sexta-feira, 28 de abril de 2006
Pausa
quarta-feira, 26 de abril de 2006
Surpresa
No RD de hoje, mais informações estarrecedoras e lamentáveis.
Dentre os funcionários da CDP presos pela PF, Aldenor Júnior, Erickson Barbosa e Evandílson Andrade pertenceram à equipe do ex-prefeito Edmilson Rodrigues.
Isso tudo, associado ao escândalo da Cerpasa, do IVC, do mensalão, da Nossa Caixa e dos vestidos (do "chuchu" em São Paulo) traz aos cidadãos um enorme desalento. Nada disto contudo, deve ser usado por oportunistas de plantão, para manifestarem saudades da ditadura militar. Que tinha tudo isso e ainda por cima o cidadão não podia ficar sabendo pois havia também a imprensa amordaçada.
E agora,o Governador Simão Jatene, vai encerrar o mandato sem publicar no Diário Oficial o o quadro de detalhamento de pessoal no estado, fugindo assim da Lei de Responsabilidade Fiscal. .Outro motivo possível é esconder da opinião pública o inchamento deste pessoal, que segundo Lúcio Flávio Pinto teria atingido níveis históricos.
Resta-nos baixar o malho neles e continuar em busca de outras alternativas. Na base do "menos pior", pelo visto.
Em tempo, ainda no Diário do Pará:
SOLIDARIEDADE - Seis parlamentares do PSOL, além de Davi Passos, prefeito de Xinguara, divulgaram nota de solidariedade a Aldenor Júnior. “Temos a plena convicção de sua total inocência e da grave injustiça que sua prisão representa”, afirmara na nota, que condenou a maneira como as prisões foram feitas.
Oremos!
terça-feira, 25 de abril de 2006
A casa caiu espetacularmente
A Lista da CDP
Diferente do que foi postado há pouco, Marcos Damasceno não está entre os presos na Operação Galiléia. O nome correto é Paulo Damasceno.Veja abaixo a relação completa dos encarcerados.
Ademir Galvão Andrade - ex-Presidente da CDP
Aldenor Monteiro Araújo Jr. - Diretor Administrativo-Financeiro da CDP
Caritas Jussara Muniz Adrian - Supervisora de Faturamento da CDP
Carlos Antônio Quadros de Castro - Exerce cargo em comissão na CDP
Ericson Alexandre Barbosa - Presidente da CDP
Evandilson Freitas de Andrade - R&A Construções e Comercio LTDA
Hélia Sousa de Oliveira - Gerente de Gestão Portuária da CDP
Jorge Luis Silva Mesquita - Telenorte Comunicações Comércio e Informática LTDA
José Nicolau Waris - Cohelte Conexões Hidráulicas Instalações Elétricas e Telefônicas
Marcos Antônio Barros Cavaleiro de Macedo - Gerente de Engenharia e Infraestrutura da CDP
Maria de Fátima Peixoto Carvalho - Presidente da Comissão Permanente de Licitação da CDP
Nelson Pontes Simas - Diretor de Gestão Portuária da CDP
Paulo Geraldo Ramos Damasceno - Gerente Financeiro da CDP
Ruy Carlos Barbosa de Mello - Contratado da CDP, também responsável pela empresa JGRM Assessoria e Representações LTDA
José Canellas - Eico Sistemas e Controles LTDA
Sílvio da Silva e Silva - Gerente de Informática da CDP
Por falta de espaço na carceragem da PF, todos foram transferidos para o quartel do Corpo de Bombeiros
E o Aldenor, hein?
Dinheiro,Carros e Bandidos
Do Diário do Pará on line.
Operação Galiléia: PF confirma novas prisões
Evandilson Andrade, ex-diretor do Dnit no Pará e irmão de Ademir Andrade, ex-presidente da Companhia Docas do Pará (CDP), é outro que está preso na carceragem da Polícia Federal em Belém durante a Operação Galiléia, desencadeada na manhã de hoje. Além dele, outro nome confirmado pela PF foi o de Aldenor Júnior, que era assessor de Ademir Andrade e do ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL). Por ora, os nomes confirmados, além dos já citados, estão os de Ademir, que ainda será transferido para o prédio da PF, Erickson Barbosa, atual presidente da CDP, e Nelson Simas, diretor portuário da Companhia. Com Simas, a polícia fez a apreensão de R$ 300 mil em espécie, na residência do acusado, e ainda de uma caminhonete zero quilômetro.
Vejamos agora como Maquiavel explicará estas e outras que certamente ainda vão surgir.
Urgente!
Bracelete de Malandro
Acabou agora há pouco a coletiva no prédio da Pólícia Federal em Nova Déli.
E mais um nome foi confirmado entre os integrantes da Quadrilha da CDP: é o do ex diretor financeiro da companhia, Marcos Damasceno, que também é oriundo da administração Edmilson Rodrigues, onde ocupou o cargo de diretor de Tributos Imobiliários da Secretaria de Finanças.
O ex senador Ademir Andrade, do PSB, chegou algemado ao prédio da PF e deu entrevista à televisão.
Em sua casa teriam sido encontrados R$ 300.000,00.
Não houve reação às prisões.
Logo mais o blog vai publicar a relação completa dos membros da Quadrilha da CDP.
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Atualizada às 21:13
Recebi às 13:51h do blogger do Quinta Emenda Juvêncio de Arruda o seguinte e-mail solicitando a correção da notícia acima:
- Boa tarde, grande Barretto.Por gentileza faça a correção constante da atualização, às 13:22, do post Bracelete de Malandro.O Marcos da relação da Quadrilha da CDP é Barros e não Damasceno.
De fato, às 13:22 h ele fez a ressalva no post "Bracelete de Malandro":
- Tem o sobrenome Barros, e não Damasceno, o Marcos preso há pouco na Operação Galiléia. Não se trata, portanto, do ex diretor de Tributos Mobiliários da PMB.
