segunda-feira, 30 de junho de 2008
3 semanas com o eeePc
eeePc com Ubuntu Linux, com jeitão de Vista. Bem melhor, diga-se.
Se você leu o post Brinquedo novo de 10 de junho deste ano, sabe que estou fuçando um novíssimo netbook Asus eeePc. Faltava então um post específico com um resumo de minhas impressões a respeito desta pequena máquina. Vamos então a elas.
1) Sistema operacional - o eeePc vem nativamente com o Linux. Na verdade uma versão enxuta do Debian chamada Xandros. Em minha opinião, com ela, você ficará satisfeito para cumprir todas as propostas deste tipo de máquina: acessar a internet, manter comunicação online através de e-mail, comunicadores instantâneos, editar alguns documentos, apresentações e planilhas e até brincar com alguns joguinhos, do tipo paciência, entre outras tímidas funcionalidades. O problema é que o Xandros tem um jeitão meio "idiots proof", e com certeza, usuários mais avançados podem ficar algo incomodados. Resolvemos isso instalando nele o Ubuntu Linux. O termo "resolvemos" não é à toa. Apesar de ter conseguido instalar normalmente o Ubuntu nele através de um drive de CD externo conectado a uma das três portas USB, o resultado final, é sabidamente problemático. Drivers! Sempre drivers proprietários!
Tive portanto que contar com a inestimável ajuda da comunidade Linux para resolver meus problemas, e, através de ASF@Web - um expert no assunto - consegui habilitar toda a funcionalidade da máquina (em especial a placa de rede wireless) e estou agora rodando Ubuntu tranquilo.
2) Dispositivo apontador (touchpad) - nem pense duas vezes: compre a máquina junto com um mouse USB, de preferência sem fio. Você, como eu, vai odiar o pequeno touchpad instalado em um beirada incômoda do netbook, por onde os dedos frequentemente escorregam após clicar nos botões direito e esquerdo (equivalentes do mouse).
3) O teclado é bem pequeno. E no início, pode ser um problema. Mas me acostumei rápido. E já que é um netbook para viagens, temos que ir dando o desconto em tudo, em favor da grande utilidade.
4) Resolução da tela - aí um problema até o momento insanável. Todos os programas no Ubuntu, parecem ter sido feitos para as resoluções mínimas vigentes no mercado. Ou seja, 800 x 600. Acontece que o eeePc tem resolução máxima de 800 x 480. Resultado: muitos programas e seus botões de OK, CANCELAR, etc, aparecem fora da área de trabalho do usuário. Todas as soluções que consegui ler até o momento, não conseguiram resolver o problema. Pelo jeito, talvez na nova versão do eeePC com tela maior, este problema desapareça de vez. Portanto, se você pretende comprar o eeePC, melhor aguardar pelas versões mais atuais.
5) O Ubuntu teima em não se desligar completamente. Embora toda a rotina de desligamento por software aparentemente seja cumprida, a luz verde do hardware permanece acesa, até que pressionemos o botão de desligar por cerca de 5 segundos. Só então o hardware se desliga de fato. Para este problema, embora saiba que existe uma solução, ela está embutida em um script que vem a ser um pacote de várias correções. Por enquanto, eu só estaria interessado em resolver apenas o problema de desligamento. Vou aguardar alguma sugestão.
6) A galera do Linux A D O R A uma linha de comando. E apesar de manter alguma resistência histórica, devo admitir um certo prazer em ter utilizado algumas delas, em tutoriais disponíveis na web. E tenho utilizado o horrendo Terminal com alguma frequência. Mas apenas para algumas ações pontuais, que espero não ocorram mais. De fato nós como usuários finais, só precisaremos utilizar linhas de comando, caso precisemos efetuar ou corrigir alguma configuração no sistema. Muito embora, em algumas instalações de softwares, seja inarredável ir ao Terminal e digitar algo como ./install. Ou chmod, ou wget http://endereçoweb.com. Coisas assim bem simples. Podem parecer estranhas mas fazem mágicas interessantes.
sábado, 28 de junho de 2008
E a pesquisa da UNAMA, Juvêncio?
E se já não fosse tanto o atrevimento, gostaria também de saber, do ponto de vista da ciência política, se a rejeição ao sedizente prefeito desta cidade corresponde aos que avaliaram seu (des)governo como ruim ou péssimo (17,62% e 24,28%, totalizando 41,9%), ou se podemos incluir também, como penso, o regular (39,12%), o que nos levaria ao histórico índice de 81,02% de desaprovação!
Se o brasileiro soubesse votar, até daria para ficar um pouco animado com esses números.
No mais, dou os parabéns à UNAMA pela criação do seu instituto de pesquisas estatísticas. Quaisquer falhas que porventura apresente são perfeitamente compreensíveis, já que estão começando num ramo muito espinhoso. Além do mais, a iniciativa é excelente para o desenvolvimento da universidade e da educação no Estado. Só por isso, já merece louvor.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Desagravo imaginário
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Santo Sujo
Da biografia*, estranha ao perfil de consumo desses tempos - publicada pela corajosa editora Cosac & Naif , que a lançou na Feira Literária Internacional de Parati -, transcrevo-lhes o prefácio do autor, a um só tempo provocativo, esclarecedor... em si, comovente:
Paraense que foi uma encarnação esplêndida do melhor espírito carioca, Jayme Ovalle (1894-1955), produziu obra pequena, desproporcional à riqueza de quem trazia dentro (de ) si um mundo de arte, sem que tivesse, porém, ferramentas para desvelá-lo. Poeta, não deixou livro, e, do pouco que escreveu, a maior parte precisou de ajuda alheia, de mulheres que amaram esse homem sedutor e de estranha beleza, para baixar ao papel em inglês - língua que Ovalle mesmo tendo passado oito anos em Londres e Nova York, jamais chegou a dominar. Sua Nova Gnomonia, engenhosa divisão da humanidade em cinco categorias, teria sido apenas em divertido papo de boteco se um dos presentes, Manuel Bandeira, não a tivesse registrado. Ovalle anunciava o projeto, jamais concretizado, de escrever um livro que se chamava Historia de São Sujo - e que, essencialmente, seria a história dele próprio, ser especialíssimo em que se realizava a síntese improvável do boêmio em estado puro e do místico que discutia com Deus de igual para igual. Músico, Jayme Ovalle não foi além de 33 composições, pois acreditava que a idade de Cristo crucificado era "o número da perfeição". Sua obra-prima "Azulão", universalmente conhedida, com letra de Manuel Bandeira, é uma coruscante miniatura (de ) não mais dezesseis compassos. Artista praticamente sem obra, é espantoso que Jayme Ovalle tenha deixado marca tão profunda e tão reconhecível na criação de outros - Bandeira, Vinicius de Moraes, Murilo Mendes, Augusto Frederico Schimidt, Fernando Sabino - não só pelos achados poéticos e espirituosos que cravejaram sua conversação, como por simplesmente existir, extraordinário personagem que era. "De tal homem bastava a presença", disse dele o poeta Dante Milano. Habitante dos subúrbios da arte e da cultura brasileira ao longo da primeira metade do século XX, figura mitológica de quem até agora tão pouco se sabe, Jayme Ovalle ficaria sendo uma luz refletida nos outros. Buscar a fonte dessa luz foi o que me propus fazer neste livro.
