sábado, 28 de fevereiro de 2009
Fala Sério, Coronel!
O VIOLINO VERMELHO
Para quem gosta de música e cinema, aqui vai uma dica de DVD a ser degustado no domingo: "O Violino Vermelho".
O filme canadense de 1998, falado em inglês, francês, italiano e mandarim, ganhou o Oscar de melhor trilha sonora em 2000, e lamentavelmente nunca esteve em exibição comercial no Brasil.
O astro real do filme é um violino, feito em 1681 na Itália, o qual passa de mão em mão através de mais de 3 séculos de história, viajando através da Itália renascentista, da Áustria de Mozart, seguindo a saga de ciganos na Europa, caindo nas mãos de um excêntrico violinista inglês, até chegar à China em plena revolução cultural de Mao Tse Tung. Finalmente um leilão de instrumentos musicais encerra a odisséia do instrumento.
Do elenco internacional se destacam Samuel L. Jackson, Greta Scacchi e Jason Fleming.
Um belo filme.
Bom domingo.
Descobrindo sempre
Imagem: Radio City Music Hall
Este, certamente já pode ser conhecido por muitos leitores e pelos demais posters do Flanar.
Mas, com toda honestidade, para mim, é a descoberta do mês.
Leonard Cohen, 74 anos, é cantor, compositor, poeta e escritor canadense. Achei-o quase por acaso, ao receber uma newsletter divulgando um show que deverá realizar em 16 de maio no Radio City Music Hall, em NYC.
Ainda nem sei bem como defini-lo, mas gostei muito de sua música. Especialmente Tower of Song, Closing Time, First We Take Manhattan e Everybody Knows, que é apresentada no vídeo abaixo.
Veja também os clips disponíveis aqui e aqui no You Tube (que não disponibilizam o recurso de incorporação no blog), com as ótimas Closing Time e Democracy.
Pelo que andei lendo na Wikipedia, trata-se de um dinossauro, daqueles que em mais de uma oportunidade, escolheu a reclusão total, com longos períodos sem atividade musical produtiva. Muito embora, nesse ínterim tenha publicado livros, morado na Grécia, voltando em seguida aos EUA.
Sobre ele, seria uma hipocrisia sem tamanho falar mais alguma coisa, tendo em vista que se trata de uma legítima descoberta, que procuro compartilhar com os leitores e posters.
Há um fascinante verbete sobre ele na Wikipedia e um razoável sítio pessoal.
É possível que muitos talvez não gostem. Mas sua música, bem como de muitos outros que adotam estilo semelhante, está fazendo minha cabeça neste exato momento. Se alguém puder e desejar complementar alguma informação a respeito, pode comentar.
E quem se empolgar, desejar e puder assistir seu show em 16 de maio, pode ir comprando os ingressos aqui. Se pudesse, eu o faria.
Um Lobão na energia
Fala sobre lôbos e matilhas na cada vez mais depauperada ética na política nacional.
Deputados Federais Futebol Clube
… em campo
A brincadeira dos deputados ganhou tantos adeptos que já tem dois times: um azul, outro amarelo, e reservas. Tanto sucesso tem alguns segredos. Antes do jogo, os “craques” tomam um caldo verde para dar “aquela sustância”. E, depois do jogo, repõem todas as calorias perdidas — e às vezes, até mais um pouco — com um churrasco no qual, além de chapéus, carrinhos e passes dados em campo, discute-se política e projetos em pauta na Câmara.
No Correio Braziliense de hoje.
Os senadores, com idade média de 68 anos, estão, em sua maioria em péssima forma física. Tanto é que fechou fevereiro e as Excelências não votaram um projetinho sequer.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Vangelis Special
O mestre grego dos teclados, desde a primeira vez que o ouvi, exerceu sobre minha educação musical algo fantástico.
Rachel's Song, Love Theme, compostas especialmente para Blade Runner ― o Caçador de Andróides; tocam-me profundamente até hoje com o seu frescor futurístico.
Não consigo desvencilhar as harmonias das cenas do insuperável filme de Ridley Scott. Não posso parar de acreditar que o amor, paixão e determinação, não sejam energias propulsoras para um futuro melhor, mesmo diante do caos em que a película coloca-nos a refletir.
