quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Noite de lua


Imagem: Carlos Barretto

Sempre que ela aparece, quase nunca perco a oportunidade de capturá-la.
É esta a lua que aparece agora mesmo em sua janela, terraço ou quintal.
E ela acaba de ganhar um poema, "redigido no calor da noite", pelo nosso querido parceiro Val-André Mutran. Acompanhe.

E eis que faz-te presente.

Para uns, única companheira de uma noite longa em sociedade com a fome, desterro.

Para outros, motor de promessas que tateiam dias melhores. Amor sem fim; fidelidades impossíveis no andar do amor àqueles que nem a si, podem a promessa amar: mentira.

A Lua. Ela mente?

Bela imagem do imaginário de toque de quase poucos.

Os marcados pela aceitação da missão.

As vítimas dos que calam-se na exclusão da noite fria dos desconhecidos.

Muitos. Apenas buscam um papelão tirado ao lixo para ajuda na calefação do corpo, do coração... jamais da alma.

Da lua em crescente.

Lua em minguante.

Sagaz sobrevivente de um postulado perdido, nunca encontrado.

Ela.

A Lua...

Hipnotiza-nos.

Dá-nos a esperança de quem sonha aplacar a dura realidade seguinte: o Sol a lamber determinante a troca de luz.

E assim, marcha ao pretérito o espelho.

Sem reflexo.

Nasce a esperança dos pouco amados...

Vai Lua.

Te vejo amanhã.

6 comentários:

Val-André Mutran  disse...

E eis que faz-te presente.

Para uns, única companheira de uma noite longa em sociedade com a fome, desterro.

Para outros, motor de promessas que tateiam dias melhores. Amor sem fim; fidelidades impossíveis no andar do amor àqueles que nem a si, podem a promessa amar: mentira.

A Lua. Ela mente?

Bela imagem do imaginário de toque de quase poucos.

Os marcados pela aceitação da missão.

As vítimas dos que calam-se na exclusão da noite fria dos desconhecidos.

Muitos. Apenas buscam um papelão tirado ao lixo para ajuda na calefação do corpo, do coração... jamais da alma.

Da lua em crescente.

Lua em minguante.

Sagaz sobrevivente de um postulado perdido, nunca encontrado.

Ela.

A Lua...

Hipnotiza-nos.

Dá-nos a esperança de quem sonha aplacar a dura realidade seguinte: o Sol a lamber determinante a troca de luz.

E assim, marcha ao pretérito o espelho.

Sem reflexo.

Nasce a esperança dos pouco amados...

Vai Lua.

Te vejo amanhã.

P.S.: Poema para essa foto.

Frederico Guerreiro disse...

Agora o meu poema:
Bela foto

Carlos Barretto  disse...

Peço permissão para publicá-lo na ribalta, junto à foto, Val André.

Carlos Barretto  disse...

Obrigado, Fred.
Já estava sentindo falta de seus comentários sempre pertinentes e bem humorados.
Abs

Val-André Mutran  disse...

Fique a vontade Carlos.
Fotos como essa associada ao silêncio da noite, não tem erro mano... Dano-me a escrever! Rssss.

Scylla Lage Neto disse...

E pensar que a lua existe em cada um de nós...
Unir poesia e fotografia é como juntar duas hemiesferas, formando uma simples e bela ... esfera!
Parabéns aos dois. Adorei.