Esse preâmbulo é para saudar a decisão dos municípios de São Gabriel da Cachoeira (Amazonas) e o de Tacuru (Mato Grosso do Sul) de adotarem línguas indígenas como segundo idioma oficial, um esforço de indiscutível mérito para a proteção a uma cultura predominante em termos locais, mas sempre fragilizada frente aos apelos sedutores e violentos da aculturação. Contudo as decisões municipais que elogiamos pelo conteúdo de equidade guardam um perigo de translação no caso de outras etnias reclamarem reciprocidade, arriscando tornarmos o Brasil um mosaico linguístico ao modo de uma Índia. Assim é necessário que sejam estabelecidos critérios para tais medidas em lei federal, de modo não tornarmos o justo em uma saia justa, conforme por exemplo representou a recente epidemia de criação de municípios no país.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Municípios Brasileiros Bilíngues
Esse preâmbulo é para saudar a decisão dos municípios de São Gabriel da Cachoeira (Amazonas) e o de Tacuru (Mato Grosso do Sul) de adotarem línguas indígenas como segundo idioma oficial, um esforço de indiscutível mérito para a proteção a uma cultura predominante em termos locais, mas sempre fragilizada frente aos apelos sedutores e violentos da aculturação. Contudo as decisões municipais que elogiamos pelo conteúdo de equidade guardam um perigo de translação no caso de outras etnias reclamarem reciprocidade, arriscando tornarmos o Brasil um mosaico linguístico ao modo de uma Índia. Assim é necessário que sejam estabelecidos critérios para tais medidas em lei federal, de modo não tornarmos o justo em uma saia justa, conforme por exemplo representou a recente epidemia de criação de municípios no país.
Mano Chau em Belém: O ápice de tudo
Dêem o desconto pelo fato de estarmos muito próximos as caixas de som e extremamente animados com o show. E com licença, que agora vou sossegar.
Mano Chau em Belém: Pinduca
Pinduca e seu tradicional visual. Imagem: Carlos Barretto
Mano Chau em Belém: Juca Culatra Power Trio
Por volta das 20 h, começa então o show do Juca Culatra Power Trio. Casa cheia, galera muito animada e um som de arrebentar quarteirão.
Um vice para chamar de seu
O PR engrossa as fileiras da chapa petista. Falou-se em Anivaldo Vale, vice licenciado do prefeito oxigênio - aquele que todo mundo sabe que existe, mas ninguém vê (© Franssinete Florenzano) - para complementar a dupla encabeçada pela governadora Ana Júlia Carepa. Agora, o boato do momento, segundo a jornalista Rita Soares divulgou esta tarde em seu perfil no Twitter, é que Raul Meireles, o do País das Maravilhas e braço direito de Duciomar, seja o candidato a vice na chapa petista.
O boato tem tudo para ser verdade: da composição com o PTB à forte ligação pessoal de Meireles com o Consultor Geral do Estado Carlos Botelho e com a própria Ana Júlia. Talvez a militância petista não se empolgue com o nome do ex-companheiro de partido, que já circulou pelos governos tucanos e hoje defende com desenvoltura e língua afiada o pior prefeito que a capital paraoara já teve. Mas há muito que a militância petista apita pouco, quando muito.
Doutrina Bush ainda faz vítimas
Fato é que a defesa de Netanyahu tem a mesma medida do injustificável ataque aos sem-terras da Curva do S.
O governo brasileiro reagiu acertadamente e com veemência ao fato. O Itamarati prometeu chamar o embaixador brasileiro em Tel-Aviv de volta, em ato que representa, nas Relações Internacionais, uma moção de repúdio à ação de Israel.
Ao que parece, a doutrina Bush da guerra preventiva não foi enterrada, contrariamente ao que anunciou há alguns dias o presidente americano Barack Obama. Está bem viva e ganhou adeptos mundo afora.
Manu Chao em Belém: o início
Bastardices
Frente aos dramas humanos, porém, por vezes parece que as pessoas ficam piores: não só anormais, mas pérfidas, enlouquecidas, embrutecidas.
É isso o que parece ter-se abatido em Parauapebas, no hinterland paraoara, onde a jovem Ana Karina Guimarães, grávida de nove meses, sumiu há mais de vinte dias.