A série de discos elaborada a partir de 1976 coloca Vangelis no pódio internacional.
Anos depois, algo como querendo firmar-se no firmamento da então incipiente World Music, lança o tema do filme “Chariots of Fire”, que o torna um homem multi milionário.
Mas o que mais me atrai no conjunto dessa monumental obra é a partir de 1976, com o disco “Albedo 0.39”.
As músicas desse artista extremamente discreto, exímio arranjador, de notável bom trato, influenciou vários músicos como, por exemplo, o Tangerine Dream. Objeto no futuro de um outro especial do Flanar.
Destaco ainda a colaboração em seis Lp´s com Jon Anderson, vocalista do Yes.
Reafirmo: um dos mais belos sons que posso compartilhar com vocês.
Para os amantes da ficção científica. Eis seu mais extraordinário compositor.
E para não deixar barato. Uma discotecagem com alguns de meus remix´s sobre o “cara” no finalzinho do set.
Que tal?
>> Set List<<
01-Main Titles - Vangelis - 1994 - Blade Runner
02-Blush Response - Vangelis - 1994 - Blade Runner
03-Wait for Me - Vangelis - 1994 - Blade Runner
04-Rachel's Song - Vangelis - 1994 - Blade Runner
05-Love Theme - Vangelis - 1994 - Blade Runner
06-I Hear you Now - Jon and Vangelis - 1980 - Short Stories
07-Far Away in Baagad - Jon and Vangelis - 1980 - Short Stories
08-I'll Find my Way Home - Jon and Vangelis - 1981 - The Friends of Mr Cairo
09-State of Independence - Jon and Vangelis - 1981 - The Friends of Mr Cairo
10-Pulstar - Vangelis - 1976 - Albedo 0.39
11-Spiral - Vangelis - 1977 - Spiral
12-Chung Kou - Vangelis - 1979 - China
13-Hymne - Vangelis - 1979 - Opera Sauvage
14-Titles Chariots of Fire - Vangelis - 1981 - Chariots of fire
15-Abraham's Theme - Vangelis - 1981 - Chariots of fire
16-Time Continuum - Vangelis - 1981- The Music of Cosmos
17-Exploration - Vangelis - 1981 - The Music of Cosmos (exatamente aqui, fiz uma intervenção clássica. Só os conhecedores de música decifrarão esse objetivo)
18-Affirmation - Vangelis - 1981- The Music of Cosmos
19 - Deliverance Vangelis - Vangelis - 1983 - Antarctica
20 - Vangelis - Soil Festivities - Movement 5 - Vangelis - 1984 - Soil Festivities ( e o silêncio se faz!)
21 - Conquest of Paradise - Vangelis - 1992 - 1492 Conquest of Paradise
22-Come to Me - Vangelis - 1995 – Voices
23-Benskia - Bladerunner Remix (from 'Rivendell' album) & Dj Vamp Essencial Vangelis Remix.
P.S.: Sem dúvida. O mais elaborado set já publicado no Flanar desse humilde colecionador.
O Rabo Preso da Folha de São Paulo
A Folha respeita a opinião de leitores que discordam da qualificação aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifestações acima. Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua "indignação" é obviamente cínica e mentirosa.
O problema do revisionista é este: são traídos por uma crença tola na maleabilidade da interpretação da história e no esquecimento dos acontecimentos na medida em que as gerações se sucedem, especialmente num país de escandalosas desigualdades econômicas e culturais. Enquanto alijados do poder, os que forjam a argamassa do revisionismo procedem com aquela malignidade de baixo impacto lida no editorial da Folha de São Paulo. Entretanto, quando players de governos de extrema direita, tornam-se perigosos dobermans prontos para abocanhar os inimigos do regime, pregá-los na cruz e depois chamarem os urubús.
Mas contra ato há argumento, ensinou-nos Carlos Heitor Cony em corajoso livro publicado no alvorecer do golpe de 64. Eis portanto, aqui, alguns nada meritórios da história política do jornal Folha de São Paulo, e que explicam o saudosismo da ditadura militar, que para os Frias foi sem dúvida branda, brandíssima, uma brisa de fim de tarde.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
A Folha Frígida: Revisionista Ainda Que Tarde
Mas não pararam por aí. Intelectuais do porte de Maria Vitória Benevides e Fabio Konder Comparato escreveram a seção de cartas do jornal, chamando atenção do editorialista para o absurdo do que defendia e a Folha de São Paulo não recuou do que publicou. Treplicou que Benevides e Comparato defendiam tão sós uma visão cínica e mentirosa da História do Brasil.
