com/2008/08/dicas-de-braslia.html
Fraternais abraços.
Excelente sugestão, prontamente acatada, Val-André. Irei atrás dos filtros sim. Abraços a talentosíssima Flávya.
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