sábado, 31 de março de 2012
Companhia Moderno de Dança no Teatro da Paz
Belo vídeo promocional!
Serviço:
- Local: Teatro da Paz
- Data: 19 a 21 de Abril
- Hora: 20:30 h
- Ingressos: de 15 a 30 reais à venda no Boulevard Shopping.
15 dias nas nuvens
Meu pouco conhecimento da literatura japonesa sempre engatou nos mesmos três autores: os universais Yukio Mishima, um dos maiores escritores do Século XX, e Murasaki Shikibu, fantástica cortesã do Século XI (autora de Histórias de Genji), além do contemporâneo e ocidentalizado Haruki Murakami, citado de vez em quando aqui no blog.
Quando resolvi mergulhar de cabeça no livro 14 Contos, de Kenzaburo Oe (prêmio Nobel de literatura em 1994; Companhia das Letras; 2011), jamais imaginei que encontraria um universo tão silencioso e tão cheio de delicadeza e dignidade.
Os contos, apesar de serem tão diversos em forma, estilo e posicionamento temporal (foram escritos entre 1957 e 1990), conseguem nos trazer a tona um turbilhão de emoções principalmente através do silêncio, do que não é e nem pode ser dito.
O talento do escritor é tão grande que ele consegue nos mostrar sem palavras o que os personagens não conseguem dizer.
O meu planejamento inicial era ler um conto por dia, mas uma estória em particular, Exultação, me obrigou a fazer uma releitura no dia seguinte e ficou por uns três dias na minha mente. Poucos contos eu li tão repletos de amor e sensualidade, quanto este.
Para quem quer atravessar a porta da literatura japonesa e sair um pouco deste nosso mundo mundano, não consigo pensar num livro melhor.
sexta-feira, 30 de março de 2012
Orgasmo total
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A corrupção segue firme, linda, leve e solta. É como essas mulheres fascinantes pelas quais o cinema inventa seus ícones. A corrupção é uma deusa; um ícone moderno. Ela é plastificada, siliconizada, atraente; mas falsa. Nesse mundo do salva tu se puder a coisa vai crescendo e tomando conta do caráter, da sensibilidade e da noção de humanidade dos envolvidos na mística. Rouba-se por todos os lados e em todos os níveis. Rouba-se no Judiciário. Rouba-se no Legislativo. Rouba-se no Executivo. Rouba-se no Sindicato. Rouba-se no Partido. Rouba-se nas instituições de caridade. Roubar é a meta; é a idéia mor; é a grande sacação do momento. Roubar mas fazer. Fazer mas roubar. Rouba-se, e daí?
Mas a corrupção também é masculina, atlética, corpulenta e fálica. Exige a habilidade dos machos: violência e captura. O mundo dos machos mantém a fêmea aprisionada no luxo e no glamour. É uma teia sinuosa e irresistível de curvas e prazeres. A corrupção é um estilo de vida. É a meta dos vencedores. É o orgasmo total. É um roteiro cinematográfico.
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A corrupção segue firme, linda, leve e solta. É como essas mulheres fascinantes pelas quais o cinema inventa seus ícones. A corrupção é uma deusa; um ícone moderno. Ela é plastificada, siliconizada, atraente; mas falsa. Nesse mundo do salva tu se puder a coisa vai crescendo e tomando conta do caráter, da sensibilidade e da noção de humanidade dos envolvidos na mística. Rouba-se por todos os lados e em todos os níveis. Rouba-se no Judiciário. Rouba-se no Legislativo. Rouba-se no Executivo. Rouba-se no Sindicato. Rouba-se no Partido. Rouba-se nas instituições de caridade. Roubar é a meta; é a idéia mor; é a grande sacação do momento. Roubar mas fazer. Fazer mas roubar. Rouba-se, e daí?
Mas a corrupção também é masculina, atlética, corpulenta e fálica. Exige a habilidade dos machos: violência e captura. O mundo dos machos mantém a fêmea aprisionada no luxo e no glamour. É uma teia sinuosa e irresistível de curvas e prazeres. A corrupção é um estilo de vida. É a meta dos vencedores. É o orgasmo total. É um roteiro cinematográfico.
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quinta-feira, 29 de março de 2012
Números e fatos
Gráfico: Thiago Pomkerner
A grande polêmica levantada pela revista italiana Autosprint sobre a iminente demissão do piloto brasileiro Felipe Massa da Ferrari por incompetência, movimentou tanto a imprensa esportiva séria quanto a "marronzista" na Itália e em toda a Europa, durante esta semana.
O fato é que o desempenho de Massa tem sido tão inferior ao do companheiro de equipe Fernando Alonso, que o gráfico acima, feito pelo engenheiro Thiago Pomkerner e exibido no Blog do Fábio Seixas, mostra o abismo entre os tempos das voltas dos dois pilotos no GP da Malásia de Fórmula-1, no último domingo.
Especialmente a partir da décima-terceira volta, a diferença de rendimento foi tão significativa que redundou no absurdo gap de 1 minuto e 37 segundos na linha de chegada. E o pior de tudo foi que Alonso venceu e Massa ficou apenas na décima-quinta posição.
Algo mágico precisa acontecer, ou não teremos mais pilotos brasileiros na Fórmula 1 em 2013.
Ou ainda em 2012?!
quarta-feira, 28 de março de 2012
O inominável
Como não gosto de escrever sobre algo de que todo mundo está falando, calei minhas impressões sobre o caso BRT da Prefeitura de Belém, mas antes que eu tenha um câncer preciso registrar algumas linhas.
O projeto municipal de BRT é um símbolo do que foi a gestão Duciomar Costa, essa pessoa tão peculiar, mas tão peculiar que não se pode dar exemplo de algo parecido. Veja: após se eleger graças ao apoio da dobradinha PSDB-DEM (um verdadeiro crime de lesa-pátria do qual essa cambada hoje alega arrependimento, mas pela qual há de queimar no inferno), porque a candidatura de Zenaldo Coutinho não deu nem para a saída; após se reeleger graças a um sem-número de obras de fachada, que nunca existiram ou não foram concluídas, acompanhadas de um impressionante derramamento de material na cor laranja por toda a cidade; após estabelecer a mais indecorosa relação de servilidade que o Poder Legislativo desta cidade já teve em relação ao Executivo; após o mais extraordinário número de escândalos na administração, que levou a incontáveis ameaças de suspensão de repasses federais, notadamente na área da saúde, bem como diversas ações judiciais; após se tornar o primeiro prefeito de Belém réu em uma ação penal por atos de malversação de recursos públicos (o processo aguarda julgamento perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região), o senhor em questão não pode mais concorrer, então precisa fazer um sucessor.
Para tanto, a estratégia - o mais certo seria dizer o golpe - nada tem de novidade: basta recorrer às obras de ocasião. Observem como em vários cantos da cidade os postes de iluminação pública estão sendo substituídos por outros, novos e enfeitados com a indefectível cor laranja. Não deixa de ser sintomático que, em locais como o cruzamento das avenidas Dr. Freitas e Brigadeiro Protásio, enquanto se maqueia o que vai por cima, por baixo a rua alaga a cada chuva, num ponto da cidade onde, uns anos atrás, não havia esse tipo de problema.
Mas uma eleição não se ganha só com isso. Então é preciso uma obra de impacto, algo grandioso e inesquecível, algo que supere em muito o Pórrrrrrrrtico Metrópole e sua feiúra incompetente (não resolveu os problemas do tráfego no perímetro, criou um problema grave para ciclistas e, já no primeiro mês, ficou com elevadores inoperantes). Então apareceu o BRT, incidindo sobre um dos problemas mais críticos da cidade. Uma obra para mais de 300 milhões de reais, algo para fazer qualquer empreiteira e qualquer contratado muito feliz.
Veio uma licitação suspeita, que já ensejou até uma decisão liminar da Justiça Federal, proibindo repasses de recursos pela União. Mas parece que o prefeito precisa honrar o resultado da licitação e, contra tudo e todos, como de hábito, lá está a suposta obra, que até aqui não passou de uma retirada de faixas de asfalto em vias já congestionadas, sem qualquer preparação para minimizar os impactos.
Com sua insuperável capacidade de fingir que nada está acontecendo, o prefeito ignorou os protestos e apelos do governo do Estado, que possui há duas décadas um projeto muito mais amplo e racional. Na semana passada, os dois chefes do Executivo se reuniram com a titular do Ministério das Cidades e lá o inusitado aconteceu: o governo federal concorda em dar dinheiro para a obra! Desde que as perlengas sejam todas eliminadas. Não houve acordo: Duciomar deixou a sala dizendo que faria a sua obra de qualquer jeito, em apenas sete meses. Ao menos foi o que declarou um perplexo Simão Jatene, através da imprensa.
O prefeito diz possuir 60 milhões de reais em recursos próprios, para tocar a obra este ano. É o caso de perguntar: como esse dinheiro foi economizado? Não teria sido oportuno investi-lo na saúde pública, nos últimos anos? Outra: se gastarmos todo esse dinheiro numa obra que ficaria com menos da metade concluída, e supondo que não haja investimentos estaduais e federais, isso na prática não implica em ter jogado esse dinheiro fora?