Frente ao estelionato semântico gravado pelas impressoras da Folha de São Paulo, um grupo de intelectuais abriu um manifesto de protesto que o deputado federal Ivan Valente (PSOL/SP) está disponibilizando por meio eletrônico. Assinei e já cogito cancelar minha assinatura anual do jornal paulista. Quanto a razão da postura do jornal, comprovo aquilo que alguns amigos já vinham me avisando: os estados do sul e sudeste brasileiro por obra de setores reacionários da elite brasileira fazem uma guinada à direita, deixando que setores fascistas fiquem bem a vontade para propalar o fedor revisionista que os consagra como algozes da democracia a qualquer tempo e lugar no mundo.
Nono dia já está em curso
Trata-se de um dia particularmente interessante, uma vez que afamados especialistas na internet, foram chamados a depor para explicar a tecnologia bit torrent à corte sueca.
Um deles, - o professor de mídia Roger Wallis - referiu-se a um relatório que ele escreveu detalhando a postura da indústria com relação a tecnologia digital, que mostram a existência de elementos que fariam qualquer coisa para acabar com ela — postura semelhante ao que aconteceu com as fitas cassetes nos anos 70. (segundo o Blog MacMagazine).
Lembram das fitas cassete? Pois é. Quem não as utilizou no passado para fazer sequências de músicas de seu agrado e dançar numa festinha? Por que razão esta tecnologia não foi atacada pela indústria de entretenimento na época com o mesmo vigor que atuam agora?
Penso em alguns possíveis motivos:
1) a qualidade final das fitas magnéticas produzidas domesticamente nunca era tão boa quanto a um arquivo digital contemporâneo ripado. (Sim. Arquivos digitais com bit rate de apenas 192 kbps são de excelente qualidade. Só ouvidos de poucos conseguem discernir alguma diferença de qualidade (???);
2) o potencial de distribuição destas compilações em fita magnética era infinitamente inferior do que através da grande rede (e consequentemente o potencial de prejuízos à indústria, muito embora o artista e o consumidor, saíssem algo prejudicados já neste momento);
3) o tempo de vida da fita magnética ser bastante limitado, frente as atuais mídias óticas. A tecnologia de fitas magnéticas era primária, à ponto de causar prejuízos aos consumidores que as adquiriam inclusive legalmente. Quem não se lembra quando elas enrolavam em tape decks, perdendo sua integridade física e inutilizando-se, às vezes para sempre. Quem ainda possui alguma música legalmente adquirida em fita magnética ainda preservada?*
Em outras palavras, parecia ser um "prejuízo" tolerável, posto que de curta duração e direcionado ao consumidor. Não tenho relatos dando conta de que algum membro da indústria tenha reposto algum destes prejuízos ao consumidor.
E permitam-me uma última perguntinha que não quer calar: a Banda Calypso ficou mais pobre e menos bem sucedida comercialmente com os "crimes" do The Pirate Bay?
* qual a razão para alguns minisystems ainda serem vendidos com leitores de fitas magnéticas (tape decks)???
Julgamento que vai marcar o mundo digital
Imagem: The Pirate Bay.
O mundo da tecnologia e certamente da indústria do entretenimento, acompanha com interesse um julgamento que está acontecendo em Estocolmo na Suécia, desde o dia 16 de fevereiro. Trata-se do julgamento do sítio The Pirate Bay.
Os responsáveis pelo sítio de compartilhamento de arquivos estão sendo acusados por representantes da indústria da música, do cinema e de companhias de jogos, de “assistir e suportar a prática de quebra de direitos” autorais.