HW. Maio de 2008.
* Werneck, H. Santo Sujo. A vida de Jayme Ovalle. Cosac & Naif, 2008.
Discussão importante
Regra mitigada
Porém, em bom juridiquês, peço vênia ao Oliver pela liberdade em moderar positivamente os comentários na caixinha do post Remendos Baratos. É que a importância do assunto e a qualidade dos comentários pode incentivar um profícuo e necessário debate sobre o tema. Assim, quem sabe, outros leitores se aventuram a apresentar sua opinião, seja como experts, seja como usuários do nosso falido sistema de saúde pública.
Alcoolemia zero
Lei n. 11.705, de 19.6.2008. Anotou? Esse é o diploma que, em vigor desde a sexta-feira passada, 20 de junho, vai torrar a paciência do brasileiro médio, que adora beber - e beber muito - e acha ridícula, injustificável e absurda qualquer restrição nesse sentido. Afinal, diversão só é possível se o sangue estiver turbinado, certo? Olha só a ementa da lei:
Altera a Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ‘institui o Código de Trânsito Brasileiro’, e a Lei n. 9.294, de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4o do art. 220 da Constituição Federal, para inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor de veículo automotor, e dá outras providências.
O art. 1º da lei é ainda mais explícito, ao declarar ostensivamente a finalidade de estabelecer alcoolemia zero para os condutores de veículos. Além de confirmar a proibição da comercialização de bebidas alcoólicas ao longo das rodovias federais, salvo em áreas urbanas, o art. 165 do Código de Trânsito foi alterado, de modo que a infração gravíssima consistente em "dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência" passe a ser punida com mais rigor, com multa e suspensão do direito de dirigir por 12 meses, além da medida administrativa de retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e recolhimento do documento de habilitação. Tais penalidades podem ser impostas qualquer que seja a concentração de álcool no sangue (CTB, art. 276).
Além disso, o art. 306 do CTB, que antes considerava crime a conduta de "conduzir veículo automotor, na via pública, sob a influência de álcool ou substância de efeitos análogos, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem", ganhou uma redação mais enfática: "conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência". O motivo da mudança é não apenas fixar o limite mínimo de alcoolemia para efeitos criminais, mas também acabar com a brecha dos advogados, que defendem seus clientes dizendo que, mesmo alcoolizado, o condutor não expôs pessoas ou bens a danos potenciais, de modo que não haveria crime. Não, houve, porém, mudança quanto à pena: detenção, de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter permissão ou habilitação para dirigir. Mesmo assim, a lei está mais severa, porque a concentração de sangue autorizará a responsabilização criminal mesmo que o infrator não apresente sinais de comprometimento psicomotor.
A campanha furibunda contra a nova lei está no ar. O que não surpreende. Afinal, a indústria da bebida fatura horrivelmente e é uma das maiores clientes do mercado de publicidade. Por isso, acesse os grandes portais e lá encontrará uma série de matérias (supostamente isentas), criticando o novo rigor. Há também entrevistas com alguns juristas, apontando os diversos defeitos da lei. Não duvido que eles existam, aqui e ali, mas me pergunto antes se esses entrevistados não são chegados num whisky, num happy hour regado a cerva.
Acima de tudo, a lei é muito dura, sim. Mais do que as congêneres de quase o mundo todo. Que seja. As estatísticas européias, asiáticas e norte-americanas de desastres no trânsito são muito inferiores às nossas. Logo, esses países de uma lei como a nossa. A dureza dela é diretamente proporcional ao nosso número de mortos, mutilados, incapacitados, órfãos, aposentados por invalidez e pensionistas do INSS, que odeia gastar dinheiro com os fins para os quais o dinheiro lhe foi destinado.
Esta situação me provoca um sentimento de triunfo. Nas minhas turmas de Penal I, na primeira aula, começo explorando o desejo generalizado de que as leis penais sejam endurecidas. Esses discursinhos exaustivos de que bandido bom é bandido morto, que já pipocaram inclusive aqui no blog, algumas vezes. Então está aí: motorista bêbado é bandido. Vamos matá-los? Não. Claro que não. Porque a massa pensante brasileira - a classe média -, jamais concordará com isso. O trânsito mata mais do que os assaltos, mais essa lei não pode ser endurecida de jeito nenhum. Não posso negar que estou adorando ver a hipocrisia brasileira desvelada e em desvantagem.
Remendos Baratos
Uma questão límpida é a seguinte: o SUS do Estado do Pará e o SUS de Belém estão vergonhosamente nús. Na verdade, enquanto elemento de um sistema hierarquizado, descentralizado e regionalizado - em que gestores possuem responsabilidades institucionais muito claras - o hospital da trisecular fundação é tão vítima quanto cúmplice de uma situação que ultrapassou o limite da decência pública.
UTI neonatais contribuíram decisivamente para a redução da mortalidade neonatal no mundo inteiro. Contudo, não há tecnologia de cuidados intensivos que melhore a sobrevida dos neonatos, que seja custo-efetiva, se não forem evitadas determinadas condições clínicas antes, durante e imediatamente após o parto, responsáveis pelo baixo peso, prematuridade, insuficiência respiratória e más formações congênitas, principais causas para os recém-nascidos necessitarem de terapia intensiva.
Especialmente dessa última nudez, parece, ningúem quer falar ou discutir. Preferem investir na tríade ampliar, reformar e equipar, que, na verdade, no médio e longo prazos revelam-se remendos baratos.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Flanando pelo mercado de informática
Macbook da Apple
Este bichinho aí de cima, no ano passado, adquirido por mim por cerca de 3600 reais em configuração algo inferior, agora mesmo, pode ser encontrado por 2799 reais, ou em 12 X de 233,25, com frete grátis para todo o Brasil.