O acusado do crime, o pecuarista Alessandro Camilo de Lima, suposto pai da criança que Ana Karina esperava, encontra-se preso desde o último dia 18 e confessou o crime à Polícia Civil neste final de semana. Mas antes, já havia quem tivesse querido tirar proveito da triste fama que o fato causou aos envolvidos, como conta o blog do Laércio de Castro.
Somente Deus para ter piedade destas figuras. Minha limitação humana não o permite.
Domingo feliz
domingo, 30 de maio de 2010
FCX, seu carro, seus dejetos
A idéia, que soa inicialmente bizarra, infantil até, foi comprada pela montadora japonesa Honda, que desenvolveu o projeto HES (Estação Doméstica de Energia), que já se encontra em sua quarta versão com o carro FCX Clarity, no sul da Califórnia.
As estações de reabastecimento localizam-se juntos a residências, aproveitando os dejetos domésticos.
Segundo a Honda, o Clarity pode ter autonomia de até 435 km e de seu escapamento sai apenas... água!
Dá para pensar em algo mais ecologicamente correto do que fazer o seu próprio veículo rodar sem poluir, usando seus próprios gases corporais?
Música pra feriadão
Domingão, véspera de feriadão por aqui (Memorial Day, um Finados mais patriótico). Memorial Weekend também é o início oficioso do verão. Calorzão lá fora e cheiro de churrasco no ar. Já levei meu cachorro Kobe à praia, que por sinal estava lotada, e agora arrumo as malas pra ir para o Brasil. Chego a Belém na sexta-feira, eba!
E pra marcar o feriadão e início do verão, uma canção maravilhosa, "There Goes the Fear", do Doves, que eu estava ouvindo sem parar há um ano atrás, no verão de 2009. Na verdade eu acho que eles lançaram esta música em 2002, mas ela popularizou de verdade ano passado, quando foi incluida na trilha sonora do filme "(500) Days of Summer". Enjoy!
Acidente assombroso
Um carro de passeio atinge a lateral de um enorme caminhão, fazendo-o perder o controle.
O bólido então sobe o canteiro que divide as pistas de sentidos opostos, arrancando postes e desabando sobre a rodovia, quase esmagando um carrinho que se defende como pode.
Aqui, a imagem por um ângulo traseiro.
No final, nenhuma vítima grave. Dá para acreditar?
Se você passasse por uma experiência dessas, quando chegasse em casa, são e salvo, faria o quê?
Tapa na pantera
Mais sobre Fábio Cavalcante
Skype 2.0 para iPhone. Agora sim!
Fábio fabuloso
sábado, 29 de maio de 2010
Chocado: lamento a morte de meu ídolo
Ele representava para mim a quinta essência do talento.
Seus papéis como vilão implacável eram simplesmente convencíveis.
Adorava-o ver como um homem muito mau.
--Hopper era um amor de pessoa no ambiente ex Glamour.
Do alto de meu passionalismo, revelo que adoraria tomar uma, só uma que fosse, cerveja com Dennis Hopper.
Sua performance ao lado de um representante da griffe Fonda, que exceto o pai é foda-se! É inesquecível.
A trilha sonora do filme que retrata jovens perdidos que traficavam cocaína para chegar, sabe-se lá Deus onde, foi e, ainda é, uma porrada certeira na cabeça de caretas travestidos de gente mui buena.
Adoraria ler, através da lavra do brilhante jornalista paraense, professor de Comunicação numa universidade californiana, a repercussão da passagem desta para a melhor de Dennis Hopper.
Ele nos deixa aos 74 anos.
Nos deixa -- vírgula --, nos aguarda para um drink.
Atualizando sobre o Estado do Carajás
Em respeito aos meu leitores, o post em questão informará a todos os interessados sobre o processo em curso do projeto legisliativo que autorizará a população paraense votar se quer ou não a divisão territorial, a partir da criação de dois novos estados: Carajás (Sul/Sudeste) e Tapajós (Oeste).
Após a aprovação, surpreendente com mais de 82% favoravelmente em relação ao pedido de urgência da matéria, os projetos de decreto legislativo que autorizarão os eleitores de todo o estado do Pará votar em 2011 se querem ou não a revisão territorial de seu estado, aguardam a votação do mérito da matéria.
