terça-feira, 31 de julho de 2007
Lições do PAN
A "pérola" dizia o seguinte: canal .... repartindo o Pan com você.
É de se imaginar que, se o referido canal transmitir um torneio de pesca esportiva, poderia utilizar como propaganda: "multiplicando os peixes para você"!
Tomando o bonde errado
Cansaço fácil
"Cansei - e daí? Vai fazer ou, pelo menos, propõe o quê, de objetivo, prático e necessário? Disse um dos "cansados": "Queremos despertar em cada indivíduo o que ele pode fazer para mudar o país". Pois façam isso no seu próprio movimento. Sem que, para tanto, o seu alegado cansaço exale sentidos que, intencionais ou não, negados ou não, vão até onde não devem.
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Flanando pelo Google Earth
No Google Earth, a visão da plataforma giratória...
...da estrada de ferro que liga São João Del Rei à Tiradentes (MG)...
...que já possui até fotografias amadoras no Panorâmio.
Como esta de Marcelo Lima, que mostra o funcionário girando "no braço" a velha locomotiva, para deleite dos inúmeros turistas, que aplaudem calorosamente.
Realmente aprazível.
Latitude: 21° 6'53.61"S
Longitude: 44°10'3.94"O
Circuito Mineiro - São João Del Rei
São João Del Rei (MG) - Estação da "Maria Fumaça".
Após enfrentarmos cerca de 2 h e meia pela perigosa BR 040 (RJ - BH) vindos de Petrópolis, chegamos à noite a São João Del Rei, terra de Tancredo Neves. À noite, a mágica dos lampiões estilizados em becos e ruas sem postes ou fiação elétrica aparente, transformam esta bela cidade mineira em um espetáculo de imagens que fazem a alegria de fotógrafos, cinegrafistas e turistas, aos montes nesta época.
São João Del Rei (MG) - Típico casario...
... e becos iluminados por lampiões.
São João Del Rei (MG) - Igreja de São Francisco de Assis (1774).
Erigida em 1774, a igreja de São Francisco de Assis é de projeto original de Aleijadinho.
Nos fundos está o pequeno e privilegiado cemitério onde estão os restos mortais de Risoleta e Tancredo Neves.
São João Del Rei (MG). O espetáculo da "Maria Fumaça".
Aqui um passeio que nenhum turista deve dispensar. Nem que para isso, faça como fizemos. Dê seu carro para alguém dirigir (que será sacrificado) e vá de "Maria Fumaça" até a cidade de Tiradentes. É uma das únicas ainda em funcionamento no Brasil e favorece um programa eminentemente turístico, tendo em vista que ela funciona quase que somente para isso. Maquinista vestido de forma elegante, vai conduzindo a composição por ruelas e paisagens tipicamente rurais mineiras. O ruído da locomotiva é característico: Tcho-co-tcho-co-tcho-co-tcho...
No caminho, as pessoas com aquele riso gostoso, meio de alegria, meio de constrangimento, vão acenando em resposta aos apitos do maquinista. Os apitos, aliás, mereceriam um capítulo à parte. O maquinista o aciona com frequencia durante toda a viagem. E como um músico, imprime uma certa personalidade na forma como o faz. "Tuiúúúúúúúúúú'. Tutch, Tutch. Tuiúúúúúúúú. Tchú".
A máquina vai seguindo o pequeno percurso até Tiradentes (cerca de 20 maravilhosos minutos), deixando para trás alguma fuligem e vapor que adentra alguns vagões, para diversão "da platéia" (os passageiros, agora assim designados).
Meu sogro, ao saber deste detalhe, lembrou-me da antiga Estrada de Ferro de Bragança. Afirmou-me que pedaços de lenha ardente por vezes soltavam-se e acabavam por incendiar parcialmente as fatiotas de alguns passageiros. Logo surgia alguém para apagar o pequeno incidente. (cômico, não?)
Tiradentes (MG). Chegada da "Maria Fumaça" a estação. Aplausos!