Meses de caos no trânsito, dinheiro empregado num elefante branco, num ano eleitoral... Só há uma conclusão possível, a meu ver: parar Duciomar Costa, o quanto antes. Pará-lo enquanto é possível prevenir um pouco de toda a tragédia que esta cidade já sofreu, a ponto de hoje quase não possuir mais autoestima.
Lembremos que ações judiciais não bastam. Duciomar não toma conhecimento de decisões judiciais. Ele não as cumpre e sequer se justifica. Vive em uma realidade paralela, talvez à conta de algum transtorno mental que ainda precise ser descrito, em qualidade ou intensidade. Vive com seu séquito, seus seguranças, seus vereadores de estimação.
É preciso não eleger ninguém que tenha o menor traço de relação com Duciomar Costa, ao Executivo e ao Legislativo. E apoiar amplamente, não apenas na mídia, mas nas nossas ruas, nos nossos bairros, nos nossos núcleos de convivência, todas as ações tomadas pelas autoridades para conter esse descalabro. E cobrar dessas mesmas autoridades que ajam e com pressa.
Não é só o tempo que está acabando. Belém está se acabando.
PS - O acordo fechado entre o governo do Estado e a prefeitura minimiza, porém não resolve o problema. O apelo em torno da não eleição dos apoiadores de Duciomar permanece.
O projeto municipal de BRT é um símbolo do que foi a gestão Duciomar Costa, essa pessoa tão peculiar, mas tão peculiar que não se pode dar exemplo de algo parecido. Veja: após se eleger graças ao apoio da dobradinha PSDB-DEM (um verdadeiro crime de lesa-pátria do qual essa cambada hoje alega arrependimento, mas pela qual há de queimar no inferno), porque a candidatura de Zenaldo Coutinho não deu nem para a saída; após se reeleger graças a um sem-número de obras de fachada, que nunca existiram ou não foram concluídas, acompanhadas de um impressionante derramamento de material na cor laranja por toda a cidade; após estabelecer a mais indecorosa relação de servilidade que o Poder Legislativo desta cidade já teve em relação ao Executivo; após o mais extraordinário número de escândalos na administração, que levou a incontáveis ameaças de suspensão de repasses federais, notadamente na área da saúde, bem como diversas ações judiciais; após se tornar o primeiro prefeito de Belém réu em uma ação penal por atos de malversação de recursos públicos (o processo aguarda julgamento perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região), o senhor em questão não pode mais concorrer, então precisa fazer um sucessor.
Para tanto, a estratégia - o mais certo seria dizer o golpe - nada tem de novidade: basta recorrer às obras de ocasião. Observem como em vários cantos da cidade os postes de iluminação pública estão sendo substituídos por outros, novos e enfeitados com a indefectível cor laranja. Não deixa de ser sintomático que, em locais como o cruzamento das avenidas Dr. Freitas e Brigadeiro Protásio, enquanto se maqueia o que vai por cima, por baixo a rua alaga a cada chuva, num ponto da cidade onde, uns anos atrás, não havia esse tipo de problema.
Mas uma eleição não se ganha só com isso. Então é preciso uma obra de impacto, algo grandioso e inesquecível, algo que supere em muito o Pórrrrrrrrtico Metrópole e sua feiúra incompetente (não resolveu os problemas do tráfego no perímetro, criou um problema grave para ciclistas e, já no primeiro mês, ficou com elevadores inoperantes). Então apareceu o BRT, incidindo sobre um dos problemas mais críticos da cidade. Uma obra para mais de 300 milhões de reais, algo para fazer qualquer empreiteira e qualquer contratado muito feliz.
Veio uma licitação suspeita, que já ensejou até uma decisão liminar da Justiça Federal, proibindo repasses de recursos pela União. Mas parece que o prefeito precisa honrar o resultado da licitação e, contra tudo e todos, como de hábito, lá está a suposta obra, que até aqui não passou de uma retirada de faixas de asfalto em vias já congestionadas, sem qualquer preparação para minimizar os impactos.
Com sua insuperável capacidade de fingir que nada está acontecendo, o prefeito ignorou os protestos e apelos do governo do Estado, que possui há duas décadas um projeto muito mais amplo e racional. Na semana passada, os dois chefes do Executivo se reuniram com a titular do Ministério das Cidades e lá o inusitado aconteceu: o governo federal concorda em dar dinheiro para a obra! Desde que as perlengas sejam todas eliminadas. Não houve acordo: Duciomar deixou a sala dizendo que faria a sua obra de qualquer jeito, em apenas sete meses. Ao menos foi o que declarou um perplexo Simão Jatene, através da imprensa.
O prefeito diz possuir 60 milhões de reais em recursos próprios, para tocar a obra este ano. É o caso de perguntar: como esse dinheiro foi economizado? Não teria sido oportuno investi-lo na saúde pública, nos últimos anos? Outra: se gastarmos todo esse dinheiro numa obra que ficaria com menos da metade concluída, e supondo que não haja investimentos estaduais e federais, isso na prática não implica em ter jogado esse dinheiro fora?
Meses de caos no trânsito, dinheiro empregado num elefante branco, num ano eleitoral... Só há uma conclusão possível, a meu ver: parar Duciomar Costa, o quanto antes. Pará-lo enquanto é possível prevenir um pouco de toda a tragédia que esta cidade já sofreu, a ponto de hoje quase não possuir mais autoestima.
Lembremos que ações judiciais não bastam. Duciomar não toma conhecimento de decisões judiciais. Ele não as cumpre e sequer se justifica. Vive em uma realidade paralela, talvez à conta de algum transtorno mental que ainda precise ser descrito, em qualidade ou intensidade. Vive com seu séquito, seus seguranças, seus vereadores de estimação.
É preciso não eleger ninguém que tenha o menor traço de relação com Duciomar Costa, ao Executivo e ao Legislativo. E apoiar amplamente, não apenas na mídia, mas nas nossas ruas, nos nossos bairros, nos nossos núcleos de convivência, todas as ações tomadas pelas autoridades para conter esse descalabro. E cobrar dessas mesmas autoridades que ajam e com pressa.
Não é só o tempo que está acabando. Belém está se acabando.
PS - O acordo fechado entre o governo do Estado e a prefeitura minimiza, porém não resolve o problema. O apelo em torno da não eleição dos apoiadores de Duciomar permanece.
Skhizein
Para abalar a dura realidade do meio da semana, nada melhor do que esta animação de Jeremy Clapin, de 2008, premiada em Cannes e no Anima Mundi.
A estória (ou história?) de Henry, que após ter sido atingido por um meteorito de 150 toneladas é obrigado a viver a 91 cm de si mesmo, é no mínimo fabulosa.
Optei em compartilhar a versão legendada em inglês pela melhor qualidade de imagem e de som.
Bon amusement!
terça-feira, 27 de março de 2012
Aos deuses: se deuses há.
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
de Ricardo Reis.
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"Cajun Music" - Os franceses nos EUA
A história da cultura cajun, não é muito diferente de muitos outros nichos culturais isolados mundo afora. Os cajuns eram colonizadores francófonos que viviam na região nordeste da América do Norte, que envolvia o Canadá e parte de alguns estados do nordeste dos EUA. Esta região, era então conhecida como Acádia. De lá foram perseguidos e expulsos por volta de 1755-1763 refugiando-se em diversos portos do então império britânico na América do Norte. Parte destes refugiados, (que se salvaram das prisões ou deportação), agruparam-se especialmente no estado da Louisiana (EUA).
Apesar de possuir forte expressão também na culinária, o foco deste post é sua música, essencialmente um tipo de american folk, conhecida como cajun music. Entre suas características, além do óbvio perfil folk, é a presença do violino e de uma espécie de sanfona ou acordeon.
Alguns músicos estadunidenses dedicaram-se a execução e consequente preservação da música cajun.
Entre eles, destacaram-se os The Balfa Brothers, que mostramos no exemplo abaixo (apenas áudio), executando o clássico Parlez Nous A Boire (letras originais aqui).
A música já fez parte da trilha sonora de um filme (que nunca assisti) chamado de Southern Confort (1981). O vídeo abaixo, é um pequeno trecho do filme, com uma versão de Dewey Balfa (um pouco mais acelerada) de Parlez Nous A Boire.
Os irmãos Balfa, após tocarem em família desde os anos 40, desapareceram em 1992 com a morte de Dewey, o último de seus integrantes. Vale a pena, ouvir alguns outros sucessos do grupo como Les veuves de la coulee' e La Dance Des Mardi Gras.
Ainda entre nós, a norte-americana Ann Savoy (que possui um website oficial) também divulgou a música cajun em variados momentos de sua carreira. Entre eles, integrou uma curiosa banda constituída essencialmente por mulheres batizada como The Magnólia Sisters, que você pode assistir no vídeo abaixo executando Mag Hop.