Uma vez que me foi chancelado discutir aqui, esse assunto. Sinto-me na obrigação de informar os qualificados leitores do blog sobre o trepidante assunto.
Tão logo a pauta da Câmara examine as MP's, os PDC's do Carajás e do Tapajós serão confirmados.
O mérito é aprovado em maioria simples. Não será obrigatório o voto nominal.
O valorozo deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), em brilhante serviço à democracia brasileira, obteve um acordo muito apropiado: a inclusão de uma emenda aos PDC's no sentido de incluir, no Orçamento Geral da União do ano que vem (2011), previsão orçamentária para o TSE determinar ao TRE/PA, a relização do plebiscito.
Advogado, brilhante deputado, Coutinho mirou no que viu e acertou no que não viu.
A matéria será aprovada na Câmara dos Deputados e será remetida de volta ao Senado.
O Senado, por sua vez, aprovará a matéria.
Agora. Revelarei aos leitores um diálogo muito especial que tive com meu saudoso mestre Juvêncio de Arruda.
-- Eu para o melhor blogueiro do Pará, questionei:
-- Mestre. Será que o Nilson Pinto (ex-Reitor da UFPA) teu ex-assessorado, vai chiar?
-- O mestre disse:
-- Val o Nilson é a maior inteligência desse PSDB.
Nilson Pinto. Inteligente que é, mudou de opinião e hoje, defende a realização do plebiscito.
De acordo com a disponibilidade do Reitor Deputado, firmo aqui, com meus leitores, o compromisso de publicar uma big entrevista com ele.
Até mesmo porque Nilson Pinto é um dos melhores quadros políticos da história do Pará.
Avanti!
Reflexões sobre o Estado do Carajás
Carajás: o 27.° Estado do Brasil?
* Por Val-André Mutran
Em março de 1989, portanto, alguns meses após a promulgação da Constituição de 1988, teve início a tramitação do primeiro Projeto de Decreto Legislativo estabelecendo a autorização de realização de consulta plebiscitária para a criação de mais uma unidade da Federação do Brasil. Na linha do tempo, foi nesta data que ouviu-se, pela primeira vez, a voz de um parlamentar ecoando a vontade da população da região sul e sudeste do Pará em busca da criação do Estado do Carajás, a partir da emancipação política administrativa do Estado do Pará.
Apresentado pelo deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) em março de 1989; o Projeto de Decreto Legislativo foi arquivado com a não reeleição do parlamentar à Câmara Federal.
Três anos depois, o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA), apresenta o Projeto de Decreto Legislativo PDC-159-B/1992, que retoma o assunto, com base nos termos do artigo 49, inciso XV, da Constituição Federal.
Para melhor compreensão do processo de criação de um novo Estado, previsto na nova Carta Constitucional em seu Artigo 18, há Lei Complementar que rege o tema. É interessante recuar no tempo, especificamente ao ano de 1974. Aqueles que tiverem interesse e quiserem aprofundar-se neste assunto. Pesquisem como se deu a criação do Estado do Mato Grosso do Sul, a partir da divisão territorial do Mato Grosso.
Carajás: Uma questão de Estado
As propostas de criação de novos estados são manifestações coletivas que acenam distintamente para a apropriação política do seu espaço de vivencia e produção, otimizando o uso dos recursos contidos na área em questão. O espaço e a cultura participam desse processo dado que representam o suporte material e a base simbólica sobre os quais são construídas as identidades territoriais.
Pensar na reconfiguração geopolítica da Amazônia brasileira é uma idéia lúcida e de uma visão política futurista, voltada para seu desenvolvimento econômico, o bem-estar social e o aperfeiçoamento do regime democrático, sonho em parte, posto em prática pelo maior estadista republicano: Juscelino Kubitschek.
A idéia de tradição e de cultura regional, contrapondo-se ao pioneirismo dos desbravadores, presente no sul e sudeste do Para, contribui para elaborar a reconstrução peculiar da história local. A idéia complementar de região, a terra natal, o espaço de vida e produção, produz a noção de unidade territorial. A eficácia simbólica dessas idéias mobiliza a sociedade regional em torno de idéias emancipacionistas.