E mais uma vez, às 16:18h ele mesmo corrige a notícia em "A Lista da CDP" informando:
- Diferente do que foi postado há pouco, Marcos Damasceno não está entre os presos na Operação Galiléia. O nome correto é Paulo Damasceno.
Como só tive tempo de blogar agora, faço a correção.
domingo, 23 de abril de 2006
Dicionário do Paraense
- EMPARFELADO - Bem vestido, arrumado. Ex: "Aonde vais todo emparfelado desse jeito?".
- EMPERIQUITADO - O mesmo que emparfelado. Ex: "A madame desceu a escada toda empiriquitada para sair".
- POMBA LÉSA - Quem é meio desligado; bocó.
- TÁ SAFO -- Tá beleza.
- SAFO - Quem é bom em algo.
- TÔ NA GRADE - Tá esperando a vez de jogar.
- ME EMBRULHA - Me cobre (essa é demais!).
- BAFO DE ONÇA - Mau hálito
- TU É SÓ BAFO - Mentiroso.
Transplantes
Lista de transplantes, na prática, não existe
Os hospitais públicos, recentemente foram convocados ao Ministério Público Estadual pelo sempre educado e elegante procurador Vicente Miranda. Na verdade ele tinha sido provocado pelo órgão regulador de transplantes estadual, dirigido pelo médico Fernando Jordão, que reclamava da pouca disponibilidade de doadores, culpando os hospitais públicos pela baixa notificação de doadores. Tal fato, não deixa de ser verdadeiro cabendo uma "chamada à regra", digamos assim.
Contudo, na mesma reunião, onde compareceram em peso autoridades representativas dos referidos hospitais, nem o Dr. Fernando Jordão se fez presente, fazendo-se representar por duas auxiliares. Tal fato, de imediato, causou estranheza entre os presentes além de um óbvio desconforto. As duas auxiliares estavam prontas a fazer uma apresentação em Powerpoint, muito provavelmente contendo demonstrativos de seu trabalho junto ao órgão regulador. Mas, graças a enorme sensibilidade do digno procurador, tal não aconteceu, sendo as duas esforçadas representantes interrompidas em seu intuito. Ficou claro que a despeito do pouco interesse de alguns hospitais na questão, havia mesmo é pouco trabalho do órgão regulador no sentido de sensibilizar os potenciais doadores e seus familiares. Afinal de contas, tal se consegue com investimentos em propagandas educativas que ninguém vê. Só se vê farta propaganda política do governo estadual em causa própria. Mas nesta, que seria uma questão de real interesse da comunidade, nada se vê. E ninguém vê também o trabalho do Coordenador do órgão que nem se fez presente a reunião.
Cabe portanto ao Ministério Público, continuar fazendo seu papel desta feita cobrando do órgão regulador o trabalho que vem sendo mal feito.
sábado, 22 de abril de 2006
É Pará isso...
Servidores dizem que a paciência do diretor do Hospital Metropolitano, Henrique Ribeiro Neto, não agüenta mais 60 dias. Estaria no limite, em função das interferências políticas.
E olha que o Dr. Henrique é um verdadeiro "lorde" em matéria de educação. Quem o conhece pode afirmar isso com muita propriedade. Mas talvez o Dr. Henrique tenha mesmo razão de estar no limite. O problema é o mesmo em todos os hospitais do estado. Os políticos, apaniguados, familiares do governador (Rejane Jatene principalmente), literalmente "enchem o saco" pedindo favores.
O Barros Barreto resiste e resistirá como pode a este tipo de atitude. E por isso, é detestado pelos chatos. Em vez de estarem planejando a saúde como deveria ser, cuidando das unidades básicas de saúde, vivem para fazer pedidos de furar a fila da central de regulação. Juro que assim que tiver acesso, vou postar a lista de principais pedintes. É esperar para ver.
sexta-feira, 21 de abril de 2006
Repercussão
Diante da inércia do poder público, a população sentiu-se ontem entregue à própria sorte. Belém nunca tinha vivido dia tão caótico e de trânsito tão conturbado. Além dos crônicos problemas de alagamento, causados pelo lixo acumulado nas ruas e os bueiros entupidos, os motoristas enfrentaram outro inimigo: a ausência de guardas e fiscais da CTBel nas esquinas. Muitos semáforos entraram em pane durante o temporal, causando mais acidentes, tumultos e engarrafamentos.
Cadê o síndico?
Transitar entre um quarteirão e outro demorava, em média, 30 minutos. Em alguns pontos mais críticos, como o trecho da Duque de Caxias perto do Formosa, o tráfego foi interrompido. Na 14 de Abril, o desespero levou à desordem: motoristas discutiam e se engalfinhavam sob a chuva.
Não faltou aviso
A Prefeitura de Belém não deu importância, mas a Defesa Civil alertou para a ocorrência de fortes chuvas em alguns Estados, incluindo o Pará. O DIÁRIO publicou essa informação, na edição de anteontem, mas o alerta acabou não resultando em medidas preventivas concretas.
Mas nem o jornal "oficial" pode deixar de notar o óbvio. Em grande reportagem, bem mais detalhada do que o concorrente, conseguiu dar o retrato fiel do acontecido neste inesquecível dia 20 de abril. Inclusive a ausência da CTBEL.
Veja a reportagem aqui.
E o R70, sempre pródigo em omitir os descaminhos do "chapéu amarelo", também registrou o que todo mundo viu.
Agonia
Foi dos maiores o aguaceiro que caiu ontem, das 15 às 20 horas, na cidade. E como não se via antes ninguém cuidando de bueiros, nem limpando a floresta que já domina os canais, o pior aconteceu. Belém sofreu como nunca com o congestionamento, que ia do Centro à BR. Quem pegava ônibus às 18 horas na Presidente Vargas chegava às 20 em São Braz. Teve gente dando graças a Deus pela chuva não ter coincidido com a maré alta, já que esta baixava quando o aguaceiro começou. Faltou previdência no Saneamento e eficiência no controle de trânsito.
