sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Carona na rede do vizinho

Roubar o sinal de rede wireless do vizinho, pode dar dor de cabeça.
Segundo advogados consultados pelo G1, embora não exista lei específica, o ato pode ser enquadrado em roubo de sinal. É o que acontece, por exemplo, no caso dos chamados "gatos" na rede elétrica, telefonia e TVs por assinatura.
Mas não é só quem pega carona na rede do vizinho que pode ser enquadrado. O dono do roteador também pode ser responsabilizado legalmente, quando pessoas mal intencionadas, utilizarem seu sinal de internet para cometer crimes digitais.
Portanto esteja atento e proteja logo sua rede wireless.
Veja o que aconteceu na Inglaterra.

Raridades

Amanhã é sábado, dia de lançamento de disco aqui no Flanar.

Serão dois gêneros: Jazz e World Music. Daremos um passeio em alguns clássicos e apresentaremos alguns artistas que foram lançados essa semana na Europa. De quebra farei alguns comentários sobre os selecionados.

Estão todos convidados.

UNAMA versus Edson Franco

Rápido no gatilho, o blog do informadíssimo Paulo Bemerguy dá um furo sobre a ação ajuizada por Edson Franco contra a entidade mantenedora da UNAMA. A briga do professor é pela volta à cadeira de reitor.

O detalhe interessante é a caixinha de comentários do post: há tiros para todo lado.

Da canalhice humana

Do blog do CJK, edição de hoje:

Ameaças de renúncia e uma dura nota de repúdio da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos aprofundaram ontem a crise gerada no governo pelo parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que considera perdoados pela Lei da Anistia os crimes de tortura cometidos na ditadura militar (1964-1985), segundo reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Com o parecer, feito para contestar ação movida na Justiça paulista pelo Ministério Público em defesa da punição de violadores de direitos humanos, a União, segundo a comissão, “preferiu assumir postura que beneficia os torturadores”.

Um dos conselheiros, Augustino Veit, chegou a pensar em propor renúncia coletiva, mas foi dissuadido pelos colegas, para não enfraquecer a posição dos ministros Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), que lideram a ala do governo favorável à punição de torturadores. Veit foi convencido a assinar a nota, aderindo à posição de aguardar o julgamento da ação.

A proposta de renúncia será colocada em pauta se Vannuchi, em protesto, deixar a Secretaria de Direitos Humanos, à qual o conselho está ligado. Por meio da assessoria, Vannuchi informou que mantém a sua posição contrária à AGU, voltando atrás da posição anterior, que estaria demissionário, preferindo aguardar o julgamento do STF, mesma posição de Tarso Genro.

Na nota, a comissão alega que a AGU sustentou uma interpretação da anistia polêmica e sem guarida em qualquer instrumento legal, quando estende o benefício a agentes do Estado que torturaram, procurando isentar "aqueles que foram chefes do mais famoso centro de torturas do País de devolver à União as indenizações pagas às famílias dos que ali foram mortos sob tortura”. A comissão se refere aos coronéis reformados do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel, acusados, em processo que corre na Justiça de São Paulo, de violações aos direitos humanos.

Procurada para se pronunciar sobre a nota, a AGU informou que sustenta a tese do perdão mútuo e tomará conhecimento dos termos da nota para se manifestar. Já os militares voltaram a rebater os críticos.

O general da reserva Osvaldo Pereira Gomes, que integrou a primeira comissão de desaparecidos e trabalhou na elaboração da Lei de Anistia, acusou os atuais membros de buscarem “holofotes” e usarem “velhas bandeiras”, em vez de buscar o aperfeiçoamento democrático. Ele criticou, ainda, o que intitulou de “indústria das indenizações” - “porque sugou milhões de reais do contribuinte” - e defendeu o fim dos pagamentos.

O general não deveria reclamar. Aqui no Brasil estamos discutindo o direito meramente à indenizações pecuniárias. Se estivéssemos na Argentina ou na Espanha muitos dos que ele defende seriam levados, merecidamente, ao cárcere. O nosso jeitinho deixou a todos os que torturaram e assassinaram sob a égide de defesa do Estado livres, leves e soltos. Alguns posam até de democratas e de amigos do presidente da República.

Alguns ainda acham que a discussão sobre o assunto é perseguição. Há canalhas da grande imprensa que defendem este ponto de vista.

Essa é para os que gostam de uma boa mesa

Banquete na selva para Adrià

Liana Sabo/CB
Não é novidade que o espanhol Ferran Adrià, em sua próxima visita ao Brasil (ele já esteve aqui há 10 anos), prevista para este domingo, pediu para conhecer a culinária da Amazônia, que utiliza ingredientes sobre os quais ele muito ouviu falar e cujos sabores ele está ansioso para sentir. O que pouca gente sabe, porém, é que quem vai apresentar o megachef catalão ao surpreendente reino da gastronomia da selva é nada mais nada menos do que o modesto chef brasiliense Francisco Ansiliero. Auxiliado pelo amigo, gourmet e biólogo Marco Veronese, que se considera “fiel paneleiro”— cozinheiro não tem escudos e sim panelas, justifica — Ansiliero será o responsável pelas refeições que o maior cozinheiro do mundo fará durante quatro dias, de 9 a 13 de novembro, na Ilha de Mexiana, paraíso ecológico de 100 mil hectares localizado na foz do Rio Amazonas, entre o Pará e o Amapá.

O convite partiu do empresário amazonense José Rebelo, cuja família é proprietária da ilha, onde mantém, além de um hotel no estilo marajoara (Marajó Park Resort), criatórios naturais de vários produtos locais – especialmente o pirarucu que Francisco Ansileiro importa para seus restaurantes em Brasília –, além de prestar in loco consultoria ao projeto de manejo sustentável. Lá, também há jacaré, tartaruga, capivara, pato e outros animais exóticos — todos eles com o certificado legal (selo verde), que atesta serem criados em ambiente rigorosamente sustentável e ecologicamente correto.

Por tudo isto, nada mais natural, considerou o anfitrião, que convocar o chef-consultor brasiliense para elaborar toda a comida que será oferecida ao grupo gastronômico. Dele farão parte Ferran e sua mulher, o chef basco Juan Mari Arzak, proprietário de restaurante homônimo em San Sebastián, norte da Espanha, e o chef paulista Alex Atala e a mulher, Márcia Lagos. No cardápio, o genial catalão e o não menos importante chef basco, ao invés de espumas e desconstruções moleculares, vão saborear pato ao tucupi, sete preparações diferentes de tartaruga, capivara assada, moqueca de jacaré, pirarucu na brasa, além de doces, frutas, temperos e bebidas típicas. Nos intervalos dessa festança, Adrià revelou que pretende pescar.
(Fonte: CB).

E aí. Ficaram com água na boca?

O Amor É Cego, Mas Vê

Um maradonista sentiu-se ofendido por chamar-se aqui o ídolo de gorduchinho. Ia bem na crítica até que confundindo o técnico brasileiro com o atual argentino, Diego Maradona, enveredou pelo caminho da ofensa. Claro, não foi publicada em respeito à política deste blogue.
Ao anônimo três conselhos: i) não te acanhes de assinar teu nome, por que não há mal algum em ter opinião contrária ao blogue, exceto quando o visitante decide ir pelo caminho da esculhambação infantilóide ou do achincalhe moral; ii) como és brasileiro e geneticamente ligado ao futebol recomendo que lembres do depoimento de teu ídolo portenho, veiculado no Fantástico, em que confirma haverem dopado jogador da seleção brasileira na copa do mundo de 90, para favorecimento da Argentina; e iii) se ainda assim permaneceres empedernido em teu amor cego a El Pibe, nada temos a opor. Antes, quem sabe, façamos aqui uma vaquinha para que te mudes para a Argentina e ali passes a frequentar a Igreja Maradonista.
Resumo da ópera: ser gênio em futebol, arte culinária ou o raio que o parta nada tem a ver com caráter.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A Sangue Frio

O blog Página Crítica, sob o título acima, conta mais uma história de horror na saúde pública da capital paraoara:

O pequeno Isac Gabriel Barbosa, de um ano e sete meses, morreu ontem no Pronto Socorro do Umarizal, no centro de Belém, depois de quase 24 horas de agonia. A família denuncia que faltou atendimento adequado e que seu quadro de saúde foi agravado pela ausência da médica especialista, que faltou ao plantão, e até de equipamentos elementares para a retirada de um caroço de açaí alojado na garganda da criança desde a manhã da terça-feira (29).