A criação de Estados e Territórios Federais, amparada pela Constituição Federal nos Art. 18, 48 e 49, atinge, entre outros, o objetivo de satisfazer os anseios de determinada população em busca de melhores condições para a conquista do progresso e do seu bem-estar social.
Neste sentido, a bandeira do Brasil poderá ganhar em breve mais uma estrela, caso seja aprovado o projeto em tramitação no Congresso para a criação do Estado do Carajás. O projeto, já aprovado pelo Senado Federal à unanimidade, tramita em caráter de urgência na Câmara dos Deputados que examinará, em breve, o mérito da matéria. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, sugere o plebiscito, exigido pelo artigo 18 da Constituição, para que a população decida se quer ou não a divisão do Estado.
Os parlamentares destacam que "a grande extensão territorial dificulta a governabilidade e o desenvolvimento". Mas, não é só.
Não há dúvidas que, em que pesem os custos da implantação, a criação de uma nova unidade federativa traz grandes benefícios para a população envolvida:
- Consolidação da presença do Estado;
- Ocupação dos vazios demográficos;
- Interiorização do desenvolvimento sócio-econômico;
- Melhoria da infra-estrutura, em particular dos setores de transporte, energia e comunicações;
- Redução das desigualdades sociais e do desequilíbrio regional.
Esses benefícios ressaltam de importância quando se trata de áreas pertencentes à região amazônica que, apesar do seu imenso potencial para um desenvolvimento auto-sustentado, apresenta sinais típicos da ausência estatal, exclusão sócio-econômica da população, narcotráfico, depredação ambiental, exploração desordenada das riquezas naturais e violência rural.
A criação do novo Estado do Carajás possibilitará o encurtamento da enorme distância existente entre a administração do atual Estado do Pará e a região do sul e sudeste do estado, facilitando a implementação de programas públicos e de obras de infra-estrutura indispensáveis à atração dos investimentos privados e à interiorização do desenvolvimento sócio-econômico.
A região sul/sudeste é, sobretudo, produtora do setor primário da economia – com grande potencial ainda não racionalmente aproveitado -, seus produtos têm baixo valor agregado; industrializá-la é uma imposição histórica.
HISTÓRICO
A exploração das margens do Tocantins e Araguaia data de mais de 400 anos, mas o primeiro povoado definitivo da região foi fundado em 1892, apenas um pouco mais de um século atrás. Desde esses tempos remotos, a ocupação de Carajás veio do sul do País e não do norte. Esta característica deixou desde os primórdios, o sul e o sudeste do Pará, ligados economicamente, socialmente e politicamente à região centro-sul do País.
A divisão territorial da Amazônia, ao longo do presente século, tem sido uma questão recorrente não somente no marco da discussão e de propostas como igualmente na efetivação da divisão. Pode-se mesmo dizer que a atual configuração geopolítica da Amazônia Brasileira é recente e foi moldada a partir de 1911 com a questão acreana. Naquela ocasião a apropriação do excedente econômico gerado pela economia extrativa da borracha mobilizou parlamentares e as elites tanto do Pará como do Amazonas. A federalização do território foi à solução à época encontrada. Na década de 40, novamente partilhar a Amazônia foi objeto de ampla discussão no âmbito da organização do Estado brasileiro. Os anseios geopolíticos de controle territorial e das fronteiras elevaram a divisão territorial como medida para estimular a ocupação e o povoamento regional, criando postos de vanguarda nas fronteiras e ampliando a presença do estado federal.
Getúlio Vargas estimulado pelo Conselho de Segurança Nacional, cria, em 1943, os Territórios Federais de Guaporé (Rondônia), Amapá e Rio Branco (Roraima). A preocupação com a imensidão territorial e o vazio demográfico amazônico sempre foi ponto de convergência entre ideólogos, geopolíticos e militares. No âmbito das mudanças de ordem política e institucional do Estado brasileiro pós – golpe militar de 1964 é lançado às primeiras medidas políticas com o objetivo de assegurar a ação federal na região de forma efetiva. A "operação amazônica", em 1968, redefiniu o arcabouço institucional regional ao criar a Sudam e o Incra. Posteriormente, em 1971, são federalizados cerca de 66% das terras do território do Estado do Pará.
