Ontem o povo americano e investidores de todo o mundo tiveram o desprazer de ter que ouvir mais vez a fala de George Walker Bush.
Não era o rei da bravata diante das câmara de televisão, pelo contrário, era quase o esteriótipo ao contrário do homem mais poderoso do mundo.
Olhando atentamente, via-se um presidente alquebrado, com olheiras gigantescas, tudo por conta, certamente, de uma noite mal dormida após ter sido informado da rejeição do pacote de socorro aos bancos pela Câmara dos Deputados.
O presidente da nação que pode levar o mundo à bancarrota e desestruturar o já complicado sistema financeiro internacional, subiu o tom com palavras mais fortes apontando os riscos que a economia do país está correndo. "Continuarei lutando pela aprovação do plano com o objetivo de superar este 'momento crítico'”, disse à uma platéia desconfiada.
“Se a nossa nação continuar nesse rumo, os danos econômicos serão dolorosos e duradouros”, afirmou em tom sombrio. O presidente reconheceu que o montante de US$ 700 bilhões pedido ao Congresso para a compra de créditos podres dos bancos é alto. Mas pediu que os contribuintes vejam o volume em perspectiva, pois só anteontem a queda na bolsa de Nova York gerou perdas de US$ 1,2 trilhão no valor de mercado das companhias.
Ontem, em reunião na Fiesp na Avenida Paulista, os controladores das maiores empresas do país afinaram o tom: "todos os investimentos a partir de agora entrarão em compasso de espera até que seja possível vislumbrar uma solução para essa crise", falou o porta-voz do grupo.
O day after da quizumba dos deputados americanos, a maioria em campanha pela reeleição não quis dar o braço a torcer e a responsablidade pela culpa da aprovação do pacotão foi jogado de um colo ao outro. Democratas e republicanos passaram o resto do dia tentando convencer seus eleitores que a culpa era do outro.
O outro nesse caso eu entendo que seja o próprio presidente Bush. Enfraquecido e sem comando, Bush joga a cartada final. Senadores podem votar hoje plano de US$ 700 bi. Se a briga de comadres persistir, o mundo todo estará "frito".
4 comentários:
Uma crise no sistema financeiro nunca é algo absolutamente ruim, ao contrário, é a comprovação de que algo deu errado e precisa ser corrigido.
O atual cenário nos permite também chegar a algumas conclusões:
1- Vejo na figura de Bush possivelmente o último César da nação norte-americana, ou pelo menos um tipo ao estilo do imperador Nero;
2- Vejam que se houvesse, como há no Brasil, a tal medida provisória, esse plano de socorro não estaria sendo tão debatido e democraticamente aperfeiçoado. Essa grana todo ($ 700 bi) já estaria nos bolsos da mesma gente que foi responsável a responsável por deixar o negócio chegar a esse ponto.
O candidato Barack Obama garantiu que se for eleito vai atrás dos responsáveis.
Seria um bom começo não acha ASF?
Será possível? É aguardar pra ver.
O Senado americano acaba de aprovar o pacotão de ajuda anti-crise ASF.
Menos mal.
Vejamos como as bolsas reagem amanhã a notícia.
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