Na chegada, após ser desatrelada dos vagões, a locomotiva é conduzida a uma plataforma rotatória, manualmente girada para inverter a direção e novamente atracada aos vagões e fazer a viagem de volta a São João Del Rei.
Ao final, emocionados com a performance deliberada do maquinista e equipe, a turistada aplaude calorosamente, que respondem com acenos em seus trajes bem cortados. E lá vem novamente aquele sentimento de alegria misturado com emoção.
Inesquecível!
Leia mais sobre São João Del Rei clicando aqui.
Golpe do Cartão de Débito
Abasteci o carro e, na hora de pagar, o frentista fez a gentileza de me alcançar a maquininha. Só que, nesse momento os dedos dele taparam o visor. Digitei e ele colocou de volta na bancada. Aí veio a minha sorte: por engano digitei um número a menos, e o cara sem querer falou:
- Tá faltando um número.
Como eu estava ao lado, olhei rapidamente pro visor e minha senha estava ali, ao invés dos tradicionais asteriscos! Como conheço o gerente do posto, chamei-o na hora, e perdi mais umas duas horas na delegacia. E lá veio o esclarecimento do novo golpe: O atendente faz uma gentileza e segura a máquina pra digitarmos a senha. Nesse momento ele tapa o visor com a ponta dos dedos, pois na verdade ele não colocou o valor da compra, e os dígitos da senha aparecem no visor, ficando expostos como se fossem o valor da compra. Aí ele anota a senha, e diz que não funcionou por qualquer motivo. Faz novamente o procedimento - só que desta vez o correto - e a gente paga a despesa.
Pronto! O cara tem a senha anotada e o número do cartão que fica registrado na bobina. Segundo a Delegada que me atendeu, em 2 dias um cartão clonado está na mão da quadrilha e os débitos caem direto na sua conta.... O frentista confessou que "nem conhece quem são as pessoas por trás disso". Disse apenas que um motoqueiro passou no posto oferecendo R$ 400 por semana, com a promessa de passar pra pegar a lista e deixar o dinheiro. Fácil, né?. Segundo a Delegada, esse golpe está acontecendo muito em barzinhos e boates.
Ora, pois!
domingo, 29 de julho de 2007
Baticum
Como é possível dormir com tal zoada e acordar sorrindo?
Festa brasileira, tristeza das Parcas
W.O.
sexta-feira, 27 de julho de 2007
O indesejado das gentes
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Vale encantado
Petrópolis. A imponente fachada do extinto Hotel Quitandinha.
E o vale com lagoa em frente ao Hotel.
Construído como hotel-cassino em 1944 por Joaquim Rolla, o Quitandinha não conseguiu sobreviver por muito tempo após proibição do jogo no Brasil pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, em 1946.
Hoje é um grande condomínio e aluga seus vastos salões para eventos e congressos.
Mesmo assim, ainda mantém seu charme e lembra os anos dourados.
Quem sabe nossos blogueiros do Flanar não acrescentam outros "causos" desta fantástica edificação.
Enquanto isso, leia um pouco mais sobre o Quitandinha, clicando aqui.
Trânsito pesado
Pouso
A dicção da gestão
O rio de minha aldeia
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Ora direis ouvir estrelas...
Tecnologia incremental
Testemunho de fé
Coluna do Templo Expiatório da Sagrada Família (detalhe)
Para termos a dimensão dessa maravilha do gênio humano, só hoje temos tecnologia para tornar realidade o projeto, conforme foi concebido pelo grande arquiteto catalão. Aqui paro, e aconselho que a visitem em pessoa, ou no espaço virtual.
Diversas faces de um acidente aéreo
A propósito, 2006 foi considerado um dos anos mais seguros para a aviação civil no mundo, exceto para Rússia e África, onde a situação é considerada grave. No ranque mundial de segurança dos transportes aéreos, os países da América Latina ficaram em terceiro lugar, que representa o dobro da média mundial.