Levas de imigrantes e algumas grandes empresas, atraídas pela política de incentivos fiscais, radicaram-se no sul e sudeste do Pará, atendendo ao chamado do Governo Federal "Integrar para não entregar". A região iniciou um processo de progresso econômico acelerado. Foram construídas cidades e novos municípios foram criados.
Surgiu, então, uma enorme demanda por infra-estrutura e a distância geográfica de Belém não permitiu a presença do Poder Público Estadual para encaminhar as soluções dos mais variados problemas.
Na esteira da Constituinte de 1986/87, veio a leva de movimentos emancipacionistas nos quatro cantos do Brasil. Somente no Pará foram dois grandes movimentos para a criação dos estados do Carajás e do Tapajós, o que induziu a criação, após a promulgação da Constituição Federal de 1988, de uma Comissão de Estudos Territoriais (1989).
A localização estratégica dentro do eixo do Araguaia-Tocantins, as peculiaridades geopolíticas, a necessidade de maior proximidade do Poder Público, as experiências de outros estados recentemente criados e a urgência da melhor utilização dos recursos naturais, dentro da ótica do desenvolvimento sustentável, são alguns dos motivos que sustentam a reivindicação da criação do Estado do Carajás, após a consulta do plebiscito.
O ressurgir das propostas de criação dos estados do Carajás e Tapajós, estimulou o governo do estado à busca de alternativas à redivisão territorial. A Fundação Getúlio Vargas foi contratada na forma de consultoria para a realização de diagnóstico sobre a estrutura espacial e econômica e necessidades de recomposição. No diagnóstico, a excessiva concentração das atividades no entorno de Belém e a baixa integração estadual apresentava-se, de fato, como estímulo a desagregação territorial.
As possibilidades de desenvolvimento local e regional estariam ligadas à capacidade de organização, o consenso político, o pacto social, a cultura de cooperação e a capacidade de criar, coletivamente, um projeto de desenvolvimento. A criação de poder político e de busca do consenso, tornam-se relevantes para a construção de um projeto político regional, instrumento indispensável na formulação de estratégias para o desenvolvimento.
EMENDA MODIFICATIVA DO PROJETO Nº 159-B/92
Dê-se ao art. 1º do projeto a seguinte redação:
"Art 1º - O Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Pará realizará no prazo de seis meses, a contar da publicação deste decreto legislativo, plebiscito sobre a criação do Estado de Carajás, a ser constituído pelos municípios de Abel Figueiredo, Água Azul do Norte, Banach, Bom Jesus do Tocantins, Brejo Grande do Araguaia, Cumarú do Norte, Curionópolis, Dom Elizeu, Eldorado dos Carajás, Floresta do Araguaia, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Marabá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento, Ourilândia do Norte, Pacajá, Palestina do Pará, Parauapebas, Pau D'arco, Piçarra, Redenção, Rio Maria, Rondon do Pará, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, São João do Araguaia, Sapucaia, Tucumã, Tucuruí, Ulianópolis, Xinguara, de acordo com o Art. 7º da Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1998".
Autor: Deputado Giovanni Queiroz
Para o Senador Mozarildo Cavalcanti (DEM-RR), áreas imensas como os Estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará, impedem a atuação do aparelho estatal e condena as populações dos municípios mais distantes a toda espécie de carências, especialmente às de prestações do serviço público.
O ex-governador do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos, defendeu a criação de "no mínimo" dez estados brasileiros independentes. De acordo com proposta trazida por Siqueira Campos, no Mato Grosso seria criado o estado de Araguaia; no Maranhão, o Maranhão do Sul; no Pará, os estados de Carajás, Xingu, Tapajós e Trombetas; e no Amazonas, Madeira, Juruá, Solimões e Rio Negro. Ele usou o exemplo de Tocantins, criado em 1988, para incentivar os deputados a lutarem pela criação de novos estados. "Éramos uma região isolada, não tínhamos sequer 3% da receita do estado do Goiás, quando representávamos 21% da população e 45% do território. Porém, com a autonomia, crescemos 127%, mais do que o Brasil", afirmou.
