O Norte foi a região brasileira não representada no ranque das 50 melhores escolas do país, de acordo com os resultados do último Enem. Pergunta-se a quem tiver brios, que por suposto não se ofenderá: Toparemos o desafio de reverter esse vexame, ou assistiremos como fossemos postes o desfile das escolas?
5 comentários:
A análise do ENEM aí no Pará a revela mais algumas coisas interessantes.
No Pará nenhuma escola pública estadual ou municipal ficou entre as 20 melhores, somente escolas particulares (17) e escolas públicas federais (3).
Em compensação, dentre as 20 piores escolas, 19 são estaduais (16 no interior, duas em Belém e uma em Ananindeua), apenas uma é particular.
E o que é pior é que se algum assessor da governadora Ana Júlia ou do prefeito Duciomar Costa ler isso aqui ainda vai justificar esse fato colocando a culpa nos governos anteriores - ou nos próprios alunos...
O pior é isso, Itajaí: os políticos NUNCA assumem que algo está errado, que o que há de errado é culpa deles e que são eles tem que fazer algo pra situação melhorar...
Itajaí, devemos acrescentar, ainda, que a elite econômica belenense sai dos bancos escolares particulares para cursar...faculdades particulares. À médio prazo, a elite econÔmica e o Pará vão agar um preço caro por não valorizar suas universidades federais, que proporcionam um choque de realidade e diversidade que farão falta na formação dessa geração. Como mencionou o prof Alan, os mandatários se apressarão, se cobrados, a colocar a "culpa" em governos passados. Particularmente, a verdade é que não se encontra nem que cobre tais resultados.
Prof. Alan,
Contra esse tipo de fato não há argumento que supere a vergonha, pouco importando se o desastre começou na época de Pedro Teixeira, ou quando o Penharol veio ao Pará pra padecer.
Osvaldo,
Se antes de algum modo as elites paraenses ainda traziam um conteúdo civilizatório, esta que foi gestada nos últimos 50 anos decai dia a dia no seu fazer político em direção a uma responsabilidade social anã.
Quando olho, por exemplo, o esforço e o avanço do estados do Nordeste, com seus grupos de pesquisa, com suas escolas situadas entre as 50 melhores do país (algumas delas situadas no Piauí, um dos estados economicamente mais pobres da federação), eu fico orgulhoso e ao mesmo tempo triste, pois vejo que as mazelas sociais do Nordeste de ontem agora crescem viçosas por aqui.
Entretanto não devemos desanimar.
Confesso que gostaria de ter lido um Comentário do Prof. Meirivaldo Paiva neste momento. Na sua coluna de 2a feira ele sempre tinha sua crítica construtiva balanceada por senso incomum de equilíbrio. Creio que meste momento ele mudou de posição no túmulo e sua língua enrolou. Foi reflexo de mais um dano cerebral na sua memória cinzenta ainda bastante viva entre nós.
Roger Normando
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