O The Pirate Bay (TPB) é um sítio que mostra onde estão os chamados arquivos "torrent", que seriam pequenos pedaços de arquivos digitais espalhados pela rede, abrigados em computadores de usuários comuns, como você e eu. Eles alegam em sua defesa, que nada fazem além de atuar como uma espécie de "ferramenta de busca", como o Google, por exemplo. De fato, o The Pirate Bay não guarda nenhuma espécie de arquivo digital em seus servidores, como fizeram no passado o Napster, o Kazaa, entre outros, que já encerraram ou modificaram suas atividades na tentativa de se adaptar à legalidade, igualmente forçados por ações judiciais.
A indústria alega o de sempre: prejuízos incontáveis, com o declínio na venda dos CDs. Os prejuízos, diga-se, são um fato incontestável.
A polêmica sobre este explosivo assunto parece interminável. Existem vários aspectos a serem levados em consideração antes de emitir qualquer opinião. E neste caso, com as discussões em curso seja nos tribunais, seja no cyberespaço, seja nas esquinas das cidades, a cada dia surge um fato novo, um argumento forte, uma nova visão. Para ambas as partes.
A indústria do entretenimento, há anos parece surpreendida com o advento dos arquivos digitais, com o aumento superlativo na banda de internet bem como no volume de usuários que dela usufruem, nada faz para mudar seus paradigmas de comercialização de entretenimento. Além de algumas iniciativas pontuais, continuam a "prensar" e "prensar" mídias, como o faziam há mais de 20 anos com os vinis, cobrando caro de músicos e autores, auferindo seus lucros e passando a conta toda para o consumidor.
Já os "nerds" espalhados mundo afora, parecem desconhecer toda a cadeia produtiva envolvida na execução de um singelo sucesso de áudio, software ou vídeo, disponibilizando gratuitamente, fruto de trabalho de alguns. Já o fizeram de maneira bem mais escancarada no passado, como foi o antológico caso do Napster e Kazaa, que armazenavam este arquivos em servidores próprios, facilitando assim a contra-reação da indústria que rapidamente os pôs na ilegalidade.
Tal não é o caso da tecnologia "torrent". É fato que o The Pirate Bay (TPB), bem como muitos outros que utilizam a tecnologia, não põem suas mãos "na sujeira". Mas, segundo alega a indústria, estimulam-na e viabilizam-na "dizendo onde ela está. O TPB se defende dizendo que a tecnologia torrent não foi criada especificamente para este propósito, mas também para o compartilhamento de arquivos perfeitamente legais como documentos de utilidade pública, entre outras possibilidades, em regime de cooperação. Não poderiam, segundo ainda afirmam, ser inteiramente responsabilizados pela utilização que usuários espalhados pelo mundo fazem da tecnologia. Seria como culpar o construtor de estradas pelo desatino de alguns motoristas.
Há obviamente fortes e poderosos interesses em questão. E de seu resultado, poderão sair algumas mudanças importantes em alguns paradigmas do mundo digital.
Quem desejar acompanhar o julgamento, que hoje completa seu oitavo dia, pode ir no Spectrial, sítio exclusivamente criado pelo TPB para acompanhar o julgamento. Existe também sua versão em português. Pode-se também saber o que já aconteceu no primeiro, terceiro, quarto, quinto, sétimo e oitavo dias do julgamento, ainda em curso.
O assunto, é nitroglicerina pura.
Diz-me com quem andas...
É certo também, no entanto, que o imaginário popular há muito incorporou a máxima de Goethe segundo a qual alguém pode ser identificado pelas pessoas com quem anda.
Mais certo ainda que tudo isto é o fato de que o foragido da Interpol Paulo Castelo Branco trabalhou como assessor e manteve parentes em cargos importantes na administração Duciomar Costa, na prefeitura de Belém, e que foi caixa de campanha do prefeito, quando este foi candidato.
Portanto, é difícil imaginar que Duciomar Costa não tenha semelhanças de caráter com Paulo Castelo Branco. Assemelham-se, inclusive, pelo fato de que ambos já foram julgados e condenados pela Justiça Federal, no âmbito penal. A diferença é que um conseguiu se livrar da pena pela prescrição e o outro, ao que tudo indica, passará uma boa temporada na cadeia. Se a Polícia Federal ou a Interpol o apanharem.
Seminário sobre Direitos Indígenas
O Governo do Estado, em conjunto com o Fórum dos Povos Indígenas do Pará, promove o II Seminário de Direitos Indígenas, cognominado Está na Lei.
