domingo, 8 de janeiro de 2012

Gastronomia: Remanso do Bosque


Imagem: divulgação

Há tempos tenho vontade de compartilhar aqui no blog informações sobre restaurantes, lanchonetes, biroscas e estabelecimentos afins da nossa Belém, mas sempre fui impedido por fatores ocultos vários.
Pois bem, na sexta fui a um restaurante novo, o Remanso do Bosque, e tive uma surpresa tão grata que justificou a geração desta postagem.
Talvez o astral da nossa mesa, composta por 9 pessoas em perfeita harmonia, tenha contribuido para tudo fluisse com perfeição.
Em espaço físico definitivamente agradável, a cortesia se espalhou pelas mesas e as caipiroskas de tangerina (com Absolut) estavam perfeitas!
Não houve entradas e passamos direto ao que interessa no local: o peixe.
A pescada amarela na lenha estava sublime, e todos os outros pratos foram elogiados pelos demais comensais.
A nossa comentarista frequente Silvina, se ela me permite o comentário, atracou-se com uma suculenta costela de tambaqui que mais parecia de brontosauro, de tão bonita.
A sobremesa de queijo do Marajó assado, associado à compota de bacuri, gerou uivos coletivos de aprovação.
O chef Thiago Castanho está realmente de parabéns.
Quanto ao preço, tudo saiu por cento e poucos reais per capita, com a sensação de justiça plena e absoluta.
Recomendadíssimo.

13 comentários:

Silvina disse...

Huuummmm! Aquele brontosauro, oops! Tambaqui tava de comer rezando. Muitos eloguiosos comentários elogiosos ao arroz de jambu mesclado com pétalas de castanha. E os camarões... Saborosos, segundo nossa querida amiga Alice. Realmente foi uma noite memorável e absolut-amente agradável e feliz. Merece repeteco, heim?

Yúdice Andrade disse...

Scylla, considero postagens sobre os estabelecimentos de nossa cidade um serviço de utilidade pública, porque ninguém melhor do que o consumidor para dizer se a experiência valeu a pena, se foi bem tratado, o que achou do paladar, do ambiente, dos custos, etc.
Agradeço a dica, pois já esperava pelo restaurante em apreço faz tempo. Vou lá conferir, até porque o cardápio citado encheu minha boca d'água.
Quando eu for, faço a minha postagem.

Anônimo disse...

É do mesmo pessoal do Remanso do Peixe, lá da Barão do Triunfo?

Scylla Lage Neto disse...

Silvina, quem toma Grapette, repete...
Rssssss.

Scylla Lage Neto disse...

Yúdice, aguardo sua postagem.
Um abraço e bom apetite!

Scylla Lage Neto disse...

Sim, Alan, é do mesmo povo.
Confesso que senti falta da tradicional caldeirada no cardápio.
Às vezes, a dita alta cozinha é obrigada a abandonar a essência.
Vindo à Belém, não deixe de ir lá.
Abraços.

Francisco Rocha Junior disse...

Caro Scylla,

Já fui três vezes ao Remanso do Bosque e não fui feliz. Confesso que só insisti tanto porque gosto muito do Remanso do Peixe, tanto em relação à cozinha (que não precisa mais de elogios), quanto ao serviço. Fosse outra casa, depois da 2a vez eu não iria mais.

Nas duas primeiras oportunidades em que estive lá, meu prato chegou antes do dos meus acompanhantes. Na 1a vez, tive que esperar quase 20 minutos para que os pratos da minha mulher e da minha sogra chegassem. Esperei pelo menos 10 minutos até que o maître, na tentativa de minimizar o problema, levasse meu prato para a estufa - algo meio non sense, considerando que não estamos falando de PF ou de comida por quilo. Acho isso imperdoável para um restaurante onde o chefe e a administração de salão têm tanta experiência no ramo.

Nas duas últimas vezes, por outra, não comi tão bem quanto gostaria. Se na primeira oportunidade, a comida demorou, em compensação meu prato veio muito bom. Mas com um detalhe: eu havia pedido lombo de pescada e me trouxeram lombo de bacalhau - com a devida correspondência no preço. Não reclamei porque comi bem e porque acredito na boa-fé da casa. Mas este é um erro também muito grave.