Ao lado das questões como ter nível de segurança ótimo para a coletividade, a aviação hoje, no mundo globalizado, tem interesse para o equilíbrio da economia dos países. Discute-se, por exemplo, em Portugal, como enfrentar as implicações econômicas da proibição das companhia aéreas africanas voarem no espaço da União Européia.
Nota: o funcionário público que atualizou o gráfico-pizza anexado tem nada a ver com o Gui deste blogue.
Rima pobre
E o Renan?
De tragédias e escândalos vai-se fazendo a História do Brasil.
Decolando
Em casa
Após 15 dias de férias, por incrível que possa parecer, meu avião da TAM (o mesmo Airbus A 320) decolou do Rio com apenas 1 hora de atraso.
O da Gol que trazia minha esposa e 2 filhos, atrasou 4 horas.
As filas no Galeão eram grandes mas fluíam.
Enfim, voltando a rotina na querida Belém, e já tendo pela frente 18 h de plantão.
terça-feira, 24 de julho de 2007
Livres!!
sábado, 21 de julho de 2007
O Real está nú
Luiz XV de França. A vaidade em pessoa.
No momento temos o seguinte: Malan correu ao Estadão para justificar o real com um texto escrito em mal traçadas linhas e recebeu de volta um petardo escrito por J. Carlos de Assis. Gustavo Franco, sonolento, fez declarações estapafúrdias sobre os objetivos de Coutinho na página eletrônica do PSDB, acusando-o de apropriação indébita.
De todo modo voltarão ao tema, pois a fração tucana dos leigos em economia brasileira, na intimidade, está desapontada e insatisfeita com as reações de seus valetes ao ataque desenvolvimentista. E na chorumela reclamam do silêncio do príncipe-sociólogo, rogando aos céus que ele agite seus punhos de renda e fale em defesa de seu maior patrimônio.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
A crise, as pinturas negras e o sinal fechado
Frente à crise política do governo Lula cumpre considerar quatro pontos fundamentais, todos interligados, mas aqui necessariamente decompostos em seu itinerário, no modo como é mantida por quem dela faz sustento, sem considerar o que atropela para sobreviver nas leis do vale-tudo da política nacional.
O primeiro deles é a chamada crise aérea, com raiz nas relações militares de trabalho, disparada pela insatisfação salarial dos sargentos da Aeronáutica. Foi ela quem superlotou os aeroportos e antipatizou a classe média com um governo que vem lhe afagando com uma pletora de oferta de concursos públicos, de financiamento da casa própria e a retirada dos miseráveis do alcance de seu pescoço (nada mais a incomoda, que a pobreza que lhe lembra a origem esquecida, ou a riqueza perdida). Quem conhece a História do Brasil bem sabe do valor da classe média para animar o baile da banda de música reacionária em tempos de crise política. Como sabemos, tal segmento, foi fundamental à instalação das piores experiências políticas vivenciadas pelo Brasil, de Getúlio a Castelo, como podemos ler no clássico do brazilianist Thomas Skidmore.
A segunda é o componente das tragédias aéreas que envolvem a GOL e a TAM. A explicação imediata dessas tragédias é uma embrulhada não sem propósito. No primeiro acidente há um possível nexo, representado pela possibilidade de que o cansaço determinado pela peculiaridade da escala de trabalho dos controladores de vôo, responda pela determinação da colisão dos aviões em pleno ar, num lugar onde não mora ninguém. Na segunda aeronave, contudo, faltam ainda elementos que comprovem um nexo causal com a crise aérea brasileira, em que pese todo o esforço empreendido pela súbita especialização de jornalistas e assemelhados nos conhecimentos de segurança de vôo. Tudo bem, de médico e louco todos nós temos um pouco.