Alguém tem alguma esperança de que os culpados - de todos os níveis e patentes - sairão mais uma vez impunes?

Um anônimo, no blog, comenta a postagem da seguinte forma:

Fazer o que, se o principal responsável acabou de ser re-eleito? É daí pra pior!

Bola levantada, bola cortada. Alguém teria uma conclusão diferente?

À sombra de uma chuteira imortal



Disse Nelson Rodrigues que cego, no futebol, é aquele que só enxerga a bola. Tinha razão, dentro e fora das quatro linhas, vide os dirigentes do nosso sacrificado futebol paraense.

Mas não venho aqui falar do nosso hoje tosco ludopédio. Quero prestar homenagem a um artista da bola, o segundo maior de todos (don’t cry for us, Argentina: temos Pelé; um biltre, porém um gênio), que se esquivava de seus marcadores enquanto outros os botinavam. O último romântico do futebol – de vida torta, hábitos reprováveis, mas inegavelmente um mágico dos gramados – possuía olhos por todos os lados. Cego não era; muito pelo contrário.

Vi o gol do vídeo acima ao vivo, pela tela da TV. Tinha eu quatorze anos de idade, que nem Paulinho da Viola quando seu pai quis lhe impor ser filósofo, médico ou engenheiro; como vários outros da minha idade, pensei em ser jogador de futebol. A vida impôs-me o Direito. Não nego, gostei da escolha. Poderia até ser um Dunga da vida, mas desisti no exato momento em que esta bola, após doze toques e cinco súditos deixados para trás, entrou no gol da Inglaterra, em 1986. Não iria agüentar um sucesso meramente relativo, nesta área tão infensa a paixões. A meta era Maradona, mas Maradona – como Pelé, aliás – era inatingível.

Hoje, El Pibe completa 48 anos. A propósito, nosso confrade Itajaí invocou, em post abaixo, a nova profissão de Diego Armando Maradona. Nada mais em sua vida será comparável ao que ele fez com a camisa 10 da seleção argentina.

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Corrigido às 12:41hs:

Tadeu, nosso querido leitor, corrige-me com razão. Maradona é o 3o melhor. Antes dele, está o imortal Garrincha.

Priante falou

No blog Espaço Aberto, do jornalista Paulo Bemerguy, Priante expõe os motivos, segundo seu entendimento, da derrota eleitoral para Duciomar Costa nas últimas eleições para prefeito de Belém. A entrevista completa pode ser lida aqui.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Viva Para a História

Do encontro de dois mestres, surgiu essa obra de arte; a Casa Cavanelas projetada por Oscar Niemeyer com jardins de Burle Marx. Contudo no país do descaso para com o patrimônio histórico, foi descoberta abandonada pelo atual proprietário, que a reviveu para os olhos da atualidade. Detalhes dessa jóia arquitetônica estão aqui.

Fundo soberano

O embate de agora pouco.

Contra

Deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA). O Democratas quer apenas dar uma notícia. O Governo falou muito em soberania e ainda manda aqui aprovar um fundo soberano. Quando eram oposição, toda vez que se ia tomar recursos ao FMI, Fundo Monetário Internacional, organização, portanto, que não pertence a País nenhum, eles falavam que estávamos abrindo mão da soberania.
Hoje eles tomaram 30 bilhões nada mais nada menos que ao Tio Sam. É porque o Governo não está bem das pernas, senão não abriria mão da soberania. Quando se pede dinheiro a alguém, se deve favor a quem empresta. Portanto, o Governo brasileiro hoje deve favor ao Governo americano em 30 bilhões.

Deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ouvi aqui apelos de parte a parte. Parte da Oposição e da situação, para que se alguém entender bem vota a favor. Se alguém entender mal eu desisto. Eu acho que não.
Há duas concepções diferentes em presença, e é bom que seja assim, que a gente discuta as posições, dispute e vote.

Para dizer a verdade, ando meio saturado desse negócio de consenso. Temos de ter disputas. E aqui está um caso de disputa claro, uma disputa em torno de uma concepção, como é que os lados em que se divide o País, do ponto de vista da opinião pública, estão se posicionando em relação a esta crise.

Não vale mais o argumento de que se está contra o País e que se quer prejudicá-lo, se é mais ou menos patriota. Não se trata disso, trata-se simplesmente de entendimento diante do quadro aí colocado, um quadro gravíssimo, de uma crise que vem de fora para dentro. Mas o fato de ela vir de fora para dentro não significa que ela é menor, ao contrário, é mais grave ainda.
Quando estudamos o que são os fundos soberanos, é óbvio que o que estamos discutindo aqui pode ter qualquer nome, menos o de fundo soberano. Amanhã, se for criado um clube dos fundos soberanos existentes no mundo, e aqui no Brasil tivesse sido aprovado o fundo soberano, é óbvio que o Brasil não seria aceito como sócio. Já foi mencionado aqui. O Brasil não tem superávit nas transações correntes, ao contrário, é deficitário.
Ainda hoje, no jornal Valor Econômico, Affonso Celso Pastore, (leia a entrevista aqui) um dos grandes economistas, mostra que o nosso déficit é da ordem de 20 bilhões de dólares, mas se anualizarmos os últimos 3 meses veremos que vai para 35 bilhões de dólares, 40 bilhões de bilhões de dólares. Como se cria um fundo soberano com esse déficit nas transações?

Segundo, não temos estruturalmente superávit primário nas contas públicas, superávit nominal, temos superávit primário, mas temos déficit nominal. Então, as condições para o Fundo Soberano não estão dadas, trata simplesmente disso. Não há outra argumentação. Isso foi enviado para cá no momento em que se falava no pré-sal, como se o dinheiro estivesse ao alcance da mão. Saiu o pré-sal de pauta e se mantém o marketing (...)

A favor

Deputado José Genoíno (PT-SP). Sr. Presidente, o nosso Governo vem travando uma luta para destravar o crédito, para fazer um acordo entre bancos e empresas sobre os prejuízos da especulação, estabilizar a taxa de câmbio — espero que o COPOM não aumente a taxa de juro — e garantir os investimentos públicos, que são fundamentais para que a crise não atinja as massas populares e os trabalhadores.

Dentro desta visão, a nossa proposta do Fundo Soberano age exatamente como mais um elemento para contribuir, além das medidas que o Governo já adotou, para dar esse instrumento em relação à diversificar as aplicações de moeda estrangeira no exterior, maiores rendimentos dos recursos em moeda estrangeira, estabilizar as receitas fiscais, reduzir os efeitos das divisas sobre a taxa de câmbio e dar maior transparência à gestão das reservas internacionais. Portanto,o Fundo Soberano é mais um elemento importante desta política.

Por isso, Sr. Presidente, nós encaminhamos favoravelmente a esse projeto e a essa proposta. É mais uma medida para diminuir os efeitos da crise internacional, na área do crédito, que chega ao nosso País. O Governo está agindo corretamente, e os efeitos positivos começam a aparecer.
Muito obrigado, Sr. Presidente.

É esse o clima beligerante de parte a parte entre governo e oposição que estou acompanhando aqui na Câmara para a aprovação do projeto que promete entrar pela noite.

O Plenário continua na fase de discussão do Projeto de Lei 3674/08, que cria o Fundo Soberano do Brasil (FSB) com recursos excedentes do superávit primário.

A matéria já conta com substitutivo do deputado Pedro Eugênio (PT-PE), pela Comissão de Finanças e Tributação.

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Atualizada as 6:00.

O Fundo foi aprovado e ainda será votado destaques hoje e na próixima terça-feira, seguindo posteiormente ao Senado e é lá que a disputa ficará ainda mais emocionante.

Essencialmente abusados

Ok que qualquer empresário trabalha para obter lucros, mas, daí achar que a clientela assina em baixo o papel de trouxa já é demais!

É exatamente isso o que está ocorrendo com os abusadíssimos preços cobrados por exploradores contumazes dos usuários nas lojas espalhadas nos aeroportos de todo o Brasil.

