domingo, 16 de março de 2014

Garota Sucam, que seja. Usemos galochas na chuva!


 Galochas da Havaiana e plataforma que vi aqui

Uma das situações que me surpreenderam quando estive recentemente em Belém foi ver todo mundo, ou quase todos, com sapatos que permitem que os pés fiquem totalmente molhados durante a chuva, isso quando os sapatos não arrebentam. Sim, eu também já fui assim um dia, porque, na verdade, mais surpreendente foi como meus compatriotas me olhavam quando percebiam que nos meus pés havia galocha. Aprendi o valor delas quando passei a morar em Buenos Aires.

Logo que cheguei aqui foram elas que me chamaram atenção. Elas, as galochas. E elas, as mulheres, porque não lembro de ter visto homens usando. É tão mais óbvio usar galochas em tempos de chuva! Mais curtas, mais largas, com ou sem estampas. Não importa. A vantagem é simplesmente não estragar os sapatos e preservar a saúde, ainda que seja só a dos pés. Não, gente, aqui em Buenos Aires não se usa no inverno, para aquecer. As galochas não esquentam assim, como sugeriu minha mãe. E olha que meus pés suam um bocado.

Botas de plástico em Belém é coisa de operário, né? Garota Sucam, chegaram a me dizer na minha terra natal. Mas faz todo sentido usá-las. E o pior é que nem vejo nas lojas da cidade. A não ser algumas menos atrativas, no comércio, e em lojas especializadas em produtos para obras. A despeito desta vantagem das portenhas em apostar nas galochas, elas têm um outro gosto que se parece com o de mulheres de Belém e que não me atraem nadica de nada. Aliás, causam muito estranhamento: os sapatos plataforma.

Caramba, não entra na minha cabeça dura como alguém pode escolher usar esse modelo, que pra mim é quase um trambolho! Certo, gosto não se discute, mas deixo claro que eu acho muito feio. E para além disso, o que convenceria alguém a usar nos pés algo tão pouco anatômico, desconfortável?

Quando olho as garotas usando plataforma, seja em Belém ou Buenos Aires – onde parece que é mais comum - noto fácil, fácil como elas caminham de forma muita estranha, e o caminhar parece bastante com o que os pés – e os sapatos - permitem. Está bem, eu sei das exceções. Estou falando de modo geral, levem sempre em conta.

As indústrias têm que servir à nós, e não o contrário. Não nos “adaptemos” às bestialidades fabricadas por aí.

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