No caso do avião da TAM, contudo, na condição de leigo e louco pela verdade, não posso deixar de destacar a possibilidade de falha na aeronave como principalidade da tragédia de Congonhas. Basta observarmos que outros aviões pousaram na mesma pista, naquele mesmo dia, no mesmo horário, sob as mesmas condições metereológicas; basta reconhecermos a inegável qualidade técnica do comandante do avião (53 anos, mais 14 mil horas de vôo, recentemente promovido na companhia); basta olharmos o vídeo registrado na pista de pouso, demonstrando a excessiva velocidade do avião – um bólido sem freios a mais de 200 km/hora; basta admitirmos que o “brinde” do reverso não é troco para uma sensação de segurança do piloto e dos seus passageiros, pois, na verdade, voar sem ele representa uma espécie de "contra-indicação relativa", para usarmos um termo médico, que remete a análise criteriosa de um contexto para adotar ou não uma conduta. Basta lembrarmos que o avião estava superlotado, com peso no limite, chovia muito naquela noite sobre a cidade de São Paulo ... e, de acordo com o Jornal Nacional vinha apresentando problemas com o reverso há mais de dez dias... prazo além do recomendado pelo fabricante para se pilotar um avião sem esse frenador.
Mas, antes de prosseguir, quero apontar uma distinção de estilo na divulgação entre o que ocorreu entre o primeiro acidente, da Gol, e este último, da TAM. Naquele as vítimas não tinham rosto, nem história, surgiam a vista do leitor apenas a tripulação do jatinho norte-americano e o brasileiro, os controladores, praticamente sem qualquer registro fotográfico desses atores. Neste último não: há nome, foto e história para melhor aproveitamento da exploração que fazem da tragédia. No primeiro a subjetividade das vítimas foi secundária ou nula - indicativo de respeito ao direito à privacidade da memória dos mortos. No segundo, certamente inspirada na mídia norte-americana em 11/09, foi trazida à luz, em primeiro plano, exposta no morgue do sensacionalismo dos cadernos especiais que iludem quando noticiam a tragédia.
O terceiro elemento, o asqueroso de todos, está na esfera da partidarização política da crise, no vilipêndio com que a oposição ao governo Lula se apropria da tragédia que enlutou tantas famílias, está no papel desempenhado pela mídia de garantir o êxito na retomada do poder, outrora duas vezes seguidas perdido por aquela.
Imediatamente ao acidente, em busca de notícias, expus-me a leitura de um blogue albergado na página eletrônica de O Globo (Blogue do Noblat) e fiquei escandalizado com a capacidade desse jornalista bem sucedido em desinformar. Mal acontecida a tragédia, esse profissional se indignava porque ainda não tínhamos notícias do número de vítimas, do porque não se liberava a lista de passageiros, todos sinais inequívocos de que o governo federal era inerte, agravando tensões. Como se ignaro fosse de que numa tragédia dessas, o tipo mais difícil de informação a ser prestada é aquela, por exatamente depender da comunicação com as equipes de resgate, interessadas em outro objetivo diverso das Parcas de Pindorama: resgatar, estabilizar acidentados e estabelecer a segurança no local do desastre.
Ignorava não - gravemos! Passava por ignorante para cumprir seu desprezível papel de agitador, censurando inclusive aos que pediam àquela assídua corte de comentaristas, sedenta de sangue petista, respeito na hora grave de incerteza e dor para as mais de duzentas e tantas famílias. Compreendi, então, o que me advertiram sobre o obscuro do jornalismo brasileiro no espaço virtual. Não pensei que fosse tão simples chegar até ele, em que pese aqui mesmo...
No que respeita a esse ponto, concluo como é assustador o modo como a mídia brasileira vem se comportando nos momentos de fragilidade política do governo Lula. Especialmente, pelo que esse modo contem de elementos próprios da ideologia fascista, inimiga de morte da liberdade das gentes. Sempre que penso nesta questão, acorre-me a assombração daquelas figuras horrendas que ilustram a produção artística de Goya, já idoso, surdo e ignorado pelos reis de Espanha, as pinturas negras, ao meu ver inegável testemunho do lado sombrio de nossa dissimulada humanidade.