Em 2006, em parceria com a premiada e eclética Linda Ronstadt, Ann lançou o álbum Adieu False Heart, onde destacamos Plus Tu Tournes, que você pode ouvir clicando aqui.
Prosseguindo com a exaustiva pesquisa que tentei fazer, poderia ainda citar alguns músicos ainda dedicados a esta vertente tipicamente de raiz da cultura estadunidense. Contudo, o mais importante pode ser identificar suas possíveis influências no cenário musical que surgiria depois.
Muito depois.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Cinco Saltos ou o pulo do gato
Não consegui enumerar a quantidade de praças públicas de Cinco Saltos, uma pequena cidade de cerca de 30 mil habitantes fincada na Patagônia. Uma hora de voo a partir de Buenos Aires até a capital petroleira Neunquén e outros 30 minutos de carro para se chegar até lá. Ah, as praças... como fazem bem.
Cinco Saltos, até onde os olhos alcançam, é muito limpa, como Buenos Aires não conhece. Nada de prédios também ou buzinas a dar calo nas mãos dos histéricos. E ainda facilmente se encontram as chácaras, com plantação de maçãs e peras - economia forte da cidade. Um despetensioso passeio de bicicleta por estes caminhos é um gratíssimo regalo para si mesmo.
À tarde o silêncio impera. Hora irremediável da sesta.
O Lago Pellegrini é convite certo para a contemplação. Os mais treinados conseguem volitar, "seguro que sí". Me lembrou Lavras Novas (MG) e é como se fosse um proto-Praia do Forte (BA).
A sensação é de que se respira bem por estes ares (com o perdão do trocadilho infame).
Das poucas imagens que registrei na minha camereta de amadora, solto estas (arriba), da Plazoleta de La Memoria. Foi construída em homenagem aos desaparecidos políticos durante o golpe militar no país, qe completou 36 anos no último dia 24.
Ah, as fotos não são assim uma brastemp, muito menos um carlosbarreto, mas dá pra quebrar o galho.
Besitos desde Buenos Aires!
domingo, 25 de março de 2012
Sobre a intolerância
Do Blogosfera
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A prisão dos criminosos Marcelo Valle Silveira Mello e Emerson Eduardo Rodrigues pela Polícia Federal, na Operação Intolerância escancarou várias coisas assustadoras. A primeira é o fato de que os intolerantes e neonazistas no Brasil estão ativos, organizados, financiados e ávidos por cometer crimes, matar pessoas que eles consideram "inimigos". A segunda é que, se não fosse a ação da Polícia Federal, os dois presos iriam executar um plano muito bem montado de assassinato em massa. Tinham meio milhão de reais à disposição, dinheiro com o qual poderiam comprar armas, carros, e tudo mais o que precisassem para executar seus planos bestiais.
Mahatma Gandhi, o inesquecível líder indiano que conseguiu a independência de seu país, defendeu a vida inteira a Satiagraha, a postura de resistência firme e determinada, porém pacífica. Gandhi e seus seguidores sofreram todo tipo de perseguição: foram presos, torturados, agredidos e muitos foram mortos. Mas ao final triunfaram, com sua firme resistência pacífica.
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Ser "do bem" não vai salvar você do mal
A prisão dos criminosos Marcelo Valle Silveira Mello e Emerson Eduardo Rodrigues pela Polícia Federal, na Operação Intolerância escancarou várias coisas assustadoras. A primeira é o fato de que os intolerantes e neonazistas no Brasil estão ativos, organizados, financiados e ávidos por cometer crimes, matar pessoas que eles consideram "inimigos". A segunda é que, se não fosse a ação da Polícia Federal, os dois presos iriam executar um plano muito bem montado de assassinato em massa. Tinham meio milhão de reais à disposição, dinheiro com o qual poderiam comprar armas, carros, e tudo mais o que precisassem para executar seus planos bestiais.
Mahatma Gandhi, o inesquecível líder indiano que conseguiu a independência de seu país, defendeu a vida inteira a Satiagraha, a postura de resistência firme e determinada, porém pacífica. Gandhi e seus seguidores sofreram todo tipo de perseguição: foram presos, torturados, agredidos e muitos foram mortos. Mas ao final triunfaram, com sua firme resistência pacífica.
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Cadê o consolo?
Quando Belém deixou de ser escolhida como sub-sede da Copa do Mundo de 2014, essa vergonha que está drenando bilhões de reais que poderiam ser utilizados em coisa útil, o mundinho paraense veio abaixo. A governadora Ana Júlia pagou caro por isso, mas foram prometidos alguns prêmios de consolação, tais como usarem a nossa estrutura (inegavelmente superior à de Manaus, hoje) para treinos e sediarmos a Copa América. Mas, segundo a imprensa, o evento internacional não mais será realizado aqui.
E agora? O governador Simão Jatene será cobrado por isso? Alguém dirá que faltou "articulação política" e "competência", mote empregado pelos próprios tucanos na hora de fazer campanha?
Enfim, Belém perdeu naquela época e perdeu de novo. Motivos existem, mas a minha pergunta continua a mesma: não deveríamos estar mais empenhados em construir o nosso futuro independentemente de fatores externos, ainda mais aqueles para os quais só existem negociatas entre cabeças coroadas que sequer sabem onde fica o Pará?
E agora? O governador Simão Jatene será cobrado por isso? Alguém dirá que faltou "articulação política" e "competência", mote empregado pelos próprios tucanos na hora de fazer campanha?
Enfim, Belém perdeu naquela época e perdeu de novo. Motivos existem, mas a minha pergunta continua a mesma: não deveríamos estar mais empenhados em construir o nosso futuro independentemente de fatores externos, ainda mais aqueles para os quais só existem negociatas entre cabeças coroadas que sequer sabem onde fica o Pará?
Avec elegância
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Digna de leitura a entrevista do ex-ministro da Cultura Juca Ferreira (2008-2010) à Folhaonline. Reflete os conflitos em curso no Brasil com a gestão de Ana de Hollanda - atual Ministra da Cultura -, considerada um desastre por parte dos produtores culturais, intelectuais, empresários e movimentos culturais. A questão não é de hoje e envolve a relação setor público e setor privado na produção de políticas culturais. Entidades como o Ecad estão na mira. Há que se proteger os direitos autorais, mas há que se abrir a caixa prêta do Ecad. Os empresários querem manter seus negócios e ganhar dinheiro com atividades culturais. Os artistas querem receber e ter dinheiro para manter suas produções. O mercado espera pelos consumidores de cultura; e os números são desestimulantes. Segundo Juca Ferreira "pouco mais de 5% dos brasileiros entram em museus. Só 13% vão aos cinemas, e 17% compram livros..."
O Governo Dilma Rousseff faz água nos ministérios com o troca troca sem fim de ministros. Há um descontentamento flagrante com o setor cultural. É só ler os manifestos da atriz Fernanda Montenegro, e o da filósofa Marilena Chauí. Quanto ao mecenato descrito pelo ex-ministro Juca Ferreira, tenho algumas convicções. Uma delas é que eles não existem no Brasil sem contrapartidas claras do setor público. Vi isto com a bancarrota do MASP e de outros museus paulistas e cariocas. Vi isto com a PUC de São Paulo quando de sua falência há dez anos. Cadê o empresáriado paulista que estudou e manteve seus filhos nos bancos da PUC?!? A PUC teve que fazer um ajuste dracôniano, e está nas mãos dos bancos. Não acredito no mecenato brasileiro, não gostam de tirar um tostão do bolso: só com contrapartidas claras. E, claro, há exceções. Mas a regra é essa.
Me chama que eu gosto
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Eu não tenho nenhum problema com o nome que as pessoas dão aos filhos. Tudo bem, cada um é um. Cada pai é um pai. Cada mãe uma mãe; e por aí vai. Além disso, não são meus filhos. Mas deveria ter uma forma de manter um certo resguardo em relação aos nomes dos filhos. Afinal, os filhos de hoje são os pobres adultos de amanhã. Minha mãe gostava dos franceses: daí o Marise com s. E eu gosto do meu nome. Odeio quando trocam por Marisa: fico fula! Ou escrevem com z. Não é nada grave; dá para perdoar a minha mãe. Mas bem que ela poderia ter colocado o meu nome de Ana. Nome simples, lindo, afável. Sei que tem coisa muito pior que Marise; e sigo em frente sem maiores traumas. Mas tem coisas muito duras por aí, e que as pessoas precisam carregar prá cima e prá baixo. Claro, são seus próprios nomes! Um nome não é coisa qualquer. Ele marca, define, aponta, organiza. E pode levar uma pessoa que nasceu sem nenhum defeito de fabricação mental: ao desespero e ódio futuros. É sério! Me disseram que em Portugal os cartórios não podem registrar o nome alucinado que os país quiserem. Não! Lá tem limite para as maluquices dos país. Aqui deveríamos ter alguma coisa nessa direção.
