Matéria na edição de hoje, 9, do Diário do Pará, informa os resultados dos estudos do IPEA sobre a viabilidade econômica da divisão territorial do Pará. Os números mostram a inviabilidade do esquartejamento, tanto que as propostas nesta direção que tramitavam na Câmara Federal foram arquivadas pelo presidente da Casa.
O deputado federal Giovani Queiroz, do PDT - que em 2007 brandiu resultados parciais de um estudo do instituto em defesa da causa que advoga com ardor - vai precisar de um outro pincel pra se segurar pois este, no horizonte de vida e atuação política do combativo deputado sudestino, já era.
No Oeste do Pará, mais precisamente em Santarém, o chororô, especialidade mocoronga, vai ser grande.
Nas duas regiões, entretanto, a crise que se abateu sobre o globo, que se prenuncia longa e penosa, vai deixar lições sobre território, meio ambiente, diversidade e futuro.
Tomara que essas lições também sejam observadas na capital e suas despreparadas elites.
21 comentários:
Juvêncio, não creio que o último parágrafo te salve da fúria de uns tantos que lerão esta postagem. Ainda mais com essa menção à "especialidade mocoronga". Mas como me dirijo a um estudioso da Ciência Política, é o caso de perguntar:
1) O estudo do IPEA é confiável? Não me refiro ao instituto em si, mas a este estudo em específico.
2) Arlindo Chinaglia, presidente da Câmara dos Deputados, que pediu o estudo como forma de subsidiar decisões daquela casa (alegadamente), poderia estar a serviço de algum interesse não declarado?
3) A metodologia empregada nesse estudo pode garantir que ele realmente jogue uma pá de cal no tema da divisão de Estados ou se trata de um cenário plausível, porém discutível?
Aguardo suas manifestações e, claro, as do Val-André, que não tardarão.
rsrs...bom dia,caro professor.
Com efeito já passei da fase de me candidatar a concursos de Mister Simpatia. Claro que vão se aborrecer, separatistas e elites despreparadas da capital...eheh. Mas não deixarão de ser o que são.
De todo modo, espero que os primeiros encarem a postagem com um mínimo de senso de humor, o mesmo que demonstram quando sacaneiam os que discordam da separação, e que os segundos tenham a humildade de não se sentirem exceção numa regra geral que se abate sobre a elite brasileira. Por que a paroara seria diferente?
Bem, o Ipea tem credibilidade,mais do que qualquer consultoria dessas contratadas pelos plantonistas do esquartejamento, a Vale incluída.
O interesse "não declarado" do presidente Chinaglia - além de cumprir a responsabilidade que tem de cuidar de que não se jogue recursos públicos no mato - atende a preocupação, de majoritários setores da casa, mas também de estudiosos da Ciência Política, quanto à assimetria da representação política na Câmara, perturbada gravemente pela reforma de 78, que estabeleceu um número minimo de oito representantes ( Acre e Amapá, por exemplo) e no máximo setenta deputados por estado ( São Paulo), pervertendo a lógica da representação na medida que um voto de estado pequeno "vale mais" que um voto de um grande estado. Pela conta correta, estados pequenos teriam apenas um representnte ou São Paulo deveria ter mais de 120.
É complicado? É sim, mas se não há- e não há - condição política para aplicar a Matemática na representação, tampouco há - como demonstra o deputado Chinaglia -que se esperar que a Camara admita mais deputados oriundos de uma subrepresentação de tres ou mais novos estados que contribuiriam para um aumento da assimetria.
Iso nos leva à sua terceira indagação. É claro que o deputado Queiroz - e todos os políticos destas regiões, e não só no Pará -sabe disso melhor que nos.
Mas Giovani et alli tem dificuldade para encontrar outras bandeiras para sua representação, ou alternativas de convencimento de seu eleitorado que esta é uma luta inglória. Daí se agarrarem com todas as unhas nos rôtos pavilhões que teimam em levantar na frente das casas de Noca da região sudeste.Tudo fita, claro. Compreeensíveis no plano da política mas nem por isso imunes à crítica.