Autor da proposta de criação do estado de Carajás, o Deputado Federal Giovanni Queiroz (PDT), assinalou que o fato que o motivou a lutar pela subdivisão territorial foi à vontade do próprio povo, que reclama constantemente o direito ao desenvolvimento, o qual só será possível com um Governo presente. "Um estado com as dimensões do Pará não consegue pensar e planejar o desenvolvimento, seja no aspecto fundiário, rodoviário, da infra-estrutura ou da segurança", ressaltou.
O ex-ministro das Comunicações e ex-deputado federal, Pimenta da Veiga, considera-se um "defensor ardoroso" da redivisão territorial por acreditar que o Brasil estará no rumo do desenvolvimento. "Na próxima década, a população brasileira terá 30 milhões de pessoas a mais. E para aonde elas vão? Se não criarmos alternativas para esse contingente, poderemos ter grandes problemas, no futuro", afirmou.
A deputada Terezinha Fernandes (PT-MA) acredita que a proposta de redivisão territorial pode ser instrumento de integração das regiões Norte e Nordeste ao processo de desenvolvimento já experimentado pelo Sul e Sudeste, cujas condições favoráveis resultam em boa qualidade de vida aos seus habitantes. Ela recordou que os últimos 30 anos têm sido pródigos na questão do êxodo rural, que ocasiona o inchaço dos centros urbanos. "Esse problema poderia ser resolvido se todas as regiões brasileiras fossem igualmente desenvolvidas".
No Programa de Governo 2002 – COLIGAÇÃO LULA PRESIDENTE, no caderno "O LUGAR DA AMAZÔNIA NO DESENVOLVIMENTO DO BRASIL", na página 19, o documento propõe o seguinte:
"PROPOSTAS ESPECÍFICAS"
Divisão territorial. Realizar estudos detalhados das propostas para criação de novos estados, considerando as dinâmicas econômicas e sociais produzidas historicamente e estabelecer práticas de mediação entre os setores interessados, para subsidiar o Congresso Nacional na votação da criação novas Unidades Federadas".
CONCEPÇÃO GEOPOLÍTICA
A Assembléia Nacional Constituinte de 1988 não se limitou a criar o Estado do Tocantins e concluiu pela necessidade de redivisão da Amazônia e de novos estados como o Tapajós e Carajás. As sugestões da Comissão de Assuntos Territoriais não foram acatadas até hoje, mas o tema da redivisão do território nacional continua ocupando as atenções de um grande número de parlamentares, uma vez que estão envolvidas questões cruciais para o País como: a racionalidade administrativa; a soberania; a oferta de oportunidades iguais para todos os brasileiros - em especial aqueles que vivem em regiões isoladas e, até mesmo, inóspitas; a governabilidade; a segurança nacional; a justiça fiscal e tributária e a eqüidade na distribuição de renda e de riquezas, pela promoção do desenvolvimento econômico e social; o uso sustentável dos recursos naturais e a preservação ambiental.
Projeto: Propõe sobre a realização de plebiscito para a criação do Estado do Carajás.
Número: Câmara - PDC 159-B/1992
Autor: Deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA)
Caracterização da área
A área em estudo para a criação do Estado de Carajás está localizada no sudeste do Estado do Pará. Abrange 39 municípios que totalizam uma área aproximada de 280.000 Km2 e uma população de mais de um milhão de habitantes, com uma densidade demográfica em torno de 4,0 Hab/Km2. Marabá é o seu principal centro urbano, com 168.020 Hab, porto, terminal ferroviário e aeroporto. A área inclui a Represa de Tucuruí e articula-se com outras regiões pelas bacias dos rios Xingu, Araguaia e Tocantins, pela ferrovia dos Carajás e pelas rodovias BR 230, BR158 e BR 153. A economia está baseada na agropecuária, na extração de madeira e na exploração de minério de ferro e do ouro. Seu subsolo possui, ainda, um excelente potencial em manganês, níquel e cobre. Apresenta um grave problema sócio-econômico em relação à situação dos garimpeiros de Serra Pelada e à extração artesanal do ouro. Em torno de 19% do seu território é constituído de terras indígenas e unidades de conservação.