A porcaria de um mixto quente -- magrinho -- com um copo de café com leite e uma garrafinha de água mineral por R$ 17,50 é nada menos que roubo. Tudo praticado num espaço de concessão público através da chancela do Infraero.

Pior é que não há opções para escapar da cilada. Geralmente a birosca mais perto está há vários quilômetros de distância do aeroporto das grandes cidades.

Panela de Barro

Capa da primeira edição (1947)

Argentina, Futebol e Pipocas

O gorduchinho Maradona aceitou ser o técnico da seleção argentina. Nenhuma surpresa. Todos sabemos El Pibe adora se meter em confusões. Pelo menos não contrate esse pipoqueiro portenho que é sucesso na blogosfera. Como dizia um antigo bordão humorístico: o que é a natureza!

Cinismo...

... ou bebedeira: só isto pode explicar a nota do re-prefeito, no O Liberal de hoje.

Alta Rotatividade

Walter Amoras, secretário adjunto da SESPA, caiu. Assume o lugar Daniele Cavalcante, também com experiência no SUS, pois trabalhou com Edmundo Gallo na SESMA e na secretaria executiva do Ministério da Saúde. É a terceira substituição nesse cargo em dois anos de governo.

Chamaram o Síndico

Recebo notícia de que haverá reforço ad hoc na área da saúde da governadora Ana Júlia. O escolhido está entre os melhores petistas locais em termos gestão. Que alcances êxito ao contribuir para a boa rota desse trem, amigo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Battery Park (NYC)


Memorial ao 11 de setembro.

Este post, foi feito apenas para testar um aplicativo gratuito do iPhone, que se propõe a publicar qualquer fotografia direto no blog ou no Flickr. Chama-se Shozu. E ele funciona, muito embora, adicione um desconfortável ícone ao post (que já foi retirado).
De qualquer modo, na imagem, vemos uma esfera de aço que ficava na praça situada entre as 2 torres do World Trade Center. Ela sobreviveu a hecatombe do desabamento das torres. Foi retirada em meio aos escombros e transferida para o Battery Park, criando o memorial.
Clique na imagem para ampliá-la.

Notícias do Babá

Babá tomou bomba como candidato a vereador pelo PSOL no Rio de Janeiro. O ex-deputado federal petista da bancada do Pará obteve nesta eleição um outrora impensável 0,025% dos votos, ou exatos 8010 minguados votos. Porém, a legenda Socialismo e Liberdade, ao contrário do lastimável desempenho em Belém, conquistou um assento na câmara carioca.
Elegeu Eliomar Coelho, número 50.000, em 36 o. lugar com redondos 15.703 votos. O engelheiro Coelho (67 anos) é um ex-petista de quatro legislaturas, que nasceu em Curemas-PB e hoje é tijucano da gema. Notabilizou-se por sua luta em defesa do patrimônio público, em que foi destaque sua bem sucedida interferência de levar a pique a instalação do Museu Guggenheim no Rio de Janeiro.
Considerando que na coligação PSOL-PSTU Babá foi o mais votado, é lhe garantida ao menos a consolação da suplência.

Fora da Hora, Fora de Moda

Finalmente alguém conseguiu resumir a cor das bandeiras de Duciomar Costa: amarelo cutiti - mais enjoativo impossível.
O criticado nem se incomoda. Ô gente sem timing!

Perdidos no Espaço

Perigo! Perigo! Sanitaristas olham com preocupação para o Rio de Janeiro. A indicação de um médico com experiência exclusiva na área privada como futuro secretário de saúde do município é encarada como temerária para a integridade do SUS. É temido que se consolide um eixo privatista na saúde pública no eixo Rio-São Paulo, o que serviria de cabeça de ponte para outras aventuras em outros estados ou capitais da federação. A esperança da categoria, que entrou dividida entre Gabeira (PV) e Eduardo Paes (PMDB) , era que o prefeito pemedebista eleito nomeasse a aliada Jandira Feghali, ex-deputada federal (PCdoB) e ex-presidente do Sindicato dos Médicos do RJ para o cargo. Não foi ouvida, cheirada, muito menos convidada.

Marcial

, raios e trovões nesses dias estão chegando. Com eles os barões, que marcharão unidos até a sala do trono... Sem erro que a cobra vai fumar!

No campo

Da newsletter do Migalhas, sob o título acima

Duas equipes do ministério da Agricultura foram mobilizadas para tentar solucionar aquele que promete ser o maior problema brasileiro em 2009. Estamos no fim de outubro, e os 30 maiores plantadores de grãos (que estão em GO e MT) não estão se mexendo para o plantio. Nos últimos anos, eles vêm sendo financiados pelas grandes empresas (multinacionais) que, diante do cenário, não estão comprando antecipadamente a produção. E mesmo porque ninguém sabe qual será o preço do produto, o qual não pára de cair. Afora a queda das commodities, o preço dos insumos é em dólar. Ou seja, esticou-se a corda dos dois lados. O produtor, no meio do furdunço, nada pode fazer. Assim, ou o governo se mexe, ou em 2009 teremos a pior safra agrícola. Melhor dizendo, para não fugir do enredo, nunca antes na história desse país.

Se o cenário se definir realmente neste sentido, haverá certamente um refluxo das invasões e protestos dos movimentos de sem-terras. Afinal, declarar as multinacionais vilãs se tornará muito mais fácil. A não ser que se considere 2010 e o custo que isto poderá ter para a candidatura de Dilma Rousseff.

Quanto à marola, esta só faz crescer.

Agora é sério



Depois da Asus, Acer, Dell e HP agora é a vez da Toshiba lançar seu netbook.
Trata-se do NB 100 que foi lançado no japão na semana passada. Ainda não há previsão de sua chegada nos EUA. Menos ainda por estas bandas. Mas já se sabe que seu preço sugerido será de cerca de 400 EUROS!
Uma impressão pessoal minha. Difícil mesmo, vai ser encontrar estes bichinhos pelo mesmo preço de lançamento do Asus EeePC original. Pelo jeito, todos eles vão acabar chegando por aqui por preços entre 1300 a 1800 reais. Se não forem maiores, tendo em vista a crise econômica mundial e a alta do dólar.
Leia mais no Fórum PCs.

Enquanto isso, em Cupertino, Steve Jobs diz que iPhone é o netbook da Apple.

Google Earth agora para o iPhone


Google Earth no iPhone.


Teatro da Paz (Belém) no GE do iPhone.

Mal falávamos sobre o uso do iPhone como computador de bolso no post anterior, eis que surge mais uma espetacular aplicação para o "bombado" da Apple. Deu no The New York Times e no Google Blog.
O Google Earth agora pode ser instalado nos iPhones. E sua funcionalidade é simplesmente inacreditável. Lembrando que o iPhone 3G está equipado com um GPS, o leitor pode então imaginar como pode ser útil o Google Earth em um equipamento móvel, que ainda por cima, é um telefone. E quase todas as camadas de informações normalmente disponíveis no software original para computadores, também estão plenamente acessíveis na pequena tela do iPhone. Sendo assim, as imagens do Panorâmio e os verbetes da Wikipedia estão ao toque de um dedo.
Veja o vídeo abaixo em que o Google Blog apresenta seu grande lançamento.



E se você já possui um iPhone 3G e quiser baixar agora mesmo o Google Earth através da iTunes Store, clique aqui. Observação: é necessário possuir uma conta na iTunes Store dos EUA. Se você ainda não tem, clicando aqui, poderá resolver este pequeno problema.

Sem Perdão

O Liberal de domingo tripudiou sobre a derrota pemedebista em Belém. Na Coluna Repórter 70.

O iPhone como computador de bolso

O iPhone desde a última atualização de firmware (que coincidiu com o lançamento do iPhone 3G), definitivamente deixou de ser apenas um telefone pra lá de "bombado", para se transformar em um computador de mão. De fato, desde então, em sua loja de aplicativos no iTunes, inúmeros aplicativos começaram a surgir, trazendo novos ventos a idéia original do gadget da Apple. Alguns, ridiculamente inúteis. Outros, de enorme valor, e além do mais, inteiramente gratuitos.
É o caso do Epocrates, lançado quase que simultaneamente com o iPhone 3G, tendo sido inclusive utilizado como exemplo na própria keynote de lançamento por Steve Jobs.

