quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

La Madre

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Deixa eu trazer para o Flanar uma questão que tem me incomodado. Como aqui é um dos territórios da minha escrita; é para cá que trago a discussão. Vejam bem! A audiência do Big Brother se mantém estável à décadas, pelo mundo. Já existem inúmeras derivações sobre o mesmo tema: quase todas tem audiência garantida. Ou seja: milhares de pessoas curtem o Big Brother, aqui e no exterior. Enfim, ele gera Caixa para as emissoras de TV. Ele tem anunciantes:E para dezenas de produtos! O Big Brother da Ibope. Mas, não é este o fulcro da minha questão. O fulcro são os conselhos idiotas dados por madres superioras no Facebook, e que são difundidos na rede. Celebridades do mundo dos esportes, das igrejas; da acadêmia, dos  networks,  - todos eles, são ovacionados nas redes e nas emissoras de TV; e nas revistas; e nos best sellers, e em um monte de outros lugares. Mas é muito chato, pois apenas chama atenção; mas não questiona nada; não quer saber do resto! Fica aquele ralho prá criança. Pensem bem: Ralho prá criança em um século no qual as pessoas se comunicam em redes? Não dá! Como bem disse o Ronaldo Lemos, em um texto que postei aqui  : [...] Bem, o Facebook é a praça do shopping, não da cidade. Isso porque ele é privado, com regras próprias, ele diz o que pode e o que não pode e isso não é decidido de maneira livre e democrática. E tem uma frase que um amigo costuma dizer de que eu gosto muito: o Facebook é o condomínio fechado tomando conta da cidade. Esse é o nosso dilema, estamos trocando a cidade ampla, descentralizada, livre, caótica (que é a internet), que está perdendo espaço e virando um grande condomínio fechado, com as ruas todas arborizadas padronizadas.[...]  Pois bem, fico com a sensação de que esta praça de shopping não sabe o que é intimidade;  mas lá vem as madres superioras querendo produzir, no Face, a mesma moralidade do Lar. É fato que o Facebook  é privado. É fato que o Facebook  é uma rede.  Mas a Madre Superiora é questão familiar; ou dos conventos e escolas. É o que penso; Ok! Mas o que o Big Brother tem a ver com isto? Tudo ! Pois não adiantam conselhos idiotas, querendo negar que a  sociedade que aí está é voyerista, violenta, apaixonada e torpe. A repetição desses mantras me leva à loucura; porque eu  estou conectada no Facebook. Mas a minha banda da terra é outra.....

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Troca-se

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Glauco

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Este gato me interessa:Este!

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O gato do Crumb

Faca amolada!

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O aumento da violência escolar


Repreendido por mau comportamento, um aluno da 6.ª série do ensino fundamental de uma escola pública de Diadema jogou um vaso contra o professor, atingindo-o na cabeça. A agressão ocorreu no ano passado e foi presenciada pela mãe do estudante. O caso resultou em boletim de ocorrência registrado numa delegacia de polícia e, por causa da violência do agressor, que tinha na época 12 anos, converteu-se num dos exemplos mais citados nos estudos de órgãos públicos e fundações privadas da área educacional sobre os fatores responsáveis pelo aumento da violência escolar.
Em 2011, segundo dados do Ministério da Educação, quase 4,2 mil professores de português e matemática da 5.ª e da 9.ª séries da rede pública e privada de ensino fundamental contaram ter sido agredidos fisicamente por alunos dentro das salas de aula, nos corredores ou na saída dos colégios. O número representa 1,9% dos 225 mil docentes que responderam a um questionário anexado à última Prova Brasil. Trata-se de um exame aplicado a cada dois anos nas escolas públicas urbanas pelo Ministério da Educação.
A Prova Brasil faz parte do Sistema Nacional de Avaliação do Rendimento Escolar e seus resultados entram no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Na Prova Brasil de 2007, 6,6 mil professores afirmaram ter sido agredidos por aluno e outros 1,9 mil testemunharam estudantes portando armas de fogo dentro das escolas. Na Prova Brasil de 2011, mais de 9 mil docentes informaram ter visto estudantes portando facas e canivetes em sala de aula. Pelas estatísticas do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), as agressões aos docentes estão crescendo cerca de 20% por semestre. Entre 2008 e 2011, a entidade recebeu 157 denúncias de agressão, roubo, vandalismo e ameaças de morte em escolas paulistas.
Além dos ferimentos físicos, as agressões geram depressão, síndrome do pânico e estresse pós-traumático nos professores. Para tentar coibir a violência escolar, as entidades sindicais do professorado criaram canais para receber denúncias. Entre 2011 e 2012, o Sindicato dos Professores de Minas Gerais recebeu uma denúncia de violência a cada três dias.
Em todo o País, colégios públicos e privados estão oferecendo cursos de conciliação, de mediação e de justiça restaurativa para alunos e professores. Também investem na formação de pedagogos e dirigentes escolares preparados para fomentar o diálogo e aproximar os professores do universo social e cultural dos alunos. No Rio de Janeiro, professores de 150 escolas - entre elas os melhores colégios particulares do Estado, como o Teresiano e o São Bento - participaram de cursos oferecidos pelo Tribunal de Justiça. Para a responsável pelos cursos, desembargadora Leila Mariano, a sentença judicial não basta para atenuar a violência escolar. "Na escola, as relações são continuadas. A professora e o aluno que brigam estão ali no dia seguinte. Se a gente não resolver o problema emocional deles, a questão não vai parar aí", afirma.
Essas medidas, contudo, têm se revelado insuficientes para coibir a agressividade dos alunos e conter a escalada da violência nas escolas. "A violência física é a ponta de um iceberg de outras violências que acontecem e não são tratadas. Ninguém dá um soco do nada. Começa com olhares, xingamentos e empurrões", diz o pesquisador Renato Alves, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, depois de lembrar que as escolas já não se preocupam mais em estimular o bom relacionamento, como no passado. O problema estaria na ênfase excessiva no vestibular, que privilegiou o individualismo em detrimento do estímulo à convivência. "Temos uma educação do século 19 para alunos do século 21, com uma linguagem que não chega aos jovens", afirma Miriam Abramovay, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.
No ensino fundamental, a violência escolar tornou-se um problema tão grave quanto o da má qualidade da educação. E não é só por meio da oferta de cursinhos de mediação que ele será equacionado.
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David & Tilda