É a hora de mudar para Mac!
Já o desktop abaixo com Linux, CPU Dual Core E2140 (1,8 GHZ), 2GB de memória RAM, HD de 250GB com DVDRW, video, áudio e rede onboard + LCD 17" Widescreen, teclado e mouse, sai por 1199 reais à vista ou em 12 X sem juros de 99,92 + Frete grátis para todo o Brasil.
Sendo assim, para quem ainda não tem um computador e deseja algo que garanta acesso à internet, uso de aplicativos de escritório e outras tarefas rotineiras, é sucesso garantido.
Já os netbooks, com preço semelhante ou mesmo superior (caso do recente lançamento da HP), não possuem nem a metade desta configuração. É por esta razão que não é de bom senso recomendá-los a quem não tem um computador. Mas somente para quem pretende utilizá-los como um segundo computador, destinado a tarefas bem corriqueiras, deixando as mais pesadas para o desktop ou notebook de casa. E mesmo para quem pretenda usufruir da grande mobilidade garantida pelos netbooks, pode encontrar notebooks com preços inferiores ou ligeiramente superiores, com a vantagem de possuírem telas maiores, grandes HDs e boa memória, igualmente rodando Linux.
Estes produtos estão disponíveis nestes preços agora mesmo em uma grande loja online brasileira. É só procurar que você encontra rapidinho. Mas corra pois estas promoções duram muito pouco.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Pesar
O Máskara
Institucionalidade
O país que a tudo assiste, aguarda que o Conselho Nacional do Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça conduza o processo livre de impertinências corporativas. As conclusões da CPI, se fundamentada em evidências robustas, representa um desagravo ao pudor nacional, sempre constrangido quando questões relativas à prisões e aprisionados é trazida à luz da moral pública.
Viva a transparência
O CNJ dá um grande passo, deste modo, para a meta principal de sua criação: o controle externo do Judiciário. Com a nova ferramenta, qualquer pessoa com acesso à Internet poderá colher dados sobre a atuação da Justiça brasileira. O sistema promete, ainda, tornar possível aos administradores a correção de rumos na política judiciária do país, ao desnudar gargalos que antes não podiam ser claramente conhecidos.
O sistema, porém, só poderá ser considerado completo quando dois outros vértices a ele se unirem.
Primeiramente, é preciso que o nível médio de educação formal do brasileiro aumente, tornando possível o exercício da cidadania por parte de toda a população nacional. A simples disponibilização dos dados de nada adiantará, se o cidadão não puder compreendê-los.
Em segundo lugar, a inclusão digital tem que acontecer de verdade, para que todo brasileiro tenha acesso à rede mundial de computadores. De nada adianta a base de dados estar toda disponível na Internet, se somente 21% da população com mais de 10 anos de idade têm acesso à rede, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostragem de Dados (PNAD) do IBGE. Para se ter uma idéia de quão imprescindível é a entrada dos brasileiros no espaço virtual para que projetos como o Justiça Aberta dêem certo, há Estados em que o número de pessoas plugadas é menos da metade da média nacional: no Maranhão dos Sarney, somente 7,7% da população tem acesso à Internet; em Alagoas, onde pontuam os Collor de Mello, os Lyra, os Calheiros e outros heróis nacionais, o percentual cai para 7,6%.
É um caminho árduo a perseguir. Nesta realidade, iniciativas como o programa Justiça Aberta, por sua importância, merecem reconhecimento.
Peso Específico
Gangorra
Ó Paí Ó
No Reino da Peixeira
Fábrica de Anjos
Em foco, antiga questão de saúde pública estadual: a estrutura e a qualidade da atenção no pré-natal. Mas, se querem falar realmente sério, é bom esquecer aquela justificativa lastimável de que 50% de mortalidade naquele tipo de serviço é considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde. Hoje, percentuais dessa monta são inadmissíveis e correspondem ao estado da arte da neonatologia de 1976.
De Novo Injustiçado
Comprova-se que Hollywood não dá ponto sem nó. Se a história de Tarzan fosse levada adiante, ao modo que foi Indiana Jones, certamente o chipanzé já teria ganho a cobiçada estrela no cimento de Hollywood Boulevard.
Seus defensores, contudo, não esmorecem: além de seguirem coletando assinaturas, prometem para o final do ano uma biografia autorizada. Se o livro virar best-seller, a Câmara de Comércio de Hollywood terá motivos para ser generosa com o famoso ator-animal.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Banda larga móvel em Belém: calma e cautela
Com o TIM Web, a operadora vende um minimodem USB e um plano de uso de dados.
Em tese, assinado o contrato, bastaria plugar o minimodem em seu notebook, fazer a adequada configuração e (estando dentro da área de cobertura da operadora) sair navegando na web.
Os preços de modem e dados variam de acordo com a taxa de downloads contratada. Sendo assim, o plano que mais me interessou foi o de acesso ilimitado (99 reais) + modem por 199 reais. Perceba que este valor será acrescido a sua conta telefônica convencional com a operadora. No caso, apenas os 99 reais de mensalidade, pelo acesso ilimitado. O modem, você só paga uma vez, na hora de contratar o serviço e seu preço aumenta na proporção inversa do plano de dados que você contratar. Em outras palavras, quanto maior a taxa de dados contratada, mais barato o minimodem.
Muito bem. Este é um resumo daquilo que pretendia contratar. Mas, como todo consumidor deveria fazer, fui à loja exatamente atrás de maiores informações. Após enfrentar uma fila básica, iniciei um diálogo com uma atendente bem prestativa, que devo reconhecer, não tentou me enganar e forneceu as informações que acho importante compartilhar com os leitores.
1) É compatível com MAC Os?
Sim. O MAC OS está preparado para conectividade total com qualquer tecnologia de banda larga móvel. E existem alguns sítios que esclarecem como configurar seu MAC com o modem. (Vou publicar o link aqui em outro momento).
2) O modem será compatível com a futura rede 3G que deverá também ser implantada pela TIM em Belém?