Eu não tenho nenhum problema com o nome que as pessoas dão aos filhos. Tudo bem, cada um é um. Cada pai é um pai. Cada mãe uma mãe; e por aí vai. Além disso, não são meus filhos. Mas deveria ter uma forma de manter um certo resguardo em relação aos nomes dos filhos. Afinal, os filhos de hoje são os pobres adultos de amanhã. Minha mãe gostava dos franceses: daí o Marise com s. E eu gosto do meu nome. Odeio quando trocam por Marisa: fico fula! Ou escrevem com z. Não é nada grave; dá para perdoar a minha mãe. Mas bem que ela poderia ter colocado o meu nome de Ana. Nome simples, lindo, afável. Sei que tem coisa muito pior que Marise; e sigo em frente sem maiores traumas. Mas tem coisas muito duras por aí, e que as pessoas precisam carregar prá cima e prá baixo. Claro, são seus próprios nomes! Um nome não é coisa qualquer. Ele marca, define, aponta, organiza. E pode levar uma pessoa que nasceu sem nenhum defeito de fabricação mental: ao desespero e ódio futuros. É sério! Me disseram que em Portugal os cartórios não podem registrar o nome alucinado que os país quiserem. Não! Lá tem limite para as maluquices dos país. Aqui deveríamos ter alguma coisa nessa direção.
sábado, 24 de março de 2012
Só isso!
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Aíaíaíaí,aíaíaíaíaíaíaíaíaí......assim começa uma dessas músicas alucinadas na qual o cara se requebra na performance latino-americana do Elvis Presley. É hilário! Mas até aí tudo bem! Depois vem o pior. O cara já é o próprio Elvis Presley, e você não consegue ver mais a diferença; e aí? É uma completa decepção. Pelo Elvis, de quem você esperava muito mais. E do Presley, de quem você esperava uma certa autenticidade.
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Aíaíaíaí,aíaíaíaíaíaíaíaíaí......assim começa uma dessas músicas alucinadas na qual o cara se requebra na performance latino-americana do Elvis Presley. É hilário! Mas até aí tudo bem! Depois vem o pior. O cara já é o próprio Elvis Presley, e você não consegue ver mais a diferença; e aí? É uma completa decepção. Pelo Elvis, de quem você esperava muito mais. E do Presley, de quem você esperava uma certa autenticidade.
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Um vídeo de história, e de saudade
O primeiro iPhone foi anunciado ao mundo, na inesquecível keynote de 9 de janeiro de 2007. Mas somente em 29 de junho foi lançado no mercado americano. O vídeo acima registra um momento muito curioso, citado na biografia autorizada de Steve Jobs.
No dia do lançamento, ele apareceu pessoalmente na Apple Retail Store de Palo Alto.
Após conversar com algumas pessoas, ele foi informado que Steve Wozniak estava na enorme fila que se formava na parte externa. Ao que respondeu: - eu já enviei um para ele.
Após conversar com algumas pessoas, ele foi informado que Steve Wozniak estava na enorme fila que se formava na parte externa. Ao que respondeu: - eu já enviei um para ele.
Mas Wozniak queria 6!
Lá vai a triônica!
Depois de Batfino e Karatê, só a poderosa Formiga Atômica poderia salvar a humanidade (e o sábado).
E lá vai a triônica, em seu divertidíssimo segundo episódio, de 1965, O Monstro de Cranckenshaft.
Haja memória afetiva!
sexta-feira, 23 de março de 2012
Tesouro
quinta-feira, 22 de março de 2012
Todo o esplendor da Aurora Boreal
Neste vídeo em stop-motion divulgado ontem pelo National Geographic, toda a maravilha deste fenômeno ímpar. Os ventos solares ao atingirem o campo magnético da terra nos polos, geram estes incríveis efeitos visuais. No vídeo acima, o registro em ritmo acelerado feito na Noruega.
Absolutamente paralisante!
O fim da calvície?
Imagem: Kendyl
A boa notícia para os carecas chegou hoje da Pensilvânia, via BBC Brasil: identificada forte pista biológica para a calvície.
A chave da gênese da desagradável falta de cabelo na cabeça estaria na proteína prostaglandina D sintetase, presente em grande quantidade nas células dos folículos capilares das áreas calvas.
Agora é só achar como bloquear o receptor da dita proteína nas células, para pelo menos retardar o avanço da calvície.
Pede-se calma aos milhões de carecas mundo afora, pois quem sabe em poucos anos o remédio estará nas prateleiras das farmácias.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Adorei isso!
"Somos contra o direito de voto dos homens, pois eles são muito emocionais para votar. Seu comportamento nos jogos de beisebol e convenções políticas demonstra isso, enquanto sua tendência inata para apelar para a força torna-os particularmente inadequados para os cargos de governantes."
Alice Duer Miller(1847-1942)
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Retirei este texto da tese de doutoramento em Ciência Política de Maria Luzia Miranda Álvares
- Mulheres na Competição Eleitoral, Seleção de candidaturas e Padrão de Carreira Política no
Brasil - IUPERJ/2004.
3 vezes 21
Hoje é o Dia Internacional da Síndrome de Down e desde cedo venho lendo e assistindo matérias sobre a inclusão dos portadores nas escolas e sobre rapazes e moças com a síndrome que chegam à universidade e ao mercado de trabalho.
Como irmão de um Down, aliás o mais bonito e meigo que jamais vi, acabei ficando um pouco ressentido com o foco excessivo nas exceções e a falta de menções sobre a regra.
O dia-a-dia de um Down e de sua família não é tão fácil quanto o de todo mundo, pois as dificuldades e os obstáculos tornam-se mais íngremes e o olhar velado do preconceito ainda mina no caminho do cotidiano. As preocupações conscientes e inconscientes jamais abandonam as mentes de seus pais e parentes.
A grande maioria não consegue se alfabetizar, não importa qual a metodologia empregada, por um limite neurológico, assim como a possibilidade de uma vida independente é extremamente remota.
O aprendizado se faz por repetição exaustiva e a estrutura familiar é a base de todo o psiquismo de um Down.
Aliás, hoje deveria ser comemorado também o dia das famílias dos portadores da Síndrome de Down, grupos de pessoas abençoadas pela chance de convivência com anjos sem asas e de olhinhos puxados.
terça-feira, 20 de março de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
O poeta pela atriz...
Necrológio dos desiludidos do amor
de Carlos Drummond de Andrade com a interpretação exata de Fernanda Torres.
Tu tá boa santa?
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Depois desta madrugada, e da reportagem do Fantástico, procuro a felicidade. Auditores, conselheiros armados e seres do bem: onde anda a tal felicidade? Sou professora doutora, estudo muito. Por meio do meu conhecimento centenas de pessoas dão grandes passos rumo a felicidade. E é brochante ver o que vi na reportagem do Fantástico. Como é fácil roubar e ser feliz. Sair por aí gastando milhões do dinheiro público; ou do dinheiro "dos outros". Como está tudo prontinho para dar aos milhares de ladrões que infestam o Brasil, a felicidade merecida. Tá bom que sou do Partido dos Perdedores. Tá bom que há muito tempo fiz a escolha: sou uma perdedora convicta. Mesmo assim, é surreal, irreal, anormal, patológico, vil! Não dá, vão roubar assim na Casa da Dinda.
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É Fantástico!
Depois desta madrugada, e da reportagem do Fantástico, procuro a felicidade. Auditores, conselheiros armados e seres do bem: onde anda a tal felicidade? Sou professora doutora, estudo muito. Por meio do meu conhecimento centenas de pessoas dão grandes passos rumo a felicidade. E é brochante ver o que vi na reportagem do Fantástico. Como é fácil roubar e ser feliz. Sair por aí gastando milhões do dinheiro público; ou do dinheiro "dos outros". Como está tudo prontinho para dar aos milhares de ladrões que infestam o Brasil, a felicidade merecida. Tá bom que sou do Partido dos Perdedores. Tá bom que há muito tempo fiz a escolha: sou uma perdedora convicta. Mesmo assim, é surreal, irreal, anormal, patológico, vil! Não dá, vão roubar assim na Casa da Dinda.
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É Fantástico!
Simples e certeiro
De longe a cena musical brasileira parece se recuperar de um certo marasmo pós-Chico Science. Temos a cena paraense: sem dúvida a mais efervescente e com reais chances de cruzar as fronteiras - vide as previsões do site francês Mondomix há dois anos, noticiado aqui por Carlos Barretto - e mais recentemente a elogiosa crítica do jornal inglês The Guardian à Gaby Amarantos.
Mas, na "metrópole", São Paulo, temos também sangue rap, não tão novo assim, mostrando que há vida inteligente no... samba. Trata-se de Kleber Cavalcante Gomes, ou melhor Criolo, que ano passado disponibilizou um álbum inteiro gratuitamente na internet, o excelente Nó na Orelha.
Desde ontem, na TV Folha, se pode ouvir o cantor e compositor conversando sobre música e apresentando duas canções inéditas (Casa de Mãe e Gelo no Inferno) acompanhado por dois cavaquinhos. Simples e arrepiante assim.