Como se pode ver, o trabalho da prefeitura começa a ficar mesmo indefensável. É a bola entrando no ângulo, como diz o jargão do futebol. Não adianta espernear.
O Portal ORM publica inclusive as notas oficiais da prefeitura, que nos dizem o óbvio:
Esclarecimento - Em nota, a Secretaria Municipal de Saneamento informou que, por ser uma cidade baixa, Belém não tem como suportar chuvas muito fortes e acima da média pluviométrica sem que exista acúmulo de água nas ruas e isso prejudica o fluxo de carros.
A Sesan informou, ainda, que em algumas áreas da cidade, o escoamento das águas pelo sistema de drenagem começou a ser feito no tempo médio de 30 minutos. Em pontos críticos, com grande influência dos canais, o escoamento foi mais demorado, problema que só poderá ser resolvido com o início das obras do projeto de macrodrenagem da Estrada Nova.
Juro que não quero mais ouvir estas "respostas amarelas" (o duplo sentido é proposital). E a CTBEL? O que nos diz?
Histórias do "Chapéu Amarelo"
Pelo amor de Deus! Onde está este prefeito? Será que podemos discutir seu "impeachment" também? Ou será que teremos que recorrer aos Batalhões de Engenharia das Forças Armadas para abrir trincheiras, construir pontes e salvar a cidadania dos belenenses?
Nunca esquecerei a presença de espírito do prefeito Rudolph Giullianni em Nova Iorque durante a catástrofe de 11 de setembro nos EUA, atuando pessoalmente no local do terrível evento. Guardadas as devidas proporções, no mínimo, o prefeito local poderia ter tomado as providências básicas, certamente suportadas pelo nosso IPTU, no sentido de ao menos mobilizar a CTBEL para os locais onde qualquer cidadão sabe, que sofrem terrivelmente sempre que chove em Belém. No mínimo. Dispensaria a sua presença naquele local. Seria mesmo mais um desgosto.
Mais importante contudo, para o prefeito, é gastar o IPTU construindo aquele portal de Mosqueiro, de gosto duvidoso, fazendo alusão ao real potencial turístico da ilha, com símbolos imitados da região sul do país. Típico sinal de colonialismo para não dizer "simplismo". Ou caro agradecimento aos votos dos moradores da ilha, irritados com a inércia do alcaide anterior na manutenção de suas vias públicas.
Do que o prefeito se esconde? Do provável corretivo que ensandecidos cidadãos possam lhe aplicar em via pública? Este seria um temor igualmente compreensível, se de fato existisse. Afinal, existe a possibilidade que ele de fato nada tema achando que com seu discurso falacioso pode perfeitamente conseguir algum título eletivo a mais na sua já triste biografia. Com a cara de mogno, é claro. Ou será que teremos que aguentar por mais 4 anos os "chapéus amarelos"? Desde já, símbolos da inércia, da incompetencia (da qual tanto ele se queixou durante a campanha). Mas para uma biografia forjada, nem sempre o futuro se pode forjar da mesma maneira.
Deve estar aprendendo agora o "chapéu amarelo", que administrar com poucos recursos a antiga metrópole da amazônia, significa estipular prioridades para o cidadão. E numa cidade que afunda e desanda toda vez que chove (e aqui chove muito), não vejo o turismo como prioridade. Mas para quem tem olho em obras eleitoreiras, às favas as reais prioridades.
Não é verdade senhor "chapéu amarelo"?
Reminiscências
Recentemente, patrocinado pelo Conselho Regional de Medicina, lançou um pequeno e interessante livro intitulado ALÉM DOS DEVERES (Recordações do CRM - PA). Em linguagem totalmente coloquial, Alfredo nos conta os "causos' da época em que exerceu a principal liderança médica no estado, Nos conta, quase que ao pé do ouvido e em clima de mesa de bar, muitas histórias interessantes envolvendo o grupo que participava ativamente do chamado Movimento de Renovação Médica no Pará. Movimento que reconstruiu e reestruturou as chamadas "entidades médicas" (termo criticado de forma bem humorada no livro) no período pós-ditadura. Entre eles, peço permissão para reproduzir o trecho abaixo, que é emblemático de seu espírito seco porém brincalhão.
Nas mesas que agrupavam conselheiros num restaurante, o rateio da despesa era igualitário, Tanta fazia pedir um prato simples ou um sofisticado. Fosse uma canja ou um camarão, no fim a conta era repartida democraticamente entre todos. Portanto, não adiantava protestar contra o "democratismo".
- Mas eu só pedi um espaguete...
A resposta era incisiva:
- Um espaguete e daí? Ninguém te proibiu de nada.
Waldir Mesquita (Médico Ginecologista, paraense, Ex- Presidente do Conselho Federal de Medicina), grande liderança médica, às vezes, era gago. Dizia-se que ele sabia usar a gagueira quando lhe convinha. Na hora de dividir a conta de certo jantar, começou a gaguejar:
- Só comi o cou...cou...cou...
E não saía disso. Queria dizer que só beliscara o couvert. Apesar da admiração dos colegas não escapou da intimação:
- Ô, Mesquitinha, deixa de graça e manda aí a tua parte.
quinta-feira, 20 de abril de 2006
O Apocalipse é agora!
Foi o que aconteceu ontem à noite na "metrópole da Amazônia" (melhor esuqecer esta designação para sempre).
E amanhã, é provável que o "jornal oficial" publique tudo isso mas ponha a culpa provavelmente em uma sempre chamada "chuva secular". Nenhum comentário sobre a absoluta ausência de qualquer agente de trânsito, ao menos para impedir a "lei da selva" que rapidamente se instala nestes momentos. Nenhum comentário sobre a absoluta inércia da municipalidade em também desobstruir bueiros, sarjetas e vias de drenagem pluvial (fluvial??). Nenhum comentário a favor do cidadão em troca de moedas tilintando na caixa. Nada.
