Copérnico em paz

Enfim, enterraram Nicolau Copérnico (1473-1543), o pai da Astronomia moderna. Agora, pode descansar em paz o astrônomo polonês que pensou a teoria do heliocentrismo: o sol é o centro do sistema solar, os planetas giram em torno de si e do sol. O enterro aconteceu hoje, dia 22 de maio, na catedral de Frombork (uma construção do século XIV), no norte da Polônia, às vésperas dos 467 anos da morte do cientista. Os restos de Copérnico foram identificados em 2005, na área da catedral. Sabia-se que ele havia sido enterrado por lá, em local ignorado. Durante dois séculos, pesquisadores poloneses franceses e alemães tentaram, em vão, localizar os restos do astrônomo. Somente há cinco anos, o túmulo de Copérnico foi encontrado pelo arqueólogo Jerzy Gassowski, professor do Instituto de Antropologia e Arqueologia de Pultusk, também na Polônia. Gassowski comandou a identificação dos restos do astrônomo, uma tarefa que teve a ajuda de pesquisadores suecos de Uppsala. A descoberta do crânio de Copérnico permitiu a reconstituição virtual do rosto do astrônomo (na foto acima). Ele foi o homem que o Papa João V, em 1616, colocou na lista dos autores proibidos por considerar a teoria heliocêntrica contrária às Escrituras Sagradas. Antes desse novo enterro, os restos do cientista fizeram um cortejo pela região de Warmie, cheia de igrejas e castelos góticos. Era por esses lugares que o grande sábio costumava passar na qualidade de cônego e, principalmente, de administrador dos bens da igreja. Foram as idéias de Copérnico em seu livro, De Revolutionibus Orbium Coelestium, que iluminaram Galileu Galilei e toda a astronomia no século XVII. Apesar da Santa Sé.