Os interessados podem contatar a titular da Coordenadoria de Proteção dos Direitos dos Povos Indígenas da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Iza Tapuia, nos telefones 4009-2741 e 8141-1719.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Ouvidos moucos, olhos tapados
Dilma Roussef, José Serra e Aécio Neves já possuem seus blogs. Seus, não; de seus "amigos", ansiosos por lançar suas candidaturas e iniciar abertamente a campanha presidencial de 2010. No blog de Dilma há, inclusive, teorias propostas sobre a legalidade de tais instrumentos.
Será que, como no caso das mídias visuais, a Justiça Eleitoral também nada enxergará?
87%
E é de uma indecência extrema que um dado como esse não tenha sido explorado nas últimas campanhas eleitorais, sobretudo a que tinha por foco, justamente, o Município. Não digo mencionado, e sim explorado à exaustão. Obviamente, não se trata de aspecto a ser lembrado pela prefeitura, ainda mais em se tratando de uma gestão acostumada a simples e peremptoriamente negar tudo de ruim, mesmo que sejam fatos gritando aos olhos de todos. Nem pela Câmara Municipal, já que faz tempo que os parlamentos substituíram a missão institucional de fiscalizar o Executivo pela de protegê-lo e bajulá-lo, em troca de cargos, emendas orçamentárias (que não precisam ser executadas) e outros favores. Mas qual o papel da oposição? E qual o papel das organizações da sociedade civil? E me atrevo a perguntar: qual o papel da imprensa?
Se uma cidade não oferece a seus habitantes saneamento básico, o que se pode esperar dela? Que resolva seus outros problemas infraestruturais que, a despeito de importantíssimos, são menos básicos?
Deveria ser construída uma espécie de placar, no qual esse número - 87% - ficasse exposto ao público o ano inteiro, algo como uma contagem regressiva, para que cada belenense se lembrasse de, todo dia, exigir esgoto e água tratada. Quem sabe esse número também não ajudasse o cidadão comum a se lembrar que um voto vale bem mais do que camisetas coloridas.
Altermundismo
A crer no que ele escreveu em O Liberal de hoje, já estamos vivendo em outro mundo: o mundo da fantasia.
Saúde caótica
Como todos os anos, ficarão as desculpas vazias, ou a simples falta delas. As vidas perdidas, ninguém indenizará. A dor dos parentes, idem. Ano que vem ocorrerá o mesmo.
Alguém precisa gritar nos ouvidos deste espírito de porco que prover atendimento aos cidadãos que não podem pagar um plano de saúde não é favor. Favor foi ter-lhe dado, a si e à súcia que o rodeia, mais quatro anos de mandato.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
2010 nunca deixou de ser ontem
Novos tempos
Imagem: CNN
Os novos tempos parecem de fato chegar no gigante do hemisfério norte. A CNN anuncia hoje que pela primeira vez na história dos EUA, um afro-americano será homenageado nas moedas de quarter dolar.
Nada menos que o extraordinário Edward Kennedy "Duke" Ellington (29 de abril, 1899 – 24 Maio, 1974) vai figurar nas populares moedinhas de 25 cents.
Uma justa homenagem, extensiva a enorme lista de talentosos afro-americanos, pioneiros do jazz naquele país.
Encontros - Vol.1
Jamiroquai - Live at Montreux - 2003.
Track list:
1. Use the Force
2. Canned Heat
3. Cosmic Girl
4. Little L
5. Blow Your Mind
Sting (1986) Bring on the Night.
Track list:
Disc 1
1. Bring on the Night / When the World Is Running Down You Make the Best of What's Still Around
2. Consider Me Gone
3. Low Life
4. We Work the Black Seam
5. Driven to Tears
6. The Dream of the Blue Turtles / Demolition Man
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Tendências do pop mixado especialmente para os leitores do blog.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Não posso viver sem o Windows!
Tudo bem. Taí ele rodando "comportadinho" em uma máquina virtual, dentro do MAC OS X.
Essa é para os teimosos.
Hehe!
HIPERGRAFIA - TALENTO OU DOENÇA?
Philip K. Dick, escritor
Hipergrafia é o termo médico usado para descrever o impulso que leva uma pessoa a escrever de forma compulsiva, quase que ininterrupta.