Depende. A operadora disponibiliza 2 tipos de modem: um compatível EXCLUSIVAMENTE com a tecnologia GSM (mais antigos) e outro, compatível com GSM e 3G. Aí exatamente reside o perigo. A TIM Belém possui por enquanto apenas o modelo GSM (tecnologia obsoleta e por consequência, lenta e improdutiva para a web). Informa a atendente que os modelos já compatíveis com a tecnologia 3G, apesar de existentes, no momento estariam indisponíveis "pela grande procura" na cidade. E pelo que ainda informou a atendente, quem adquirir agora o modelo EXCLUSIVAMENTE GSM, terá que desembolsar mais alguns tostões para levar o modelo 3G (mais rápido, moderno e produtivo). Quando disponível.
O ideal, elegante e justo seria que a TIM se dispusesse a trocar gratuitamente os modems GSM para os consumidores que adquirissem estes modelos obsoletos, até 30 dias antes do lançamento da tecnologia 3G. Apenas como exemplo. Como fez a Apple no passado, quando do lançamento de iPods mais poderosos. Mas talvez seja demais esperar isso da TIM. Melhor então, é não arriscar.
Concluindo, só contrate agora o serviço se tiver muita necessidade e a operadora GARANTIR a compatibilidade de seu modem com a futura tecnologia 3G. É melhor portanto aguardar antes de fechar qualquer negócio com banda larga móvel na cidade. Ao menos pela TIM.
Bagagem elétrica
Que tal adquirir uma mala motorizada, com baterias que prometem durar por 2 horas? Além disso, possue código de segurança e uma alça que minimiza o efeito da gravidade durante o transporte. Enfim, é quase um carrinho de mão de alta tecnologia.
Conheça este produto da Live Luggage, com os agradecimentos ao Gizmodo.
E assista também o vídeo em flash com a demonstração do brinquedo.
Mas prepare-se para pagar cerca de 1.370 dólares.
Créu de novo!
Passado o espetáculo, resta ao Paysandu assistir, da platéia, aos dois jogos da decisão do campeonato paraense n. 100, envolvendo seus algozes Remo e Águia de Marabá. Para estes, alea jacta est.
Reafirmo o que já disse anteriormente, por aqui: é bom demais ganhar do Paysandu. Bom demais. Por alguns instantes, esquecem-se inclusive os incontáveis problemas financeiros e administrativos do Remo. Sobra a alegria de ver um grito se sobrepôr ao outro, no momento em que a torcida rival ainda celebrava o gol de Samuel Lopes. Um sonoro cala-boca, liderado por Lenílson. A euforia se multiplica ao ver estufarem-se as redes bicolores - mais uma vez, depois outra - e ao ouvir o trilar final do apito, anunciando mais uma vitória.
A Ana Paula Oliveira? Foi mais uma cena do espetáculo. Linda, elegante até ao correr e, ao que parece, remista...
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Memorável
Este senhor aqui, dispensa apresentações. E se você deseja conhecer um pouco mais sobre ele, tem aqui um sítio pessoal. Ou então dê uma passadinha na Wikipedia. Trata-se é claro de Mr. Robert Allen Zimmerman. Por enquanto, fique com este hit de seu último CD (2006) Modern Times.
Bom fim-de-semana!
Mangueira, por que choras?
Foi bom ter feito uma celebração, no post anterior, depois de uma semana com tantos necrológios de pessoas boas. Infelizmente, porém, é preciso fazer mais uma homenagem póstuma.
Esta semana, morreu também Jamelão. Na sua clássica definição, um sambista - não um puxador de samba, que puxador é marginal.
A bênção, Jamelão.
Bom final de semana a todos.
Efeméride
Para terminar bem a semana, um poema de Max dedicado pelo autor a outro célebre literato paraoara, este já falecido: Haroldo Maranhão.
Madrugada: As cinzas
A Haroldo Maranhão
Madrugada, as cinzas te saúdam
De novo moldas contra a penumbra, maldas
o galo do poema, a tua armadilha, o fogo
ardendo cego nos desvãos do sangue
De novo ergues sobre a areia, madrugada, o corpo
amaldiçoado duma palavra, a teia rediviva
e a sombra crespa do desejo negro
eriçando o pêlo, o cão da página
Riscos se entrelaçam, fisgam a mosca do deleite
e já a ruína
tenaz, fibrosa, agônica sob a folhagem, mostra
o olho menstrual e sádico do destino
Um sonho cresce e se entumece
no rumor sexual dos ecos se compondo
E batem à porta
- os gonzos, os gozos da ferrugem
o rangido longínquo vagindo de outro mundo
De tudo, madrugada, a dúvida traça um rosto
exposto neste espelho contra o sol: O soletrado
calcinado.
Mais um na era dos netbooks
HP 2133
Agora é a HP que entra no mercado dos netbooks, que vem a ser a designação para máquinas de pequeno porte, baixo custo e configurações modestíssimas, dedicadas a princípio, ao acesso à internet, muito embora possam servir perfeitamente para edição de textos, planilhas e apresentações.
Levando em conta a profusão de lançamentos neste nicho de mercado, confirma-se então que ele está definitivamente aquecido.
O HP 2133, tem processador Via (com pouca tradição no mercado brasileiro) de baixa potência (que é a tônica entre os netbooks) mas traz um diferencial que deve assustar a concorrência: HDs de 120 a 160 gbytes, até 2 gbytes de RAM, conectividade bluetooth e tela de 8,9 polegadas.
Mas já pesa um pouco mais do que o desejável: 1,3 kg. E custa também bem mais do que o aceitável para uma máquina desta categoria: a partir de 1, 5 mil reais. Custo que pode ser bastante ampliado ao optar-se pela instalação do Windows Vista, o que definitivamente não é uma boa idéia.
Positivo Mobo
É bom lembrar que a montadora brasileira Positivo Informática, já lançou também seu concorrente ao Asus eePc. Trata-se do Mobo, vendido por 999 reais, mas de configuração algo inferior a ele. Processador de 1 ghz, 512 RAM, memória flash de 2 gbytes com Windows XP Home (má idéia, para tão pouco armazenamento), pesando 1,1 kg. Além disso, o eePc já pode ser encontrado pelo mesmo preço em lojas online brasileiras, com frete grátis.
Mas, no sítio do G1 que fornece a notícia, encontramos uma importante pista, que confirma qual o principal consumidor alvo deste mercado emergente de netbooks.
Uma pesquisa encomendada pela Positivo indica que o público alvo do novo produto são as classes A e B, que devem adotá-lo como segundo notebook principalmente por conta da portabilidade. O mesmo estudo aponta que a classe C, foco das iniciativas de inclusão digital, prefere os desktops, para poder compartilhar o computador com a família.