Em alguns lugares, acontecia o que parecia o impensável ou mesmo improvável. Motoristas saíam dos carros e acenavam tentando algo de racional e digno no meio do caos. Conduzir o trânsito.
Quosque tandem?
Dicionário do Paraense
- SACRABALA - Nomenclatura utilizada em Belém para o ônibus da linha Sacramenta/Nazaré (conhecido na época pelas péssimas condições de segurança e pelo frequente transporte de meliantes).
- PEREBA - Ferida no pé.
- PISA - Surra, caracterizada pela mãe do indivíduo. Ex: "Menino desce daí.. tu vais pegar uma "PISA".
- "VÔ CHEGANO SU MANU" - "Vou indo amigo".
- PASSADEIRA - Tiara, travessa.
- MIJADA - Quando alguém leva uma bronca.
- PESCOÇÃO - O mesmo que um tapa na nuca. Ex: "Vou já te dar um pescoção".
- MARQUERÊNCIA - Falta de boa vontade com a pessoa. Ex: "Por que você está cheio de marquerência comigo?".
- REMENDO - Conserto ou costura numa roupa Ex: "Fulana saiu com uma roupa toda remendada.
- ARREMEDAR - O mesmo que imitar. Ex: "Cuidado, não fique arremedando aquele memino gago!
terça-feira, 18 de abril de 2006
Preços abusivos do Velox
Alguém precisa tomar uma providência. Ou no mínimo, a concorrência precisa chegar forte aqui em Belém, que à jato, a Telemar baixa os preços. Querem apostar?
Sobre o "impeachment" de Lula
Falta Moral.E Coragem
Do blog do Jorge Moreno, hospedado em O Globo, sobre o "impeachment" de Lula."Viver já é um risco"Seria abominável usar uma tragédia humana para falar das tragédias políticas. Cito apenas as opiniões unânimes dos juristas no caso do pobre pai que esqueceu o filho dentro do carro: o ato em si isenta o réu da pena.Acho que, grosso modo, o presidente Lula deveria ficar isento de qualquer pedido de impeachment. Aliás, a excelente entrevista de Miguel Reale Junior à repórter Thais Oyama, para mim, encerra o assunto: a falta de condições morais para a Câmara abrir esse processo.Quando, pela primeira vez, estava mesmo decidido a não ser mais candidato ( em várias conversas com repórteres das quais participei, Lula dizia que, se não fosse ele, lutaria para o candidato ser Olívio Dutra; enquanto José Eduardo Dutra publiquei isso o criticava abertamente e defendia o nome de Genoino ), Lula foi pressionado a aceitar sua quarta candidatura.Eleito, pegou as melhores cabeças ( há controvérsias ) do PT ,botou dentro do governo e as esqueceu lá. Resultado, aquilo que o Delfim Netto dizia que os tucanos faziam com as câmaras setoriais sob a batuta de Clóvis Carvalho repetiu-se no governo petista: transformaram o poder num verdadeiro Recreio dos Bandeirantes.E foi caindo todo mundo. Caiu o rei de ouro, caiu o rei de espadas. Cai e não fica nada.Sem entrar no mérito do que fizeram, é inimaginável uma campanha petista sem os quadros que caíram.A ação dos petistas, juntando-se ao desastre tucano, fez atrasar o relógio do desenvolvimento do país.Uma aluna minha, de 17 anos, conta que a primeira palavra que pronunciou na vida foi Lula. Atenta aos fatos, ela isenta o presidente Lula de qualquer trapalhada dos petistas. Adverte que se tentarem o impeachment do presidente o pau vai comer: uma legião de jovens de todo o país, como ela, vai pras ruas. E já que estarão lá, aproveitarão para votar de novo no Lula. É a geração orkut.Numa das histórias que um dia talvez eu publique em livro, numa madrugada ( nem posso dizer que fria, pois estávamos em Cuiabá ), a bela Christiane Torloni dormia na quinta fileira atrás e eu não sabia se admirava mais o sono daquele anjo ou se prestava atenção na conversa de Ulysses com Lula na poltrona da frente. Fiz as duas coisas. E ouvi Ulysses dizer pro Lula sobre as diretas: O povo ta na rua. Nós o botamos lá. Quem vai tirá-lo de lá?. A resposta veio mais tarde com a campanha de Tancredo que o PT não apoiou.Se a oposição quer botar o povo na rua, desta vez teremos um país dividido: Pró e contra Lula. É um risco para as duas partes. Mas, como disse Quércia depois de ter sido convencido por Lula e Tasso Jereissati a aderir a CPI do PC: Viver já é um risco.Tentar o impeachment de um presidente às vésperas do término de seu mandato é reconhecer que ele tem tudo pra ser reeleito. Não há outra explicação. Melhor deixar o povo decidir isso brevemente nas urnas. Decidir sobre o destino de Lula e do Congresso absolutório. Mas, se a coisa agravar, é melhor ouvir Orestes viver já é um risco Quércia.
Dicionário do Paraense
- TUCANDEIRA - Um tipo de formiga grande que dá muito em interior perto de árvore de jaca, e que sua ferroada dói muuuuiiito. Também pode ser sinônimo de calça pescador ou "pula brejo" = calça tucandeira.
- MALINAR - Fazer maldade com alguém (também usado para beliscar, fazer cócegas).
- "PIRA PAZ NÃO QUERO MAIS" - Parei!
- "TÁÁÁÁ, BUNITINHO!" - duvido!
- ESPIA - Olha (ironizando).
- PANEMA - Pessoa de má sorte.
- CATIROBA - São meninas que ficam com qualquer um, está próximo da prostituta, mas ainda não é...
- APURRINHAR - Aborrecer.
- "APLICA NA JUGULAR" ou "APLICA NA MENTE" - Quando alguém te conta uma história que provavelmemte é mentirosa aí você fala: "Tá bom. aplica na minha mente!".