O quarto é esse episódio menor, mas não menos elucidativo, protagonizado por Marco Aurélio Garcia, de quem recebo por linhas tortas a lição do quão difícil é manter o ritual de homem público, principalmente quando se é vidraça nesse tipo de circo romano em que se transformou o noticiário jornalístico sobre o acidente da TAM.
Eu sei que no passado recente, entre nós, homens públicos ofenderam com arrogância esclarecida aos aposentados e as mulheres brasileiras, em atitude de inspiração bem diferente daquela filmada pela Globo, ela própria objeto do insulto do assessor especial do Presidente. Contudo, isto não serve de atenuante para o gestual espontâneo de Marco Aurélio Garcia, como foi exposto no acougue midiático do Jornal Nacional, que o fez monstro insensível, gozador da tragédia alheia, em reação das mais abjetas que tenho visto em embates políticos.
Infelizmente, frente ao que escrevi, concluo no limite da crônica: há perigo na esquina e o sinal está fechado, como alertaram Belchior e Elis Regina nos repressivos anos 70 aos que davam bobeira para os então donos do estado brasileiro. Mas, não só: hoje, século XXI, vinte e três anos do fim da ditadura militar, eu, aqui parado de pijama, tenho a certeza de que aquele gesto foi certamente praticado por outros brasileiros, indignados com o esforço grotesco da mídia em imputar ao governo do Presidente Lula a responsabilidade integral pelo acidente. A ele, o cidadão anônimo, como aos mortos e as familias enlutadas os detratores do governo não prestaram atenção.
Pode voar sem reversor
A vertigem do poder
Lula falará
quinta-feira, 19 de julho de 2007
O desafio chinês.
25% dos terráqueos habitam a China. A economia chinesa cresce em ritmo acelerado. Há poluição que deixa o céu de Beijing, a belíssima capital, tão ou mais cinza que o de São Paulo e 70% dos rios estão poluídos. Promissor polo de biotecnologia, naquele país a vacinação, tal qual a Índia, não se dá de forma universal e gratuita. Aprofundam-se diferenças sociais entre o campo e os núcleos urbanos.
PAC da Saúde
Bodes expiatórios III
quarta-feira, 18 de julho de 2007
Um outro Césio?
Atualizando às 23:58 hrs.
O Globo informa que o assunto foi investigado e do local do acidente foram retirados "três baldes" de material radioativo, pertencente a Universidade de São Paulo, para onde foram destinados. Perito do governo federal realizou uma varredura na área em busca de indícios de vazamento do material para o meio ambiente, o que, segundo a polícia civil paulista, não ocorreu. Nada foi informado sobre a constituição do material removido.
terça-feira, 17 de julho de 2007
Acidente aéreo em Congonhas
Música dos 50
Alguns são muito raros de se ouvir hoje: Tito Madi, Agostinho dos Santos (morto em um dos piores acidentes da aviação francesa, em Orly, aos 41 anos), Elza Laranjeira (esposa dele), Leny Eversong (praticamente especialista em música americana), Nora Ney, Jorge Goulart, Helena Lima, Dick Farney (grande pianista de jazz, mais conhecido como cantor), além de outros ainda com títulos acessíveis em catálogo, como Elizeth Cardoso, Cauby, Angela Maria, Miltinho, Cláudia, Maysa e Alaíde Costa.
Essas personalidades musicais extraordinárias praticamente saíram de mercado com o advento da Jovem Guarda e das canções de protestos nos anos de ditadura militar no país, tornando-se cada vez mais raro encontrá-los no mercado. Nesse momento estou ouvindo o paulista Agostinho dos Santos, em sua interpretação antológica para o clássico Manhã de Carnaval.
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Moto Contínuo
A gente inventa o mundo
A pedra inventa a morte
A matéria em reverso a ela
Que resolve o mata-a-fome.
A gente inventa no mundo
E giramos fortunas no giro
Roda, Vela, Trilho, Sputinik
Tecnofátuos dos caminhos.