Mas, na "metrópole", São Paulo, temos também sangue rap, não tão novo assim, mostrando que há vida inteligente no... samba. Trata-se de Kleber Cavalcante Gomes, ou melhor Criolo, que ano passado disponibilizou um álbum inteiro gratuitamente na internet, o excelente Nó na Orelha.
Desde ontem, na TV Folha, se pode ouvir o cantor e compositor conversando sobre música e apresentando duas canções inéditas (Casa de Mãe e Gelo no Inferno) acompanhado por dois cavaquinhos. Simples e arrepiante assim.
Tá bom!
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Ser feliz é a tônica de milhões de seres humanos. Olha-se para um lado; olha-se para o outro; e lá estão os milhões de seres felizes! Ainda bem, que seria de mim ao lado de gente infeliz?!? Procurar a felicidade é uma dessas coisas caras aos seres humanos. Eu entendo perfeitamente: ser humano que sou! Mas duvido que esse monte de gente que anda procurando a felicidade vá encontrá-la assim sem mais nem menos. E a procura é grande. Se emagrecer fica feliz! Se engordar: seria ótimo! E um pouco mais de dinheiro? Ah, perfeito! Ser feliz é ter um monte de coisas. Ser feliz é ser Zen. Ser feliz é estar amando...Ou ser amado?!? Ser feliz é acertar os números da Mega-Sena. Ah, ser feliz! Grande questão. Grande descoberta: ser feliz! Não ter insônia: quanta felicidade! Comer dúzias de chocolates e não engordar um grama: felicidade suprema. Ser eternamente jovem: o ápice da felicidade!
Ser feliz, infelizmente, não é uma coisa assim tão fácil! É muito complicado! E quanto mais complicado fica, mais a felicidade nos acena. Tem felicidade para todos os gostos, tamanhos e bolsos. Diz a lenda que ser feliz é o fim último de todos nós. Tá bom!
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Ser feliz é a tônica de milhões de seres humanos. Olha-se para um lado; olha-se para o outro; e lá estão os milhões de seres felizes! Ainda bem, que seria de mim ao lado de gente infeliz?!? Procurar a felicidade é uma dessas coisas caras aos seres humanos. Eu entendo perfeitamente: ser humano que sou! Mas duvido que esse monte de gente que anda procurando a felicidade vá encontrá-la assim sem mais nem menos. E a procura é grande. Se emagrecer fica feliz! Se engordar: seria ótimo! E um pouco mais de dinheiro? Ah, perfeito! Ser feliz é ter um monte de coisas. Ser feliz é ser Zen. Ser feliz é estar amando...Ou ser amado?!? Ser feliz é acertar os números da Mega-Sena. Ah, ser feliz! Grande questão. Grande descoberta: ser feliz! Não ter insônia: quanta felicidade! Comer dúzias de chocolates e não engordar um grama: felicidade suprema. Ser eternamente jovem: o ápice da felicidade!
Ser feliz, infelizmente, não é uma coisa assim tão fácil! É muito complicado! E quanto mais complicado fica, mais a felicidade nos acena. Tem felicidade para todos os gostos, tamanhos e bolsos. Diz a lenda que ser feliz é o fim último de todos nós. Tá bom!
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domingo, 18 de março de 2012
Barafunda
Para fechar este domingo chuvoso na terrinha. Nada como um novo samba do último CD de Chico Buarque, ou simplesmente "Chico". Ouçam e vejam que delícia.
Era Aurora
Não, era Aurélia
Ou era Ariela
Não me lembro agora
É a saia amarela daquele verão
Que roda até hoje na recordação
Foi na Penha
Não, foi na Glória
Gravei na memória
Mas perdi a senha
Misturam-se os fatos
As fotos são velhas
Cabelos pretos
Bandeiras vermelhas
Foi Garrincha
Não, foi de bicicleta
Juro que vi aquela bola entrar na gaveta
Tiro de meta
Foi na guerra
É, noite alta
Gritou o astronauta
Que era azul a Terra
Quando a verde-e-rosa saiu campeã
Cantando Cartola ao romper da manhã
Salve o dia azul
Salve a festa
E salve a floresta, salve a poesia
E salve este samba antes que o esquecimento
Baixe seu manto
Seu manto cinzento
Foi Glorinha
Não, era Maristela
Juro que eu ia até casar na Penha com ela
A vida é bela
É, não é
Era Zizinho era Pelé
Aliás, Soraia era Anabela
Era amarela a saia
Foi quando a verde-e-rosa saiu campeã
Cantando Cartola ao romper da manhã
Salve o dia azul
Salve a festa
E salve a floresta, salve a poesia
E salve este samba antes que o esquecimento
Baixe seu manto
Seu manto cinzento
Era Aurora
Não, era Barbarela
Juro que eu ia até o Cazaquistão atrás dela
A vida é bela
É Garrincha, é Cartola e é Mandela
Era Aurora
Não, era Aurélia
Ou era Ariela
Não me lembro agora
É a saia amarela daquele verão
Que roda até hoje na recordação
Foi na Penha
Não, foi na Glória
Gravei na memória
Mas perdi a senha
Misturam-se os fatos
As fotos são velhas
Cabelos pretos
Bandeiras vermelhas
Foi Garrincha
Não, foi de bicicleta
Juro que vi aquela bola entrar na gaveta
Tiro de meta
Foi na guerra
É, noite alta
Gritou o astronauta
Que era azul a Terra
Quando a verde-e-rosa saiu campeã
Cantando Cartola ao romper da manhã
Salve o dia azul
Salve a festa
E salve a floresta, salve a poesia
E salve este samba antes que o esquecimento
Baixe seu manto
Seu manto cinzento
Foi Glorinha
Não, era Maristela
Juro que eu ia até casar na Penha com ela
A vida é bela
É, não é
Era Zizinho era Pelé
Aliás, Soraia era Anabela
Era amarela a saia
Foi quando a verde-e-rosa saiu campeã
Cantando Cartola ao romper da manhã
Salve o dia azul
Salve a festa
E salve a floresta, salve a poesia
E salve este samba antes que o esquecimento
Baixe seu manto
Seu manto cinzento
Era Aurora
Não, era Barbarela
Juro que eu ia até o Cazaquistão atrás dela
A vida é bela
É Garrincha, é Cartola e é Mandela
Ana Mokarzel
No torpor da noite, o
bronze da luz se dilui com as imagens. Neste tempo pouco, o michê flerta com
seu próximo segundo, tentando seduzir mais um cliente. O brilho do carro, noir,
remete a tempos passados, ou quem sabe cria memórias ao fecundar o
presente.
A fotógrafa Ana Mokarzel, administradora por formação,
consultora respeitada na área de recursos humanos, reencontra a fotografia, que
conheceu ainda criança. A lembrança do pai lhe vem à memória. Ele ensinou as
primeiras lições da escrita com a luz, como um mestre que segura a mão do
discípulo no capricho das letras. O envolvimento foi inevitável. Ana passou a
se dedicar cada vez mais à fotografia e, sem abandonar o trabalho original,
agrega este novo universo a ele. Dinâmica, não se permite limites. Curiosa com
a nova janela aberta, Ana se debruça e cai, como Alice no País das Maravilhas.
E nos convida a viagens por mundos esquecidos e imaginários repletos de
personagens instigantes que poucas pessoas sabem perceber.
Paulo Santos
Será que vão conseguir?
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Muitos talvez não estejam acompanhando os conflitos pela manutenção do patrimônio urbanístico de Belém, e que envolvem uma área portuária da cidade: os galpões da Companhia das Docas do Pará.
Pelo Facebook a campanha toma fôlego, e conta com o apoio de blogueiros importantes da cidade, como a jornalista Franssinete Florenzano.
Causa espanto a velocidade com que vão destruindo aquilo que é patrimônio de Belém. Deixo aqui um link para o blog do arquiteto Flávio Nassar, no qual ele conta as origens políticas de mais um atentado contra todos nós.
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Muitos talvez não estejam acompanhando os conflitos pela manutenção do patrimônio urbanístico de Belém, e que envolvem uma área portuária da cidade: os galpões da Companhia das Docas do Pará.
Pelo Facebook a campanha toma fôlego, e conta com o apoio de blogueiros importantes da cidade, como a jornalista Franssinete Florenzano.
Causa espanto a velocidade com que vão destruindo aquilo que é patrimônio de Belém. Deixo aqui um link para o blog do arquiteto Flávio Nassar, no qual ele conta as origens políticas de mais um atentado contra todos nós.
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Tempo nublado
Senna e Massa (imagem: LAT Photografic)
A primeira prova do campeonato 2012 de Fórmula Um, disputada na Austrália nesta madrugada, expôs com clareza aos olhos de todos a complicada situação dos dois pilotos brasileiros que a disputam, Felipe Massa e Bruno Senna.