Acaba de sair o segundo single do novo e aguardadíssimo álbum de David Bowie (The Next Day) - o primeiro em dez anos. O vídeo de The Stars (are out tonight) é um curta-metragem com Bowie e a super chique e talentosa atriz britânica Tilda Swinton. Eles fazem um casal comum e feliz que tem a vida perturbada pela intromissão de um casal de celebritys. O curta é dirigido por Floria Sigismondi, numa produção super bem cuidada.
Para quem não viu, vale a pena dar uma olhada também no primeiro single do novo álbum de Bowie.  Where are We Now?   saiu inesperadamente no dia 8 de janeiro passado, dia do 66º aniversário de Bowie.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Trilha sonora para uma segunda chuvosa



Eagles of Death Metal  foi um projeto paralelo do guitarrista/vocalista da famosa banda americana Queens of the Stone Age, Josh Homme, no qual ele atuava como baterista.
Experimental como poucos artistas, Homme associou seu nome a vários outros projetos, dos quais destaca-se The Desert Sessions.
Mais rainy monday, impossível.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sobre a Rua

Sobre uma obra do Banksy, bem interessante. Segue uma tradução da matéria:

[ A quem pertence a arte de Banksy  ao ser  posta em  um prédio privado? Essa é uma pergunta que surgiu recentemente após um famoso trabalho de Banksy ter sido arrancado da lateral de um prédio em Londres, despachado pelo atlântico, e posto à leilão por um valor final estimado em mais de meio milhão de dólares.
A obra em questão é intitulada 'trabalho escravo', e apareceu pela primeira vez na lateral de uma loja de descontos no norte de Londres em maio de 2012. Segundo a CNN, os residentes afeiçoaram-se à obra, e a atenção que ela trouxe à vizinhança.
Infelizmente, para os residentes, a obra foi abruptamente cortada da parede na semana passada. Noticias logo surgiram de que o dono do prédio havia ordenado a extração da parede para 'preservar o trabalho'.
Bom, 'preservar' é aparentemente sinônimo de 'lucrar' na cabeça do proprietário: 'trabalho escravo' apareceu no catálogo de uma casa de leiloes em Miami, e será vendida neste sábado na coleção de "arte moderna, contemporânea e de rua", por um preço estimado entre 500 e 700 mil dólares.
Desnecessário dizer que os locais que se deleitaram com a obra não ficaram felizes com o desenrolar da estória. O caso também engatilhou uma discussão sobre quem tecnicamente "possui" a obra, uma vez que foi feita sem permissão num local público, em um prédio privado.
O vendedor de Miami por trás do leilão, diz que o trabalho foi pintado numa parede  privada, e o proprietário desta pode fazer o que quiser com a sua parede.
(...)
Se a venda do Banksy se concretizar e terminar arrecadando um valor interessante, poderemos em breve encontrar vários exemplos de famosas instalações artísticas de rua sendo arrancadas de seu lugar original e sendo vendidas à colecionadores de arte particulares. ]

Mais milagre


“Existem apenas duas formas de viver a vida: uma é acreditar que nada
é um milagre; a outra é acreditar que tudo é um milagre”
 


O milagre da vida


Se há algo que me intriga desde a infância é a origem da vida, especialmente a dos seres humanos.
Sempre tentei entender, mesmo que parcialmente, como seria o mágico momento em que duas células são unidas por vital energia e chegam a desenvolver um novo Homo sapiens sapiens inteirinho a partir daquele ponto.
O estudo da biologia, da química e do catecismo no colégio logo se mostraram insuficientes para responder as minhas básicas perguntas.
Na faculdade continuei sem entender a maioria dos porques, porém logo absorvi a ideia de que somos máquinas biológicas de tal complexidade que precisamos de especialistas para cada sistema dos nossos organismos. Mas novamente fracassaram a embriologia, a genética e até a obstetrícia em me fornecer explicações capazes de apaziguar  a sede desse saber específico.
Bem, acabei por desistir de entender e optei por aceitar a origem da vida como algo idiopático. Um milagre biológico!
E tudo isso veio a tona em minha mente com a mera notícia do nascimento de um pequeno amigo, rotulado carinhosamente de Fernandinho, ocorrido há dois dias aqui mesmo no planeta Terra, latitude  -23° 32' e 51” e longitude -46° 38' 10”.
O pai, orgulhoso, me informa que ele nasceu chorando vigorosamente e que já é torcedor da Ferrari e de um clube de futebol aqui de Belém, cujo nome prefiro não digitar neste post por uma questão de estética.
Pensei numa maneira de registrar a bandeirada de chegada do Fernandinho de forma digital, torcendo para que no futuro algum cyberarqueólogo descubra esta singela homenagem ao meu amiguinho, pelo qual, apesar de ainda não conhecê-lo pessoalmente, já nutro sentimentos bons e fortes. Quem entende as emoções?!
Deixo então as minhas boas-vindas, em uma língua que certamente será a oficial da futura ciência que chamar-se-á Cyberarqueologia
WELCOME TO THE JUNGLE, LITTLE FERNANDO!

