quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Incompetência intacta. E segura

Descamba para o achincalhe com a sociedade paroara a manutenção da cúpula da secretaria de Insegurança Pública do Pará.
O titular, delegado federal Geraldo Araújo, há tres meses recusa-se a ser entrevistado pela TV Liberal. Quanta grosseria, hein, delegado Araújo? Escafeder-se de uma emissora dopada pelas verbas públicas? Nem assim? Putz!
O comandante geral da PM, coronel Ruffeil, mandou um representante, numa recente audiência pública na Assembleia Legislativa convocada para debater a violência. Quem era? Um coronel que responde a processos por corrupção.
Mas que falta de respeito, hein comandante? Caraca!
A secretaria não divulga as estatísticas dos crimes que arrasam a terra de direitos, esse desbragado deboche midiático.
Enquanto isso, a governadora Ana Julia, numa entrevista tipo levanta que eu chuto, na Carta Maior, diz que vai "mostrar um novo modelo de desenvolvimento na Amazonia".
A violência e o achincalhe devem ser parte do novo modelo.
Devem ser sim.

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Atualizada às 8:30 do dia 9 de janeiro.

O secretário Araújo falou ao jornal O IVCezal na edição de hoje. Parece que saiu de cena a "sensação de insegurança" da era tucana e entrou o "assalto repentino" petista. Admite que a situação é grave - não diga, secretário ?! - e que não há muito o que fazer antes da chegada de novos equipamentos que irão revolucionar a área.
Ou seja, antes da revolução - que levou dois anos para ser licitada - virem-se como puderem.
Não por outra razão a presidente da OAB-Pará sentencia, numa das retrancas da enorme matéria ( cinco páginas ) do caderno Sangue, digo Polícia, da pocilga: incompetência.
Intacta e segura, como antecipou o post, ontem.

33 comentários:

Anônimo disse...

Os delegados é que são felizes...

...eles não são assaltados.

Val-André Mutran  disse...

Uma fraude eleitoral da pior qualidade mestre.
É um bom target publicitário para todo esse engodo e desgoverno.

Unknown disse...

Lafayette e Val-André, está igual, ou pior, do que a era, digamos, santina.
Nunca imaginei que pudesse haver algo pior do que "aquilo".

Carlos Barretto  disse...

Rsss...
Juca
Vc é impagável. Nada mais prazeiroso do que ler alguns termos que vc utiliza com frequência em seus textos. Depois de "peia" e "vergastar-lhes", agora vc tira do colete a "época santina".
Rssss

Unknown disse...

rs...pô, comandante
Sempre tem um jeito de não deixar a História passar em branco...eheh
Abs

Anônimo disse...

O problema Juva, é que sempre nos resta a comparação... e aí bate a desolação! rsrsrs

Carlos Barretto  disse...

Esqueci uma ótima: "safardanas".
Rsss
Meu pai utilizava muito uma outra, que sempre achei hilária: "salafrários".
Rsss

Anônimo disse...

Pô, pelo que tô vendo, ninguém está interessado se a Donatela irá desmascarar a Flora, ou se o Zé Bob vai-num-sei-o-que-lá-mais! rsrsrs

Unknown disse...

Lafa, nem todo mundo tem aquele Engesa preto, alto pra caramba, pra passar por cima da canalha...eheh.

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Vi o "monstro" saindo ontem da garagem da Wandenkolk, com um índio xipaia na direção. Índio rico, claro, com apito, a boca cheia de aparelhos caríssmos, com um corte de cabelo cheio de chinfra, camisa social nos punhos, carteira cheia...com a bufunfa sacada na véspera dos R$ 60,00 sacados ao BB do TRT...rs.

Anônimo disse...

O Engesa é de guerra, chapa dupla, mas as portas e o teto são de lona. Portanto, não dá pra fazer graça.

Se bem que já dei uma cutucadinha, vamos assim dizer, numa moto com dois pilantras que tentaram me bloquear, DE MANHÃ CEDO (pô, os caras vão pra lida cedinho!) lá naquela avenida (não sei o nome dela), antes do cruzamento da Júlio César com a Pedro Álvares Cabral, que vem do aeroporto, por onde passa um linhão e tem um canal no meio.

Claro que foi burrice minha, pois poderia ter virado estatística e virado "bebida no meu velório" (isto por aqui não se faz mais, né? O de beber o morto).

Mas não espalhem pois nem minha patroa, nem meus pais sabem do acontecido. Ficariam mais preocupados do que já estão.

Anônimo disse...

Ah não, peraí, essa tenho que repartir com meus amigos, já que estamos neste papo virtual.