Na literatura há vários autores prolíficos, alguns célebres (como Victor Hugo e Honoré de Balzac) e outros totalmente desconhecidos do público em geral (como a sul-africana Mary Faulkner, a qual figura como recordista no Guiness, com mais de 900 livros), candidatos a este diagnóstico pelas suas enormes produções literárias.
Do ponto de vista neurólogico o entendimento ainda ocorre de maneira parcial. Sabe-se que o referido impulso origina-se no Sistema Límbico (área cerebral relacionada às emoções), ocorrendo a modulação (ou "edição") nos Lobos Temporais.
Algumas doenças, como o transtorno bipolar e a epilepsia do lobo temporal podem desencadear a compulsão. Curiosamente, se tratados com antidepressivos ou antiepilépticos, os portadores de hipergrafia são "contidos".
Em relação ao talento para a arte de escrever, parece não haver uma relação qualidade/quantidade clara. O célebre caso do pastor americano Robert Shields, que durante 25 anos manteve um diário de seu dia-a-dia, minuto a minuto, num total de 75 mil páginas (4 mil livros, virtualmente) desprovidas de valor literário, é um exemplo clássico.
Um dos meus autores favoritos, o americano Philip K. Dick, famoso pela sua obra de ficção científica, sofria de um "excesso de idéias" tão brutal, que chegava a escrever mal, tendo deixado muitas obras finalizadas de forma tosca, apressada, para passar imediatamente a outros projetos. Muitos livros e contos seus, no entanto, foram caprichosamente "lapidados" por ele, e são considerados obras primas do gênero (como "O Homem do Castelo Alto" e "Os Andróides Sonham com Ovelhas Elétricas?").
O mais curioso em relação a Dick é o fato de que nem mesmo um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico relativamente grave pôde diminuir o seu impulso pela escrita, tendo ele mantido grande produção por ainda 3 anos, até morrer. Contudo, os seus últimos livros, como "Valis" por exemplo, são estranhos e totalmente diversos da fase pré-derrame.
E o raciocínio lógico indica a existência de mecanismo semelhante (talvez "em espelho") para a compulsão pela leitura.
O próprio processo criativo ainda é um vasto território a ser navegado pelas neurociências, em tempos vindouros.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Sobre prescrição penal
Também um relógio
Casio Protek PRX-2000T
1000 dólares. É quanto vai custar este novo modelo da Casio, que além das horas, mostra temperatura, altitude, pressão atmosférica, possuindo também uma bússola. Além disso, é feito de titânio-carbono e está preparado para sincronizar-se com um dos 6 sinais de calibração de tempo existente no mundo. Por enquanto, disponível apenas no Japão a partir de 1 de abril.
[Via Gizmodo]
Belenâmbulo surta e vira assassino
Só vendo aqui.
Genesis Special Vol.1 e Vol.2
Vol.1
vol.2
Propus-me a fazer uma reunião de músicas inesquecíveis de uma das bandas que mais aprecio.
Nesse especial, a gênese de uma das mais longevas e bem sucedidas bandas de todos os tempos está de corpo presente.
Segundo revistas especializadas, o Genesis está entre as 35 bandas de maior sucesso da história do rock.
Assino embaixo.
Diferente do Led Zepellin, Yes e do King Crimson (que adoro) ― esse último recomendado apenas para ouvidos treinados ― não conheço outra formação do rock que tenha encontrado e expandido sua legião de fãs mundo afora após situar-se num trabalho guindado para o pop/rock e, ainda assim, conseguir manter-se com tanto sucesso.
Três fases completamente distintas, porém, apresentando um som com muita personalidade sem abrir mão da criatividade e qualidade. Veja como se deu a história da banda aqui.
Nesse apanhado de meus Lp´s e Ep´s, coloco o que há de melhor.
Meu álbum predileto do Genesis é “The Lamb Lies Down On Broadway”, disco duplo lançado em 1974, ainda com Peter Gabriel e com a presença marcante do novato Phil Collins, que levaria, posteriormente, a banda, aos píncaros do sucesso, tornando seus componentes milionários.
Aprecio esse disco provavelmente em razão da ênfase ao piano, instrumento ao qual estudei em Conservatório, no ex-Território Federal do Amapá, quando lá morei.
