sexta-feira, 25 de setembro de 2009

História dos sintetizadores


Um sintetizador analógico de 1974 (Imagem: Vintage Synth Explorer)

Quem não se lembra de Rick Wakeman em suas performances frenéticas e virtuosas com o rock progressivo, onde se apresentava acompanhado de grandes orquestras e corais, geralmente cercado em uma ilha de sintetizadores? Nesta época, ele produziu álbuns antológicos como Journey to The Center of The Earth, King Arthur and The Knights of The Round Table, entre tantos outros.


Wakeman de fato usou e abusou destes equipamentos. Na imagem acima, você pode ver que em meio a uma infinidade de modelos, ele não dispensava o velho Mini Moog, que aparece ao fundo. Hoje, aos 60 anos, Wakeman está longe daquele visual da década de 70. E tudo ao seu redor se modificou.

Vem desta época, meu fascínio pelo piano e sintetizadores. E esta área específica da música eletrônica, sofreu melhorias substanciais ao longo dos anos. Certamente beneficiada pelo crescimento exponencial da indústria de informática e microeletrônica. Com efeito, imagens como esta acima, dificilmente serão registradas novamente. No momento atual, a música eletrônica está ligada aos computadores como unha e carne. O computador entrou definitivamente nos palcos e deixou obsoleta a necessidade de ter um sintetizador para cada tipo de som que se deseja executar ao longo de uma longa apresentação.

Na verdade, basta ter um único teclado, que chamamos de controlador, conectado a um rack de sintetizadores modulares e, algumas vezes, um computador para gerenciar o roteiro de sons e sequências de frases melódicas.


Na imagem acima, você pode apreciar um deles. De fato, cada andar deste rack, representa um teclado inteirinho, igual aqueles inúmeros que Wakeman levava ao palco. Eles tão somente contém o "cérebro" do equipamento, ficando as teclas, à cargo do teclado controlador. E de fato, os controladores normalmente não produzem som algum, havendo mesmo a necessidade de um outro teclado, módulo, ou um rack de módulos para atribuir-lhe os sons.

Contudo, dependendo da proposta do grupo musical ou artista, um único teclado pode ser perfeitamente suficiente para uma performance muito mais que satisfatória.

Mas toda esta divagação a respeito de teclados eletrônicos e sintetizadores, serve apenas para sugerir um sítio interessante. Trata-se do Vintage Synth Explorer (VSE). Dê uma passadinha lá e veja uma espécie de museu dos sintetizadores.

Online desde 1996, o VSE apresenta os principais modelos de sintetizadores, desde os grandalhões analógicos até os mais atuais. E o que é melhor: com sorte, você ouve num player uma amostra dos sons originais produzidos por cada modelo. Essencial para quem se interessar mais pelo assunto.

5 comentários:

Renato disse...

Cara, eu tive o prazer de assistir um show de Rick Wakeman no Maracanazinho na decada de 70. Foi o melhor espetáculo musical que assisti.
Antes de começar o show ele entrou no palco mexeu nos sintetizadores, fez uns sons nos teclados e foi muito aplaudido. Aí, ele se virou para plateia e disse que se nós tínhamos gostado da afinação que ele esperava que nós iríamos gostar mais ainda do show.
Tenho um DVD de um show dele na Argemtina em que ele toca junto com seu filho, mostrei um dia desses a um sobrinho que toca piano e 3ele ficou doido com o som do Mini Moog.
Outros que abusaram deste som maravilhoso foi o Emerson. Lake and Palmer.

Carlos Barretto  disse...

És um privilegiado, Renato, por ter assistido ao vivo, a época áurea de Wakeman. Este show no Maracanazinho, eu assisti alguns trechos pela televisão.
E a lembrança do Emerson, Lake and Palmer é também corretíssima. Além da figura carimbada do Jean Michel Jahrre.

Abs

Renato disse...

Realmente, tive também o privilégio de estar presente no lendário show 1º de maio no Rio Centro, assistindo entre outros a Simone, Milton Nascimento, Raimundo Fagner. Chico Buarque não cantou embora estivesse presente. Lembro-me das luzes terem se apagado no inicio do show (momento da explosão da bomba e da descoberta da segunda bomba na casa de máquinas). Logo depois retornou. Ninguém falou nada para o público. Só ao final o Chico subiu ao palco pára pedir que saíssemos todos com calma, sem correria pois tinha sido encontrada uma bomba do lado de fora do Rio Centro. Dia seguinte é que ficamos sabendo a história toda.
Gostaria de ter ido, mas não consegui ingresso no show de Paul McCartney no Maracanã. Quem sabe ano que vem não vou a Brasilia?
Mas, esses doisshows valeram muito!

Yúdice Andrade disse...

Falamos da história dos sintetizadores sem nenhuma alusão a Jean-Michel Jarre? Nem a título de homenagem ao nosso querido Francisco?

Carlos Barretto  disse...

Ahahahahahah!
Vc nem sabe, Yúdice. O Roland SH 201 vem com um grupo de timbres exclusivos do JMJ. Já toquei "revolutions" e "zoolook" por aqui. Vou gravar e te mando.

Hehehehehe