domingo, 12 de dezembro de 2010

Brega ou chique?





O que diferencia um filme kitsch de um filme cult? Provavelmente o mesmo misterioso fator com que faz que gostemos daquela música “meio brega”, daquele escritor “meio comercial” e/ou daquele filme de orçamento não tão alto, com cenas "meio banais", atores
medianos e roteiro brilhante (ou nem tanto).
É curioso como um filme dito classe B pode atrair a nossa atenção, nos mantendo grudados na telinha ou na telona por 2 ou mais horas.
Neste final de semana fui vítima de uma produção americana/canadense de 2006, Serpentes a Bordo, com Samuel L. Jackson.
Peguei o filme para ver por pura falta de opção e para a minha enorme surpresa passei todo o tempo ligado na trama, rindo com o toque bizarro das cenas de ataques dos ofídeos e com o toque de previsível imprevisibilidade do roteiro.
Quando elogiei o filme em casa, todos disseram: “Serpentes a Bordo? Hahaha.”
Na verdade existe preconceito contra tudo e contra todos também no mundo das artes, e, nos tempos atuais, até contra os filmes do estilo “não-Avatar" ou “não-Titanic”.
Aqueles que deixam de correr riscos com esses filmes duvidosos acabam sem ver obras-primas nada famosas como os fabulosos O Som do Trovão (baseado em conto de Ray Bradbury) e Fenda no Tempo (baseado no livro The Langoliars de Stephen King).
E quanto ao Quentin Tarantino? Brega ou chique? Cult ou kitsch?
Você decide!

2 comentários:

Itajaí disse...

A questão de limites é sempre desafiadora em qualquer campo. Na Sci & Fic recomendo "A Esquina da Morte", o lisérgico (estraníssimo) " Liquid Sky e o "Vampiro de Almas".
Cult or Kitsch?

Scylla Lage Neto disse...

Itajaí, destes só conheço o "Vampiro de Almas" e confesso que não sei como classificá-lo.
Outro candidato vem também do cérebro incomum de Stephen King.
Você já viu "A Névoa"?
O final difere totalmente do livro e é sur-pre-en-den-te.
Abs.
Check it out!