É uma das poucas bandas que sou fã e que ainda não assisti ao vivo. E como gostaria...!
Fiquem então com essa emoção única, alternativa, para quem não curte ziriguidum, baticolê, gritaria desafinada e pouca harmonia dos atuais samba enredo de nosso insuperável carnaval.
Até o próximo especial quando será contada a história musical da maior expressão do rock progressivo italiano: Premiata Forneria Marconi.
>>Set List 1<<
01 Anyway - Genesis - 1974 - The Lamb Lies Down On Broadway
02 Lilywhite Lilith - Genesis - 1974 - The Lamb Lies Down On Broadway
03 Here comes the Supernatural Anaesthetist - Genesis - 1974 - The Lamb Lies Down On Broadway
04 The Lamia - Genesis - 1974 - The Lamb Lies Down On Broadway
05 The Lamb Lies Down on Broadway - Genesis - 1974 - The Lamb Lies Down On Broadway
06 The Grand Parade of Lifeless Packaging - 1974 - The Lamb Lies Down On Broadway
07 Counting Out Time - Genesis - 1974 - The Lamb Lies Down On Broadway
08 Where the Sour Turns So Sweet - Genesis – 1969 - From Genesis to Revelation
09 The Silent Sun - Genesis – 1969 - Where the Sour Turns To Sweet
10 Stagnation - Genesis - 1970 - Trespass
11 The Fountain of Salmacis - Genesis - 1971 - Nursery Cryme
12 Watcher Of The Skiez - Genesis - 1972 - Foxtrot
13 I Know What I Like (In Your Wardrobe) - Genesis - 1973 - Selling England by The Pound
14 Firth of Fifth - Genesis - 1973 - Selling England by The Pound
15 The Cinema Show - Genesis - 1973 - Selling England by The Pound
16 Squonk - Genesis - 1976 - A Trick of the Tail
17 Mad Man Moon - Genesis - 1976 A Trick of the Tail
18 Eleventh Earl of Mar - Genesis - 1976 - Wind & Wuthering
19 All in a Mouse's Night - Genesis - 1976 - Wind & Wuthering
20 Blood on The Rooftops - Genesis - 1976 - Wind & Wuthering
21 Spot the Pigeon - Genesis - 1977 - Pigeons
>>Set List 2<<
01 Unquiet Slumber for The Sleepers - Genesis - 1976 - Wind & Wuthering
02 The Carpet Crawl - Genesis - 1977 - Seconds Out
03 Ballad of Big - Genesis - 1978 - And Then There Were Only Three
04 Snowbound - Genesis - 1978 - And Then There Were Only Three
05 Scenes from The Night`s Dream - Genesis - 1978 - And Then There Were Only Three
06 Follow You Follow Me - Genesis - 1978 - And Then There Were Only Three
07 Land of Confusion - Genesis - 1986 - Live In Los Angeles
08 Mama - Genesis - 1986 - Live In Los Angeles
09 I Know What I Like (In Your Wardrobe) - Genesis - 1991 - Rock Theatre
10 Watcher of the Skies - Genesis - 1991 - Rock Theatre
11 Suppers Ready - Genesis - 1991- Rock Theatre
12 Hold on My Heart - Genesis - 1991 - We Can't Dance
13 Way of the World - Genesis - 1992 - Hold on My Heart
14 That's All (Live) - Genesis - 1992 - I Can't Dance
15 No Son of Mine (Live) - Genesis – 1992 - The Way We Walk Vol. 1
15 The Brazilian (Live) - Genesis - 1992 - Tell Me Why
E ai Elton Salles Filho? Tá de bom tamanho?
sábado, 21 de fevereiro de 2009
O STF em duas versões
...O Liberal noticiava o fim da festa para outros tantos:
Espero que não se avizinhe uma greve (e que nenhuma família se desestabilize) por causa disso...
SENSO CANINO DE JUSTIÇA
Até pouquíssimo tempo acreditava-se que apenas nós humanos e alguns símios, como os chimpazés, poderíamos desenvolver sentimento de "aversão à desigualdade" diante da ausência de uma recompensa quando da realização de missão específica.
A revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, publicou em dezembro passado um interessante estudo austríaco que mostrou claramente que também os cães param de obedecer a um comando quando se certificam de que outro cão recebe uma recompensa e eles não recebem nada.
A sensibilidade canina, no entanto, parece ser mais primitiva do que a nossa, uma vez que a qualidade de recompensa não é tão importante. Salsicha ou pão, o importante para os cachorros parece ser receber alguma recompensa.
Já entre nós e os nossos parentes primatas, a qualidade do prêmio ganha mais e mais importância a medida que a missão prossegue.
O nosso "adestramento" parece ser muito mais complexo do que se imagina...
GREEN ARROW
Para aqueles que necessitam de um snorkel durante o carnaval, seja para escapar da folia ou mesmo de literatura "heavy", sugiro o recém-lançado Arqueiro Verde - ano um, da Panini Comics / DC.
Apesar da edição nada luxuosa e da impressão não tão boa, a diversão é garantida nessa releitura das origens do controverso personagem de Mart Weisinger e George Papp, feita por Andy Diggle (Batman e Adam Strange) e Jock (Monstro do Pântano e Hellblazer).
Mãos às flechas!
Inferno Astral
Sem chance. Melhor ficar em casa, com TV à cabo, DVD e internet.
Tudo isso, acompanhado de um arsenal de analgésicos, antihistamínicos e outros sintomáticos.
Alea jacta est.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Vista e seus problemas
Para quem não acredita, é bom que se saiba que ele não é o único a relatar problemas envolvendo o Windows Update, as Atualizações Automáticas e o Service Pack 1 (SP1) do Windows Vista (uma suíte de supostas correções de segurança do Vista).
O Flanar já havia informado sobre as danações do malfadado SP1 no post Cuidado! Vem aí o Vista SP1, de 22 de fevereiro de 2008. Leiam a desagradável experiência do blogueiro.
Meu notebook usa o Vista original. E, semana passada o windows update sugeriu a instalação do SP1. Ferramenta de segurança importante, segundo a Microsoft.
Pois bem, após a instalação o computador não inicilizava, dando uma mensagem de erro. Entrei em contato com a Microsoft, descrevi o ocorrido e dei o número do erro que aparecia. Depois de muito esperar, o atendente me passou para um técnico especializado que disse que a atualização tinha corrompido um arquivo de inicialização, portanto eu teria que reinstalar o windows, mas que com isso eu iria perder (nota do poster: perder possivelmente todos os dados gravados no HD). Levei o notebook na autorizada que não conseguiu salvar os arquivos em back-up. Levei ao DR. Notebook que também não conseguiu pois era impossível inicializá-lo. Nem mesmo pelo DOS conseguiram.
Consequentemente perdi tudo o que tinha.
Agora após reinstalar o Vista original novamente veio a mensagem do uptodate. Nem pensar esse SP1 jamais.
Como se pode ver, há algo de muito errado com este Windows Vista. Para começar, devemos exercer um certo juízo crítico sobre o que o Windows Update deseja acrescentar automaticamente em nosso sistema operacional. Não deveria ser assim, mas infelizmente, esta e outras experiências comprovam isso. Desde os tempos do Windows 98. E se decidirmos aceitar as atualizações, é de bom tom que façamos um back up prévio dos dados contidos no HD. Documentos, imagens, músicas, favoritos, contatos, e-mails importantes, etc, tudo deve ser copiado previamente para uma mídia alternativa. Além do mais, qualquer processo de atualização, deve ser devidamente assistido pelo usuário. É mesmo bastante desaconselhável deixar o PC baixando as atualizações durante a noite para encontrá-las instaladas no amanhecer.
Já aconteceu comigo, de aceitar as atualizações, deixá-las baixando e ir almoçar. Quando voltei, o HD simplesmente estava inacessível. Motivo provável: o sistema de economia de energia do Vista, deve ter sido ativado durante minha ausência (desligando o HD), no exato momento em que as atualizações instalavam algum arquivo crítico para o sistema operacional, corrompendo-o.
Tal fato, tem o potencial inclusive de danificar fisicamente o HD.
Daí a razão de assistirmos integralmente o processo de atualização, de preferência, desabilitando antes, o modo de economia de energia do Vista.
Com isso, talvez possamos evitar alguns problemas.
Fica a dica.