Em uma resposta a um equívoco meu (ao confundi-lo com seu irmão Paulo em uma das imagens do post Uma breve história de Valmir Santos), o jornalista e compositor Edir Gaya presenteia o blog com um generoso depoimento na caixinha de comentários.
Bom, eu sou um pouco anterior a esse período de 84, ainda em 79, 80, 81, na época do enfrentamento com o antecessor de Jader, o coronel Alacid Nunes, que, por dissenssões de ego com o coronel Jarbas Passarinho, rompeu com a ditadura e apoiou Jader ao governo (por isso a vitória dele, com a ajuda da máquina do estado). Participei, como base (nunca fui dirigente), da reconstrução do movimento primário e secundário (Gremps), nas reuniões que se faziam no cursinho Hélio Dourado, ali na Quintino, que foram na verdade a vanguarda da conquista da meia-passagem, ainda em 1980, se não me falha a memória,após um grande ato público com passeata, do Palácio do Governo, da Dom Pedro II, até a frente da residência oficial, duramente reprimida pela PM, com várias prisões e feridos. No período do Jader, estava afastado inclusive da escola. Nas fotos, creio que seja meu irmão, o Paulo, que já na universidade também começou a militar e nesse período foi que os universitários assumiram o protagonismo dos embates, já com a UNE devidamente reconstruída e com o Valmir na presidência à frente das principais negociações. Desse período destaco as participações dos companheiros Chico Cavalcante, Luís Canetão, Luzio Horácio, Fernando Carneiro, João Batista Figueiredo, Chiquinho Weyl, Raimundo Sodré, o hoje padre Acir Conceição, Altair Rocha de Oliveira , Aldenor Júnior e tantos outros. No período Jader o que estava em jogo era assegurar e ampliar o direito conquistado, muito brucratizado e restrito apenas à capital, luta aliás que só teve pleno êxito recentemente, quando a governadora Ana Júlia ampliou para o estudantes de todo o Pará o direito à meia-passagem.
Um abraço
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