O gato de Borges.


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Esta foto é do escritor argentino Jorge Luis Borges, e de seu gato. Há poemas de Borges para gatos, e para demais felinos, como tigres. 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

No sótão, sem tumultos

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Acordando às cinco da matina descubro que a liberdade é uma espécie de tumulto. Depois, mais ou menos às cinco e quinze  da matina, descubro que o britânico Robert Gray, descobriu uma legítima múmia egípcia no sótão de sua casa, na cidade de Porthscatho, no sudoeste da Inglaterra. Um gato mumificado há pelo menos dois mil anos; e no sótão. Será o gato de Jorge Luis Borges?  A liberdade é um tumulto: menos para a múmia do sótão:  há mais de dois mil anos aprisionada. Será que a múmia, ao ver-se descoberta, ficará em tumultos?  Qual destino; o de um ser sem tumultos? Dois mil anos mumificado; e encontrado no sótão: Sem tumultos!?!


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Novos tempos

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Vida doméstica

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Nina Simone, 80 anos

Ela se chamava Eunice Kathleen Waymon. Nasceu no dia 21 de fevereiro de 1933, na Corolina do Norte, EUA, e ainda hoje, dez anos após ter partido, continua inigualável. Viva Nina Simone!!!

Pequenina

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Muito instigante a nota do Repórter Diário de hoje, dia 21/02, na qual se faz uma direta ligação entre o ex-prefeito Duciomar Costa e o atual, Zenaldo Coutinho. A nota revela que a atual coordenadora do Projovem, da Secretaria de Educação, é nada mais nada menos que a petebista Maria Costa, ex-mulher de Duciomar Costa. Vejam bem, trata-se de uma pequena nota. Pequena, mas reveladora.


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Lúcio Flávio Pinto

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Já com o diagnóstico de câncer terminal, Juvêncio de Arruda postou no Quinta Emenda uma nota  que começava assim: Lúcio Flávio Pinto tem razão. Isto foi em sete de julho de 2009. Juvêncio de Arruda morre em 13/07/2009. O editor do 5ª Emenda havia travado seu derradeiro combate. Pois é, durante o tempo de existência do 5ª Emenda, discutíamos, Juvêncio e eu,  sobre a torpeza com a qual era tratado o trabalho jornalístico de Lúcio Flávio Pinto, em Belém. Por aqui, todo e qualquer gesto do jornalista  para se defender do poderio dos Maioranas, e dos grileiros e juízes corruptos, ou reacionários, era tratado como inveja, dor de cotovelo, e ausência de razão. Seria Lúcio Flávio Pinto um louco? Seriam "os votos de pobreza" de Lúcio Flávio Pinto, um sintoma de demência? Seria a luta de Lúcio Flávio Pinto contra os imbecis, o sintoma maior de sua demência? Ouvi de gente intelectualizada, coisas impressionantes sobre as atitudes de Lúcio Flávio Pinto. Ouvi de pessoas atingidas por sua caneta implacável, coisas terríveis e tolas. Por que Lúcio Flávio Pinto não foi morar nos EUA? Lá ele viveria bem! Lá a Imprensa é livre! Lá ele seria respeitado e viveria com mais folga......e por aí vai. Na feudal Belém, coragem e lucidez são artigos escassos. As bravatas são muitas; a coragem? Rarefeita. Penso que este componente do caráter de Lúcio Flávio Pinto incomoda muita gente;e  causa uma certa repulsa naqueles acostumados a lamber botas; e a não dar limites em suas convicções de que ficar rico é o grande barato desta vida; seja por que meios forem. Lúcio Flávio Pinto é apenas um homem comum diante de uma máquina de moer aos moldes kafkanianos. Mas, parece que a sua condição de homem comum é o que lhe impulsiona. Eu o admiro; e muito. Tenho nele um porto e uma salvaguarda das informações que julgo democráticas e cidadãs. Ouvi, uma certa vez, de eminente autoridade petista, que "nós respeitamos o Lúcio Flávio Pinto pelo tempo e pela coragem com que ele leva o Jornal Pessoal; mas ele não está sempre com a razão!". Desliguei o telefone e pensei: "quem pode estar sempre com a razão?" Daí deduzi que a tal razão de que falava o eminente petista, nada mais era do que o fim das convicções daquele sujeito. E que diante do pragmatismo político que rege a orquestra paraense, ele havia decidido que a nossa trilha sonora seria a de sempre: Uma marcha fúnebre na qual dizemos adeus aos preceitos de cidadania e democratização. Lúcio Flávio trouxe, nesta última edição,  uma matéria para lá de instigante sobre o modo petista de gestão. Sob o título de  A nova safra de bilionários: um produto da gestão do PT, ele revela os caminhos que são adotados na "ascensão súbita e exponencial desses ricaços,..." Gostaria de poder lê-la ao eminente petista; mas não será possível.....De qualquer forma, e a cada dia que passa, entendo mais da comovente decisão de Lúcio Flávio Pinto em resistir contra a burrice, os desmandos, e a violência, que grassam neste Pará. Ele é um ser kafkaniano:  a única maneira que ele encontrou para continuar vivo foi denunciar os horrores cometidos pelas elites brutais que aqui existem.  

