segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Fui passear no Bosque

Quem tem filhos, sabe da preciosidade dos fins-de-semana. Sabe das expectativas que eles nutrem, sobre o que os pais lhes reservam para os mágicos momentos em que toda a família, pode ter uma oportunidade de compartilhar suas alegrias, brincadeiras, impressões visuais, prazeres sem fim.
E sabe também, das expectativas que os filhos queridos tem, firmes na sobrevivência da família que os abriga. E sabe que nada pode ser mais importante, do que garantir-lhes estes momentos de felicidade singela e pura.

Pois neste fim-de-semana fui ao Bosque Rodrigues Alves. Um passeio que não fazíamos há bastante tempo. Algo comum, corriqueiro e caretão mesmo. Mas absolutamente mágico para eles, que lá se soltaram com outras crianças, surpreendentemente às dezenas naquele lugar às vezes meio esquecido.

Afora o calor, implacável, foi uma boa experiência. Ao menos não tive que enfrentar as agruras do Belenâmbulo, em sua proposta inovadora, frustrada pela realidade de uma cidade sitiada por bolsões de malandragem e violência.

E aqui, deixo o registro de 3 imagens, que simbolizam o passeio. Três elementos que você não vai deixar de associar aquele centenário logradouro de nossa cidade.


O passeio de canoa, ainda faz a alegria das crianças...


...bem como a natureza exuberante do lugar...


...e as engraçadas competições dos quelônios por um lugar ao sol.

12 comentários:

Yúdice Andrade disse...

O meu prolongado afastamento da Internet foi justificado, este final de semana, por conta da necessidade de usufruir da família, por isso entrei em sintonia com o teu texto.
O bosque é um bom passeio, sem dúvida. Mesmo com o calor, aprendemos como a arborização faz toda a diferença para a nossa qualidade de vida. Muito bom levar as crianças para correr num lugar diferente - ainda mais considerando que, com cada vez maior frequência, muitas crianças não possuem espaço algum para correr.

Belenâmbulo disse...

Muitas vezes não valorizamos o que está mais próximo de nós, principalemente se for "comum, corriqueiro"...
Quando morei em Recife, cheguei a ficar mais de um ano sem ir à praia, e quase não caminhava às margens do Rio Capibaribe. Agora, sempre que visito aquela cidade, faço questão de passar pelo menos uma tarde em cada um desses locais.

Não quero repetir o mesmo erro aqui em Belém, e o Belenâmbulo está aí para me ajudar.

Passear no Bosque é pura curtição!

Abraço, Wagner

Nilson Soares disse...

Pois é... passear com calma com as crianças é bom, o problema é onde encontrar um lugar onde: 1) você não seja morto; 2) você não seja assassinado; 3) você possa descançar. No geral com minhas meninas (esposa e filha e gatos...) prefirimos mesmo uns dvdzinhos em casa. Nesse fim de semana fez um domingo lindo de sol, fui a praia com minha filha,perto de onde estávamos em Ipaname houve um arrastão (ainda bem que já tinhamos saído) na volta para casa um sujeito nos fechou dolosamete por pouco não caímos (eu estava de moto) fui reclamar e tivemos que nos esconder num posto de gasolina, pois, o condutor do carro começou a simular que estava armado e iria nos atirar (isso em plena zona sul bairro do flamengo da R. Senador Vergueiro). Daí meu amigo, eu lhe pergunto, esse parque mimoso de sua foto é muito longe do RJ?

Carlos Barretto  disse...

Nilson.
Sente numa cadeira aí.
Medido pelo Google Earth,o Bosque Rodrigues Alvez fica a cerca de 2434 km do Rio.
Rssss
Mas quando vc por acaso, apenas por acaso, resolver visitar Belém, trata-se de um lugar ótimo para passear aos Domingos, com boa segurança.
Abs e obrigado pela visita.

Carlos Barretto  disse...

Para te dizer a verdade, Wagner, acho mesmo que o Bosque precisa de muitos investimentos. O que lá se encontra, é tão somente o "feijão com arroz" que a PMB ainda consegue manter.
Catalogar e identificar adequadamente a imensa variedade de espécies vegetais centenárias lá existentes, seria um trabalho digno e nem tão oneroso assim.
Mas nem isso, pensam em fazer.
A sorte, é que as crianças ainda gostam de ir lá.
Mas, se dependesse de mim, não iria pois sinto que pouquíssima coisa mudou ao longo dos tempos. Parece que alguém sentou-se numa cadeira e pôs-se a manter precariamente o que lá já existia. Sem criatividade, espírito científico (botânico ou mesmo museológico), ou qualquer coisa que o valha.
Mas ao menos, está razoavelmemte mantido.

Abs

Nilson Soares disse...

Wagner, "comum e corriqueiro" você tem razão, nasci e me criei no RJ e nunca liguei para as paisagens daqui imortalizadas nos frios postais, só me dou conta que são bonitos quando vou levar amigos em viagem pelo RJ, foi assim quando pela primeira vez, este ano, fui ao Cristo no famoso bondinho do cosme velhor. Por falar em Capibaribe, inevitável lembrar de nosso saudoso João Cabral de Melo Neto em seu poema O Rio (1953) onde o próprio Capibaribe narra sua travessia até o oceano, vale a pena ler... abs, NIlson

Lafayette disse...

...enquanto seu lobo não vem. Seu Lobo está aí?

Que passeio bom!

Belenâmbulo disse...

Barretto,
Você tem razão. Manutenção não precisa ser sinônimo de Estagnação.

Nilson,
Li "O Rio" na escola, juntamente com "Morte e Vida Severina" (um livro de capa laranja, se não me engano). Boa recordação!
Dei uma olhada em seu blog (http://baiaodeideias.blogspot.com/). Legal o relato da motoviagem. Gosto desse tipo de turismo. Mas o que eu mais gostei foi a barra lateral, repleta de citações.

Abraços

Carlos Barretto  disse...

Fala, Lafa!
Rssssss...

"No comments"

Yúdice Andrade disse...

Ao Nilson Soares: outro lugar onde podemos levar nossas famílias, aqui em Belém, é o Ver-o-Rio, um espaço ao ar livre, na orla, de cara para a Baía do Guajará, de onde assistimos a belíssimos ocasos, aproveitando o vento.
O local possui quiosques (para comer tapioquinha!), local para shows (em volume que não incomoda!!), playground, lago com pedalinho e fica bem no centro da cidade. Segundo me disse um vendedor de coco, devido ao policiamento, o índice de assaltos lá é zero. Fiquei tão emocionado que postei no meu blog.
Se vier a Belém, avise, que daremos sugestões. Um abraço e boa sorte.

Nilson Soares disse...

Wagner, Morte e Vida Severina, para mim, é o poema mais lindo que já li em toda minha vida, aquele trecho então sobre a conversa do Severino com José Mestre de Carpina... é de arrepiar, no meu blog, marcador poesia, faço um comentário dele. Obrigado pelas palavras gentis, abs, NIlson

Nilson Soares disse...

Yúdice, sei o que você está passando, amigo, o bom é que é incurável, a minha já está com 11 anos e ela cada dia que passa faz mais coisas em retribuição à generosidade que a patroa e eu temos por ela. Cara, vi teu blog, vocês escrevem bastante, tem muito fôlego e assunto, escrevo pouco, gostei dos artigos indicados sobre as mudanças no Código Penal, sou do meio também, mas no meu blog, não escrevo sobre direito, abs, NIlson