Ambos tem sido, desde os testes da pré-temporada, muito mais lentos que seus companheiros de equipe, Fernando Alonso e Pastor Maldonado, respectivamente, e deram show de má performance tanto nos treinos de sábado quanto, principalmente, na corrida.
Massa nunca mais foi o mesmo desde o acidente sofrido na Hungria em 2009, quando foi atingido na cabeça por uma mola oriunda de outro carro (coincidentemente, do Barrichello). As más línguas da neurocirurgia paulistana (o piloto fez sua segunda cirurgia em São Paulo) falaram (e muito) na época em contusão dos lobos frontais e cefaleia crônica, o que teria gerado uso frequente de analgésicos opioides.
Mas, boatos a parte, Felipe nunca mais venceu ou mesmo superou de forma clara o temido companheiro Alonso.
Quanto ao Bruno Senna, infelizmente o problema parece ser mesmo de capacidade de pilotagem. Apesar das chances abertas pelas chaves douradas do patrocínio, o sobrinho de Ayrton Senna (um dos melhores de todos os tempos) tem se mostrado, na melhor das hipóteses, um piloto medíocre.
Imagino que, diante do cenário exposto e da impossibilidade quase que absoluta de reversão ainda no ano em curso, a transmissão das corridas de Fórmula 1 no Brasil estará seriamente comprometida em 2013.
Para os brasileiros fãs deste esporte, só resta lembrar das luminosas manhãs de domingo vividas nas décadas de 80 e 90 e esperar pela minguada geração vindoura.
PS: a vitória de Jason Button foi espetacular e o equilíbrio parece ter voltado de vez às pistas.
Abriram o "Novo iPad"!!!
Imagem: Blog MacMagazine, via iFixit. |
Quem já leu a biografia autorizada de Steve Jobs de Walter Isaacson, pôde confirmar a atitude paranóide determinação de Steve em manter seus produtos meio que imaculados. À ponto de, ao descobrir que "uma certa empresa" estava fazendo a festa prestando assistência técnica em um Macbook, providenciou que todos os parafusos da geração posterior fossem trocados por um modelo muito bizarro. Esperava ele, que pela ausência de uma ferramenta adequada, a violação abertura do portátil fosse evitada.
De fato, tais medidas, aparentemente recheadas de fanatismo, resumem a opção histórica da Apple em vender hardware + software em pacotes fechados. A idéia era vender uma boa "experiência de usuário" completa. FIM.
Pois muito bem. Não duvidaria que a "tal empresa" citada por Jobs na biografia, seja mesmo a iFixit.
Com efeito, se você visitar o website da empresa, vai gargalhar ao ver que há tempos ela vem conseguindo abrir absolutamente tudo o que a empresa de Cupertino produz. Para arrepio de muitos, ainda fatura vendendo kits de ferramentas especializadas em vencer as dificuldades impostas pela Apple. Detalhe: manual incluído.
A sanha da empresa é tamanha, que tiveram o cuidado de enviar um funcionário a Austrália. Desta maneira, aproveitando-se do fuso horário, a "certa empresa" conseguiu botar as mãos no Novo iPad antes do resto do mundo. E em 24 horas, como sempre de forma técnica e elegante, já demoliram expuseram os intestinos do tablet.
Para ver em bom português, vale a pena ver a descrição detalhada da façanha no Blog MacMagazine. Mas se o inglês não for uma dificuldade, é obrigatório visitar o website da iFixit, com direito a foto do equipamento utilizado na delicada operação (que hilariamente inclui uma lata de Red Bull).
sábado, 17 de março de 2012
Tu tá boa santa!
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Trago do Facebook concordando plenamente com isso tudo aí do alemão mais americano do planeta, o escritor Charles Bukowski.
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Trago do Facebook concordando plenamente com isso tudo aí do alemão mais americano do planeta, o escritor Charles Bukowski.
Sábado na casa da prima
Pense num sábado de sonho - é o passado na casa da minha prima.
E não é só pelas generosas guloseimas, não!
Na casa da prima a trilha sonora é feita ao vivo pela família, com piano (a duas e a quatro mãos), acordeon, violão, percussão e voz.
Lá, a chuva molha a garça na beira da piscina e enche a tarde de graça.
O celular quase não pega, e quando toca ninguém ousa ouvi-lo no meio de tanto folguedo e algazarra.
Alguns primos vêm de longe, e outros que tencionam ir ao Mosqueiro não conseguem nem passar do Lago Azul, pois lá as horas quase não passam.
Os primos ausentes estão sempre presentes, na memória e nas conversas carregadas de emoção e saudade.
O amor transborda, na casa da prima.
Ir embora significa voltar, lembrar, viver, sorrir e carregar um pedaço de cada um para a nossa própria casa.
Naqueles momentos oníricos, somos todos imortais.
Lá na casa da minha prima.
PS: ok, ok, as guloseimas são de enlouquecer!
PS2: a minha prima, eu não empresto, não vendo nem dou!
sexta-feira, 16 de março de 2012
Cadê a ALPA VALE S.A?
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Em 24 de agosto de 2011 foi decidido que todo o estado do Pará seria consultado sobre a Divisão do Pará com a criação de mais dois estados: Tapajós e Carajás.
Em 11 de dezembro de 2011 dizemos NÃO. Um grande NÃO! Agora precisamos nos manifestar sobre a ALPA, e o postergar da implementação do projeto. Prá quem não sabe, ALPA é a sigla de um projeto siderúrgico de verticalização do aço com a produção de lâminas de aço e de placas. A siderurgia teria capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de placas. E a operação estava prevista para funcionar em 2013. Ela deveria ter sido implantada no município de Marabá
A siderurgia Aços Laminados do Pará (ALPA) foi lançada oficialmente em 22 de junho de 2008, em Marabá, com a presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva; e da então governadora Ana Júlia Carepa; e com o presidente da Vale S.A, Roger Agnelli - também um "então". Pois bem, até agora neca de pitibiriba, nada, coisa alguma; apenas litígios por indenizações sobre a propriedade do local. Investimentos que são bons, neca! Empresários, comerciantes e políticos estão se movimentando por meio de abaixo-assinados e manifestações públicas pela imediata retomada dos investimentos. Tem o meu apoio; e penso que deveria ter o apoio daqueles que estão interessados no desenvolvimento equilibrado entre as regiões. Este que não saí do papel; e que não está nas discussões públicas.
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Em 24 de agosto de 2011 foi decidido que todo o estado do Pará seria consultado sobre a Divisão do Pará com a criação de mais dois estados: Tapajós e Carajás.
Em 11 de dezembro de 2011 dizemos NÃO. Um grande NÃO! Agora precisamos nos manifestar sobre a ALPA, e o postergar da implementação do projeto. Prá quem não sabe, ALPA é a sigla de um projeto siderúrgico de verticalização do aço com a produção de lâminas de aço e de placas. A siderurgia teria capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de placas. E a operação estava prevista para funcionar em 2013. Ela deveria ter sido implantada no município de Marabá
A siderurgia Aços Laminados do Pará (ALPA) foi lançada oficialmente em 22 de junho de 2008, em Marabá, com a presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva; e da então governadora Ana Júlia Carepa; e com o presidente da Vale S.A, Roger Agnelli - também um "então". Pois bem, até agora neca de pitibiriba, nada, coisa alguma; apenas litígios por indenizações sobre a propriedade do local. Investimentos que são bons, neca! Empresários, comerciantes e políticos estão se movimentando por meio de abaixo-assinados e manifestações públicas pela imediata retomada dos investimentos. Tem o meu apoio; e penso que deveria ter o apoio daqueles que estão interessados no desenvolvimento equilibrado entre as regiões. Este que não saí do papel; e que não está nas discussões públicas.
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Imagens que surpreendem o dia-a-dia
Há 10 anos moro em uma pequena vila no interior da Holanda (Houten), e neste tempo, que parece longo, ainda me flagro em encantamento com coisas ainda inusitadas para meus olhos brasileiros.
Ontem fez um dia lindo neste final de inverno. Típico de primavera, à tarde abriu um sol encantador convidando a temperatura a chegar aos 14C que estimularam um grupo de crianças de curso primário a ensaiar ao ar livre alguns ensinamentos de sala de aula. Algo em torno das duas da tarde ouvi um fuxico de vozes animadas no jardim público em frente da minha casa; corri pra janela e flagrei estas imagens:
Foto 2 - Aqui um dos garotos carrega nos ombros um saco plástico para coleta. (Imagem: Ana Isa Van Dijk via iPhone) |
Foto 3 - Pouco depois percebi tratar-se de uma turma inteira a desempenhar a tarefa da limpeza urbana de ruas e jardins. (Imagem: Ana Isa Van Dijk via iPhone). |
Foto 4 - Imagem: Ana Isa Van Dijk via iPhone. |
Foto 5 - Imagem: Ana Isa Van Dijk via iPhone. |
Foto 6 - Imagem Ana Isa Van Dijk via iPhone. |
Não deu pra ouvir o que se passava entre os professores e aquelas crianças, mas minha imaginação correu solta, lembrei de Belém e de meu velho sonho sobre educação comunitária nas escolas fundamentais. Um dia quem sabe, a gente chega lá...