A gente inventa o oceano
E peixes nos vêem de longe
A gente inventa o verde
Que o daltônico passa sem.
A gente inventa deuses
A gente inaugura o mundo
A gente inventa orranenhuma
A gente se refaz no virtual.
Do nosso comentarista Ioda, em homenagem aos flanares. Segundo ele um quinteto fantástico, que (ao modo Drummond e Haroldo Maranhão), fazem uma bela e estranha xícara das impressões aqui registradas.
De minha parte, junto aos nossos agradecimentos, eu sugeriria ao poeta que entitulasse a homenagem de A estranha xícara, contemplando assim as referências tão caras ao modernismo regional e nacional.
Guadeloupe
P.S.I Quando o Flanar me ensinou a postar, nao ensinou a postar fotos. Fico devendo.
P.S. II Mesmo que soubesse, as fotos nao tem/teriam a qualidade das do Flanar & Oliver.
P.S.II ainda estou brigando com o teclado, dai os acentos nao assentados.
domingo, 15 de julho de 2007
Livraria Amadeu
Entre nós, se ainda em atividade, o mais antigo dos nossos livreiros seria o Eduardo Failache, que manteve a Livraria Econômica durante longos anos (até os idos 90, creio), alí na Tv. Campos Salles. Se vivo estiver, Dudú está com 92 anos e tem muita história para contar sobre os sebos, bibliotecas e personagens da bibliofilia paraense.
VIVA A VAIA
A arte imita a vida?
O livro narra a fatá assumida pela esposa de um médico, decidida em fazer-se mártir do Islã ao modo como a população lúmpen dos países árabes o praticam - fazendo-se mulher-bomba contra alvos ocidentais.
Segundo o Le Magazine Litteraire, esse livro narra “A trajetória de uma mulher palestina em direção ao terrorismo, uma descida aos infernos de uma cruel atualidade, O atentado, de Yasmina Khadra é, sem dúvida, um dos mais belos romances do ano e um dos mais impressionantes.”
A mim, vencida a última página desse livro presenteado, parece que a obra, mais que descrição a clef do incidente recente, registra inegável estímulo a tal forma de confronto.
sábado, 14 de julho de 2007
Se chover...
quinta-feira, 12 de julho de 2007
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Túnel de Água
Parc Güell, Barcelona - Junho 2007
Um bom lugar...
Por aqui só se fala no Pan, e no frio que este ano deixou muito a desejar. Os taxistas odeiam o frio e festejam quando ele não chega. Acham que os cariocas preferem ficar em casa quando vem o frio (imaginem só!) e o movimento de passageiros cai muito.
Já me apurei e produzi algumas fotografias estudadas em vários cenários desta cidade surpreendente. Prometo ângulos especiais para a semana que vem.
Quando chegar de meu destino final, ainda não alcançado.
Qual o destino final?
Aguardem!
Bodes expiatórios II
segunda-feira, 9 de julho de 2007
ODM - 2007
Gaudi
Parq Güell, Barcelona - junho 2007.
Algaravia
Convém lembrar que, no final de junho, depois de sete anos de iniciado o certame, a UNESCO tardiamente afastou-se do projeto organizado pelo empresário Bernardo Weber, afirmando que as escolhas representavam apenas o desejo daqueles com acesso a internete, e que não poderia garantir a preservação dos monumentos escolhidos.
domingo, 8 de julho de 2007
Obscurantismo
Latinizar o Catolicismo é de novo restringir a leitura e a interpretação do Velho Testamento e dos Evangelhos, especialmente para aqueles católicos das camadas mais pobres da população, deixando-as a mercê dos variados interesses seculares da Igreja, desde Roma ao cura da mais remota aldeia.
