sábado, 25 de outubro de 2008

Um resgate





Já que os flaneur´s estão de folga hoje, certamente curtindo o recato de suas casas de praia e campo, resta-me aproveitar o terreno vazio e engrenar o 3.o volume, movido pela vontade de prestar uma homenagem: resgatar o nosso Elton John do samba brasileiro.

Uma sábia frase ocorreu-me de bate pronto: levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Um inside que enseta uma história triste.

A referência de memórias em questão tem como endereço o cantor, instrumentista e excepcional compositor Benito de Paula, assolado, até hoje, pelo martírio das drogas: cocaína!

Faço-o por um motivo muito simples: conheço de cor e salteado todas as músicas de de Paula. Todas, em minha modesta opinião, lindas. Adoro-as.

Gravei nos neurônios numa temporada de 30 dias numa casa a quatro passos da Fonte do Caranã, no balneário de Salinópolis (PA) as músicas de Benito. Jamais as esqueci. Tinha 10 anos de idade e as escutava num gravador Phillips.

O senão dessa história é ainda mais triste e tem como protagonista a TV Record de São Paulo.

A rede daquele que se considera o interlocutor de Deus na terra, protagonizou uma das mais constrangedoras cenas que jamias vi. Não entrarei em detalhes, porém, registro o meu protesto à essa nefasta forma de conquista de audiência.

Resumindo: humilharam Benito de Paula.

Ao contrário dos vendilhões de almas, eu façao com muito orgulho o resgate desse gênio atormentando do samba brasileiro que introduziu o sofisticado arranjo pianístico à um gênero que apesar de popular, gerou, soube depois, narizes torcidos de críticos musicais que usam a idefectível gravata borboleta.

Curtam a minha homenagem ao Elton John do samba brasileiro.

P.S.: A arte-criação dos bolachões é de autoria sob minha supervisão do melhor webdesigner de Brasília. O nome dele é Dgeison e é um cara fora de série. Trabalhamos juntos há três anos e o amigo me surpreende pelo talento a cada dia de nossa rotina.

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