Muito embora eu conheça muita gente da dita classe C que prefere mesmo é um notebook tradicional, pesadão e de péssima configuração, ao invés dos desktops. Mas talvez sejam a excessão.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Dunga e a pátria de chuteiras
A fotografia do técnico Dunga, sentado solitariamente numa grade à beira do campo, publicada na quinta-feira (17) na primeira página do Globo, é a senha: a seleção brasileira deve trocar o comando do time.
O título da reportagem sobre o jogo contra a Argentina, no alto da página, soa como epitáfio: "Uma campanha de envergonhar". Na pátria de chuteiras, mais uma vez a imprensa entra em campo, como os "cartolas" dos velhos tempos, para mudar o jogo.
Até a semana passada, na véspera da partida contra o Peru, a seleção brasileira ainda era motivo de entusiasmo por parte dos cronistas esportivos, apesar dos desempenhos medíocres na vitória apertada contra o Canadá e na derrota para os venezuelanos, em jogos amistosos.
Em apenas quatro dias, Dunga passa de herói a vilão e em breve deve voltar ao ostracismo. A se considerar o que dizem os jornais de quinta-feira, provavelmente ainda nesta semana ele voltará a ser o cidadão Carlos Caetano Bledorn Verri.
Fica para os observadores a reflexão sobre a esquizofrênica relação da nossa imprensa com o mundo do futebol, e em especial com a seleção, representação da pátria entre as quatro linhas do gramado. Acostumado aos triunfos, os brasileiros não admitem uma equipe que seja menos do que excelente.
Sistema predador
Mas uma coisa é a massa entusiasmada ou enfurecida, e outra coisa deveriam ser os profissionais encarregados de noticiar os feitos da seleção. Quando a seleção vai mal, a imprensa investiga os bastidores dos clubes, questiona os desmandos na Confederação Brasileira de Futebol, exige o resgate da moralidade. Mas basta uma vitória para que tudo seja esquecido.
Tem sido assim desde a primeira tentativa do Ministério Público de investigar dirigentes de clubes esportivos e da seleção. Criou-se a CPI, mas seu andamento fica suspenso para não atrapalhar os planos do Brasil de se apresentar como sede da Copa do Mundo de 2014. Levantaram-se suspeitas e provas contra dirigentes, mas tudo fica engavetado quando o time entra em campo.
Mais ou menos como acontece na política e na economia: a cada eleição, os holofotes só iluminam os candidatos, e a necessidade da reforma institucional fica na obscuridade. Os bons resultados econômicos adiam os debates sobre a falta de uma estratégia sustentável de desenvolvimento, e arrastamos indefinidamente o sistema predador e incapaz de produzir o resgate da dívida social.
Assim como os bons resultados em campo escondem as mazelas do futebol brasileiro, a imprensa só enxerga o Brasil real na derrota.
Referências
Se você vai contratar uma empregada, o que faz? Pede referências de empregadores anteriores.
Se precisa de alguma especialidade médica, pergunta a amigos se conhecem algum profissional de sua confiança.
Se vai viajar, procura informações sobre bons hotéis e restaurantes.
Se vai comprar um carro de montadora ou concessionária com a qual nunca lidou, vai atrás de informações sobre o produto, preços, revenda, assistência técnica, etc.
Se vai comprar pela internet, certifica-se quanto à credibilidade pública da empresa, prazos de entrega, assistência pós-compra, etc.
Em tudo que fazemos - se temos juízo, é claro -, procuramos informações que nos precavenham contra riscos, prejuízos ou aborrecimentos. Se isso vale para comprar um CD pela internet, como não valeria para questões muito mais drásticas, como a escolha de um representante parlamentar ou de um governante? Para isso, a lista esclarecedora seria bastante útil.
A divulgação do perfil processual dos candidatos não viola o princípio constitucional do estado de inocência - conquista da civilização que, infelizmente, caído em mãos erradas, obriga-nos a conviver com políticos com todos os cursos, em matéria de crime, pilantragem e sociopatia. Porque a lista, por si só, não indica que o indivíduo é culpado, mas que ele responde a um processo, só e simplesmente. Pode não significar nada, assim como pode significar muita coisa. A informação - a simples informação - pode ajudar a tomada de decisão do eleitor, a partir de critérios absolutamente subjetivos. Quem decide não votar em alguém não está, somente por isso, destruindo a candidatura de ninguém.
O velho apotegma quem não deve, não teme está mais vivo do que nunca. Salvo raras exceções, só gente suja tem medo da divulgação de seu currículo. Pense bem: se você for procurar um emprego ou prestar certos concursos públicos, terá que se sujeitar a uma investigação de sua vida. Precisará esclarecer porque deixou o emprego anterior, p. ex. É o ônus de convencer os outros. Então por que omitir que o candidato tem pendências judiciais, se ele também precisa nos convencer?
Pensando bem, todos sabemos por quê.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Saem as estatísticas do Download Day
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Atualizada às 19:30 h.
Segundo a CNN, a taxa de downloads do Firefox 3.0 ontem chegou ao incrível patamar de 9000 cópias por minuto.
Não fosse...
...eu diria...
...que esta foi...
...uma típica e aprazível tarde chuvosa de verão amazônico.
Corrida maluca
Em Santarém, diz-se que o advogado tributarista Helenilson Pontes disputará, pelo PMDB, a cadeira de prefeito com a atual alcaide, Maria do Carmo Martins (PT). No município, estaria fracassada a dobradinha que elegeu Ana Júlia governadora em 2006.
Em Marabá, vários já foram os apontados como preferidos de Tião Miranda, atual prefeito da cidade pelo PTB, e que, já tendo sido reeleito no pleito passado, empenha-se em fazer seu sucessor. Dentre outros, especula-se que João Salame, deputado estadual pelo PPS, ou Ítalo Ipojucan, atual vice prefeito pelo PDT, sejam os ungidos. Ainda entram na conta o deputado federal Asdrúbal Bentes, do PMDB (que dias atrás ressuscitou François Miterrand), o vereador local Maurino Magalhães (PR) e o médico Jorge Bichara, pelo PV.
Em Belém, chegou a ser anunciada a chapa DEM/PSDB, com Valéria Pires Franco na cabeça e Paulo Chaves de vice. José Priante, ex-deputado federal, tenta fechar o PMDB (leia-se obter o apoio de Jader Barbalho) em torno de sua candidatura. Certo mesmo, na capital, só a tentativa de reeleição do atual prefeito Duciomar Costa e, agora, ao que parece, a desistência de Edmilson Rodrigues, ex-prefeito pelo PT e atualmente no PSOL, de concorrer novamente ao Palácio Antônio Lemos.
