sábado, 2 de janeiro de 2021

Esse tal de ano novo (ou Recital de ano novo)

Esse tal de Ano Novo faz de mim uma fritada de ovos mexidos. 

Primeiro me alegro por responder presente à chamada; depois fico sorumbático e ensimesmado por saber que na próxima posso não estar na folha da chamada.

E aí? 

E aí peço ajuda ao anda-Já e vou direto até a geladeira encher o copo com gelo pra congelar o tempo.

Não me diga que você achou que eu entrei nessa a partir do ser e o nada, ou, o mundo como vontade e como representação? 

Mais respeito. Sou do Canil e também do Bando de Corisco. Tenho um copo a zelar. Ok, Labareda?

Então, voltando à cold cow, aqueço o gelo com uma boa dose de Cavalo Branco e ponho-me a pensar sobre o dilema do Ano Novo. Rio ou Choro? Ou faço uma composição dialética entre a tese a antítese e tomo mais uma como síntese?

Pensei ligar pros meus conselheiros espirituais: Zé, Luiz, Milton, Roger, Maca, Fernandinho... Desisti. Eles deviam estar muito ocupados com suas arrumações da virada do ano. Não era hora de incomodá-los com essas questões menores. Botei mais uma. 

E assim se deu. Entre umas e outras, entre sínteses e dialéticas, conclui que era melhor aproveitar a festa e deixar a chamada pra outra hora.

Assim sendo: tim-tim. Feliz Ano Novo.


Corisco.

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