Tenho costume ter um cofrinho e colocar moedas perdidas nos bolsos lá. Desde quando li um artigo uns 15 atrás, dizendo quanto o brasileiro perde de dinheiro em moedas abandonadas.

Não tenho um, tenho dois!

São uns de ferro, pequenos, que imitam um cofre de verdade. Sabe quais são?

Pois bem. Todo ano, no final do ano, lá pelo início de dezembro, desde quando comecei com isso, tiro a grana e entrego para algum necessitado. Pode ser na rua, pra um orfanato, já dei até para um dos porteiros do prédio em que morava, pois ele havia me dito, dias antes, que a mulher estava para ter neném.

Só que, desde dezembro de 2007 não conseguia abrir estes cofrinhos. Os outros, de barro, porcelana, plástico, simplesmente quebrava, só que estes são de ferro, e havia perdido as senhas!

Já tinha ligado para fábrica (Metalúrgica Fercar Ltda., Carmóplis de Minas/MG) rsrs). Já tinha procurado em fóruns na web e NADA!

Eis que, CONSEGUI! E DOS DOIS!

Acabei de abri-los, assim, na merda!. Acertei os três números!

Porra, quem quer os da mega?! rsrsrs

Pera-la que vou contar a bunfunfa!

Unknown disse...

Pague uma rodada, Lafayette.
Johnny Black, p. ex.

Anônimo disse...

Ufa! Descobri que é muito mais fácil guardar. Separar e contar é roça!

Noutros anos, simplesmente levava o saco com moedas para o caixa do banco. Ela colocava numa máquininha e pronto.

Vamos lá:

De 1 real= R$ 44,00
De 50 centavos= R$ 48,50
De 25 centavos= R$ 24,25
De 10 centavos= R$ 17,10
De 5 centavos= R$ 7,35

Total= R$ 141,20

Nada mal, pra quem, nos últimos tempos, tem raspado o tacho! rsrsrsrs

Juva, isto dá pra quantas rodadas?

Carlos Barretto  disse...

Esta história dos cofrinhos é ótima, Lafa!

Itajaí disse...

Rapazes, um general me garantiu nesse final de ano que há muitos e muitos anos a Engesa sifú, por má administração.
Quem tiver essas relíquias que as cuide, pois são um símbolo da última Batalha de Itararé! Aquela que não acontecida, mas aos nossos olhos acontecendo... sem dó, nem piedade, aqui e aqora, quando não é bom para mim, nem para nós, embora sejamos mira-e-alvo, nós-conosco, e todos sós na desolação dando a cara a tapa.

Anônimo disse...

Itajaí, a batalha urbana dos nossos dias nem com Engesa...

Mas, falando em Engesa, diga pra seu amigo General que, a rigor, e a bem da verdade, não foi assim "má administração" que afundou a Engenheiros Especializados S/A.

A pá-de-cal, diga-se, foi um negócio desfeito com os Árabes e por eles, sobre o Urutu, algo em torno de 200 milhões das verdinhas. Dinheiro paca hoje, imagine em meados de 80!

Mas, o que dói é o seguinte. A Engesa S/A era coisa de profissional. Nunca mais teremos algo parecido. Na verdade, era um conglomerado de empresas especializadas em tudo! Os consultores técnicos eram do ITA, Escola Superior de Guerra, phd e pós.

Mas, tinha um "q" de coisa de milico. Aí, quando veio o Sarney, foi algo assim: "Se é daquela tchurma, não vai pra frente." E o governo Sarney virou as costas pra empresa, até fali-la e sucateá-la.

De repente, por exemplo, as Forças Armadas não compraram mais os veículos militares básicos (Jipes Engesas de 24w, com algumas modificações do que eu tenho, que é da série para civil), quem levou... quem levou...??? A TOYOTA é claro. A que preço, só ele sabe (O Saulo Ramos não revela isso no seu livro).

As empresas Engesa S/A eram tão boas, com maquinário tão fantástico, que, depois da falência, quem comprou os terrenos, o maquinário, OS PROJETOS, e tudo o mais? Quem... Quem...??? O próprio governo para, ali, instalar e turbinar a EMBRAER.

Isto mesmo, Itajaí, a Embraer é a Engesa por debaixo do tapete!

Aceitas uma volta?! rsrsrs

Anônimo disse...

Ah, e detalhe, é claro que esta versão não esta nem nunca estará dita assim...

...mas se não é verdade é bem provável!

Ps: Foi assim sim. rsrsrs

Itajaí disse...

