segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mano Chau em Belém: Pinduca


Pinduca e seu tradicional visual. Imagem: Carlos Barretto
Vamos então ao palco principal para um rápido intervalo. A esta altura, um pequeno chuvisco começa a surgir, trazendo desconforto para a galera que ocupa o lugar ao ar livre, chamado à boca pequena de "mundícia". Talvez o termo venha de imundície. Não sei ao certo. O fato é que com a chuva que depois iria se tornar por alguns minutos torrencial, a lama já fazia parte do roteiro de quem por lá ficou.
A esta altura, a platéia estava visivelmente maior. Todos os espaços estavam ocupados. Era algo desconfortável transitar nos diferentes ambientes. Seja para adquirir cervejas (3 reais uma latinha), seja para satisfazer algumas necessidades imperiosas, sempre aumentadas nestas circunstâncias.
Mas era a hora de circular, dar uma olhada panorâmica, encontrar amigos, registrar presenças ou mesmo se esconder deles. Aí depende. Cada qual com seus problemas. Hehe. Mas desde o início, percebi que me esconder, não era uma alternativa possível (e nem exatamente desejável). A Nikon, seu enorme flash (agora profissional) e a mochila da National Geographic eram acintosas demais, numa platéia na maioria, despojada, digamos. Mas este perfil, me ajudaria mais à frente. Mas eu precisava da mochila. Não só para transportar o pesado equipamento, bem como para protegê-lo da chuva.
Mas eis então que entra Pinduca no palco. Com 3 dançarinas e grande banda. E toma-lhe carimbó. Cantou as principais músicas de seu famoso repertório, sempre interagindo com o público que acatou e aceitou a diversão. Entre elas, destacamos Sinhá Pureza, Tia Luzia Tio José, O Pinto, Dona Maria, entre outras.
Ele, manteve seu tradicional visual cambando pro extravagante. Mas que se tornou sua marca registrada. O chapelão cheio de pinduricalhos, um colete de cetim multicolorido por cima de uma camisa branca de mangas bufantes. Afff! Mas funcionou. E balançou com a galera, que a estas alturas, já aguardava com certa ansiedade o show principal da noite.
Imagem: Carlos Barretto
Nesta altura, botei o uniforme de fotógrafo para funcionar e entrei sem dificuldades na área VIP, registrando algumas imagens. Graças a gentil produtora, que me permitiu. Logo no início, gentilmente, ela me abordou para fazer um acordo. No show do Manu, fotografias seriam permitidas apenas nas 3 primeiras músicas do grupo. Depois, guardar câmera. Aceitei e admirei sua gentileza. Mais tarde, teria mais para agradecê-la. Ela e Eduardo Alcântara, engenheiro-agrônomo cearense, amigo pessoal do Manu Chao. Mas esta história é para o próximo capítulo. E vamos à ele. Finalmente!

3 comentários:

. disse...

Ooooolha!!!
Foste pra um show descolado!!!
Tô gostando!

Carlos Barretto  disse...

Pois não éééééééé!
Rssss.
Bjs

. disse...

Pinduca é uó em qualquer lugar, dividindo palco com quem quer que seja.