É o que faço,há anos, no Quinta.
São essas considerações que jogam a divisão para o fundo da cova que, na realidade, residem.
Quanto ao mano turco não se preocupe. Já conversamos sobre isso e respeitamos as nossas posições.
Abs
Poderíamos apoiar a divisão do Marajó, mas não para formação de uma Estado, mas, sim, de um País!!!
E... JUVA PRA PRESIDENTE!!!
:):):):):):)
Nem assim eu apoio...rsrs
Mas vc seria meu ministro, Lafayette. Do Tribunal de Contas...eheh
Pô, mas eu juro que não teria aquela cara de égua-na-chuva do Coutinho... ah não teria não! rsrsrs
O deputado solicitou a cópia do estudo e, a princípio, antecipa, que se assim fosse, o Estado do Tocantins não seria o sucesso que comprovadamente o é.
Por ora é só que temos a manifestar.
O blog adianta o trabalho do caro deputado.O trabalho está aqui:
http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/tds/TD_1367.pdf
Por ora, agradecemos.
Juvêncio, agradeço a resposta, muito elucidativa.
Val-André, na boa, o que significa dizer que Tocantins é um sucesso? Sucesso em quê, exatamente?
Ainda não lhe "apresentaram" o Estado do Tocantins, camarada que teve seu comentário recusado?
Veja aqui, ó:
http://to.gov.br/
Acredito que todos os amigos sabem de minha posição em relação a criação de novos Estados e não apenas os três consultados no estudo que será analisado pela assessoria do deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), que se posicionará publicamente sobre o assunto.
As gestões de tramitação dos PDC´s na Câmara e no Senado seguem o rito de tramitação normal.
Nada está engavetado, pelo contrário.
Finalmente gostaria de deixar claro ao amigos e leitores que quem faz a política é o deputado Giovanni, e cumpro da melhor maneira possível minha missão como seu assessor de imprensa.
Mestre Juvêncio, obrigado pelo atalho. Também recebemos rapidamente o estudo.
Ah! Continuo de férias.
Abs a todos.
Mestre Val-André, o cumprimento de suas missões profissionais é o que lhe levou, com todos e indiscutíveis méritos, à Brasília.
E mesmo ficando restrito ao campo profissional, suas atitudes e reações só respaldam o carinho que vc recebe de leitores, amigos e fãs, como este aqui.
Quanto ao lado pessoal, nem é preciso falar. Vc é irmão. de "outro estado", mas irmão.
E acima de qualquer diferença de opinião.
Abs
É só dar uma "passeada" pelo sudeste do Pará para ter uma noção do Por que do pedido de separação. Se isso resolveria os problemas? Não sei... Provavelmente o sudeste do novo Estado reclamaria que a capital só tem olhos para si...
É maios ou menos o sentimento que perpassa no oeste do Pará. Hoje, no blog do Jeso, a notícia gerou uma interessante discussão.
Veja em:
http://www.jesocarneiro.com/novos-estados/ipea-diz-que-tapajos-e-carajas-sao-inviaveis.html#comment-17818
Amigo Juvêncio. Muito obrigado pelo cavalheirismo, grande estímulo e sincera amizade e respeito com os quais sempre pautamos nossas relações.
Nosso modo de pensar, não tenho dúvidas, é quase 100% nas mesmas trincheiras.
Sua gentileza no trato geral nesse complicado contexto da diversidade de opiniões na blogosfera é, reafirmo com muito orgulho, uma aula de inteligência a nos oxigenar, sobretudo da imensa carência de propostas; estilo limpo, seco e mordaz; inconfudível, no modo de entabular opinião sobre coisas, gentes e comportamento, muitos deles, nada republicano. Na turba, alguns, não muito bem educados ou que, invariavelmente, ao se expor, mostram um lado bem interessante de suas personalidades e, com certeza: alter-egos, saem arrasados quando, invariavelmente, Vossa Senhoria enquadra o bom senso, expõe a razão e liquida com aerosol a perfídia e canalhice com que alguns elementos tentam manipular os fatos.