De fato conheces bem a questão, que bem guardas em outro cofrinho... não é, Lafaiete?
E, para confirma-la, toda essa conversa entre eu e meu interlocutor surgiu a partir e justamente da lembrança do general sobre a leitura do livro do Saulo Ramos!
Nem se estivesses prensente, terias sido tão preciso.

Francisco Rocha Junior disse...

Amigos,
Sobre a ENGESA, tem uma reportagem antiga, mas interessante, da Veja: http://veja.abril.com.br/150801/p_036.html

Anônimo disse...

Francisco, li a reportagem (só porque você a indicou, pois da Veja só leio artigos quando falam dela. rsrsrs)

Como disse antes, só falam do resultado, mas da causa... (claro que a causa não foi o jatinho do dono).

O declínio da Engesa, repito, foi obra do Sarney, e finalizada com mawashi geri aprofundado pelo "Não Me Deixem Só".

Mais uma daquelas "obras" que só o Brasil produz...

Itajaí disse...

Lafayette, na Wikpedia tem um relato que, embora incompleto, vai além das costas largas do senador Sarney:http://pt.wikipedia.org/wiki/Engesa . Vale a pena ler

Anônimo disse...

Itajaí, já tinha lido. Aliás, já li muita coisa sobre o Engesa desde quando comprei um em julho do ano passado. Assim o fiz quando comprei meu Ford-Willys CJ5 - 1977 que está ali na garagem, em reforma desde 2006.

Mas é que fico com um relato de um técnico em mecânica de equipamentos bélicos (acho que foi assim que ele me disse ser), que trabalhou na Engesa de São José dos Campos por longos anos.

E pasme, encontrei o cidadão morando na estrada que vai de Igarapé-açu à Nova Timboteua, perto da ponte do Livramento, num sítio, vizinho ao da mãe de um amigo jipeiro!!!

Na época não tinha comprado o Engesa e andava com o Willys. Ele viu a arrumação chegando e foi bater um papo.

O velha guarda chegou a ser chefe de um setor lá, e lagrimou lembrando o sonho de fazer parte de uma das maiores empresas de armamento bélico DO MUNDO, e o fim que teve. Como disse, só no Brasil...

Anônimo disse...

Eu sempre disse que essa tal de "classe média" ainda iria me prejudicar!!!

Socorro!!!

Unknown disse...

Vc viu só?

Anônimo disse...

Olhem só.

Quando a Ana Júlia ganhou as eleições, não foi de todo mal e mau. Entre ela e o Almir-naquelas-condições, fui nela.

Se fosse entre ela e o Jatene, iria surfar no Sal. rsrsrs (quem levasse, estava tudo bem)

Mas, voltando. Quando o PT levou a peleja estadual, uma amiga, gaúcha que mora lá nos pampas vaticinou no ato, num papo messengérico:

-Vocês estão fudidos!

-Mais? Não tem como! Rebati.

Ela me disse que não estava falando "de um modo geral", mas sim, especificamente sobre a segurança pública e o modus pensanti (sic) de quem faz o PT (ela tinha experiência de sobra por lá, né mesmo?).

Lembro bem de uma frase da minha amiga (mais ou menos assim): -É um tal de resgate social das massas oprimidas pela burguesia, através de equipamentos e ferramentas maximizantes de apoio institucional, que bah!

Aí eu falei que ainda bem que o PT tinha esta visão, ora, antes tarde do que nunca.

Aí, ela gritou webianinamente:

-PORRA, MAIS É SÓ ISSO! ESQUECEM TODO O RESTO!

...putz, minha amiga é ralada!

Itajaí disse...

Há "pensantes" que definitivamente despem-se de qualquer pudor ou responsabilidade quando dão à público seus pensamentos, mesmo aos amigos que constrangidos têm de aturar a inconveniência.
A política de segurança petista no RGS superou a que havia antes e sem dúvida é melhor do que a que hoje lá está, inclusive demonstrado pelos fatos relacionados com o gabinete da governadora de lá, fartamente noticiados pelo jornalismo nacional.
Tomara tivéssemos aquele "modo pensanti" um pouco por aqui e não estaríamos nos intoxicando com os rejeitos de sua amiga!Pois se assim fosse, teríamos saído da era santina e escapado da sentina em que hoje nos encontramos, no quesito enfrentamento do crime e da violência. Ou de outro modo: teríamos saído da sentina para a era da santinha - de Nazaré, claro.
Mas isto nada tem a ver com modus pensanti ou operandi que se admita como propriedade de um partido.

Renato disse...