Trata-se de um software velho conhecido dos profissionais da área médica. Com efeito, ele não é de forma alguma nenhuma novidade para os médicos usuários de palmtops. Já existia desde os primórdios para a plataforma Palm, sendo em seguida, desenvolvido para o Windows Mobile e até para o Blackberry. E foi com alegria que o descobri disponível para o iPhone.
Vejam então, a imensa utilidade deste software.

Através da tela inicial, aparentemente simplória, ninguém pode imaginar o enorme poder deste aplicativo. Veja que há uma caixa de pesquisa na parte superior, onde devemos digitar o nome farmacológico do medicamento que desejamos pesquisar. Na parte inferior, vemos 5 botões. O primeiro vem habilitado por default quando abrimos o aplicativo: drug search. Os demais, vão fornecer mais informações assim que encontrarmos o medicamento na base de dados do aplicativo, entre elas: interactions (interações medicamentosas), pill id (fotografia do medicamento), Updates (atualizações da base de dados de medicamentos) e um Help (ajuda). Basta então digitar na caixa de pesquisa o nome farmacológico da droga que pretendemos pesquisar.

No exemplo ao lado, digitei "clopidogrel" (uma droga de importância no tratamento das Síndromes Coronarianas Agudas). Num passe de mágica, eis que surgem as valiosas informações que todo médico pode precisar para prescrevê-la a seus pacientes. Nome de Fantasia, apresentações, indicações e doses, ajustes terapêuticos para pacientes especiais (insuficiência renal, gravidez, lactação, insuficiência hepática, etc), além de outras detalhadas informações. De posse destes dados iniciais (que não são poucos), você em seguida, poderá clicar no botão Interactions e obter informações sobre interações medicamentosas. No pill id, você tem uma fotografia da apresentação do medicamento pesquisado. Isso pode ajudar quando o paciente não sabe informar o nome do medicamento que toma, mas se lembra da aparência ("Doutor! É uma pilulinha verde"). Mas quanto a este recurso, não temos informação de que a indústria farmacêutica utilize os mesmos perfis de fabricação de comprimidos e drágeas em todo o mundo. Cabe portanto, alguma cautela ao utilizá-lo.


Trata-se obviamente de uma versão inicial para o iPhone. Ela ainda é incompleta se compararmos as versões já produzidas para outras plataformas, que além da base de dados de medicamentos, ainda possui algumas outras funcionalidades como uma poderosa calculadora médica, alguns algoritmos de tratamento de emergências como ACLS, ATLS, entre outros dados de máxima importância à prática da medicina de urgência.

Em suma, o epocrates é um verdadeiro canivete suíço para os médicos. Pessoalmente, já o utilizo há bastante tempo, desde a época do primeiro Palm. E posso afirmar que tem valor inestimável, além de trazer segurança a prática clínica diária. Pena que tenha um calcanhar de aquiles: é todo baseado na farmacopéia americana e não possui tradução para o português. E o usuário deve considerar isso durante seu uso. Os nomes de fantasia dos medicamentos, em sua maioria, são bastante diferentes dos nomes adotados no Brasil. Contudo, no exemplo acima, tal não aconteceu em relação ao clopidogrel. Mas acontece com muita frequência em relação a outras drogas, o que o médico deve levar em conta ao utilizar o aplicativo. Serve para nós brasileiros, como uma utilíssima base de dados farmacológicos. Mas deve ser utilizado com cautela, apenas como recurso de consulta e referência. Nunca como única fonte de conhecimento para a prática diária. Não substitui portanto o contínuo acesso a literatura científica internacional, à luz da medicina baseada em evidências. Esta sim, deve ser a boa fonte de onde buscar as informações mais atualizadas e confiáveis. De todo modo, não podemos deixar de recomendar o epocrates, como fonte emergencial de informações para aqueles momentos em que você precisa de um dado crítico e não tem disponível o acesso a web ou ao compêndio de farmacologia preferido.

Lembro que para quem tem acesso a web, o epocrates tem uma versão online com a mesma funcionalidade do aplicativo móvel. Basta preencher um formulário, obter login e senha e acessar a base de dados gratuitamente de qualquer computador.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PGE publica edital de novo concurso público

Uma notícia aos interessados: a Procuradoria Geral do Estado abre, a partir da próxima quarta-feira, 29/10, inscrições para o concurso de procurador do Estado, classe inicial. São cinco vagas. A remuneração de início de carreira, com dedicação exclusiva, é de cerca de R$ 11.000,00.

O edital do concurso pode ser obtido aqui.

Futurologia ao Tucupí

Fonte: Universo On Line
Duciomar Costa finalizará o mandato de prefeito de Belém nos próximos quatro anos? Quem observa a política paraense com lupa arrisca um palpite em contrário. É o seguinte:
Em 2010, o petebista tranpolinará para o Senado Federal com o apoio dos tucanos. Nessa altura, Simão Jatene, livre da influência de Almir Gabriel no Pará, disputará o governo do estado e perderá para Ana Júlia. Enquanto isso, na PMB, seria reeditada a receita paulista Serra-Kassab. Anivaldo Valle assume e vai cumprir 0 restante do mandato até 2012, quando se candidatará à reeleição. A menos que o PSOL cresça e apareça, ou que o PT tire do caldeirão algum nome que supere os traumas internos e tenha ressonância na sociedade, o ambicioso Anivaldo Valle terá melhores chances de reeleger-se.
Em 2014 com Anivaldo Vale na prefeitura, um serelepe Dudu desce do planalto para ser vice de Jatene na disputa pelo Palácio dos Despachos. Por força de lei, Ana Júlia não será mais candidata e se não tiver candidato elegível no PT ou no PMDB, babau, entrega o poder àqueles que são bem mais que dois amigos, segundo o Diário do Pará de hoje. Por outro lado, caso a chapa PTB-PSDB seja mal sucedida, o senador paraense nada perderá. Como bom eleito das graças, retornará calmamente para a sinecura sem nenhuma perda, sonhando com a gorda aposentadoria dos senadores.

domingo, 26 de outubro de 2008

Votos Partidos

Votos para prefeito no segundo turno. Fonte: Universo On Line.
Nem bem terminaram as eleições municipais e o PSDB comparece com mais uma de suas pegadinhas ao estilo faustão. Dizem os tucanos numa indireta para Lula que o resultado das urnas dão um recado a quem pretende permanecer no poder.
Como eleitor estou pensando se o PSDB quando indicou Serra para suceder FHC em 2003 pensava assim; ou quando Almir Gabriel no segundo mandato indicou Jatene, que indicou Almir para sucedê-lo em 2006! Ve-se que tal análise política, anunciada com o dourado fácil das elocuções vazias, sofre dos males da interpretação política de ocasião, puída pelo afã de se colar, colou.
Mas histrionice e outros ices não se acomodam facilmente. Hoje FHC abusou da ribalta na Folha de São Paulo: não aguento mais as pessoas ficarem me perguntando se eu serei candidato, desabafou. E eu conclui: Só se for quem frequenta a DASLU!

Reeleições por todo o país

Bertolt Brecht devia estar com muita raiva quando escreveu o seu celebérrimo poema "O analfabeto político", que transcrevo abaixo. A linguagem furiosa não sugere uma simples contundência de opinião, mas um protesto individualizado.

