sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sobre o ajuste Microsoft/Governo do Estado

No post Protesto da comunidade de tecnologia, repercuti um e-mail recebido do Sindicato dos Empregados em Tecnologias da Informação no Pará e Amapá que protestava contra o acordo firmado pelo Governo do Estado com a Microsoft.

ASF, leitor do blog, apresentou comentário em que linka postagem do blog do professor Sérgio Silveira, da pós em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo, a respeito do tema. O título é "Governo do Pará vai privatizar e-mails de funcionários públicos".

O assunto já obteve repercussão nacional - e, à toda evidência, de modo negativo.

4 comentários:

Carlos Barretto  disse...

Isso é um escândalo!
Mas de maneira nenhuma, uma surpresa, em se tratando da Microsoft, que costuma utilizar estratégias sabidamente agressivas de se impor no mercado.
A surpresa definitiva, está em o Governo do Estado do Pará, aceitar candidamente que isso ocorra, como se não estivéssemos atentos.
É hora de ouvir alguma manifestação oficial a respeito. Ou então, pegar a peia.

Val-André Mutran  disse...

Só prá nós! Não espalhem.
Eis o primeiro grande "furo" jornalístico do Flanar.
Falo de repercussão nacional, ok?
Parabéns Francisco!

Anônimo disse...

Sérgio Amadeu foi presidente do ITI, ligado a Casa Civil, no primeiro governo Lula. E justamente o personagem que pôs fim a farra das licitações com cartas marcadas para venda de licenças Microsoft para toda a esfera federal. Tradução, evasão de divisas.

Pesquisem na web sobre o "Caso TBA".

Sérgio também cunhou o termo "táctica de traficante" e o atribuiu a conduta da Microsoft que faz vista grossa à pirataria desenfreada dos seus softwares para o usuário final e através da ABES apenas acina judicialmente as empresas. A inspiração parao termo veio de um comentário do próprio Bill Gates sobre a pirataria de software nos países em desenvolvimento.

A Microsoft na época o ameaçou de processo mas não teve coragem de levar isso adiante (e perder as polpudar verbas para compras anuais de novas licenças para o governo federal?).

Hoje nossas amigos da Prodepa resolveram "patrocinar" uma nova farra para a gigante no âmbito do governo do estado do Pará.

E eles não estão sozinhos, seguem o exemplo do governo Serra em SP e agora junta-se ao time o governo Sérgio Cabral no Rio de Janeiro.

Agora querem saber o que eu acho? Ficará por isso mesmo. Daqui à três ou sete anos contabilizaremos o estrago.

Anônimo disse...

Só mais uma coisinha: suponhanos que daqui a um tempo a Microsoft desista de fornecer as contas de correio "doadas" para o estado, o que acontecerá? Os milhares de usuários ficarão sem poder se comunicar?

Alguém já se questionou sobre essa possibilidade ou nossos colegas hoje à frente da Prodepa ficaram tão lisonjeados que essa possibilidade não foi ventilada? Ou será que tem mais coisa que não estamos sabendo?

Afinal quais são o termos desse acordo?

Como não houve concorrência para fornecer o serviço quem poderia substituir a Microsoft em caso de um eventual problema ou desistência?

E a infra do estado como fica? Será abandonada? No caso do orçamento aprovado para a Prodepa o que acontecerá com os recursos destinados justamente a esses serviço para o Navega Pará?

Levando em conta a postura responsável e moralizadora assumida pelo Sérgio Amadeu no passado, ainda à frente do ITI, acho que cabe mais uma pergunta: o nosso PT é diferente do dele?