A lenda e o garoto-prodígio



No ano de 2007, Buddy Guy,  a lenda-viva do blues, chamou ao palco do Zeiterion Theater, em New Bedshire (Massachusetts), o guitar hero-to-be Quinn Sullivan, então com 8 anos de idade.
O resultado? Blues endovenoso puro!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

É só!

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Pensei com meus botões: Como não falar de Almir de Oliveira Gabriel? Como? Como não falar? Mas falar o quê? E depois de tudo que o Lúcio Flávio Pinto escreveu sobre ele?  Dizer o quê, sobre  Almir de Oliveira Gabriel? Não gostaria de dizer nada do que eu penso sobre o homem público que ele foi; nem mesmo sobre a Curva do S. Mas não posso deixar em branco -  e no vazio - que eu cheguei a admirá-lo, e muito. E é só!


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Alien

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

666

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O próximo Papa deveria fazer seu primeiro pronunciamento afirmando que o celibato clerical é uma excrescência. O próximo Papa deveria fazer seu primeiro pronunciamento dizendo que Madre Tereza de Cálcuta duvidou da existência do deus cristão por inúmeras vezes. O próximo Papa deveria dizer que a pedofilia é uma monstruosidade, e  que  a Igreja Católica a pratica em seus seminários, e contra a juventude cristã. O próximo Papa deveria dizer que é humano, apenas humano. O próximo Papa deveria dizer que é "preciso ter mãos pálidas" para anunciar o Fim do Mundo - como escreveu Drummond. O próximo Papa deveria anunciar a liberação da camisinha; e afirmar de viva voz que a sexualidade humana não pertence ao Vaticano.  O próximo Papa deve afirmar que a Besta  se chama Joseph Alois Ratzinger; e que atende pelo número 666.


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Tetrafobia

Provável logo do Playstation 4

A superstição parece ainda falar bem alto no bilionário mundo da tecnologia.
Especula-se que no próximo dia 20 de fevereiro será apresentado em New York o novo console de videogame Sony Playstation 4, que no entanto deverá ser batizado com outro nome, uma vez que o número quatro é considerado um número de azar no Japão e em outros países do sudeste asiático, como China, Vietnã e Malásia.
Para que se tenha ideia da dimensão da superstição por lá, os prédios e apartamentos simplesmente pulam o número 4 e quando o mesmo tem que ser mencionado, tal é feito em inglês (four), uma vez que o fonema shi representa, além do dito número, a palavra morte.
E quem, em sã consciência, compraria um Playstation Morte?!

Em sequência, com repetição, e do Glauco: Ótimas.

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domingo, 17 de fevereiro de 2013

É isto!?

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Não pretendo esquecer  de falar  da  decadência de Belém; notadamente nos costumes. Esta é a questão central para a cidade agora: o que é o cidadão de Belém? Quais as políticas de saneamento e gestão da Cidade. Um prefeito que diz que não é mágico; faz truques. Quer nos fazer de idiotas, poucos dias são passados de campanha, e ele não gosta que se reclame. Francamente! Belém está no atoleiro, na selvageria, e muito próxima  do abandono coletivo. Ninguém  liga para a cidade: Entendem? - Todos nós entendemos perfeitamente! Mas vamos ter que fazer algo contra isto, e urgente. Passeatas - juro que vou! - ; manifestação na frente dos órgãos oficiais. E nada que feche o trânsito desta cidade caótica. Eu topo e tô na área. A coisa aqui tá preta. Civilidade só nos shoppings, supermercados e casas de família. Tá russo. Tá difícil. Tá perigoso. Tá escasso. Tá feia, a Coisa! Duas mortes por dia em Belém? É isto?!? Tô perguntando! Tô viajando? Ou tô surtando? Só sei que batemos na trave.


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"Lincoln" e a bússola da abolição da escravatura



Sr. Thadeus Stevens (Tommy Lee Jones) :- Você sabe que a bússola interna que orienta a alma para a justiça tem-se ossificado em homens (e mulheres) brancos, de norte a sul, até atingir a inutilidade absoluta, por tolerar o “mal da escravidão”. Os brancos não conseguem suportar o pensamento de compartilhar, pela abundância de negros que temos.

Presidente Lincoln (Daniel Day-Lewis): - Uma bússola - eu aprendi quando estava pesquisando-, vai apontar para o norte-verdadeiro do ponto onde você está, mas não há qualquer referência sobre pântanos, desertos e abismos encontrados ao longo do caminho. Se, em busca de seu destino, você mergulhar em frente sem se importar com esses obstáculos, você não vai conseguir nada e ainda se afundará em pântano. Qual é a utilidade do norte-verdadeiro?

Diálogo captado no filme “Lincoln”, dirigido por Steven Spielberg, para nortear o acordo político em busca da abolição da escravatura nos Estados Unidos. “Na democracia, para conseguir votos necessários no Congresso é preciso transigir, negociar, até mesmo oferecer vantagens para obter mudanças de lado entre deputados e senadores”, diz Cristovão Buarque.

Muito sacador!