Neste exato momento, o prefeito reeleito de Belém deve estar dando estrevistas com aqueles chavões pra lá de conhecidos, com ênfase em ter sido "absolvido pelo povo", o único juiz que interessa, após ingentes sacrifícios e de lutar quase sozinho (não fosse o mesmo povo), contra todas as imensas forças opositoras. É o triunfo da verdade e da justiça!
E o pior é que, em certo sentido, ele tem razão. Reeleger é legitimar todo o mal feito. Por isso ele não deveria ganhar um novo mandato. Mas se o povo brasileiro soubesse votar... Bem, deixa pra lá.
Brasileiro adora reeleger. Pode ser o bandido que dor, acaba reeleito. Convenhamos, raras são as exceções. Um monte de prefeitos se reelegeu já em primeiro turno e agora, no segundo, a tendência apenas se confirmou. Nas capitais, 20 candidatos disputavam a reeleição e 19 conseguiram. Para um resultado desses, o segundo turno se torna apenas uma postergação exaustiva e caríssima, para os cofres públicos, de uma tragédia já esperada. Isso, claro, abstraindo as boas e merecidas reeleições.
Parabéns aos vitoriosos. Aceito tranqüilamente que comemorem a vitória nas ruas e nos blogs que combateram acirradamente o grande estadista fabricado há poucos anos pela dobradinha PSDB-DEM (é, d. Luzeni, aceite isso também, sem protestar, pois é a verdade). Comemorar é direito inalienável dos vitoriosos. Comemorem, inclusive, o fato de não podermos dizer que quem ri por último ri melhor. Afinal, ninguém rirá no desfecho deste drama. Pode escrever.
Esta é a crônica de uma morte anunciada e não há nenhum García Marquez para transformá-la numa obra de arte. Afinal, ninguém faz um segundo mandato melhor do que o primeiro, quando já não se pode reeleger, sobretudo quando o seu partido não tem nenhum nome a oferecer para a sucessão. Esta é uma crônica meramente jornalística. E das páginas policiais.
Pode escrever.



O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

PS - Brecht criticava as pessoas que dizem não gostar de política. Não sei se essas são piores do que as que se interessam e fazem o que fazem. O famoso dramaturgo e poeta alemão não conhecia o Brasil. Se conhecesse, saberia que aqui temos matéria prima para ressignificar a sua obra.

sábado, 25 de outubro de 2008

Um resgate





Já que os flaneur´s estão de folga hoje, certamente curtindo o recato de suas casas de praia e campo, resta-me aproveitar o terreno vazio e engrenar o 3.o volume, movido pela vontade de prestar uma homenagem: resgatar o nosso Elton John do samba brasileiro.

Uma sábia frase ocorreu-me de bate pronto: levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Um inside que enseta uma história triste.

A referência de memórias em questão tem como endereço o cantor, instrumentista e excepcional compositor Benito de Paula, assolado, até hoje, pelo martírio das drogas: cocaína!

Faço-o por um motivo muito simples: conheço de cor e salteado todas as músicas de de Paula. Todas, em minha modesta opinião, lindas. Adoro-as.

Gravei nos neurônios numa temporada de 30 dias numa casa a quatro passos da Fonte do Caranã, no balneário de Salinópolis (PA) as músicas de Benito. Jamais as esqueci. Tinha 10 anos de idade e as escutava num gravador Phillips.

O senão dessa história é ainda mais triste e tem como protagonista a TV Record de São Paulo.

A rede daquele que se considera o interlocutor de Deus na terra, protagonizou uma das mais constrangedoras cenas que jamias vi. Não entrarei em detalhes, porém, registro o meu protesto à essa nefasta forma de conquista de audiência.

Resumindo: humilharam Benito de Paula.

Ao contrário dos vendilhões de almas, eu façao com muito orgulho o resgate desse gênio atormentando do samba brasileiro que introduziu o sofisticado arranjo pianístico à um gênero que apesar de popular, gerou, soube depois, narizes torcidos de críticos musicais que usam a idefectível gravata borboleta.

Curtam a minha homenagem ao Elton John do samba brasileiro.

P.S.: A arte-criação dos bolachões é de autoria sob minha supervisão do melhor webdesigner de Brasília. O nome dele é Dgeison e é um cara fora de série. Trabalhamos juntos há três anos e o amigo me surpreende pelo talento a cada dia de nossa rotina.

Tem dose dupla hoje





Já que você engatou a 2.a, ouça!

Destaco três canções das quais estão na minha lista das melhores de todos os tempos em terra brasilis. Ângela Maria e Peri Ribeiro na ode à Nossa Senhora; Roberto Carlos, Sérgio Reis e o genial pantaneiro Almir Sater num encontro emocionante para executar, cantar e encantar o tema para o Rei do Gado e finalizando, um encontro das estrelas com Milton Nascimento e Maria Rita Mariano para "Voa Bicho".

Lembrem-se que Milton e Elis eram completamente apaixonados musicalmente e é emocionante constatar o mesmo timbre de voz herdado pela filha: coisa rara mas que nos faz acreditar em Deus cada vez mais, e nas explicações genéticas, of course.

Mas para não ser excomungado, destaco ainda, a mais proficiente parceria da música popular brasileira com Toquinho e Vinícius de Moraes acústico, num raro Lp gravado na Itália que registra o set list dos show´s que a dupla fazia mundo afora. Lindíssimo!

O set list você pode conferir aqui.

A seara é imensa. Confira um documentário sobre a música armorial nordestina.

-- Espero que gostem.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Flanando na música popular brasileira




Divulgação






















O casal acima é revelador do que pensei para iniciar o 1.o volume do Flanar Música Popular Brasileira.

Trata-se de uma raridade o encontro entre Clara Nunes a cantar e o ator Paulo Gracindo a narrar uma linda história de amor verídica entre o jornalista Antonio Maria e Dolores Duran.

Paulo Gracindo ao lado de uma então revelação que conquistaria todo o Brasil, tira logo de cara, uma lasquinha na própria foto do álbum ao repousar, de maneira "inocente" o polegar sobre a protegida.

Noves fora a observação machista refiro-me à inesquecível baiana Clara Nunes. Filha, neta e tataraneta de todos os Santos e Santas da crença brasileira; nos deixou precocemente em razão de uma barbeiragem médica até hoje envolta numa cortina de fumaça, e isso é uma outra conversa que não vem ao caso.

O que importa é que Clara era na época "apenas" uma esforçada e muito talentosa cantora de "inferninhos" no Rio de Janeiro.

Deixemos então essa questão e vamos à seleção aqui reunida, que representa parte de minha relação com aquela que considero a maior de todas as artes: a música.

– Eclética como um tabuleiro de xadrez. Pertubadora como as melhores e duradouras paixões.

A proposta do Flanar Música Popular Brasileira volume 1, facilmente migrou para o volume 2. Acreditem!

Escrevo essas linhas às 21:42 após retornar com Lúcia de um compromisso social e acho que fecho nesse passeio pelo cancioneiro brasileiro, várias das escolas que realmente me tocam coração e razão.

– Dito isso. Espero que aproveitem e sugiram à este blogger alternativas outras que não essas.

Ao confrade Itajaí. Atenderei com prazer a sugestão de enfileirar quem toca o quê, numa posterior edição do que já está publicado. Um desforço igualmente prazeiroso, pois bem.

Os comentários farei a medida das manifestações que porventura surgirem na caixinha de comentários do blog. Será, novamente, um privilégio; compartilhar impressões, absorver opiniões... Enfim, aprender. Sempre aprender.

E chega de papo. Engate uma 2.a e ouça o Flanar MPB Vol.2, lá em cima.



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Atendendo ao pedido do companheiro Itajaí de Albuquerque, você pode conferir o set list deste arquivo aqui.

Sensação das arábias


Rania Al Abdullah (Imagem: G1)

Esta senhorita, de 38 anos, 4 filhos e nome incomum, vem fazendo muito sucesso na web.
É uma rainha de verdade e tem até sítio oficial e verbete exclusivo na Wikipedia.
Além disso, trata-se de uma senhorita algo engajada.
Veja o que ela diz neste vídeo do You Tube.



Não é sensacional? Com todo o respeito?

Song to The Siren

Tim Buckley foi um manancial de sensibilidade criativa. Transitava com facilidade pela folk song, country music, blues, jazz e pop music. Dono de um belíssimo timbre vocal, jovem deixou-nos em decorrência de uma overdose de heroína-morfina. O legado de sua breve e profunda obra musical desperta admiração ainda hoje.
No vídeo Tim Buckley interpreta uma de suas mais belas composições, Song to The Siren, composta enquanto tomava o café da manhã. Trata-se de um registro raro, gravado para o programa dos Monkees.

iPod ainda é uma criança



7 anos, precisamente no dia 23 de outubro, Steve Jobs (ainda em boa aparência física e vestindo a tradicional T-Shirt preta com jeans) lançava um aparelhinho que iria mudar a indústria de entretenimento.
Na época, possuía míseros 5 gbytes de capacidade e vangloriava-se de ser do tamanho de um baralho. Mas era lançado como ultra portátil e transferia 1ooo músicas de seu computador em 10 segundos através da porta firewire (também desenvolvida pela Apple). Naqueles anos, a porta USB 1.0, transferia as mesmas 1000 músicas em 5 horas.
Pesava menos de 200 gramas mas, era bem mais pesado no bolso: 400 dólares.
Lembrem-se: crianças morrem cedo na área de tecnologia. Ele já está é ficando meio velhinho.