Quem viver verá o resultado desta corrida (ainda) absolutamente maluca.
Delinqüência juvenil
O seminário vem bem a propósito. Os jornais noticiam que ontem, uma menina de 19 anos matou outra de 16, a facadas, dentro de uma sala de aula, no Conjunto Providência, bairro de Val-de-Cans, em Belém. Será, certamente, alvo de manifestações dos palestrantes.
O evento conta com o apoio da OAB/PA e da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos.
Crash
terça-feira, 17 de junho de 2008
Baixe o Firefox 3.0 agora
Finalmente a fundação Mozilla muda sua homepage e lança oficialmente o Firefox 3.0.
Para fazer o download agora mesmo, clique aqui.
Firefox 3.0 será lançado hoje mesmo
somente a partir das 14 h.
E enquanto isso, o Blogger prossegue com gravíssimos problemas de
lentidão. Além disto, o Painel de Controle permanecesse inacessível. É
possível que nenhum blogueiro consiga postar nenhuma linha no dia de
hoje.
Contudo, a postagem via e-mail ou celular continua funcionando
normalmente.
Ainda não conseguimos ter acesso a nenhuma notícia sobre a causa dos
problemas.
Esperamos contar com a compreensão dos leitores
Problemas
Mas, atraves de e-mail de celular (daí os problemas de acentuação dos quais me desculpo), informo que apesar de hoje ser oficialmente o Dowload Day do navegador Firefox, o sitio da fundação Mozilla permanece o mesmo, ainda referenciando a versao 2.0. É possível que pelo horário da California, ainda todos estejam dormindo. Muito embora, o dia 17 tenha iniciado após a zero hora.
O blog vai acompanhar e tentar informar o momento certo para o download.
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Atualizada às 20:37
Somente no final da tarde de hoje, o Blogger normalizou suas operações
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Sobre Gilberto Pimentel Pereira Guimarães
Os três anos que ali passei corresponderam a uma verdadeira pós-graduação. Aprendi, na lide da advocacia, o que pretendia para minha carreira: ser advogado. Nem juiz, nem promotor – carreiras que alçam tão rapidamente jovens egressos da universidade em uma elite bem paga do direito –; tão somente advogado, com todas as dificuldades que o caminho destes profissionais lhes impõe.
A grande responsabilidade por esta decisão era, certamente, dos sócios do escritório: todos grandes advogados, alguns deles professores universitários, Reynaldo, Jorge Alex, Juarez, Ricardo, Gilberto e Pedro glamourizavam a profissão, tanto quanto cinco deles glamourizavam a carreira de procurador do Estado. E lá fui eu interessar-me pelo único concurso público que até hoje me atraiu: o de advogado do Estado.
Neste tempo, tive a oportunidade de conhecer e conviver com Gilberto Guimarães. Novo, Gilberto já dava mostras de enorme talento: criativo como poucos advogados conseguem sê-lo, ético como todos deveriam ser. A desordem de sua sala não rendia homenagem à clareza de sua inteligência: Gilberto não precisava de muito para encontrar soluções para os problemas que lhe eram apresentados. Era um advogado de soluções, tão simples quanto surpreendentes.
Quando fui aprovado no concurso, Gilberto deixou de ser um de meus chefes e passou a ser meu colega de profissão. Então se me revelou outra faceta de sua personalidade: ex-procurador geral (o mais novo da história de nossa PGE e o primeiro saído da carreira dos procuradores), era de uma generosidade ímpar. Esta qualidade se somava à gentileza e à simpatia que eu já conhecia, e que todos os que com ele conviveram são testemunhas.
Depois, ao Silveira, Athias incorporou-se o escritório do tributarista Fernando Scaff. Crescia a firma, que passava a ser a maior do norte-nordeste. A história de sucesso, acompanhei à distância, sem negar uma ponta de orgulho de ter, um dia, feito parte daquela equipe. Posteriormente, Gilberto somou à sua fama de notável advogado o de bom administrador: assumiu a responsabilidade de ser presidente de um grande clube social de Belém, com orçamento maior que o de muitas cidades paraenses. Em mais esta empreitada, obteve sucesso.No auge da vida, novo, bem sucedido, com três filhos e recentemente casado pela segunda vez, eis que Gilberto foi, dizem, surpreendido pela emoção. A classificação de seu time do coração, o Paysandu Sport Clube, à Série C deste ano, teria sido demais para sua saúde. Gilberto sofreu um aneurisma cerebral e faleceu, aos 44 anos, em sua casa, no sábado à noite.
Ausente da cidade, só soube da morte de Gilberto no domingo à tarde, quando já haviam ocorrido suas exéquias. Não pude prestar-lhe a última homenagem, que faço agora, por meio deste post. À sua família e aos seus sócios, solidarizo-me na dor, no intento de que, dividida, ela lhes seja menos pesarosa.
Apelação
Todos já conhecemos a guerrinha permanente e ridícula travada entre os dois jornalões da cidade, na qual, volta e meia, o que já é medíocre excede a qualquer limite cogitável por pessoas lúcidas. Veja-se o caso do Repórter 70 de hoje, que tenta explicar as derrotas do time de futebol Ananindeua à presença de Helder Barbalho Filho no estádio. O mote, por si só, já desce às profundas, mas, não satisfeita, a coluna (dita "nobre") gasta as suas quatro primeiras notas para defender sua tese, assunto posto à frente dos demais temas abordados - todos eles incomparavelmente superiores.
Para arrematar, a impressão que fica é a de que os textos foram escritos com muita pressa pelo mais despreparado dos redatores do jornal. Eu não diria nem que por um estagiário, para não ofender a briosa classe dos estagiários, de tão porcamente redigidas que as notas estão. Exemplos:
"E o que tem a ver tudo isso com o Barbalho de Ananindeua? Tudo. Tudinho e mais alguma coisa. (...) Quem ganhou? Quem foi campeão. O Águia. Deu Águia na cabeça."
Além da falta do ponto de interrogação após "campeão", o texto foi redigido como se fosse uma pessoa falando, com muitas pausas e questionamentos. Aliás, uma pessoa bem afetada e nervosinha. Eu diria um texto escrito pelo Paulo Silvino, quando interpreta seus personagens gays.
"Depois disso tudo, não é verdade - definitivamente não é - que o Ananindeua pretende ir em procissão ao gabinete do prefeito suplicar-lhe para que nunca mais assista aos seus jogos. Ah, sim. (...)"