Entrevista com Ronaldo Lemos, 
Fundador e diretor do centro de Tecnologia e Sociedade de Direito da FGV.

Internet: mundo infinito ou condomínio fechado?

Em 2001, Manuel Castells (no livro A galáxia da internet) fez uma análise interessante sobre o uso da web e os efeitos na cultura e na sociedade. Conectividade não resolveria os problemas da humanidade nem seria a derrocada da vida social. Como fazer uma análise adequada e profunda do tema, considerando-se esgarçamento das relações, solidão, doenças psicossomáticas versus novas sociabilidades, relações mais horizontais, compartilhamento, cultura livre?
O Castells é ótimo, enxergou a internet pela perspectiva de rede e das ciências sociais, o que trouxe reflexões para o ativismo e o papel da internet em mudanças no sistema político. Mas tem um pensamento que eu acho particularmente interessante, que é do McLuhan [Marshall McLuhan foi um teórico da comunicação, que introduziu o conceito de aldeia global para caracterizar a sociedade contemporânea interligada]. Ele lembra que estamos mergulhados em um universo de mídia. Ou seja, toda vez que há uma mídia nova, isso, inevitavelmente, leva a mudanças de vida. A internet, que é a mídia de todas as mídias em toda sua complexidade, flexibilidade e dinamismo, tem um impacto gigantesco na vida de todos.
Sem ser ufanista ou catastrofista
Nenhuma das duas coisas. McLuhan enfatizava o caráter humanista das mídias. Achava que elas extrapolariam as possibilidades humanas, amplificariam os sentidos, nossa capacidade de pensar e nossa memória. Ele via como que uma expansão do humano se materializando naquelas mídias. Eu concordo, mas não sou tão otimista. Ele considerava as mídias um vórtice em que os seres humanos seriam envolvidos e saberiam compreender. Mas hoje a capacidade desse vórtice extrapolou. É tanta informação, dados e coisas acontecendo que nós não temos mais a capacidade de processar e lidar com tudo isso.
Precisamos cada vez mais de ferramentas e é a própria mídia que analisa a mídia. Existem várias estratégias, as curadorias sociais e as curadorias eletrônicas por algoritmo, que é o que o Google faz. O que eu acho importante é que o McLuhan pensava que o homem sempre seria capaz de dar conta do vórtice, mas estamos chegando no momento em que não dá mais.
E as curadorias ainda são feitas pelas grandes corporações, reproduzindo o modelo concentrador do mundo real, não é?
É informação demais e as pessoas não têm tempo para tanto, estão cansadas. Quem fica imerso e conectado precisa de filtros. Hoje, para a maioria das pessoas, os filtros são estes: de um lado o Google [que usa algoritmos matemáticos para descobrir o que é importante e o que não é] e de outro o Facebook, que usa algoritmos, mas também as informações de suas relações sociais. É curioso, porque ele devolve para você o mundo à sua imagem e semelhança, e entrega o que você mais preza, que é você mesmo.
O produto do Face é ser um espelho do usuário, é mergulhar você em uma bolha. Tem gente dizendo que isso aumenta o radicalismo, porque confirma posições e você acaba convivendo apenas com quem pensa da mesma maneira, perde o convívio com o diferente, com o acaso e o contraditório. E isso já é um problema geracional – quem nasceu depois de 1976 tem dificuldade de conviver com contradições e frustrações, as características da geração Y, a geração do ego. Pensando em tudo isso, a promessa original da internet, que é a diversidade, ausência de fronteiras e pluralidade, não se concretizou.
O diagnóstico então é sombrio, porque existe uma concentração nessas ferramentas que determinam o que será a vida social.
Antes um artista importante lançava um disco e as pessoas faziam fila para comprar o disco. Você estava prezando o conteúdo. Hoje as pessoas fazem fila para comprar o iPhone ou o novo aparelho. Não é o artista que importa mais, é o meio que se tornou a estrela, em detrimento do conteúdo. A mídia interessa mais que o conteúdo. Aliás, o conteúdo é X, pode ser qualquer coisa e tem uma validade mínima. Tudo está virando a lógica da moda, você tem alguns momentos de atenção, popularização, começa a decair, até que fica esquecido. Isso se aplica à música, o artista do verão que depois desaparece, e também à informação.
O ciclo das notícias está se acelerando, a notícia do dia enquanto a gente conversa aqui é essa tragédia nos EUA em que várias crianças foram assassinadas em uma escola, e o ciclo desses dias será essa tragédia, mas daqui a três quatro dias o ciclo se renova e essa notícia perdeu a relevância e, muitas vezes, nem a memória dela será preservada. A memória em tempos de internet é para mim um tema muito importante.
O tema desta edição é “menos é mais”. Quais “menos” necessários enxerga em sua seara (tecnologia e sociedade)? Menos conectividade, por exemplo, é necessário?
Estamos caminhando para um momento em que a desconexão será um luxo. Hoje a conexão ainda é um luxo, pensando que, dos 7 bilhões de habitantes da Terra, apenas 30% têm acesso à internet. Pensando a longo prazo, e para os que já estão conectados, o fato é que vai ser cada vez mais difícil se desconectar. A internet vai se misturar ao mundo físico. Hoje o acesso é mediado pelo celular, mas estamos caminhando para “a internet das coisas”, em que a rede estará em todos os lugares. Você estará cercado por telas sensíveis ao toque, à voz, à sua movimentação, e o mundo inteiro será um grande aparelho de interação.