Para acalmar o coração



The Cinematic Orchestra é uma banda inglesa formada por instrumentistas de primeira, de formação jazzística, liderados pelo fundador Jason Swinscoe, que criou o projeto em 1990.

Descobri a Orchestra certa vez, ao voltar para casa ouvindo o som do carro. Na UNAMA FM (recomendo vivamente!) tocava uma canção lúgubre, com um canto lamentoso, acompanhado de um piano em tons graves e menores. Algo bem melancólico, muito a meu gosto. Parei o carro para anotar alguns trechos da letra e depois procurar a tal música no Google, como sempre faço. Encontrei então o disco Ma Fleur, criado pelo Cinematic Orchestra ao modo de uma trilha sonora, com sons evocativos de passagens imaginárias de um filme. Grande parte das músicas é instrumental, mas alguns convidados cantam as canções mais bonitas da obra.

A música que tinha ouvido no rádio era To Build a Home, que foi aproveitada na trilha de um dos capítulos do seriado Grey’s Anatomy. A voz é do cantor Patrick Wilson.

A canção que escolhi para esta sexta-feira, porém, é Breathe, no timbre caloroso da cantora Fontella Bass. A gravação foi feita ano passado no Royal Albert Hall, em Londres. Uma belíssima viagem; ouçam e deliciem-se.

Bom final de semana a todos, bom voto (aos que votarão) e até segunda-feira.

Flanando pela TV na década de 60



Aproveitando o post Uma postagem inútil voltado para a infância produzido pelo Yúdice, não me contenho e trago à ribalta um velho símbolo. Uma série de televisão que me fazia enlouquecer. Largava tudo para ficar 1 hora (na verdade cerca de 40 minutos descontados os intervalos comerciais) grudado na telinha. Lamentava muito quando terminava com o indefectível "Não perca! Na próxima semana".
Com efeito, a série me influenciou tanto que minha "brincadeira de médico", era inteiramente baseada nela.
Mas existiam outros ícones da época como este aqui em baixo.



E as duas séries, passavam na mesma época. Sendo que uma à tarde e outra à noite. Sempre na saudosa TV Marajoara, do finado Alecrim.
Era chegar da aula, fazer o dever de casa e sentar em frente a tela da TV Admiral, ainda em P&B, curtindo cada minuto que passava.
Quer saber do que estou falando? Clica aí em cima, vai.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Uma postagem inútil

Corrigir provas por um tempo prolongado geralmente me provoca alguns efeitos esquisitos, além do previsível cansaço. É normal eu, sem nenhum motivo aparente, começar a pensar em um assunto qualquer, que até pode não ter relação com a minha rotina. Aí fico pensando nele, enquanto os papéis se sucedem. Coisa de louco, eu sei. Não me defendo.
Desta vez, pensei nos dois blogs que mantenho. Como sempre ocorre nessas ocasiões, acabam negligenciados. O Arbítrio é mais fácil de manter, porque tenho uma rotina de temas jurídicos nele. Aqui no Flanar, contudo, afastei esse tema de minhas postagens, para evitar concorrências em minha própria cabeça perturbada. E aí tenho que achar assuntos sofisticados, para concorrer com o elevado nível dos demais editores. Não é fácil, acreditem. Até para falar de amenidades, tais como um CD que escutei, p. ex., fica difícil, porque falar de música com essa trupe é me arriscar, ainda mais depois que o Val-André chegou.
Além disso, o cansaço mental aumenta a minha irritabilidade, potencializando as situações que me incomodam. Por isso, declarei guerra às eleições do próximo domingo, à crise econômica mundial e ao seqüestro de Santo André. Não suporto mais ouvir falar disso, já que me deparo com esses assuntos em qualquer jornal, na internet e na blogosfera, além das rodas de conversas. Não recrimino ninguém por se ocupar disso, claro. Só não estou suportando mais, pessoalmente. Então não posso mais falar sobre isso.
Diante dessa conjuntura amalucada, resolvi fazer esta postagem estúpida para dizer que, quando criança, nos adoráveis, saudosos e breguíssimos anos 1980, tive uma paixonite pela Simony. Sim, aquela do Balão Mágico, que depois cresceu e virou mulher de traficante, expondo sua vida maciçamente nos programas mais pebas da TV. Essa mesma que implantou ouro no rosto, ainda novíssima, para manter-se livre das rugas, mas que hoje está bem enfraquecida, como diria um amigo.
Pronto! Eis aí um assunto em que ninguém pensou e sobre que ninguém está escrevendo: paixonites de infância. Isso é muito sério, ainda mais considerando que agora sou pai de uma garotinha. Todo mundo teve e todo mundo terá inúmeras paixonites na infância. Eu tive a Simony e a loirinha que se sentava perto de mim, na 4ª série. Houve outras, claro, mas essas foram as mais inocentes, que eu me lembre.
Se você também está tentando se desvincular um pouco de uma rotina exaustiva e se interessou por este tema boboca, aceita me dizer quem foi sua paixonite de infância?

Do apoio de Jordy a Priante

A respeito do post Após a queda, o coice, a blogueira Bia fez o seguinte comentário:

Caro Francisco,

como acabei de publicar no Travessia o que penso deste dia de domingo - muito melhor era a canção - fico ainda mais tranquila em vir aqui palpitar sobre a gangrena do pé do Deputado Arnaldo Jordy.

Não sou porta-voz do deputado, mas sou sua colaboradora. E amiga, Há décadas. Por isso, permitindo-me sempre divergir das pessoas a quem respeito, também me permito defende-las mesmo na divergência.

O tiro no pé ainda não tem autor, caro Francisco. Aliás, tem. Mas, não é o Deputado. Ainda que sem culpa, o povo de Belém atirou no dedão. Disse não a Duciomar, expressando-se nas diversas candidaturas, nos votos nulos, em branco e nas abastenções. Mas não escolheu muito bem quem capitalizaria essa decisão.

Você, eu, milhares de belenenses certamente poderemos dizer não aos dois, sob a forma do voto-não. Mas, ainda levo em conta se ao Deputado Arnaldo Jordy caberia portar-se como eu ou você.

O PPS fez uma opção e o deputado também, pois o sei disciplinado e coerente nas questões democráticas. E, para o bem ou para o mal, o segundo turno é da regra da democracia que construímos.

Torço para que o tiro no pé dado pela população não se transforme em gangrena, caro amigo. Que seja apenas uma coceira, um bicho-de-pé, não mortal, mas incomodo o sficiente para nos lembrar, a todos, que há muito ainda que avançar para que passemos da luta diária por direitos elementares - trabalho, casa, comida, um pouquinho de saber e de saúde - para o patamar da cidadania efetiva quando, certamente, Duciomar e Priante serão apenas parte da nossa história.

Um abraço. E bom domingo.

Sobre ele, Bia, teço o seguinte comentário.

Tenho um enorme respeito por você. Também o tenho pelo deputado, em quem já depositei a confiança em eleições passadas. Só não o fiz neste ano, inclusive, porque estava viajando no primeiro turno.

Em razão deste respeito é que me permito dizer, com franqueza, que o Jordy deu, sim, um tiro no pé. E não em um só pé, não; no pé de mais de 83 mil eleitores que o apoiaram no primeiro turno.

O discurso consistente da ética e do conhecimento dos problemas da cidade, inclusive sob o ponto de vista técnico, eram evidente monopólio do Jordy. Só ele, dentre os candidatos (com exceção feita, sob este campo, da querida Marinor), não tinha seu nome envolvido, diretamente ou por proximidade, em acusações de má-versação de dinheiro público. Só ele mostrava conhecimento do orçamento municipal suficiente para garantir fundos para as propostas que apresentava. Só ele tinha o know-how até certo ponto desinteressado, obtido por anos de vida pública, para se apresentar como mudança no cenário local.