Seguem as ênfases excessivas e a péssima pontuação, agora no suspiro posto no meio da baboseira.
Fosse eu, teria vergonha de ver meu nome associado a isso.
Pura adrenalina
Não podia perder uma oportunidade destas. Ousei me apresentar como voluntário, não para ir na maca. Mas para descer com aquela fantástica tirolesa sozinho.
Em meu "treinamento" até então, só constava descer de uma altura aproximada de um poste de luz elétrica. Nunca havia experimentado a sensação de descer de uma altura de 4 andares. A galera no hospital duvidou, mesmo que eu afirmasse que já tinha tido experiência anterior no procedimento.
Gentilmente, o Sargento Nilson e equipe, concederam-me este momento, que reputo como um dos mais interessantes já experimentado.
A eles, meus agradecimentos pelo apoio fornecido e principalmente por ceder-me o equipamento para realizar um velho sonho.
Tudo na maior tranquilidade, aguardando a ordem de descer.
Na descida, aquela sensação agradável.
E na chegada, o apoio da equipe do CB.
Transtempo
Benedicto Wilfredo Monteiro exerceu todas as faces de um homem público. Foi membro do Ministério Público. No Judiciário, foi pretor e juiz de direito. Foi administrador público, o primeiro Procurador Geral do Estado do Pará e o organizador da Defensoria Pública estadual. Foi secretário de Estado. Foi ativista político: cassado pelo regime militar de 1964 – e literalmente caçado nas matas de Alenquer, quando, após preso, foi trazido amarrado a Belém, como hediondo prêmio da luta da ditadura contra a subversão – passou mais de 10 anos impedido de sequer exercer sua profissão, de advogado. Foi ecologista avant la lettre, antes do atual sucesso das empreitadas globais das ONGs ambientalistas. Foi político partidário: deputado estadual antes de 1964, foi, após ter sido beneficiado pela Lei de Anistia, eleito por duas vezes deputado federal – a segunda delas, como deputado constituinte da Carta de 1988.
Benedicto foi advogado. Jus-agrarista dos bons, obteve sucesso na militância em uma área que ainda hoje é árida e pobre de bons advogados. Escreveu uma obra a respeito do tema, “Direito Agrário e Processo Fundiário”, salvo engano editado pela CEJUP.
Benedicto, em meio a toda esta vida atuante e incansável, foi escritor. Teve importância na literatura nacional e alguns de seus livros, inclusive, foram traduzidos e publicados fora do país.
Um homem público com tamanha dimensão merece o respeito que lhe é devotado. O mais bacana da vida de Benedicto é que passou por toda esta exposição pública de sua figura sem qualquer arranhão. Viveu intensamente, produziu enormemente, dedicou-se de corpo e alma a projetos vários e, com tamanha vontade de fazer, lutou bravamente contra um câncer que não conseguiu vencer sua força de vontade: mesmo doente, Benedicto nunca parou de escrever, de surpreender, de usufruir as delícias de uma vida rica e cheia de histórias.
A última vez que falei com Benedicto foi em fevereiro deste ano. Homenageado como enredo do Quem São Eles, foi pessoalmente a um dos últimos ensaios da escola de samba, mesmo que suas condições físicas não o recomendassem. Lá, foi recebido com as honras devidas a quem teve uma história tão rica: ao ser anunciada sua chegada, foi cercado por mais de trinta pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, que, de seus celulares com câmeras digitais, sacavam fotos suas de todos os ângulos. A glória em vida, certamente, expresso no carinho a um personagem vivo de nossa história.
Ontem, Benedicto Monteiro deu adeus a esta vida. Ao meu queridíssimo amigo Ben e a suas irmãs Ana, Duty, Wanda e Alda, presto solidariedade neste momento. A dor é sempre tanta, mas a obra literária e política de Benedicto Monteiro superará a saudade.
Download Day é amanhã
domingo, 15 de junho de 2008
Prognósticos sombrios
Viram a pesquisa publicada hoje pelo Diário do Pará? Que coisa, hein? Vocês podem até me criticar pelo que direi, mas o fato é que, embora eu tenha sérias reservas quanto a um terceiro mandato da mesma pessoa (inclusive mandatos parlamentares), já estou pedindo a Edmilson Rodrigues que, pelo amor de Deus, se candidate. Claro que ainda é muito cedo e a pesquisa em tela envolve nomes que sequer estão confirmados na disputa, mas vai que a projeção se confirma...
Se o cenário sem Edmilson se consumar, será uma hecatombe. Porque não se trata, simplesmente, de mais quatro anos de insanidade (o que já é mais do que suficiente em matéria de desgraça): trata-se de legitimar, pela reeleição, todas as mazelas e porcarias que o atual (des)governo municipal perpetrou até aqui. Infelizmente, o povo brasileiro tem esse amor irracional pela reeleição. É como uma criança, que precisa de estabilidade para se desenvolver e por isso repete a mesma coisa mil vezes, apenas porque já sabe o que esperar.
Brasileiro adora mais do mesmo. Ainda que seja um horror. E o pior é que não tem maturidade política sequer para entender o que significa reeleger um sujeito. Meus Deus, onde vamos parar?!
Quintais de Mosqueiro
Horizontes e imagens de Mosqueiro II
sábado, 14 de junho de 2008
Ato Falho
Máscara Negra
The Senior Cheeta On The Block
Nos olhos dos outros é refresco
A razão uma só: no affaire, foi implicado o chefe da Casa Civil do governo do Rio Grande do Sul, Paulo Busatto, figura exponencial do PPS gaúcho. O Zero Hora transcreveu um diálogo entre Busatto e o vice-governador, que é nitroglicerina pura. No dia seguinte à divulgação da gravação, frente ao potencial destrutivo do que tratataram as excelências, o chefe da Casa Civil foi exonerado.
A Construção Da Hegemonia
O outro projeto, preterido pelo cochilo das sentinelas, foi apresentado pela hoje governadora Ana Júlia e pretendia denominar Val-de-Cães de Júlio César Ribeiro de Souza, paraense e pioneiro da aviação mundial, ao modo como fizeram os Estados do Rio de Janeiro (Aeroporto Santos Dumont), Ceará (Aeroporto Internacional Euclydes Pinto Martins) e Natal (Aeroporto Internacional Augusto Severo) em respeito a esse heróis brasileiros, que acreditaram um dia que o homem poderia navegar nos ares.