O que lhe faz, sem sombra de dúvidas, nosso amável mestre nesse meio.
A título de informação, vou revelar aos leitores, o poder da blogosfera quando utilizada para o bem.
O único flaneur que conheço pessoalmente é o meu querido amigo Carlos Barretto. Porém, de todos nesse mar de blogosfera, onde atuamos com muito entusiasmo sobre as coisas da vida, sendo duros com o meio político que nos cerca; exigindo muito, mas muito mesmo, de todos o que estão ao nosso redor; seja talvez porque, temos a sã consciência de que somos personagens, antes de tudo, da vida real, como numa grande novela.
A novela da vida.
Somos de carne e osso. Ralamos pra caramba para, com seriedade, administrarmos o que temos.
Pautando-nos com um comportamento ético e quilibrado mesmo na ferocidade da crítica que tem que ser dita, não no sentido de conspirar contra ninguém, ofender alguém, mas, para termos nossa consciência limpa de que estamos fazendo a nossa parte e defendemos no que acreditamos, até prova ao contrário.
Não desejo, em minha duríssimas críticas, sob os auspícios de minha consciência enquanto paraense nascido em Marabá e de lá, migrado para Belém, a qual considero uma das mais belas cidades que já tive o privilégio de morar e conhecer a fundo, a intenção irresponsável da fofoca, maledicência ou o disse-me-disse.
Minha seara é outra bem longe dessas futilidades fáceis.
E para não tomar o tempo de meus preciosos amigos e amigas. Concluo sobre o assunto do post original do mestre Juvêncio, que a revisão da geopolítica brasileira na Amazônia e no Nordeste são favas contadas. O tempo dirá em razão do movimentos das peças políticas desse grande tabuleiro que é o Brasil.
O estudo está restrito à custo. E os outros custos?
Abs a todos e aviso aos navegantes que hoje fez uma praia linda.
Até mais.
Val-André, que não conheço pessoalmente, mas percebo nobresa no debate das idéias. E como é bom debater, com urbanidade, idéias e ideais.
Bondade sua lorde Lafayette.
A intenção é essa: o debate civilizado.
E o Flanar cresce com contribuições de leitores e comentaristas com ampla janela, como é o seu caso.
Seu blog é muito legal e vou linká-lo ao Pelos Corredores do Planalto.
Abs.
P.S.: O sol está lindo aqui e vai dar praia.
Estou em Maresias (SP).
Mestre Val-André,obrigado por suas palavras de ontem...mas não é preciso matar-me de inveja...rs
Coma uns petiscos do mar por mim.
Em fevereiro, na semana anterior ao Carnaval, faremnos isso juntos em BSB.
Abs
Ei, Val-André... como é?!
O Psol está lindo aqui e vai dar praia?
:):):):):):):)
Olá Yudice. Após 21 anos de criação o Estado do Tocantins reverteu uma história de pobreza e exclusão social.
Sua capital, Palmas, é uma das cidades mais bonitas do Brasil.
Suas cidades estão com as ruas praticamente todas asfaltadas e com saneamento básico e esgoto.
Mais sobre Palmas o próprio Ipea diz aqui: http://www.jornalstylo.com.br/noticia.php?l=ccf4f64eb417672315ec46e29d9c5f60
Retorno das férias na próxima sexta-feira, para que possamos retomar esse assunto.
Destaco que o estudo do IPEA divulgado no post original não se refere a inviabilidade do Carajás.
O próprio Ipea deixou claro que as potencialidades do Carajás o tornariam viável sob o ponto de vista econômico numa análise contextualizada geopolítica. Ou seja, se assim sua população quiser, e isso que propopmos: um plebiscito para que o eleitor paraense julgue nas urnas essa questão.
Ressalto, ainda que o IPEA não faz estudos conclusivos.
Um abraço a todos.
Val-André, tenha a bondade de reservar uma mesa no Porcão para a segunda feira magra.
Vou aparecer aí de paletó e tudo ...eheh
Abs
Seu pedido é uma ordem mestre.
Confirme apenas a data direitinho no valmutran@gmail.com
Abs.
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