Foi nisso que seus eleitores apostaram e foi isso o que ele traiu (perdoe-me o termo, talvez forte demais). Traiu o eleitor que não quer a volta toda-poderosa de Jader Barbalho, ou a continuação da quadrilha que se alojou no Palácio Antônio Lemos, ou ainda a permanência sombria, por detrás das decisões municipais, das ORM ou da RBA. Traiu seu eleitor, que acreditou que ele faria diferente.

Se a decisão é partidária e o Jordy acatou-a, como um obediente soldado das decisões do PPS, eu não sei. Mas se esta hipótese é real (e como é você que a suscita, eu a tomo como premissa verdadeira), ele tinha a obrigação de esclarecer este fato aos seus eleitores. Isto não se faz por meio de fotos em que apareça abraçado ao candidato do PMDB, ou em declarações de apoio irrestrito, sem qualquer ressalva ou observação.

O jogo democrático nos impõe o segundo turno - certíssimo. Mas não se pode culpar a população pela falta de opções. Jordy poderia ter criado uma semente de mudança para esta história, mas preferiu plantá-la na horta do PMDB.

Fim do Cultura Paidégua

O fim do Cultura Paidégua, anunciado pela TV Cultura, é certamente um dos piores golpes na programação da televisão estatal local. Apresentado pelo ator Albertinho Silva, a revista semanal dava espaço à produção artística local. Não se fala em substituição por outro, de mesmo objetivo.

Custa-me crer que o motivo da decisão seja o fato de que o programa foi criado na gestão tucana da FUNTELPA. De qualquer modo, a crítica ao final do programa permanece, não importa qual tenha sido o vetor desta deliberação.

E assim se passaram oito anos...

Parodiando aquele bolerão gravado por Gal Costa, certamente será isso o que diremos após mais quatro anos de administração falsária. É um desalento total.

Quer saber o que continua nos esperando? Então conheça a mais nova aventura de Duciomar Costa aqui.

Netbooks, Notebooks e Desktops

A Sol Informática já está vendendo a nova versão dos Eee PCs da Asus.
Lá você já pode ver os modelos Eee PC 900 e Eee PC 1000 HD, vendidos respectivamente por 1.599 e 1.899 reais!
Sim. Um preço muito. Mas muito salgado para um netbook.



O modelo 900 vem com tela de 8,9 polegadas, SSD de 20 Gbytes (o Eee PC original tem tela de 7 polegadas e SSD de até 4 gbytes), 1 gbyte de RAM e Wireless 802.11 b/g.



Já o 1000 HD tem tela de 10 polegadas, HD SATA II de 80 gbytes, 2 gbytes de RAM e Wireless 802.11 n.
Ambos com processador Celeron M 353 (900 MHz) e sistema operacional Linux.

Fico pensando se não seria possível encontrar os mesmos modelos em preços mais acessíveis na web. Mas se desejar levar logo para casa e contar com a preciosa garantia da loja, pode ir logo botando a mão na carteira.

E vem a famosa "pergunta que não quer calar": será que um produto como o Eee PC 1000 HD, ao preço de 1900 reais, com HD SATA, ainda estaria dentro da definição de um verdadeiro netbook? Penso que não. Afinal, por 1400 reais, poderíamos levar para casa um notebook regular, de tamanho médio, bem mais pesado, com gravador de CD e DVD além de outras funcionalidades. Características que ambos os produtos da ASUS não tem.


CCE NCV D5H8F 1GB

Quer um exemplo? Na própria Sol Informática você encontra um CCE NCV D5H8F 1GB com processador Celeron M410(1,46GHz), 1 gbyte de RAM, HD de 80 gbytes, tela LCD de 14,1 polegadas, modem, rede, Wireless, FireWire, DVD-RW (leitor e gravador de DVD), leitor de cartão de memória e sistema operacional Microsoft Windows Vista Starter. Tudo bem que é de uma marca de pouca tradição na área e tenho lá minhas dúvidas de como funcionaria esta máquina com o polêmico Windows Vista, ainda mais em sua magra Starter Edition. Pode ser até mesmo que esta seja a pior das soluções. Mas poderá ser mais adequada para quem tem orçamento apertado e precisa de computação móvel. Quem não precisa de mobilidade, afaste-se de TODAS estas opções e compre um desktop mesmo, com preços bem mais atraentes.

Portanto, você consumidor, mais do que nunca, deve estar atento às suas necessidades e aos conceitos em produtos de informática. Netbooks existem para ser uma segunda opção de computação móvel. Nunca a única opção, em nenhum cenário! Se você nunca teve um computador móvel e deseja tê-lo pela primeira vez, pense em outras opções. Mas se você já possui um computador móvel, e deseja algo menor, mais leve, com mínimas possibilidades de acesso à internet, escolha um produto de preço e características compatíveis ao conceito de netbook.


Acer Aspire One

Além disso, HD por HD, na mesma loja e pelo mesmo preço de 1.899 reais, você encontra o Acer Aspire One, com tela de 8,9 polegadas, processador Intel Atom N270 (1.6 GHz), 1 gbyte de RAM, HD de 120 gbytes, Wireless b/g e sistema operacional Windows XP Home. O Aspire One, em minha opinião, ainda tem aparência bem mais agradável que o Eee PC 1000 HD. E mesmo assim, igualmente, afasta-se do conceito original de um netbook.

Tenha em mente também que Windows por Windows, o XP roda melhor em configurações modestas dos verdadeiros netbooks. Já o Vista, arrrrrrrrraaasssstta-se por eles. E roda muito mal em notebooks equipados com processadores de baixa capacidade de processamento, como o Celeron. Portanto, se aquele CCE tivesse o Windows XP Home instalado, a exemplo do Acer Aspire One, seria muito mais palatável. E ambos, se beneficiariam em performance e preço, com Ubuntu Linux.

Mas no mundo da microinformática, os conceitos mudam a todo momento. O que posso estar defendendo aqui, tendo como ótica o seu bolso, pode mudar amanhã mesmo. Mas não estamos em seara religiosa. Se a indústria mudar e fabricar um novo conceito, estamos nos preparando para traduzi-lo para você. Até o momento, analisando preços e objetivos, é a impressão que temos. Vejamos se surgem outras opiniões, ou mesmo sugestão de outros produtos na seção de comentários.

Ressalto que os Eee PC originais (e bem mais enxutos) continuam à venda por lá. Mas também por um salgado preço de 1.199 reais. Estes, eu tenho absoluta certeza que você vai encontrar na web, ao menos 120 reais mais baratos. Pesquise, se desejar.

Vai acreditando...

Será que Priante acreditava mesmo que a militância petista iria para as ruas pedir votos em seu favor?

Após a queda, o coice

Muito já se disse sobre o tiro no pé do deputado Arnaldo Jordy, ao apoiar um dos candidatos ao segundo turno de Belém. Pois com a última pesquisa IBOPE/ORM, parece que o pé gangrenou.

Ecos do além

O sufoco continua nos mercados mundiais. Já se começa a discutir o que emergirá desta crise: se a volta aos mercados fechados, ou a imposição de regras transnacionais à circulação desenfreada de capitais pelo mundo.

Enquanto isto, as bolsas despencam dia-a-dia e o país vai queimando suas reservas para manter o dólar em um patamar menor. É o custo dos anos de laissez-faire.

Se Roberto Campos (o famoso paladino do Liberalismo Bob Fields) ainda estivesse vivo, seria bom ouvir suas justificativas.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Barata em blog provisório

Graças a um anônimo esclarecedor, o mistério discutido na caixinha de comentários do post Deu bug, está parcialmente desvendado. O jornalista Augusto Barata está agora temporariamente utilizando um novo endereço, abrigado no Blogger.
Ele mesmo esclarece por lá, as razões do problema exposto no post de ontem.

Diante de problemas técnicos que perduram desde sábado, 18, e impedem-me de atualizar o Blog do Barata, enquanto aguardo uma solução, optei por abrigar-me provisoriamente neste novo endereço, o novoblogdobarata.blogspot.com, do Novo Blog do Barata.
Conto com a compreensão dos que acessam o Blog do Barata, aos quais peço desculpas, pela ausência involuntária, no último fim de semana.

