Mais um, entre tantos se foi. Mais um que talvez tenha esboçado um singelo ato de pavor, entendido como reação em meio a um turbilhão de balas, morto por apenas uma delas.
Mais um!
Quantos mais? Quantos ainda houveram, que não mereceram tanto destaque?
Perfil do bandido: jovem/adolescente.
Veículo preferido: bicicletas/motocicletas.
Foi-se o tempo do descuidista, do lanceiro, do mão leve, que no máximo, subtraíam nossas carteiras, preservando-nos a preciosa vida.
Agora não. Qualquer duplinha de pequenos criminosos, montada em uma "monareta"(lembram dela?), possui uma arma de fogo. Uma arma em mãos trêmulas. Talvez drogados, talvez não.
Não importa. Agora, eles tem a arma fria, que ao movimento de um indicador, nos manda para o infinito. E não parecem mais temer a polícia. Polícia? Onde está ela?
Já me cansei de fazer o trajeto de casa para o trabalho, nos mais variados horários. 6:30 h, 8:00 h, 12 h. Não consigo ver uma viatura policial. Umazinha sequer. Quando a vejo, muitas vezes vou na cola até onde posso, para me sentir seguro. (???).
E olha, que no passado, nos anos 80, quando ainda era muito jovem, ainda tive o "displante" de gritar, junto com os Titãs, aquela empolgante música:
Dizem que ela existe
Prá ajudar!
Dizem que ela existe
Prá proteger!
Eu sei que ela pode
Te parar!
Eu sei que ela pode
Te prender!...
Polícia!
Para quem precisa
Polícia!
Para quem precisa
De polícia...(2x)
Dizem prá você
Obedecer!
Dizem prá você
Responder!
Dizem prá você
Cooperar!
Dizem prá você
Respeitar!...
Polícia!
Para quem precisa
Polícia!
Para quem precisa
De polícia...(2x)
Tony Bellotto (Polícia - Titãs)
Mal sabia eu, como a esmagadora maioria dos jovens da época, que um dia, ainda iria gritar, brigar, urrar, e tudo o mais que o valha, pela presença da "justa". Mas eram outros anos. Saíamos de uma ditadura. Onde a polícia foi instrumento de coisas horríveis, tenebrosas, repugnantes.
Temos que mudar a música. Não exatamente esta, dos Titãs, que fotografa uma época.
Mas criar outra. Talvez em ritmo de rock, punk, pauleira, brega ou seja lá o que efetivamente funcione.
As autoridades se calam. Não divulgam. Aboletam-se em seus gabinetes, em atitude defensiva.
Mas defendem-se de quem? De nós? Os ainda vivos. Os de bem?
Não é possível que nada seja dito. Nada seja mudado. Nada seja ao menos balançado.
Sair de Belém? Quem pensa que é fácil? Mudar toda uma vida, uma família, uma base antes sólida e ir para outro lugar recomeçar tudo? Só para quem pode. E pode muitíssimo.
Então, como ficamos?
Responda quem puder.
5 comentários:
Carlos, seu artigo diz tudo: quantos mais?
Lá no meu, postei algo que, imagino, poderia ser feito, "enquanto o seu lobo não vem".
Vejam aqui:
http://xipaia.wordpress.com/2008/12/15/pode-imitar-nos-nao-nos-importamos/
É de uma lógica abestalhante!
Ah, e joguem no dr. google: “MAPP da Segurança e Justiça“, e baixem o projeto completo (aqui, no meu resultado, aparece logo como sendo o primeirão).
Só mais uma informação, estes MAPP's (modificados e adequados atualmente, ofi courçi) começaram a ser pensados pela turma do pré-governo do Salvador Alende.
Muita gente, seriamente pensando em mandar primeiro os filhos, depois tentar vida fora da cidade, vindo vez por outra ver os negócios.
Abs
Edyr Augusto
Acredito nisso, Edyr.
Mas só quem pode.
E quem não pode?
Se tranca!
NOTÍCIA DO BLOG DO CLÁUDIO HUMBERTO
09/01/2009 | 00:00
Pedófilo do Pará é processado na Paraíba
O deputado estadual do Pará Luiz Afonso Sefer (DEM), acusado do crime de pedofilia contra uma criança de nove anos, é réu em ação no Tribunal de Justiça da Paraíba sobre reconhecimento de paternidade. O processo, que teve início em meados de 2005, tramita em segredo de Justiça e nenhuma audiência foi realizada até agora. Quando a criança nasceu, a mãe teria apenas 15 anos de idade.
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