- FACADA - Alguma de coisa de custo elevado. P.ex: Olha esse vestido ta lindo, mas custa uma facada.
- LÉSO, LESERA e similares - Quando alguém faz alguma coisa idiota. Pó ex: "Deixa de lesera!" ou "Tu és (é) leso é?".
segunda-feira, 17 de abril de 2006
Limites
PROPAGANDA NO HOSPITAL
Relações promíscuas entre a indústria farmacêutica e médicos não são propriamente uma novidade no Brasil nem no mundo. Os dois lados precisam interagir. Definir os limites éticos desse relacionamento é o grande desafio.Reportagem publicada pela Folha mostrou que grandes hospitais universitários como o Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo cobram uma taxa de R$ 10 de representantes de laboratórios para cadastrá-los, o que lhes dá o direito de circular livremente pelas dependências da instituição. O HC conta hoje com 300 propagandistas registrados.É claro que a indústria tem o direito de promover os seus produtos. Mais do que isso, deve-se reconhecer que os laboratórios desempenham um papel importante na educação continuada de médicos, ao mantê-los informados de avanços farmacológicos e técnicos.Tais considerações, porém, não impedem que se julgue inadequada atuação assim tão ostensiva de parte da indústria. Hospitais públicos devem ser um ambiente tão asséptico quanto possível, no qual profissionais possam aplicar seu raciocínio clínico livres da ofensiva mercadológica imediata. Isso é especialmente verdade para jovens médicos em fase de formação, cujo espírito crítico ainda imaturo não os imunizou contra o assédio publicitário que apenas começam a enfrentar.Se os laboratórios querem oferecer a médicos literatura técnica, amostras grátis e outros regalos, devem fazê-lo fora de hospitais e centros de saúde públicos, onde por vezes ainda disputam com pacientes a atenção dos profissionais da saúde.Interessa aos próprios laboratórios definir com clareza os limites da publicidade legítima, para que não possam ser acusados de condutas antiéticas. Por isso, associações médicas e a indústria devem conversar e chegar a uma auto-regulamentação que seja efetivamente cumprida.
Há algum tempo, esta questão já vem sendo discutida. Pessoalmente acho a opinião do articulista perfeita. Não se trata de impedir o trabalho do representante farmacêutico. Mas de impor limites à sua atuação, evitando o momento vulnerável do estudante de medicina nos Hospitais Públicos e Universitários (em especial). Nada contra sua atuação em hospitais privados, onde podem atuar com tranquilidade.
Caos
Saga
O vereador Carlos Augusto Barbosa (PFL) viveu uma saga para conseguir atendimento a uma doente mental. Ele passou de posto em posto de saúde. Em um não havia nem instrumentos para medir a pressão e o médico fez o diagnótico no 'olhômetro'. No mesmo dia, um assessor do vereador foi assaltado. Na delegacia do Benguí, informou-se que não havia viatura, mesmo com um veículo L200 parado no pátio.
O blog já cansou de falar neste assunto, batendo na mesma moeda. Precisamos gastar a grana com as unidades básicas de saúde. É nelas que há urgente necessidade de um esforço concentrado de governo. Não para construir milhares delas mas para que as já existentes sirvam efetivamente para alguma coisa no sistema público de saúde. Sem médicos, equipamentos básicos e remédios, para que serve esta edificação?
Efeitos colaterais
Coligações
O vereador Gervásio Morgado (PL) provocou da tribuna o peemedebista Luiz Pereira (PMDB) sobre como ficará a situação do partido no Pará caso a coligação PMDB e PSDB venha a se concretizar no âmbito federal. Mas o próprio Gervásio também não fica satisfeito com a verticalização. Ele, que sempre fez oposição declarada ao PT, declara abertamente que preferiria que seu partido apoiasse Geraldo Alckmin à presidência e saísse da base aliada de Lula.
Vou sentar-me ao camarote para assistir os próximos desdobramentos.
Aliviando
10 anos de Eldorado de Carajás
Surpresa
Cremos que se trata de omissão perigosa e os doutos membros do Colegiado de Medicina da UFPa, deve estar atentos.
Cuidado!
domingo, 16 de abril de 2006
E o alcaide tenta se defender
Numa "entrevista" muito conveniente, onde de fato pouco se procurou questionar, o Prefeito Duciomar Costa falou hoje em "O Liberal".
Continua creditando seu insucesso à administração anterior, mesmo já passado tanto tempo, que a prometida "parceria" com o Governo Estadual já teria cuidado de resolver.
Ou será que já esqueceu que parceria foi a palavra mais repetida durante sua campanha?
Hiperfluxo
Enquanto isso...
Na fila
A CPI da Sesma, que vai investigar as irregularidades com os veículos da Secretaria Municipal de Saúde na gestão de Duciomar Costa, já conta com 14 assinaturas, duas a mais que o limite mínimo legal. Como existem outras três comissões em funcionamento na Câmara, a nova CPI é a próxima na fila para instalação.
Escândalo IVC
Efeito IVC
Sob o título “Liberalão”, a Coluna do Abidoral, do jornal “O Povo”, de Fortaleza, publicou a seguinte nota: “Abidoralina recebeu aqui em casa uma matéria sobre o jornal O Liberal, do Pará. A publicação era decantada há anos como de maior circulação no Norte e Nordeste, chegando a contar com tiragem diária de 80 mil exemplares. De repente, com auditorias e tudo, caiu para 15 mil. Descobriu-se que o jornal era distribuído gratuitamente em postos de gasolina, restaurantes, cursinhos, barbearias, bodegas e até em motel. Desse jeito...”.
Políticos, prestadores de serviços, micro e pequenas empresas, etc. Cuidem-se. O preço da "troca de favores" deverá ser superlativo a partir de agora. A caixa anda baixa e o custo para continuar a ser oficial vai aumentar.
sábado, 15 de abril de 2006
O Fim da Picada
Médico retira útero de mulher por engano
No Espírito Santo, um cirurgião retirou o útero de uma mulher de 29 anos por engano. Isso mesmo. Por engano.