O poster pergunta: é provisório mesmo ou você pretende ficar neste endereço definitivamente, Barata? Que tipo de problemas técnicos exatamente você vem enfrentando além deste? São muito frequentes? Quem faz a hospedagem do teu blog não dá nenhuma explicação mais detalhada? Não seria melhor permanecer em ferramentas gratuitas como o Blogger ou Wordpress?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Penico cheio

Você sabe o que é CDS? Pode vir a ser o nome do mais novo terremoto mundial, na continuação da crise financeira mundial que começou pelos Estados Unidos. Quem explica é o jornalista Luís Nassif:

Não há nada que, de tão ruim, não possa piorar. Esse é o temor em relação à crise mundial.

A extraordinária falta de controle das operações financeiras gerou um monstro – o subprime, carteiras de contratos hipotecários de alto risco. No rastro do subprime, um dragão que poderá ser maior: os CDS, ou “credit default swap”.

Trata-se de uma espécie de seguro para operações de crédito. Se o Banco A tivesse dúvidas sobre a capacidade de pagamento da Empresa B, contratava junto ao Banco D, um seguro, Pagava um prêmio. Se não houvesse inadimplência, o Banco D ficaria com o prêmio. Se houvesse, o Banco D se comprometeria a pagar a diferença entre o valor contratado e o recebido.

***

Esse modelo de operação disseminou-se nos últimos anos, período em que a inadimplência mundial foi baixíssima. E, aparentemente, estendeu-se até a operações de derivativos. Ou seja, o banco se segurava não apenas dos empréstimos convencionais, mas dos jogos de seu cliente no mercado de derivativos.

***

Não se trata de pouca coisa. Tome-se o caso Lehman Brothers.

Segundo o Guia Financeiro da Agência Dinheiro Vivo, “basicamente, o CDS permite aos bancos darem garantias sobre um fluxo de pagamentos. Por exemplo: uma companhia pede empréstimo para um banco, que concede o crédito e parcela os pagamentos. Como nenhum empréstimo é realmente seguro, o banco deve apresentar uma provisão para devedores duvidosos em seu balanço financeiro. Entretanto, instituições como o Lehman Brothers vendiam um seguro (o CDS) para tais recebimentos. Caso a empresa não honrasse seu compromisso, o banco o faria. Para isso, cobrava um determinado percentual da dívida ao ano (0,05%). Isso era bom para o banco credor, que poderia considerar o empréstimo totalmente seguro e também para a instituição que vendia o seguro, porque a empresa não deixaria de honrar o compromisso e ele ganha com a operação”.

***

O Lehman quebrou, deixando dívidas no valor de US$ 128 bilhões. Supondo que os créditos podres sejam vendidos por 10% do valor de face, significa que US$ 115,2 bilhões terão que ser cobertos pelos CDS.

Não apenas isso.

De acordo com dados divulgados pela IDSA (International Swaps and Derivatives Association), o montante de créditos derivativos liquidados no primeiro semestre do ano atingiu US$ 62,2 trilhões, sendo que houve um crescimento em termos anuais de 20%. Neste caso, o levantamento considera como derivativos de crédito os CDS (credit default swaps) referenciados por nomes, índices, cestas e portfólios.

***

Por enquanto, o mercado está sustentando os CDS. Se rrsolver quitá-los, haverá um enorme terremoto. Bancos e fundos terão que vender ativos para fazer frente aos compromissos. E, aí, haverá mais uma leva de queda nas bolsas internacionais.

Fique atento ao tema, porque deverá começar a ocupar o noticiário daqui em diante.

Que me perdoem o termo, mas em português castiço significa dizer que pouca merda é bobagem.

Homenagem a Calmon de Passos

Morreu, na última segunda-feira, o jurista baiano José Joaquim Calmon de Passos. J.J., como era mais conhecido, foi professor de várias gerações, que estudaram nas páginas de seus livros de Direito Processual Civil.

Conheci Calmon de Passos pessoalmente, há muitos anos, no escritório Silveira, Athias quando lá trabalhei. Amigo de alguns dos sócios, o professor Jotinha, como o chamavam, compareceu para uma visita de cortesia, de passagem por Belém. Era, além de um emérito jurista, um homem afável e simpático.

Foi um mestre de vários amantes do Direito que se foi; era uma verdadeira lenda viva. Viveu uma vida profícua e respeitável, partindo aos 88 anos de idade.

Paraense premiado na Anpocs

No site da Fiocruz.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) divulgou nesse mês de outubro o resultado do Prêmio Mário de Andrade - lançado pelo Ministério da Cultura com apoio da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) - voltado a dissertações, teses e roteiros de vídeo relacionados à temática Museus, memória social e patrimônio cultural, defendidos entre os anos de 2000 a 2007.
Nelson Sanjad, ex-aluno do Programa de Pós-graduação em História da Ciência e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (PPGHCS), conquistou o 1º lugar na categoria Tese com seu trabalho A Coruja de Minerva: o Museu Paraense entre o Império e a República, 1866-1907, defendido em dezembro de 2005.
Sanjad é pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi e teve orientação do professor do PPGHCS Marcos Chor Maio. A premiação ocorrerá no 32º Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), entre os dias 27 e 31 de outubro, em Caxambu (MG).

Rápida, a preço razoável


Imagem: Engadget

As câmeras de alta velocidade, são produtos para poucos. A alta tecnologia embutida na máquina, até hoje, eleva seu custo consideravelmente. Até hoje!
A Casio acaba de lançar sua EX-FH20. Por 600 dólares (o custo de uma excelente Nikon D60), você leva uma câmera de 9.1 megapyxels, zoom de 20 x e a incrível velocidade de disparo de 40 fps (frames per second) em modo multiburst a 7.1 megapyxels. E é de tamanho razoável, compatível com os anseios de usuários menos exigentes.
Com todo este poder de fogo, seria possível agora aos simples mortais, fotografar razoavelmente a trajetória de uma bala? Ou a queda de um pingo d'água? Ou o movimento das asas de um beija-flor?

Leia mais no Digital Photography Review.

PS: o modo multi-burst, não é nenhuma novidade. Muitas das câmeras digitais amadoras, já o possuem. Mas nenhuma tão rápida e nem gerando fotos com tão boa resolução. O que é sempre algo frustrante.

Deu bug



Sabemos que o Blog do Barata tem lá seus problemas técnicos vez por outra. Mas o último, é simplesmente surreal. Não sei se o problema está restrito a meu navegador mas, tudo o que consigo acessar desde ontem, é a imagem acima.

Sangue e informação

Mais uma vez, a mídia faz do crime e da tragédia um espetáculo. O caso da menina Eloá, morta após mais de 4 dias de encarceramento privado, com toda a imprensa ao redor do cativeiro, entrevista ao vivo com o seqüestrador e, finalmente, festa particular exibida nos jornais pelo recebimento do coração da vítima para transplante, lembra muito a letra de uma célebre canção de João Bosco e Aldir Blanc:

Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...

O bar mais perto
Depressa lotou
Malandro junto
Com trabalhador
Um homem subiu
Na mesa do bar
E fez discurso
Prá vereador...

Veio o camelô
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então...

Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...

Sem pressa foi cada um
Pro seu lado
Pensando numa mulher
Ou no time
Olhei o corpo no chão
E fechei
Minha janela
De frente pro crime...

Na coincidência infeliz entre ficção e realidade, cria-se a tensão, a partir de um fato que deveria ser tratado com discrição, inclusive pelo bem dos envolvidos; festeja-se a oportunidade de negócio, com camelôs da notícia, baianas da mídia e malandros da política querendo tirar sua casquinha; aparece o corpo, prova do crime, desfecho bárbaro e anunciado dos acontecimentos; mas a vida segue, como se algo corriqueiro e natural tivesse ocorrido.

Será assim, até que nova tragédia venha a ocorrer. Já foi assim com João Hélio, João Roberto, Isabela... e assim continuará a sê-lo, exibindo-se o horror nas nossas televisões, telas de computador, jornais e revistas. Sem escrúpulos ou pudores.