Vamos em frente!

Criar, editar, informar e manter um blog, tem dessas coisas. Infelizmente.
E é igualmente lamentável que em pleno século XXI ainda tenhamos que enfrentar a idade média.

Antes, os "ossos do ofício", por assim dizer, restringiam-se a um ou outro comentarista desatinado (100% anônimos, é claro), inclinado a destilar seu ódio, inveja (existem trabalhos científicos provando isso), interesse contrariado (não há ciência necessária neste caso) ou algo que o valha. Tal característica, constitui assim, o que decidimos chamar de "tediosa rotina dos blogs". Rotina que inclui moderar negativamente comentários maldosos, agressivos e até com supostas "ameaças de morte", feitas normalmente por covardes, que sequer tem a coragem de se identificar.

O termo é sem a menor dúvida mais adequado do que exatamente "ossos do ofício". Até mesmo, pelo simples fato de que ninguém, ao menos neste blog, aufere um centavo sequer de lucro por emitir opiniões, muitas vezes, frontalmente opostas a quem de fato domina o chamado poder econômico. Não temos de fato nenhum ofício relacionado ao blog. Apenas e tão somente, emitimos opiniões. Algumas em meio a muitas e diversas. Felizmente. Que assim seja sempre. Um mero diletantismo. Todos no Flanar tiram o seu sustento de outras atividades profissionais. 2 advogados, 1 jornalista (que aqui atua como DJ, muito embora, a exemplo de todos os demais, tenha passe livre para atuar como desejar), 1 publicitário e 3 médicos. Nosso Juca, o publicitário, pela pouca frequência que tem no Flanar, quase que empresta seu nome ao blog. Mas o blog, muito dele se orgulha. E este poster particularmente, muito a ele deve, pelo estímulo que forneceu no nascedouro do projeto que hoje se transformou em realidade, com a média atual de 300 visitantes/dia, ou cerca 350 page views/dia, como desejarem analisar.

Certamente, os demais posters do Flanar, terão seus motivos, suas preocupações, seus anseios particulares em relação ao Juca. Mas para mim, ele sempre será o nosso Juca. O Juvêncio do Quinta, que nos fornece diariamente a informação sem os filtros da chamada "grande imprensa", lá instalados por interesses de ocasião. Neste particular, Juca se arrisca muito. E pelo número de visitantes/dia de seu blog, se desejasse, bem que já poderia estar ganhando alguma grana extra, instalando parcerias do tipo adwords, adsense, com links patrocinados do Google. Tem blogueiro que hoje vive de seu projeto, optando por estes serviços. E ainda se gaba disto. Bem que poderia. Mas ele, ao longo destes quase 4 anos de existência, preferiu manter o Quinta com aquele aspecto espartano, clean, de rápido carregamento, mas absurdamente rico em informação e opinião. Tal decisão, tenho certeza, é plena, consciente e madura. É a opção pela palavra mágica, que anda em falta na chamada modernidade brasileira: credibilidade.

Mas tanto para o Juca quanto para toda a massa que constitui o que chamamos de blogosfera, lembro que ela também tem disso. E quando esta lembrança vem à tona (volta e meia ela tarda mas não falha), acontece o que o Jeso em seu blog designa como deprimente.
Para isso, receitaria uma singela frase, que frequentemente utilizamos em nossas discussões de bastidores, no que atrevo-me a designar como "Conselho Editorial do Flanar". Uma reuniãozinha de pauta, que vez por outra fazemos por e-mail, decidindo sobre a publicação ou não de algum tema mais marcante ou palpitante. "Discutindo a relação", para ser irônico. Na sequência de e-mails que trocamos, concordando ou discordando, acostumamo-nos a dizê-la com elegância. Talvez seja boba, ingênua, regular, normal, ou seja lá o quê você, leitor, possa fazer juízo. Mas para mim, e talvez para nós, ela representa muito mais. Representa nossa disposição de conviver, tolerar, ouvir, e por quê não, mudar. E é com ela que finalizo este post de estímulo ao amigo Juca, que acompanha e participa destas discussões. Ele saberá entender exatamente o que ela representa.

Vamos em frente!