Nessa perspectiva, a desconexão será rara e as pessoas vão querer se desconectar em algum momento, porque o equilíbrio é necessário. Ficar conectado o dia inteiro e ser bombardeado de informação gera uma sobrecarga cognitiva. Não sou fatalista, acho que o cérebro tem possibilidades imensas para se adaptar, mas desconectar faz bem. Então, abrir mão da sobrecarga e valorizar outro ritmo é positivo para a inteligência e para o bem-estar.
Quais redes sociais manter e de quais podemos “nos livrar”, em nome da sanidade?
Bem, o Facebook é a praça do shopping, não da cidade. Isso porque ele é privado, com regras próprias, ele diz o que pode e o que não pode e isso não é decidido de maneira livre e democrática. E tem uma frase que um amigo costuma dizer de que eu gosto muito: o Facebook é o condomínio fechado tomando conta da cidade. Esse é o nosso dilema, estamos trocando a cidade ampla, descentralizada, livre, caótica (que é a internet), que está perdendo espaço e virando um grande condomínio fechado, com as ruas todas arborizadas padronizadas.
Podemos pensar então que a internet está subaproveitada?
O potencial dela é quase ilimitado. Pense que a internet é uma infraestrutura em que tudo o que você constrói no topo – foto, vídeo, filme, qualquer aplicação – vai rodar e na base pode ser acessada por qualquer aparelho. Então ela tem formato de ampulheta, roda qualquer aplicação, no topo, e, embaixo, qualquer aparelho. Com qualquer coisa que plugar você terá acesso a todo tipo de suporte que ela pode exibir. Esse caráter de abertura de conteúdos e acesso tem que ser preservado. O problema é quando sites como Facebook, Google e mesmo governos tentam restringir essa estrutura de ampulheta.
O senhor disse em artigo na Folha de S.Paulo que, cedo ou tarde, a educação será revolucionada pela tecnologia. Que o material didático baseado no texto é um descompasso com o mundo multimídia. Mas a inserção de tecnologia nas escolas resolveria estatísticas como a que aponta o Ibope, de que 38% dos egressos do ensino superior no Brasil são analfabetos funcionais, ou seja, mais de um terço dos que completam a faculdade não são plenamente alfabetizados?
A tecnologia sozinha não resolve esse problema. É preciso enxergá-la como integrante de um sistema mais complexo: professores, qualidade do material didático, programa pedagógico bem pensado. Mas a tecnologia é uma ferramenta extraordinária. Chamo atenção para o paradoxo que vivemos. Os alunos convivem com um ritmo e uma intensidade de informações altíssimos fora da escola e, quando chega lá, essa velocidade e quantidade caem drasticamente. A escola se torna um ambiente frustrante do ponto de vista da informação. Se São Tomás de Aquino se materializasse no mundo de hoje, ele se surpreenderia com hospitais, com as estradas, automóveis, mas não se surpreenderia com uma escola.
Ela está no mesmo modelo da Idade Média, que é um professor na frente e um monte de alunos ouvindo. Para a educação é fundamental mudar a dinâmica de como o conhecimento é gerado. A escola precisa ser participativa, os alunos precisam aprender a colaborar uns com os outros.
Hoje o modelo educacional é unidirecional, em que o aluno ouve e o professor fala. Isso ignora que o aluno também é fonte de informação. E essa troca de experiências e informações e visões de mundo tem que ser provocada no ambiente escolar. A escola tem o papel de soltar a força e todo o conhecimento entre os alunos e fazer com que eles colaborem uns com os outros. E a tecnologia é excelente ferramenta catalisadora da colaboração.
Aqui no Rio tem uma experiência bacana, a da Universidade das Quebradas, baseada na ecologia dos saberes, que é pensar a educação pela experiência de todos, unindo prática e a ciência.
O projeto do Gilberto Dimenstein do Bairro Escola é muito interessante. O bairro em que a escola está inserida é usado como oportunidade educacional. Por exemplo, se tem uma oficina mecânica, o mecânico pode compartilhar o saber dele com as pessoas, e o dono da padaria compartilha a informação financeira com os alunos.
O que a tecnologia permite é trazer tudo isso sem necessidade de ir fisicamente até lá, construir as pontes e manter os canais abertos, sem que os alunos tenham que sair com a professora naquela operação que nem sempre é simples. Você pode criar buscadores, fazer videoconferências, abrir janelas para o mundo ou o bairro desde a sala de aula.
A respeito do Marco Civil da Internet, o que está em jogo, por que a votação está parada no Congresso e quais são os ganhos para os cidadãos?
A FGV participou do processo desde o início, em 2007, quando escrevemos um artigo dizendo que a internet deveria ser regulamentada civilmente. Tivemos várias adesões e começou um movimento nessa direção, culminando no projeto de lei do Marco Civil, que ficou um ano e meio em consulta pública e resultou em um documento muito bem feito e sofisticado.
O Executivo abraçou o projeto e o enviou ao Congresso, mas agora ele está enfrentando dificuldades e lobbies. Mas, do ponto de vista do interesse público, ele é importantíssimo. Garante que a internet permaneça internet, ou seja, com os princípios de abertura, decentralidade, isonomia, amplo acesso. Preserva a privacidade, tem disposições muito específicas assegurando que o que está na Constituição precisa estar garantido também na internet. Defende também a liberdade de expressão e incentiva e protege a inovação.
Hoje, quem está barrando o projeto no Congresso são as grandes empresas de telecomunicações, que pretendem transformar a internet em um serviço multimídia.