Ana Isa van Dijk
Houten/Holanda, 15 de março de 2012.
*Ana Isa Van Djik é arquiteta paraense, Brasileira com muito orgulho sem jamais perder seu valioso senso crítico, casada com Henk Van Djik, tem duas filhas e mora em Amsterdam. Além disso, é contemporânea dos tempos do NPI/UFPA com este poster.
Morre um Sábio! Adeus Aziz Ab'Saber.
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Lá se foi um Sábio. O sábio Aziz Ab'Saber; um grande geógrafo brasileiro de sangue árabe. Um homem de profundo conhecimento; um erudito. Sentiremos falta dele. Ele se foi hoje, dia 16 de março, às 10h20m em sua casa,em Cotia, na Grande São Paulo. Foi-se um grande homem, um homem ilustre; magnânino. - Um cristão! - como ele dizia.
Que pena!
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Foto de arquivo do geógrafo Aziz Ab'Saber, ao receber o troféu Juca Pato como intelectual do ano de 2011/Folhaonline
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Aziz Ab'Saber -
Lá se foi um Sábio. O sábio Aziz Ab'Saber; um grande geógrafo brasileiro de sangue árabe. Um homem de profundo conhecimento; um erudito. Sentiremos falta dele. Ele se foi hoje, dia 16 de março, às 10h20m em sua casa,em Cotia, na Grande São Paulo. Foi-se um grande homem, um homem ilustre; magnânino. - Um cristão! - como ele dizia.
Que pena!
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Foto de arquivo do geógrafo Aziz Ab'Saber, ao receber o troféu Juca Pato como intelectual do ano de 2011/Folhaonline
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Aziz Ab'Saber -
Sem comentários
quinta-feira, 15 de março de 2012
Dinossauro do Jazz?
Albert Mangelsdorff, Jaco Pastorius e Alphonse Mouzon
Live at "Berliner Jazztage" - 1976
Albert Mangelsdorff é uma referência imprencindível para o desenvolvimento do trombone jazzístico e na chamada "Música Improvisada", pois desenvolveu uma indentidade única com o instrumento colocando a disposição do público amostragens técnicas como a multifonia, onde ele extrai duas ou mais notas diferentes num único momento de sopro, algo que é realmente incrível.
Albert Mangelsdorff falecido em 2005, está sendo relançado numa série (Mangelsdorff Originals) composta por 15 álbuns, onde é possível ouvir interessantes interações como no "Trilogue - Live!", onde o trombonista divide o palco com contrabaixista Jaco Pastorius e o baterista Alphonse Mouzon, além de outros discos importantes como o venerado "Now Jazz Ramwong-In Asia" (com o Albert Malgelsdorff Quintet), e outros como "Tension!" – Albert Mangelsdorff And His Friends e Die Opa Hirchleitner Story; todos álbuns do mais interessante jazz europeu.
Lembrando que Mangelsdorff foi um músico que já teve parcerias e colaborações com figuras seminais do Velho Continente como Peter Broztmann, Alexander von Schlippenbach, entre uma infinidade – verdadeira "constelação" de musicistas da mais alta qualificação e espírito desassombrado quando o assunto é tocar um instrumento. Tocar com a alma...! Sem limites. Executar o Jazz, livre de amarras, cacoetes esquemáticos ou fórmulas pré estabelecidas.
Ouça nessa pequena amostra do show, que publicarei o aúdio mixado, em outro post aqui, os três ícones reunidos em performance arrasadora; executando o mais instigante estilo que o Jazz figura como inspiração, em minha modesta opinião.
Neste fragmento do set, o trio assombra ao executar Free Jazz da mais alta qualidade em antalógico show em 1976, na Alemanha.
– Senhoras e Senhores. Com vocês!
Albert Mangelsdorff (trombone), Jaco Pastorius (contrabaixo) e Alphonse Mouzon (bateria).
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– O DVD é raríssimo. Está fora de catálogo há anos, mas...Hehhehehe! É este aqui ó!
O "poderoso" Volkswagen
Nem venham que esta propaganda não é da minha época, é claro. É certo que eu ainda nem constava dos planos de meus pais. Mas encontrei, achei curioso e estou compartilhando.
Candidato da UNIMED "ataca" celulares alheios
Se existe uma coisa que me aborrece, é ser incomodado por mensagens indesejadas, não solicitadas, mal vistas e toda espécie de adjetivos correlatos. Além de invadirem de maneira deselegante a privacidade do cidadão, esses verdadeiros spams da telefonia móvel, são iniciativas no mínimo pouco inteligentes de quem pretende vender produtos, serviços ou "competência" (ainda pior, para quem diz prometer "paz e trabalho). Aqueles que se utilizam destes recursos invasivos, entram automaticamente em minha lista de pouco úteis ou incompetentes.
A UNIMED Belém, encontra-se naquele chatíssimo momento eleitoral. Nada contra sufrágios democráticos, ressalte-se. Mas tudo a favor da conduta reta, elegante de fazer sua propaganda, e principalmente, do RESPEITO a individualidade do cidadão. Quem assim não se comporte, também não fará por merecer o meu respeito.
Desde ontem, venho recebendo uma estranha mensagem em meu iPhone. Ela chega exatamente como mostra a captura de tela ao lado, pedindo votos para um determinado candidato (por enquanto, ainda tomarei o cuidado de "borrar" seu nome).
Ointeressante assustador é que ela chega assumindo por completo a tela do smartphone e NÃO FICA REGISTRADA/ARMAZENADA EM LUGAR ALGUM. Ou seja, eu a recebo e não consigo saber afinal que tecnologia foi utilizada para enviá-la.
É óbvio que pensei na tradicional SMS. Contudo, consultando o aplicativo MENSAGENS do iPhone, lá ela sequer é encontrada na caixa de "Mensagens recebidas". Também não está gravada em nenhum outro aplicativo similar do tipo WhatsApp, FB Messenger, etc. Ela simplesmente some sem deixar vestígios. Somente após o segundo cometimento, fui rápido e executei a captura de tela que aparece na imagem acima. Ou seja, é quase que um covarde ataque pirata ao seu celular.
O
É óbvio que pensei na tradicional SMS. Contudo, consultando o aplicativo MENSAGENS do iPhone, lá ela sequer é encontrada na caixa de "Mensagens recebidas". Também não está gravada em nenhum outro aplicativo similar do tipo WhatsApp, FB Messenger, etc. Ela simplesmente some sem deixar vestígios. Somente após o segundo cometimento, fui rápido e executei a captura de tela que aparece na imagem acima. Ou seja, é quase que um covarde ataque pirata ao seu celular.
Mas existe algo ainda mais ridículo e risível neste ataque, que contribui ainda mais para minha irritação: não sou cooperado da UNIMED!!!. Ou seja, sou vítima de reles "pentelhação de saco" mesmo!
Mas suspeito de algo ainda mais grave. De que maneira este cidadão estaria obtendo meu telefone privado, hein? Como? Quem forneceu a ele estes dados, uma vez que jamais disponibilizo nenhum tipo de informação privada em redes sociais e afins?
E por fim, que tipo de tecnologia é essa tão intrusiva?
Made in china
A fabricante chinesa de automóveis Chery vem provocando um verdadeiro furor na Venezuela.
Graças a preços mais baixos, oriundos de um acordo com o governo de Hugo Chavez, seus dois modelos lá fabricados são sucesso total de vendas, gerando longas filas nas portas das quatro lojas existentes naquele país.
Num mundo em crise, a imagem acima (oriunda da revista Motor Dream) parece ser no mínimo surreal.
No Uruguai a Chery já é a terceira marca mais vendida, perdendo apenas para Chevrolet e Volkswagen.
E não devemos esquecer que a montadora chinesa vai inaugurar a sua fábrica em Jacareí (SP) em 2013, prometendo apagar a fase do "Eu faz pleço bom pla vocês" do mapa e a substituindo por algo como "carro chinês - você ainda terá um".
Será?
Lucivaldo Sena
Militante dos movimentos
sociais, o fotógrafo Lucivaldo Sena construiu seu início profissional
participando e documentando as manifestações populares. A fotografia como
ferramenta de denúncia era seu instrumento, no corpo a corpo social. Ele
amadurece na infantaria dessas batalhas e, com linguagem própria, técnica
precisa e talento consumado, se profissionaliza, publicando trabalhos nos
principais jornais e revistas do Brasil, como O Estado de São Paulo, revista
Exame, portal Uol, além das agências noticiosas nacionais e internacionais.
como AP, Reuters e AFP. Nesta corrida edição do Lucivaldo, uma inesquecível
imagem noturna: o cocar com fogos ao fundo. Símbolos que se confundem, que se
completam, que se agridem e acariciam. A descoberta, pelos olhos sensíveis, de
um veio de possibilidades que dá à fotografia a riqueza que produz encantamento
e verdade.