A parte o anacrônico germanismo emanado do Vaticano, o que vivemos é com certeza um tempo conduzido por lideranças fundamentalistas - George W. Bush Jr., Bin Laden, Talebãs, entre outros mais ou menos histriônicos, mais ou menos virulentos, todos, como Ratzinger, sinceramente firmes em modelar um mundo homogêno, uníssono, reducionista e excludente.
Urbanidade, ainda que tarde
Mas, isso não é tudo. Segundo a coluna Repórter 70 (O Liberal, 08 de julho), os moradores de um luxuoso condomínio, situado no caminho para Icoaraci, têm vivido o inferno da insegurança no loteamento. Molecotes fazem pegas com veículos nas ruas e praças internas do conjunto residencial, sem que os pais ou responsáveis por esses vândalos tomem mínima providência.
Essa é a questão principal entre nós: a falta de valores que fortaleçam a civilidade em nossa sociedade. Com essa constatação, se torna fácil entender a razão de alguns dos nossos jovens terem adotado comportamentos inadequados para a vida comunitária, que justificam por-lhes a alcunha de pit-boys, esse neo-anglicismo que designa os atuais desordeiros da classe média brasileira, bem identificando-os com a irracionalidade e a violência dos cães de raça pittbull.
quarta-feira, 4 de julho de 2007
50 anos
41 anos de emoção em Montreux
O UOL nos mostra um especial fantástico sobre os 41 anos do Festival de Jazz de Montreux. Lá podemos assistir streamings de vídeos com apresentações de Ella Fitzgerald, Marvin Gaye, Nina Simone, Weather Report, Youssou N'Dour, Oscar Peterson, Dizzy Gillespie, entre muitas outras supresas.
Emocionante assistir Johnny Cash, bem velhinho, cantando Folsom Prison Blues.
Leia mais sobre Johnny Cash na Wikipedia.
terça-feira, 3 de julho de 2007
Como julgar?
Mas ainda é muito cedo para julgar o fato pontual. Quem se apressa em fazê-lo, corre o risco de partir para o puro e simples linchamento. Ouso portanto comentar o assunto baseado literalmente na reportagem de O Liberal.
Precisaríamos ter no mínimo, respostas às seguintes questões:
Quais exatamente os sintomas apresentados e sua evolução cronológica (que pode ser rápida, como parece ser o caso, ou arrastada, com inúmeros sintomas premonitórios)?
Qual o procedimento do paciente, de seus responsáveis ou assistentes?
Qual exatamente o procedimento assumido pela equipe de saúde no atendimento da emergência?
Como foi feito o diagnóstico que a reportagem publica (quadro clínico, ECG, dosagem de enzimas cardíacas)?
Quais as condições de trabalho da unidade em questão?
Qual o nível de treinamento a equipe possui para atender a emergências deste tipo?
Como está desenhado o sistema público de saúde para fazer frente a este tipo de situação?
Lendo a reportagem de O Liberal, fala-se em diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda (Infarto Agudo do Miocárdio). Tal diagnóstico, de imediato, precisa ser confirmado através de serviço de verificação de óbito para fins de apuração. Muito embora, seu diagnóstico clínico seja possível e mesmo recomendável para tomada de decisões por parte da equipe de saúde.
Neste caso, o tempo é mais do que precioso. Decisões como terapia trombolítica (uso de medicação capaz de romper trombos e desobstruir as coronárias), cateterismo cardíaco, cirurgia de revascularização de urgência ou mesmo o tratamento conservador, devem ser tomadas nas primeiras 3 horas, sob risco de perda progressiva de massa miocárdica, na razão direta do tempo que se leva para tomá-las. Isto, levando-se em conta que o paciente sobreviva no período inicial da doença. Desnecessário dizer que o ambiente de uma Unidade Municipal de Saúde não é nem pode ser o mais adequado para o atendimento avançado destes pacientes. Isso é feito no hospital. Cabe-lhe naquele ambiente, o necessário e obrigatório suporte básico de vida.