Infelizmente, tais fatos vez por outra surgem no noticiário. E sempre que isso acontece, experimento uma mistura de constrangimento e terror. Constrangimento por ser médico e terror por também ser paciente. Mas o que de especial tal notícia poderia provocar além do que sempre provoca? Se lermos com detalhes a notícia, veremos que as explicações do médico agravam mais o fato. Pois traduzem uma total impessoalidade do médico com seu paciente, a ponto de "um erro de ortografia num mural" ser citado como a causa da tragédia.
Será que tal fato não pode servir ao menos para que nós médicos façamos uma criteriosa revisão de nossas atitudes, condutas e rotinas?
sexta-feira, 14 de abril de 2006
Esperança?
Parece surgir uma luz no fim do túnel para a grave crise que se abateu sobre a Varig. O Globo Online informou hoje que a Diretoria da Varig aceitou a oferta de compra feita pelo grupo VarigLog-Volo, no valor de US$ 400 milhões.
Viu? Imagina se algum apressadinho resolve sair "em socorro" da Varig, "emocionado" com o chôro das comissárias.
Cuidado!
Há três dias, um consumidor tenta resolver, através do 0800 da Celpa, a religação de energia num apartamento fechado há muito tempo. A despeito das sucessivas ligações, sempre muito difíceis de serem atendidas, não conseguiu nada.
Que isso de fato acontece e irrita os consumidores é verdade. Mas que a Celpa deve estar com alguma pendencia financeira com o caixa do jornal, eu não duvido.
Não duvido mesmo!
Única alternativa
Partindo Prá Cima
"Enquanto eles acusam, o PT faz mais pelo Brasil." Com este bordão, o PT fará 30 inserções comerciais na semana que vem, de 30 segundos cada uma, em que confrontará o atual governo com o anterior. Em vez de falar apenas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os petistas optaram por começar o confronto com o pré-candidato Geraldo Alckmin.
Resta saber se tudo isso ainda "pega" num universo em que o público encontra-se "escaldado" com os que prometem fazer mais pelo Brasil e pelo Pará. Mas é o único "slogan" que resta ao PT, se insistir em continuar por mais 4 anos no poder. E nós, aqui ficamos "encantados" com os desatinos de gregos e troianos. Do "mensalão" ao escândalo da Cerpasa, quem fará mais pelo Brasil?
Lavando as mãos
Catedral
Como Pilatos - esta Quinta-Feira Santa é bem o dia dele -, a Secretaria de Cultura, em nota publicada ontem, está lavando as mãos da responsabilidade sobre o desaparecimento da fiação elétrica e das aldavras (puxadores das portas) da Catedral. A Secult, aparentemente, deu prioridade ao convênio já cancelado há seis meses. Agora, se o convênio anunciado para ser assinado no dia 20 atrasar, corre-se o risco de os ladrões levarem outros bens valiosos do templo.
Ora! Mas não lavaram as mãos também no episódio do furto do muiraquitã do Museu do Forte do Castelo? Se eu estiver errado, por favor, comentem.
Leitor mal criado
Escumalha ensandecida
Descarto, desde já, a possibilidade de querelar com José Maria Leal Paes, que em mensagem postada nesta terça-feira, 11, no endereço alternativo deste blog (www.blogdobarata.zip.net), optou por enveredar pela agressão chula, tão a gosto da escumalha ensandecida, a pretexto de defender seu ex-parceiro Nélio Palheta, na clássica solidariedade entre os de igual jaez.
Não vou perder meu tempo e consumir minhas energias com áulico de contraventor.
De resto, recuso-me a nivelar-me por baixo. Até porque sei quem foi meu pai.
Realmente, ele tem toda a razão. Discordar faz parte do livre exercício democrático existindo mesmo inúmeras maneiras e estilos para fazê-lo sem ferir a boa educação. E sem partir para a agressão pessoal pura e simples. Por isso, ele tem a minha solidariedade.
E recomendo a leitura de seu blog onde também comenta os fatos com sua vasta experiência no jornalismo da chamada "grande imprensa". Que ultimamente, não vem sendo tão "grande assim" no tocante ao que deveria ser seu principal alimento: a verdade.
Dicionário do Paraense
- TOPADA - Tropeço, pancada no pé.
- OVADA - grávida !!!
- APRESENTADO - Atrevido.
- PISSICA - Má sorte (pode ser usado também pra torcer contra - fazer pissica).
- MURRINHA - Preguiça.
- DEU PREGO - Quebrou, enguiçou.
- LÁ NA CAIXA PREGO - Lá longe, longe, longe pacas!
- CAPA O GATO - Vai embora, foge, corre.
- INHACA - Fedor
Brinquedo
Estávamos ocupados e embevecidos com o novo brinquedinho que entrou para a família de "gadgets" da casa. Trata-se do iPod Vídeo que definitivamente conquistou os olhos do blogger pela elegância, facilidade de uso, portabilidade e um incrível sistema de navegação no conteúdo (click wheel).
É ou não é um bom motivo para estar ausente do blog?
A Mágica da Fotografia
Princesa Diana visivelmente descontente com o "selinho" que Camila Parker Bowles dava no Príncipe Charles (Foto: Alison Jackson)
Fotografia é paixão de todos. Com toda a certeza. E nada como uma boa sugestão de visitação neste feriado prolongado.
A fotógrafa britânica Alison Jackson, especializou-se em fotografar celebridades, bem no estilo "paparazzo". Mas se visitarmos seu website, veremos muito mais do que meras fotografias de oportunidade.
Veja e leia mais em
BBC News Magazine
Alison Jackson Gallery
(Agradecemos a sugestão do leitor Antônio Fonseca)
segunda-feira, 10 de abril de 2006
Será que vão mesmo?