Paulo Santos
"Sai daí!"
Lúdica, bem humorada, mas ao mesmo tempo precisa a inserção gratuita do PCdoB na televisão. Nela, o pré-candidato a prefeito de Belém, Jorge Panzera, aparece listando números e fatos que revelam os indicadores sociais haitianos do nosso Estado, a partir de notícias que têm sido amplamente divulgadas por diferentes veículos de comunicação, faz tempo. Ao final, Panzera olha para a imagem do governador Simão Jatene e solta um divertido "sai daí!".
Sei que o tucanato conta uma legião de fieis seguidores, os quais se movem com sentimentos quase religiosos, mas temos que reconhecer que o marqueteiro (seja lá quem for) acertou a mão dessa vez. Em poucos segundos, a mensagem é passada e ainda por cima se cria um código para ficar na cabeça das pessoas.
Sai daí!
Sei que o tucanato conta uma legião de fieis seguidores, os quais se movem com sentimentos quase religiosos, mas temos que reconhecer que o marqueteiro (seja lá quem for) acertou a mão dessa vez. Em poucos segundos, a mensagem é passada e ainda por cima se cria um código para ficar na cabeça das pessoas.
Sai daí!
quarta-feira, 14 de março de 2012
Aos poetas...
Sentimental
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
-Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
"Neste país é proibido sonhar."
-----------------
Carlos Drummond de Andrade/Alguma Poesia
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
-Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
"Neste país é proibido sonhar."
-----------------
Carlos Drummond de Andrade/Alguma Poesia
Oh poetas!
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Hoje é o Dia do Poeta! É, poeta tem dia! E que dia! Chove e é tudo cinza. Mas como hoje é dia dos poetas, não posso deixar de falar de dois deles que me encantam: Max Martins e Carlos Drummond de Andrade. Sei que não é correto; e falo sério! Sei que não é direito - eu que me sinto cada dia mais torta! Sei que não deveria citar apenas dois: eu que amo os poetas. Mas, enfim, não posso citar todos e tenho lá as minhas devoções. Sou devota de Max Martins. Um ser encantador, erótico, livre. Proprietário de belas palavras e que me levou a grandes descobertas. O que dizer de Drummond? Me ensinou a escrever, a me apaixonar, a pensar, a amar, a dizer, a gostar de política! E, principalmente, a esquecer. Esquecer é com ele mesmo. É só descobrir as chaves: e toda dor torna-se esquecimento e ternura. Grande mestre das palavras; grande conselheiro do infortúnio: Drummond. Quando meu pai morreu eu estava no cemitério recitando bem baixinho: "Amar o perdido deixa confundido este coração"/"Teu aniversário, no escuro, não se comemora". Quando comecei a me sentir envelhecer, lá estava Max Martins me consolando: "oh égua aveludada - juventude, arranca de meu beijo este saber, sabor das cinzas!" Quando choro vem Drummond acariciar os meus cabelos. O que seria de mim sem eles? Talvez nada ou coisa alguma.Não há um só dia que não seja deles. O Dia do Poeta é uma redundância prá mim: são deles todos os meus dias.
Hoje é o Dia do Poeta! É, poeta tem dia! E que dia! Chove e é tudo cinza. Mas como hoje é dia dos poetas, não posso deixar de falar de dois deles que me encantam: Max Martins e Carlos Drummond de Andrade. Sei que não é correto; e falo sério! Sei que não é direito - eu que me sinto cada dia mais torta! Sei que não deveria citar apenas dois: eu que amo os poetas. Mas, enfim, não posso citar todos e tenho lá as minhas devoções. Sou devota de Max Martins. Um ser encantador, erótico, livre. Proprietário de belas palavras e que me levou a grandes descobertas. O que dizer de Drummond? Me ensinou a escrever, a me apaixonar, a pensar, a amar, a dizer, a gostar de política! E, principalmente, a esquecer. Esquecer é com ele mesmo. É só descobrir as chaves: e toda dor torna-se esquecimento e ternura. Grande mestre das palavras; grande conselheiro do infortúnio: Drummond. Quando meu pai morreu eu estava no cemitério recitando bem baixinho: "Amar o perdido deixa confundido este coração"/"Teu aniversário, no escuro, não se comemora". Quando comecei a me sentir envelhecer, lá estava Max Martins me consolando: "oh égua aveludada - juventude, arranca de meu beijo este saber, sabor das cinzas!" Quando choro vem Drummond acariciar os meus cabelos. O que seria de mim sem eles? Talvez nada ou coisa alguma.Não há um só dia que não seja deles. O Dia do Poeta é uma redundância prá mim: são deles todos os meus dias.
Suspensão de sites de comércio eletrônico
A medida não nos atinge, aqui no Pará, mas considero importante divulgar o fato, para prevenção de quem pretende comprar através dos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime. Afinal, se existe problema lá, por que não haveria aqui?
A notícia é que o PROCON de São Paulo suspendeu por 72 horas a realização de vendas nesses sites, que pertencem ao mesmo grupo econômico, além de impor multa. O motivo são irregularidades nas entregas e defeitos nos produtos.
Tendo comprado várias vezes das Americanas e Submarino, senti na pele uma perda de qualidade dos serviços. No ano retrasado, fizemos nossas compras de natal usando as Americanas, por comodidade, o que já havia dado certo num ano anterior. Desta vez, porém, apesar de as compras terem sido feitas ainda em novembro, por segurança, a coisa desandou. A poucos dias do natal, nada de nossas mercadorias. Minha esposa, aflita, consultava o site compulsivamente e um dia tomou um susto: lá constava que a entrega fora feita, sendo informados o dia e a hora.
Como os e-mails não eram respondidos, minha esposa fez um contato telefônico. Sabe o que disseram para ela? Mandaram que confirmasse em casa se alguém não havia recebido a encomenda! Que tal? Até parece que moramos numa mansão tão grande que haveria a possibilidade de não termos visto uma caixa enorme! Indignada, Polyana subiu o tom, mas ficou claro que o caso seria encaminhado para o "setor competente", sem previsão de solução. Ou seja, um natal sem presentes, embora comprados.
O caso foi resolvido por uma via inesperada. Minha mãe conhece um rapaz que trabalha na transportadora indicada no site como responsável pela entrega. Falamos com ele, que teve a gentileza de verificar na empresa e lá a nossa caixa foi encontrada. Suspeita-se que algum funcionário marcou a entrega como feita, para se livrar de eventual cobrança, e deixou a caixa lá, para ser encontrada algum dia, como uma falha a ser perdoada. Graças a esse vizinho, nossa encomenda enfim chegou, mas a caixa estava imunda, amassada, com produtos parcialmente expostos, também eles muito sujos e com embalagens danificadas. Entregamos os presentes com pedidos de desculpas pelas condições das embalagens.
No final, resolvemos o nosso problema, mas não foi graças à Americanas.com. Se fosse pela diligência desta, estaríamos esperando até hoje.
A notícia é que o PROCON de São Paulo suspendeu por 72 horas a realização de vendas nesses sites, que pertencem ao mesmo grupo econômico, além de impor multa. O motivo são irregularidades nas entregas e defeitos nos produtos.
Tendo comprado várias vezes das Americanas e Submarino, senti na pele uma perda de qualidade dos serviços. No ano retrasado, fizemos nossas compras de natal usando as Americanas, por comodidade, o que já havia dado certo num ano anterior. Desta vez, porém, apesar de as compras terem sido feitas ainda em novembro, por segurança, a coisa desandou. A poucos dias do natal, nada de nossas mercadorias. Minha esposa, aflita, consultava o site compulsivamente e um dia tomou um susto: lá constava que a entrega fora feita, sendo informados o dia e a hora.
Como os e-mails não eram respondidos, minha esposa fez um contato telefônico. Sabe o que disseram para ela? Mandaram que confirmasse em casa se alguém não havia recebido a encomenda! Que tal? Até parece que moramos numa mansão tão grande que haveria a possibilidade de não termos visto uma caixa enorme! Indignada, Polyana subiu o tom, mas ficou claro que o caso seria encaminhado para o "setor competente", sem previsão de solução. Ou seja, um natal sem presentes, embora comprados.
O caso foi resolvido por uma via inesperada. Minha mãe conhece um rapaz que trabalha na transportadora indicada no site como responsável pela entrega. Falamos com ele, que teve a gentileza de verificar na empresa e lá a nossa caixa foi encontrada. Suspeita-se que algum funcionário marcou a entrega como feita, para se livrar de eventual cobrança, e deixou a caixa lá, para ser encontrada algum dia, como uma falha a ser perdoada. Graças a esse vizinho, nossa encomenda enfim chegou, mas a caixa estava imunda, amassada, com produtos parcialmente expostos, também eles muito sujos e com embalagens danificadas. Entregamos os presentes com pedidos de desculpas pelas condições das embalagens.
No final, resolvemos o nosso problema, mas não foi graças à Americanas.com. Se fosse pela diligência desta, estaríamos esperando até hoje.
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