Este é um debate global, mas tivemos uma vitória recente. [A conferência de uma agência da ONU, realizada em] Dubai disse que qualquer linguagem no tratado internacional de telecomunicações contra a neutralidade da rede deve ser excluída. Ou seja, a rede é neutra e livre. Aqui no Brasil, nossas chances resvalam no sistema político. O que assistimos hoje é que o Marco Civil está pronto para ser votado e o que sobrou foi a questão política.
Vemos de forma clara os partidos comprometidos com o interesse público e os partidos comprometidos com interesses puramente privados ou corporativos, que não estão nem aí para o interesse público e são contrários ao Marco Civil. Houve uma cisão, o cidadão pode olhar os partidos contrários e verá que a razão é de comprometimento privado, porque receberam alguma doação de campanha das teles ou porque estão comprometidos com outros interesses econômicos.
Direitos autorais e propriedade intelectual: como o país se posiciona hoje? A lei ainda penaliza autores e beneficia os intermediários?
A reforma da lei de direitos autorais já se estende por sete anos. É um tema fundamental, porque a lei se descolou da realidade. Se olharmos as práticas de hoje nas bibliotecas, nas universidades e o que os jovens fazem no computador, vemos que a tecnologia trouxe possibilidades que a lei de direitos autorais não dá conta de atender. É preciso reconciliar a lei e a realidade, permitindo que se pense a informação conjugada com o desenvolvimento, dando ao autor a justa remuneração, ao mesmo tempo que fomentam novos negócios e possibilidades de circulação da informação.
O que significa a ampliação da banda larga no Brasil? O que devemos observar sobre a proposta de regulá-la?
A banda larga hoje no País é muito insuficiente. O Brasil tem que ser mais agressivo e enxergar a banda larga como parte da infraestrutura, como a China fez. O salto tecnológico chinês partiu desta premissa, a de que a tecnologia da informação causa impacto em todas as outras áreas.
Aumenta a eficiência da saúde, da agricultura, de todas as outras áreas. Produz externalidades positivas para tudo. O Brasil precisa ser ambicioso, construir redes, receber tecnologias vindas de todos os lugares e fomentar a demanda que o país tem pela conectividade. Permitir que o brasileiro tenha sua internet, de qualidade, com fibra ótica passando nos municípios, pois a qualidade do acesso é tão importante quanto o acesso em si.
E o cabeamento das cidades vai definindo as regiões prioritárias para desenvolvimento. Sou do interior de Minas e vejo a transformação. Minha cidade (Araguari) foi escolhida para um projeto pioneiro de TV a cabo já em 1987. Isso impactou uma geração inteira e vejo claramente a ligação entre conectividade e oportunidade.
Acabei de ir a uma conferência na Universidade Harvard e eles faziam um mapa no qual viam as pessoas que participavam da conferência, tinha gente do mundo todo. Depois pegaram um mapa que mostrava onde existia conectividade em banda larga e o sobrepuseram ao mapa anterior: coincidia exatamente. Estavam ali em Harvard apenas pessoas que habitavam os lugares onde havia conectividade banda larga. Não é uma coincidência, conectividade significa oportunidade.
O Creative Commons no Brasil está fazendo dez anos. Como está a disseminação?
O Brasil foi pioneiro em Creative Commons, em 2004, foi o terceiro país do mundo, logo depois do Japão e da Finlândia. A partir daí, a adoção das licenças públicas só cresceu. Começou muito na música, pelo entusiasmo do Gil [Gilberto Gil, quando ministro da Cultura, levou o Creative Commons para sua pasta], e teve aquela explosão na musica e no audiovisual. Agora, ele chega cada vez mais à educação. É um terreno que está se ampliando.
Existe um movimento global dos chamados REAs – Recursos Educacionais Abertos. É uma recomendação da Unesco que os materiais didáticos sejam cada vez mais produzidos de forma livre, aberta, de modo a potencializar a educação. Quando o cara tiver um tablet na sala de aula, o conteúdo que ele vai acessar primeiro é o que estiver aberto e disponível. Se este conteúdo estiver em Creative Commons, é o que ele vai utilizar.
Suas pesquisas são voltadas para tecnologia e periferia, a proliferação das lan houses e o fenômeno do tecnobrega. Agora, o uso da internet já está disseminado em outro cenário. Quais os desdobramentos de seus estudos, para onde caminham?
As pesquisas continuam de vento em popa e cada vez mais descobrimos coisas incríveis. Estamos fascinados com a chegada dos tablets no Brasil. Em 2011 eram 200 mil, no fim de 2012 são mais de 5 milhões. E a maioria deles não são Apple ou Samsung Galaxy, são feitos na China a custo baixíssimo. Desenhados para a população de baixa renda, custam de 60 a 80 dólares com características diferentes dos Apple: pegam rádio FM, TV digital, Bluetooth. Para os de alta renda pode não ter importância, mas para as áreas carentes isso é essencial. Então, a gente está muito fascinado com isso que está dando conectividade para muitas periferias do Brasil. O impacto na educação e acesso ao conhecimento é fundamental.
A pergunta que se faz é qual o conteúdo vai ocupar esses tablets. Como as pessoas vão buscar esses conteúdos, quais os materiais, as músicas, os filmes?  A tecnologia está se espalhando, seja por lan house, seja por tablet, ou o que virá depois, o que a gente precisa se preocupar é em dar garantias para que a pessoa tenha acesso ao melhor conteúdo possível. Hoje tem um monte de gente comprando o tablet antes de ter o PC, é isso que estamos enxergando nas pesquisas. Então, os projetos são múltiplos, tentando ver o que vai impactar os próximos dez anos e ajudar a planejar as políticas públicas mais adequadas para aproveitar esses potenciais.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Nem sempre