A Abav nacional emitiu uma nota de apoio à Varig, destacando que o nome da companhia no exterior está vinculado ao do Brasil. E pede que o governo a ajude a sair da crise.
Será mesmo que o governo vai pegar corda destes espertalhões? Parece que estão baixando o tapete para o subsídio aparecer.
Dicionário do Paraense
- "EU, HEIM!" - Tô fora ! Ex: "Ei aquele piqueno tá a fim de ti?? Resposta: 'Hummm, eu hein !!!!
- ILHARGA - Lado, cadeiras ( do corpo).
- CHIBÉ - Mingau de farinha cuí (farinha fina), também significa aquelas sujeirinhas de moleque.
- "MAS QUANDO, JÁ !" - Nunca.
- FRESCANDO - Fazendo graça.
- VISGO - Vício, costume.
- MUFINO - Adoentado, triste, abatido, cansado.
- BAQUE - Pancada, machucado.
- MANINHO - Colega.
- BORÓ - Dinheiro trocado.
domingo, 9 de abril de 2006
Cerpa para todos
E para quem não lembra, não sabe, ou lê "O Liberal" apenas, Augusto Barata explica o escândalo CERPASA:
O escândalo do propinoduto
A proposta de instalação da CPI teve origem na esteira de uma série de matérias publicadas pelo jornal “Diário do Pará”, entre 22 e 29 de maio de 2005, por mim assinadas, revelando o teor dos documentos que sustentam a denúncia feita pelo Ministério Público Federal revelando a teia de corrupção tecida por tucanos de farta plumagem no imbróglio que envolve a Cerpa (Cervejaria Paraense S/A ), fabricante da cerveja Cerpa. As matérias foram ilustradas com o fac-símile de cópias de alguns dos documentos anexados na ação.
A denúncia figura no inquérito 465/PA que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e revela que a cervejaria paraense, valendo-se de um caixa 2 – que vem a ser uma contabilidade clandestina, cujos valores não são declarados ao Fisco-, abasteceu a campanha do governador Simão Jatene nas eleições de 2002 com R$ 16,5 milhões. A contrapartida do tucanato foi conceder à Cerpa perdão e incentivos fiscais que chegaram a R$ 47 milhões.O propinoduto da Cerpa começou a regar a horta da corrupção tucana a partir do final do governo de Almir Gabriel (PSDB).
A denúncia do MP
No inquérito que tramita no STJ o governador Simão Jatene é acusado de corrupção passiva, juntamente com Francisco Sérgio Belich de Souza Leão, atual secretário especial de Governo; Teresa Luzia Mártires Coelho Cativo Rosa, atualmente secretária especial de Gestão; e Roberta Ferreira de Souza, na época secretária executiva da Fazenda, em exercício. Dono da Cerpa, Konrad Karl Seibel, também conhecido como “Alemão”, é acusado de corrupção ativa e falsidade ideológica.
O escândalo foi deflagrado a partir de uma inspeção do Ministério Público do Trabalho na Cerpa, realizada em agosto de 2004, que constatou não apenas fraudes trabalhistas, mas também uma relação de promiscuidade lesiva aos cofres públicos entre a cervejaria e o tucanato paraense.
Pizza para todos
Beijo da pizza
Em aparte ao discurso de Cipriano Sabino, Sandra Batista aproveitou para comparar a dança da pizza ao beijo da pizza, trocado pelos deputados Pio Neto (PTB) e André Dias (PSDB), a quando da votação que sepultou a proposta de instalação da CPI da Cerpa.
O beijo da piza entre Pio Neto e André Dias, tanto quanto a dança da pizza de Angela Guadagnin, foi um daqueles tristes momentos que desmerecem a importância do parlamento como expressão da vontade popular. Além de incluir seus protagonistas entre as excrescências abrigadas no parlamento.
Agora faz sentido
Aniversário
Comovente, para dizer o mínimo, o registro feito por “O Liberal” no “Repórter 70”, a principal coluna do jornal, sobre os 25 anos da Griffo, uma das principais agências de propaganda do Pará. A agência tem como dono o marketeiro-mor do PSDB no Pará, Orly Bezerra, em sociedade com o jornalista e publicitário Antônio Natsu.
Desde a ascensão ao poder do tucanato paraense, em 1995, a agência detém a fatia do leão da publicidade do governo do estado e agora também, desde 2005, a da prefeitura de Belém. A conta da prefeitura foi retomada pela Griffo com a eleição de Duciomar Costa (PTB), após a agência monopolizá-la durante toda a gestão do ex-prefeito Hélio Gueiros (então, PFL), que se estendeu de 1993 a 1996.
Apesar da reconhecida competência da maioria dos profissionais que atuam na agência, o tom da nota soou exageradamente laudatório. Nada, porém, capaz de surpreender, depois de Duciomar tornar-se “doutor” e na Roma do passado remoto o imperador Calígula, famoso por suas extravagâncias, ter nomeado senador Incitatus, o seu cavalo de corridas.
Como se pode ver, "tudo como dantes no quartel de Abrantes". Em tudo os tucanos parecem com os petistas. Até tem o seu Duda Mendonça. A única diferença é que eles parecem não ter a Veja em seu encalço. Só o Diário do Pará, que também não parece esconder a "mão que balança o berço".
Matando as saudades
De passagem prolongada por Belém, vivendo há mais de 8 anos em Bucs, (há alguns quilômetros de Zurich) Suíça, a jornalista Léa Gut (Nunes) esteve ontem na casa deste blogger, esbanjando a simpatia e o carinho de sempre.
De folga do afamado restaurante Weinberg que comanda junto com o marido - o talentoso "chef de cuisine" Bruno - Léa mata as saudades dos inúmeros amigos paraenses, sempre com muita alegria, características marcantes de sua afável personalidade. Volte sempre, amiga!