A elogiar, o serviço é bom. Não tão bom quanto o do Remanso mais antigo, pois peca por alguma desatenção e certo maneirismo exagerado dos garçons, mas não compromete o estabelecimento.

Finalmente - e essa é uma opinião muito particular minha -, creio que há um erro de concepção generalizado nos restaurantes da terra (e o Remanso do Bosque o repete) ao tratar ingredientes locais como um olhar e uma mão "forasteiros". Tucupi é para ser usado como tucupi e é isso o que quem vem de fora quer comer; reduzi-lo para servir como molho grosso em filetes ao lado do magret de canard é distorcer e desqualificar a cozinha da terra. Afinal, não reclamamos quando cariocas tomam açaí como refresco, misturado com granola? Por que repetir essa postura esdrúxula quando podemos mostrar toda a grandiosidade da nossa culinária naquilo que sabemos fazer (e fazemos bem há tanto tempo)? Deixemos que o Alex Atalla use farinha de tapioca para empanar camarão; nós deveríamos elaborar melhor nosso café com farinha para servi-lo aos estrangeiros da terra, que certamente ficarão maravilhados com a riqueza de pratos tão sofisticados em sua simplicidade.

Espero que meu comentário não pareça mau humorado!

Abração.

Geraldo Roger Normando Jr disse...

Gostei da Ideia do "Cilão" acerca da gastronomia paraense. Um dia vou falar do meu brejo preferido, uma espécie de baixa-gastronomia de Belém, que fica lá na Angustura. Gosto de ir lá no meu fusca, o "Pirento blue" que o Itajaí cognominou em uma das nossas narrativas. Na birosca, cujo nome é PATA RABUDA, tem o Garçom Xexéu, ex lateral-direito da Tuna, que não deixa a cerveja esfriar. Na Cozinha tem a D. Maria. Peça Dourada, ou Pirarucu e desgustem com a farofa. Comam em genuflexo, conforme relata a Silvina. Aí vocês vão querer abandonar os Remansos da vida, ahahah!!! Se quiserem ser mais bem atendidos, eu empresto minha Carteira de Identidade ou as chaves do "Pirento Blue", ahahaha.

Scylla Lage Neto disse...

Francisco, acho que fomos ambos vítimas da estatística gerada pela irregularidade na qualidade, um de forma positiva e outro negativamente.
A minha intenção inicial era de degustar uma caldeirada bem regional, talvez servida em prato de porcelana, com talheres de prata, e abastecida pelos melhores e mais frescos ingredientes.
Como não havia esta opção, mergulhei de cabeça na cozinha meio fusion apresentada, porém baseada nos nossos peixes.
Na nossa mesa foram 7 pratos diferentes para 9 pessoas e todos adoraram. 100% de aproveitamento, portanto.
Quanto ao serviço, o padrão Belém sempre o nivela. Eu também não curto maneirismos de garçons tipo "Mr. Nice Guy", mas lá fomos corretamente atendidos.
Concordo com você que o melhor da nossa culinária não deve ser modificado.
Insisto que a falta de regularidade no sabor e até mesmo na apresentação dos pratos é a raiz do problema.
Tenho amigos que comem no La Madre sempre e são alucinados pelo restaurante.
Pois TODAS as vezes que fui ao La Madre, comi mal.
Freud explica?
Abraços.

Scylla Lage Neto disse...

Roger, observe que foi mencionado no início da postagem que serão abordados os "restaurantes, lanchonetes, biroscas e estabelecimentos afins da nossa Belém", ou seja, em breve chegaremos na PATA RABUDA, no COSTA NUA, no BIG MENGÃO e outros.
Quanto ao empréstimo do Pirento Blue, eu topo.
Rssss.
Um abraço.

l_luizz disse...

Nem Jesus agradou a todos

Scylla Lage Neto disse...

Verdade absoluta, Luizz!
Voltei lá há poucos dias e fui novamente bem servido - tudo estava divino!
Abs.

Scylla Lage Neto disse...

Verdade absoluta, Luizz!
Voltei lá há poucos dias e fui novamente bem servido - tudo estava divino!
Abs.