O que está ocorrendo em Belém é a socialização do crime. Antes do desgoverno somente pobre morria em assalto. Agora socializou-se tudo. Morre médicos, procuradores etc. Só falta assaltarem com morte políticos. Aí eles fazem alguma coisa.

Anônimo disse...

Bem... o Ruffeil caiu! Será um bom presságio?

Anônimo disse...

Essa conversa, via messenger, que tive com esta amiga, jornalista, lá dos pampas ficou martelando minha cabeça desde então.

Ralada esta minha amiga, acertou em cheio.

Quando ela comentou o nosso futuro, a Vera Tavares estava escalada para SEGUP. Foi uma merda de secretária.

A Vera, pelo que se sabe e pelo que sei, é uma grande defensora e lutadora de direitos humanos, coordenava, inclusive, a proteção de testemunha por aqui.

Mas, para combater a criminalidade não se pode ter coração, mas sim razão e peia na canalhada, seja bandido requenguela, seja "malandro regular, profissional".

As corporações criminosas não refrescam ninguém. Até agora não apareceu uma só política, desde sempre, para combater a corrupção dentro e fora das polícias. Dentro e fora do Poder Judiciário. Do Legislativo. Nada de nada.

Como não mamo e nunca mamei em qualquer governo, seja sobrancelhudo, papudo, tucano ou petista, falo de cadeira, todos são uma bosta no, para usar expressão de merda vigente, enfrentamento no combate ao crime organizado.

Escutar o atual, Geraldo, dizer que se a sociedade civil tiver a solução ou um nome para resolver o problema, ele pede pra sair, foi de fuder a alma. Além de outras pérolas que o mesmo tem falado na mídia.

Esperar que o "social" resolva o problema é levar o Estado à barbárie. Estamos quase chegando lá.

Ah, democracia blogueira, em blogs como o Flanar em que o comentário carece de aprovação é assim mesmo: escreve-se o que quiser, aprova quem quiser.

Se liberarem este comentário inconveniente, foda-se o mundo que não me chamo Raimundo!

Itajaí disse...

Assim está melhor, pois chegaste ao ponto certo da crítica: o governo, não o partido que, acredites ou não, sejam quais forem, são campos bem distintos em qualquer lugar do mundo.
Depois você aponta uma questão importante: em política pública não se começa por UMA, começa-se por TODAS. Não adianta por só puliça na rua, tem que dar emprego, estudo, etc. Vivemos num país que não pode desprezar o social. Além de imoral, meu caro, da boa intenção rapidamente se chegaria a porcaria que nao queremos - esquadrões da morte, por exemplo, que qualquer cidadão decente tem tanta ojeriza quanto temos do crime organizado ou não.
Abs.

Val-André Mutran  disse...

Éguuuua!
Pensa num blog porrêta.

Anônimo disse...

(mais calmo, mas não menos puto rsrsrs)

Em que pese não concordar que partido e governo são campos tão distintos assim (não no Brasil, em que o partido do presidente - qualquer presidente - desvia, coordena e articular para encher os cofres com dinheiro público (vide ONG's fajutas, honorários de serviços imateriais - abri o leque - etc. etc.), fico com a idéia de uma sociedade anestesiada pelas bolsas (ei, concordo com a existência delas, mas não com o atual modelo), pela esperança de dias melhores (isto sempre foi o item mais vendido nas quitandas políticas de candidato safado). É assim que o Brasil se encontra.

Juva me disse, citando uma outra pessoa, que: "Não há meio termo entre a Lei e o Crime".

É verdade, como não há meia grávida, não há meio bandido.

Medidas sociais devem ser tomadas (de modo geral, por incrível que possa parecer, melhoramos em quase todos os índices e muito nesta última década ou mais), mas precisamos de medidas à curto prazo no combate à criminalidade.

Repito, a barbárie está bem ali, na ilharga.

E mais, enquanto o crime organizado fica dando drible no Estado, nós vamos ficando nas esquinas da vida, tombados.

E vai uma dica. Quantas pessoas conhecemos que são corruptas, que sabemos que vive de tramóias e trambiques? Sempre tem. Façam como eu, vire a cara, exclua o cidadão de seu círculo de amizade, e se o cara frescar, mande àquele lugar de origem. Pelo menos ele saíra da sua lista dos adoráveis canalhas.

Itajaí disse...

Conhecer corruptos, Lafayette, eu conheço, afinal eles não conseguem ficar muito tempo escondidos e logo estão na mídia e na boca do povo. Mas nenhum deles, eu lhe garanto, integra meu círculo de amizade. Comigo não tem dessa de faço o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Sem meio termo, camarada. Mas fica a dica a quem interessar possa.