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Vejo no Facebook inúmeras mensagem sobre  "o como" se comportar no Face. Que, na verdade, nada mais é do que a vida privada de uns, com a vida privada de outros. Pelo menos esta é a questão: Vida Privada. E pelo visto ela tem muitas virtudes! Me parece que são essas redes que estão discutindo Vida Pública?!? Ou não é!? Desde a institucionalização da WEB  em Rede, o mundo é osmótico de fato. Misturado, mexido, vasculhado; ele - o Mundo, não tem uma voz onisciente em Rede. E viver em Rede está dando nó na "moralidade pública". São simulacros de desejos esquecidos. Um monte de lição de moral que não diz nada;  algumas chatíssimas, puro aborrecimento, rs. Bom, e de qualquer forma, servem para que eu pense que a chatice da acadêmia é querer explicar tudo em questa vida maledita.  Não dá. As madres superioras invadiram o FACE. São engraçadissímas; mas nem sempre!


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Muito bom!

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Por Ana Célia Pinheiro/ Blog Perereca da Vizinha



Peço desculpas aos leitores, mas resolvi mudar de profissão: vou deixar o Jornalismo e virar corrupta.

“Mas corrupto não é profissão”, dirão os leitores.

Ora, ora... Pra ver como vocês “num capiscam niente”, né mermo?

Corrupto é a profissão mais promissora de todos os tempos, nesta República-Imperial do Pará. 

Pra começo de conversa, corrupto tem isenção de impostos. 

Aliás, não apenas isenção. 

Tem o direito de ASPIRAR impostos, para gastar alegremente nas chiquérrimas capitais europeias.

Tem adubadas sinecuras para toda a família – e até para o cachorro, o periquito e o papagaio.

Tem salvo-conduto contra todas as prisões, as leis, as investigações, os processos que se possa imaginar.

É sempre Digníssimo, Meritíssimo, Excelentíssimo!...

Vira nome de rua, é incensado nas academias, tem a foto estampada nas colunas sociais.

Porque, como diria o poeta, os corruptos que por aí “gorjetam”, não “gorjetam” como cá!...

E ai de quem acusar um corrupto de corrupção!...

Será processado, amordaçado, espancado em praça pública e condenado a pagar impressionantes indenizações.

Ele, o espancado, a vítima.

Afinal, corrupto que é corrupto tem de deixar uma biografia inatacável à posteridade. 

Espelho entre os espelhos, para as futuras gerações...

“E o Jornalismo?”, perguntará o estressante leitor.

Bem, a verdade é que Jornalismo não tem presente nem futuro no estado do Pará.

Como até já escrevi, no Pará da bandidagem, o bandido tem sempre razão! 

Porque ao lado do bandido, do corrupto, sempre haverá um Meritíssimo disposto a assinar graciosas sentenças.

Ou a sentar, por décadas, em cima de processos, até que prescrevam. 

Ou a censurar e ameaçar de prisão àqueles que se recusem a calar.

E que não pense o leitor que é tudo uma questão de bufunfa.

Trata-se, também, de uma sebosa compulsão de servir.

Servir ao rei. Ao preposto do preposto do rei. À criadagem do rei. 

Uma ânsia, um desejo incontornável, que leva o sujeito até a se colocar de quatro e latir...

Mas, é claro, há também o necessário espírito de corpo. 

Afinal, se a bandidagem não se proteger, quem a protegerá?

E não me venha dizer, desinformado leitor, para chamar a polícia.

Que polícia? 

Essa que troca de comando como quem troca de roupa?

Essa que aluga carros de uma empresa mafiosa?

Essa que é assaltada em plena luz do dia, em pleno centro de Belém?

Então, já decidi: vou me graduar em Corrupção - e "farcudadis" é que não faltam no Pará...

Terei diploma, anel. 

Serei, enfim, Digníssima, Excelentíssima, Meritíssima!...

Doutíssima e, o que é melhor, dulcíssima!...

E se você, leitor intriguista, sair por aí dizendo que escrevi tudo isso porque o Lúcio Flávio Pinto foi condenado a pagar mais de R$ 400 mil de indenização aos Maiorana, eu processarei você por dano moral!

Afinal, até as pedras do Pará sabem que os nossos desembargadores são honestíssimos!...

E tão doutos, mas tão doutos que levariam até Kelsen a perguntar: “mas como é que eles puderam chegar a essa conclusão?!!!”

Claro está, por envergonhado, acabrunhado, ao perceber o seu miserável saber jurídico, diante desses nossos... (como direi?) tão impressionantes luminares!...

E tire mais é esse sorriso do rosto, “visse”?

Vou já, já é redigir uma retratação, para o caso de algum desembargador acreditar nas suas intrigas, leitor futriqueiro!...

Ela começará assim: “Nunca antes se viu desembargadores tão honestos, tão íntegros, tão sábios, tão desprendidos, em toda a História Universal!”.

FUUUUUIIIIIIIII!!!!

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