quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Resquício de um tempo sombrio

No site do jornal O Estado do Tapajós, do oeste do Pará:

Inacreditável.

Revelando um autoritarismo que faz lembrar os tempos da ditadura militar do qual seu pai Everaldo Martins foi um fiel seguidor, a prefeita Maria do Carmo impediu que a repórter Alessandra Branches participasse da coletiva que está concedendo neste momento na prefeitura.


Ao tentar ingressar no gabinete onde outros repórteres já se encontravam, a repórter foi interpelada pela assessora de imprensa Nelma Bentes com a explicação de que nem o jornal
O Estado do Tapajós e a Tv Ponta Negra poderiam participar da entrevista "por decisão deles, do governo".

Nelma, com um cinismo inigualável, mentiu ao informar que a entrevista seria concedida pela prefeita "apenas aos veículos convidados através de ligação para celulares particulares dos repórteres".

Ontem à noite, por volta de 23h45, o celular corporativo usado pelo editor-chefe de O Estado do Tapajós recebeu mensagem de texto do celular de Nelma Bentes convidando o jornal para a entrevista.

É incrível que ainda hoje se assistam cenas assim. Depois do flagrante de nepotismo no Tribunal de Contas do Estado, noticiado ontem e anteontem em todos os meios de comunicação do país, o Pará dá mais uma prova de que ainda não saiu dos anos 1960/1970.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia, Francisco:

essa turma lembra o Millôr Fernandes:" Livre pensar é só...pensar".

Abraço.

Francisco Rocha Junior disse...

Pois é, Bia. Tem gente que não goste nem que se pense.
Abração.