Insuficiência respiratória (outro diagnóstico sindrômico citado na reportagem), deve ser tratada com recursos que vão desde simples medicamentos ao cateter nasal de oxigênio, passando pela ventilação manual com bolsa de oxigenação e máscara, culminando com a entubação orotraqueal de emergência e ventilação artificial. Por si só, a ocorrência de insuficiência respiratória paralela ao diagnóstico de infarto, pode ser indicativa de má performance cardíaca e péssimo prognóstico. Feito o suporte básico de vida com êxito, passa-se então ao atendimento em hospital especializado. Se não houver êxito, nada mais a fazer.
Arritmias graves, como a fibrilação ventricular (FV)/taquicardia ventricular (TV) - tratadas tecnicamente como parada cárdiorrespiratória - são muito frequentes nestes casos e exigem o suporte básico de vida com o uso de desfibriladores, massagem cardíaca externa, ventilação artificial e drogas (reanimação cárdiorrespiratória e cerebral). E gente treinada adequadamente para fazê-lo.
Nesta hora dramática, muitos se vão por absoluta impossibilidade de recuperar o ritmo cardíaco normal (dito sinusal) diante de amplas e extensas obstruções coronarianas que impedem a oferta de sangue oxigenado ao coração. E outros, por dificuldades na execução dos procedimentos recomendados. Daí, a necessidade de apuração pormenorizada do fato pontual.
Esta é, de maneira constrangedoramente simplória, a teoria que existe por trás do atendimento de Síndromes Coronarianas Agudas.
Nem todas, graças a Deus, se apresentam ao médico da forma mais dramática, como aparenta ser o caso do segurança na UMS da Marambaia. Muitas vezes, a equipe de saúde tem tempo para tomar as medidas cabíveis dentro do tempo recomendado. Outras, dolorosamente, não.
E de fato não é recomendável remover pacientes instáveis em ambulâncias. Em primeiro lugar a estabilização clínica básica deve ocorrer, seja na via pública ou no posto de saúde, para só então proceder as transferências. Isso significa ter os sinais vitais sob controle e garantia de boa oxigenação. É norma mundial dos serviços de atendimento pré-hospitalar.
Cabe a UMS da Marambaia mostrar que possui os recursos de suporte básico de vida como arsenal terapêutico adequado, equipe treinada, desfibriladores com monitor cardíaco acoplado, bolsas para oxigenação com máscaras, fonte de oxigênio, laringoscópios, cânulas orotraqueais, dispositivos calibrosos de acesso vascular, apenas para citar o básico.
segunda-feira, 2 de julho de 2007
HI 5: mais spam
Disfarçando-se de mais uma rede social tipo Orkut, o Hi 5 é a mais nova ameaça de spam via e-mail.
Tudo começa com uma prosaica e lacônica mensagem de correio eletrônico, onde na linha de assunto lemos: Hey fulano@provedor.com.br ;). Óbvio que quem manda é alguém que você de fato conhece.
No texto da mensagem, apenas uma URL como esta: http://www.hi5.com/register/NoHiU?inviteId=A_80b1e8e_IICsnMMzRUc0.
Quando você clica, é levado ao formulário de registro da suposta rede social do Hi 5. No formulário, além das inevitáveis informações pessoais, você é instado a fornecer seu nome de usuário e senha do MSN. Se neste incrível momento o usuário não desconfiar e prosseguir, o sítio vai copiar todos os seus contatos do MSN e se propagar em seu santo nome.
Uma lástima. Mas já recebi alguns "convites". E delicadamente, recusei após confirmar com o remetente que o envio foi involuntário.
Jamais forneça login e senha de nada a ninguém, sob nenhum pretexto.
Para mais informações, consulte esta matéria da seção de informática da Folha Online.
domingo, 1 de julho de 2007
BBC - Muito além do Cidadão KANE (1993) - parte 1
Aqui um bom programa para o Domingo. Assista pelo You Tube as 4 partes do documentário da BBC sobre a outra história da Rede Globo. Com os agradecimentos ao Pelos Corredores do Planalto pela dica valiosa.