Ecos da montanha tocam como sinos badalando os
passos de recolher,
Indicam o finalizar das tarefas diárias
Eles depositam sua fé em portas de carvalho ricas em
quinino,
se escondem à luz de velas em orações.
O pânico se infiltra no chão manchado de sangue do
Império do Centro.
enquanto Grendel persegue a noite rumo ao velho
continente
O andante
noturno procura suas refeições vindo do oriente.
Prepare as
piras fúnebres, Europa.
As músicas de ninar não curam mais o pavor,
Dentro de seus olhos, seus olhos tremem.
Figuras de madeira, deuses pagãos, encaram cegamente
o oceano,
Próxima fronteira.
Apelos por ajuda saem dos nevoeiros além dos oceânicos,
Rogam por um salvador nascido de sonhos da ciência
Eles sabem que suas vidas estão perdidas até o
momento,
As cabeças sacerdotais se inclinam de vergonha e
impotência.
Eles não podem enfrentar a multidão trêmula em
convulsão
que se encolhe diante do nome de Grendel.
O andarilho
noturno procura suas refeições ao longo do caminho.
Prepare as
piras fúnebres
As músicas de
ninar não curam mais o pânico.
Dentro de seus olhos, seus olhos fervem.
Quando Grendel deixa sua casa coberta de musgo
Advindo das cavernas repletas de morcegos
Ao longo do caminho da floresta oriental, ele
adentra o salão do rei Hrothgar.
Ele sabe que a vitória está garantida,
Até a chegada de um herói.
Suas garras vão pingar sangue mortal enquanto os
raios da lua assombram o céu do ocidente
O caminhante procura suas refeições a Oeste
Prepare as
piras fúnebres
As músicas de
rezar não curam mais o pavor.
Dentro de seus olhos, seus olhos fecham.
Até a chegada Beowulf, em sua armadura branca,
Como um jaleco forjado no fogo laboral,
Ele vencerá com a astúcia dos sábios,
Armas acumuladas ao longo do caminhar da raça
Sapiens.
Amparado no ombro de gigantes pregressos,
Ele vencerá e dará aos súditos do rei Hrothgar.
A redenção final, o abraço esquecido e o entoar dos
sinos do retorno ao labor.
João Celecindo Grilo, do bando de Corisco.
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