Leitor anônimo, manda comentário sobre o post "Estado negocia com Bandidos para por fim a violência" que pela importância da discussão publico no blog em separado.
E segue a barbárie em SP. Hoje, 18/05, estamos a caminho de uma semana de conflitos e a FSP noticia on line a morte de mais nove pessoas e dez ônibus queimados.É difícil entre tantas palavras encontrar qual a mais adequada para expressar a conduta absurda do Governo do Estado de São Paulo, sem no entanto incorrer em grosseria com quem nos lê.O governo paulista depois da morte de mais de 130 pessoas, só na primeira escalada da violência, demonstrando o apreço que têm pela preservação das instituições democráticas e pela vida de seus cidadãos, negociou um "cessar fogo" com os bandidos em troca deles de uma comezinha exigência: eles poderem assistir a copa do mundo na televisão e assim cantarem "A copa do mundo é nossa/ Com brasileiro não há quem possa".Há quarenta corpos no IML de SP não reclamados, indicando, segundo uma autoridade da PM de SP, que a família não o faz porque os defuntos insepultos tem envolvimento com o crime. De fato essa é uma possibilidade, mas há outra, maior, que é a de não reclamarem por receio de se exporem a violência policial. Corrobora essa hipótese o fato dos jornais haverem noticiado que a mãe e o irmão do bandido Capetinha, um dos líderes do PCC, foram retirados altas horas da noite da casa em que moravam, postos de joelhos e executados sumariamente no meio da rua. Os carrascos, segundo testemunhas, identificaram-se como policiais quando arrebentaram a porta do barraco. Isto aconteceu logo depois do segundo dia da guerra de guerrilha urbana declarada pelo PCC ao Palácio Bandeirantes e antes da tal trégua.Por outro lado, o Governador de SP, num exercício de sociologia barata, culpa pelos fatos "uma certa elite branca" num arrazoado sem pé nem cabeça, que faria corar a mais cabeça oca das dondocas que frequentam a DASLU. Mas, talvez seja coisa de classe mesmo, pois O Liberal, o órgão de comunicação dos tucanos no Pará, acha que tudo se resolve construindo mais penitenciárias no Estado. O idiota anônimo que sapecou essa asneira no Repórter 70 precisa de melhor adestramento para que compreenda que antes da algema e do porrete as pessoas precisam de cidadania, se é que ele sabe também o que esta palavra significa. Se ele não sofresse certamente de analfabetismo ideológico não pensaria na solução mais e melhores cadeias como solução para um estado destituído de estratégia de desenvolvimento real, em que quase 13% de suas residências, segundo o IBGE, necessita ter seus moradores incluídos num programa de segurança alimentar por estarem em risco de subnutrição e desnutrição. Desenvolvimento, explique-se ao arremedo de jornalista e aos donos de sua voz, não combina com fome, nem tão pouco com mais penitenciárias.
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