Para quem tem estômago forte, o imbróglio é apenas mais um exemplo de como os homens fazem da História um declive. Quanto aos mais sensíveis, certamente, já deixaram a sala.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Lizz Wright - Hit The Ground
Com vocês, Lizz Wright, jazz singer e compositora norte-americana.Entre os vídeos sobre a cantora, disponíveis no You Tube, atentem para um em que ela canta Nature Boy, acompanhada só de percussão. É fantástico. Nascida na Geóriga, tem só 26 anos e três discos gravados.
Margarida Seca
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Ouro Negro
Download Day é na terça!
iPhone 3G: depois da tempestade...
Após o terremoto provocado pela módica quantia de 200 dólares por um iPhone 3G de 8 gigabytes, que tem grande valor associado por ser ao mesmo tempo telefone móvel, câmera de 2 megapyxels, GPS e mp3 player, o que fazer com o iPod Touch?
Afinal de contas, ele é um iPhone sem grande parte de seus recursos e neste exato momento, sua versão mais modesta (com os mesmos 8 gbytes) custa 300 dólares!
É um momento delicado. Deve haver algum plano ainda não revelado e por esta razão, ao menos por enquanto, aos potenciais consumidores, recomendamos que aguardem um pouco mais antes de pensar em adquirir os Touch. Pela mesma razão, se eu fosse morador de alguns dos 22 privilegiados países que terão o iPhone 3G a partir de 11 de Julho (Brasil só no segundo semestre), talvez tivesse alguma cautela antes de botar a mão na carteira. Muito embora, talvez não "ponha minha mão no fogo" por isso. O produto é realmente muito atraente.
A PC World BR alinhou algumas outras perguntas sem resposta que cercam o lançamento do iPhone 3G. E lendo o artigo, encontramos algumas pistas.
Googlenamorados
Taí a homenagem do Google para quem acessar sua home page hoje. Mais um belo exemplo de criatividade do japonês por trás das incríveis modificações comemorativas ao Google logo.
Eu sei que vou te amar
E então estamos em mais uma data clichê: jantar a dois, declarações de amor, esconderijos românticos. Neste caso, existe coisa melhor?
Em homenagem aos apaixonados, sob as bênçãos de Santo Antônio, antecipo o vídeo musical desta semana. Ninguém barra Vinícius de Moraes, aqui na voz de Caetano Veloso, para dizer das delícias do amor.
Vou ao encontro da minha amada. Bom final de semana a todos.
Sobre compromissos
Sábado, 7 de junho, tudo apontava na direção da repetição da Aliança pelo Pará, que governou o Estado por 12 anos: Valéria (DEM) prefeita, Paulo Chaves (PSDB) vice.
Aí, forças ocultas moveram-se no tabuleiro e, quando tudo dava conta de que na segunda-feira, 9 de junho, às 19 horas, a chapa seria lançada, eis que a barca vira: calma, não é bem assim, abriram o bico os emplumados.
A nova jogada: um personagem nefasto – o prefeito Duciomar Costa – acena com uma proposta mais interessante. Juntem-se a mim e serão os eleitos no Paraíso, disse o falso médico, e os tucanos revoaram e pousaram nos braços estendidos do espantalho.
Forjou-se então a tal candidatura própria. Até as pedras retiradas das novas calçadas de Belém sabem que a estratégia urdida é a mesma que derrotou o tucano Almir Gabriel, nas últimas eleições para o governo do Estado: o candidato próprio do PSDB é lançado como boi de piranha e amealha votos que deveriam ir para Valéria Pires Franco; Duciomar, candidato à reeleição, enfraquece a maior oponente de sua fatia de eleitorado e garante vaga no segundo turno, para disputar com um dos candidatos da chamada esquerda: Mário Cardoso (se resistir às primárias do PT paraoara), Edmilson Rodrigues (se largar o doutorado e subir ao palanque) ou outro que se apresentar. O PSDB cobra a fatura, após a reeleição do alcaide-desastre.
O fato é que quem, até então, seria fiel aliado, firmou acordo com o adversário para derrubar justamente o aliado de antes. Isto é: o PSDB jurou amor eterno ao DEM contra o inimigo comum Duciomar, para logo depois se aliar a Duciomar contra o até então parceiro DEM. Entre estas posições, um mero final de semana.
É assim a política nacional: os compromissos, efetivamente, não são cumpridos. É possível confiar em alguém? Sempre reluto em aceitar, por uma questão de princípios, mas até agora e diante de todos os fatos, o ex-governador Simão Jatene tem razão: ética e política, efetivamente, não andam de mãos dadas. Principalmente com estes atores em cena.
Um impostinho, dizem.
Impostos, no Brasil, criam-se celeremente, mas justiça fiscal, que é bom, nem é lorota, pois, como sabemos, nem da boca pra fora ela existe.
A oposição, que hoje esperneia, antes lambuzava-se no poder, sem ao menos permitir que o calo do dedo mindinho do pé sonhasse uma reforma fiscal não protecionista da riqueza.
E assim vamos, a espera que mude-se o ritmo, bancado até agora por mãos longevas e centrais na economia política dos juros.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Sai a última RC do Mozilla Firefox 3.0
Clique aqui para fazer o download.
Aqueles que se inscreveram para o Download Day, devem aguardar a qualquer momento a mensagem de e-mail informando sobre o lançamento da versão 3.0 OFICIAL.
Safo e o Transitório
...
filhas, aplicai-vos
Lamento-me
carregou Titônio, levando-o
Lésbica!
Os autóctones da aludida ilha recorreram ao Judiciário para determinar que o vocábulo "lésbico" signifique apenas e tão somente um adjetivo gentílico. Nada mais. Todavia, considerando que há traduções dessa palavra, com o sentido de homossexualismo feminino, para uns tantos idiomas, não acredito que tenham sucesso na empreitada. A meu ver, seria mais fácil propor que o gentílico dos nascidos da ilha é que fosse alterado.
Afinal, agem bem os les... lésbicos... lesbianos... lesbonenses... o povo que mora em Lesbos em se importar com isso, a esta altura do campeonato? Precisavam tanto se incomodar com isso? A alusão ao homossexualismo compromete a sua existência social?
Se a moda pega, logo alguns paraenses começarão a se mexer. Pode haver reações a nomes de Municípios, como Curralinho, que já rendeu uma piada em peça da Escola de Teatro e Dança da UFPA, há alguns anos: "Aviso às moças de Curralinho: cuidado com os rapazes de Ponta Grossa!"