Tab. N. 01. Para, Tapajós e Carajás: Os recursos e os Territórios
Os recursos e os Territórios | Pará | Tapajós | Carajás |
Área territorial | 249.000 km2 | 708.868 km2 | 289.799 km2 |
População | 4.000.000 | 958.860 | 1.100.000 |
Áreas de uso restrito (unidades de conservação e terras indígenas) | 13 | 22 | 14 |
Icms (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) | 79,49 % | 7,0 % | 13,51 % |
Fpe (Fundo de Participação do Estado) | 491.597.016[2] | 115.365.280 | 137.629.573 |
Recursos | Indústria, serviços e agropecuária | Minérios e agropecuária | Minérios e agropecuária |
Fonte: Governo do Estado do Pará: Indicadores Sócio-econômicos, 2000.
REALIDADE ATUAL
Em 388 anos de existência como Ente Público, os sucessivos governos do Estado do Pará encastelados em Belém, não conseguiram atender as demandas das regiões sul/sudeste do Estado e o que existe está aí, diante de todos como prova de que estas regiões jamais irão desenvolver-se continuando como estão:
1 – estradas e pontes de péssima qualidade, que na sua grande maioria se tornam intransitáveis no período chuvoso, facilitando ainda em qualquer época a prática de assaltos e violência contra seus transeuntes;
2 – energia elétrica insuficiente para alavancar o desenvolvimento nas cidades e, principalmente, no campo, onde se encontra seu grande potencial econômico;
3 – comunicação de péssima qualidade nos centros urbanos e inexistente nas localidades mais distantes;
4 – narcotráfico, depredação ambiental e exploração desordenada das riquezas naturais;
5 – violência rural, invasões de terras produtivas, desordem agrária e fundiária, sem perspectivas de solução;
6 – ausência do Estado e grandes vazios demográficos;
7 – exclusão sócia econômica da população interiorana, aumentando as desigualdades sociais e desequilíbrio regional, apesar do grande potencial para desenvolvimento auto-sustentado;
8 – ausência de uma política sustentável de desenvolvimento regional que corresponda às expectativas da população;
9 – segurança pública incapaz de proteger o cidadão que às vezes perde a vida ou vive refém da bandidagem e do crime organizado na região;
10 – ausência de políticas públicas de saúde, educação técnica e principalmente superior.
Elencar esses e muitos outros argumentos serão bem-vindos ao debate. Ocorre que o clichê dos eleitores contrários a divisão são, acima de tudo, preconceituosos.
Uma parte da população do Estado-Mãe exerce o esporte de achincalhe quando este tema é discutido.
Históricamente somo taxados de bandidos e outras desqualificações rasteiras. Vou responder a todos esses que nos atacam sem apresentar números, projetos ou argumentos factíveis.
Muito se fala que não teríamos capacidade de gestão e faturamento para gerir o Carajás. Isso é conversa fiada de quem não conhece a história do próprio Brasil e nosso potencial subaproveitado.
Gestão pública responsável é sinônimo de planejamento e execução competentes. O Estado deve ser indultor de políticas para seu desenvolvimento.
Os exemplos de criação dos estado do: Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Amapá e Tocantins, ao se analisar a evolução de seus PIB’s, comprova o extraordinário avanço que tiveram, em taxas de crescimento e melhoria dos índices de desenvolvimento humano muito superiores ao do Brasil e maiores que o da China -- o país que mais cresce no mundo.
Sobre a Nova Déli do Brasil
A cagada ao celular do reizinho
Miga-je e caga-se falando ao celular em Nova Déli (copyright by Juvêncio de Arruda no insubstituível 5.a Emenda) .
É uma mijação sem fim. Uma cagação para adubar terras inférteis sem precedentes.
Tudo ao celular.
Um cidadão indignado liga para o atendimento da Prefeitura de Belém para reclamar que não aguenta mais o desrespeito praticado por mijões e cagões em frente ao muro de sua casa na Dom Romualdo de Seixas.
A prestimosa atendente do setor de Comunicação da Prefeitura de Nova Dheli garante que levará o problema ao Prefeito.
O prefeito, instado do problema, diz, cinicamente à assessora:
-- Deixa queito. Não se meta nisso. O povo mija e caga porque está com o buxo cheio. Isso é bom.
Ato contínuo, desliga o celular em cima de seu trono de merdas!!!!