Dicionário do Paraense
- ESCANGALHEI COM A MINA - fez barba, cabelo e bigode com a gata.
- ASILADO - Homem ou Mulher que já estão há muito tempo sem manter relações sexuais.
- BUSTELA - Meleca.
- BENJAMIM - T (aquele troço que põe na tomada pra ligar vários aparelhos elétricos).
- VISAGEM - Fantasma.
- PAVULAGEM - Frescura. Ex: "Deixa de pavulagem!", "Deixa de ser metido!".
- TRAVESSA - Tiara (Arco de prender cabelo).
- CRUZETA - Cabide.
- PIQUENO(A) - > Rapaz ou moça Ex: "Ei, piqueno! Pega aí essa tigela de açaí!".
- PIQUENOZINHO(A) - Termo perjorativo, pessoa enxerida. Esse termo foi simplificado pra "zinho" ou "zinha". Ex:" É-GU-Á. Esse piquenozinho é muito chato!!!".
Chuchu na serra.
CHUCHU
E o chuchu, hein? Quase seis anos no governo: 69 pedidos de CPIs engavetados e, no arquivo, 974 contratos julgados irregulares pelo TCE de São Paulo. Fora os 400 vestidos de dona Lu.
E isso não deu reportagens tão efusivas. A exemplo do caso da Cerpasa, que parece ter virado suco também.
Pois sim!
Velox silencia sobre os transtornos que vêm causando aos seus assinantes. Mas, promete que, a partir do dia 28, a forma de conectar a internet irá mudar para melhor mais rápida e eficiente. Tomara.
Mas ontem mesmo, por volta de 2 h da madrugada, o Velox simplesmente deixou de existir. Não adiantava nem fazer "ping" que não havia resposta. E a concorrência vem aí, oferecendo taxas de conexão muito mais altas, com banda garantida e preço melhor. O problema é o limite de download, que se ultrapassado de uma taxa mensal contratada, será tarifado do usuário. O Velox, com todos os seus problemas, ao menos deixa o download livre. Por enquanto. Mas só garante mesmo até 10% do contratado em taxa de conexão. Daí porque, em seu contrato, afirma maliciosamente fornecer "até" 1000 kbps, por exemplo. Se o usuário medir adequadamente, verá que a taxa de conexão real, nos bons períodos do dia, atinge 30% menos do que o acertado.
sábado, 8 de abril de 2006
Chôro na Varig
Funcionária da Varig chora durante manifestação em defesa da empresa realizada hoje no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro; em situação crítica, a Varig pode receber ajuda da Star Alliance e da OceanAir.
Apesar da consternação que a atual situação da Varig certamente gera em todos os brasileiros (que sempre de alguma maneira se orgulham dela), não podemos como cidadãos, deixar de vê-la como uma empresa privada em dificuldades financeiras. E não admitiria qualquer socorro governamental à Varig.
Contudo, apesar de suas notórias dificuldades, o atendimento e o serviço à bordo de seus aviões, continua excelente, com comissários atenciosos e bem treinados. A eles, minha absoluta solidariedade, por serem os principais atingidos pelos desatinos da empresa. O chôro da comissária, provavelmente é o resultado de uma carreira de sonho realizado, ameaçado pelo futuro incerto. E a foto, merece o registro.
"Lei Seca"
Males e benefícios
Nem todos os donos de bares e restaurantes de Belém são contra a lei seca. Muitos, que assinam as carteiras de trabalho de seus empregados, manifestam apoio à medida por razões econômicas. As despesas com hora extra e adicional noturno vão cair. Além do mais, dizem, o melhor do faturamento não vai além de 2h. Sem contar que não precisam aturar bebedores renitentes até o dia clarear.
Como se pode ver, existem vários motivos para a chamada Lei Seca. Denominação inapropriada, a meu ver, para um limite legítimo, imposto pela população, em fórum democrático. Tal limite, em uma sociedade educada e moderna, deveria realmente estar na consciência de cada um. Mas infelizmente, não é o que acontece. Já vi grande empresário de mídia local, sair carregado pelos próprios seguranças em um conhecido bar da cidade, após comportamento inconveniente. E já vi baiúca modestíssima fechar suas portas cedo e respeitar espontaneamente um volume de som tolerável. Os chatos de plantão, os inconvenientes, os violentos deverão procurar outro lugar para passar a noite.
Dicionário do Paraense
- TORÓ - chuva forte.
- "LÁ EM BAIXO" - Vou ao centro comercial da cidade (usado muito por pessoas mais velhas).
- POTOCA - papo furado, mentira.
- "TU TÁ BEM NA FOTO" , mas não é lá "essas coca-cola" - estás bem, mas não é lá essas coisas...
- "Tá vindo um PÉ D'ÁGUA" = Tempestade, chuva muito forte.
- VAREJEIRA - Mulher safada.
- CABA - Espécie de inseto, vespa.
- PORRETA - O mesmo que "pai d'égua".
- "TU VAI DANÇAR UM CARIMBÓ JÁ,JÁ" - Eu vou te dar uma surra.
- "VOU ME QUEBRAR COM AQUELA GATA" - Vou ficar com aquela mulher.
- JIA - Perereca, rã.
Novos Rumos
Emmanuel Nassar, pelo MSN, informa que estará fazendo uma participação no segundo semestre de 2006 em uma amostra coletiva em São Paulo, que deve coincidir com a Bienal deste ano. Embora lamente que a exposição muito provalemente ocorra no mesmo período do Círio (como todo bom paraense deve lamentar), Emmanuel estará mostrando sua última tendência artística de combinar fotografia digital com pintura em acrílico. É como fotografar pinturas e pintar fotografias, resume.
sexta-feira, 7 de abril de 2006
Açaí na Bolsa de Valores
Leiam aqui.
Dicionário do Paraense
BOLO PODRE - Bolo de tapioca
MANINHU = Amigo, Colega
EBI - Égua, Caramba (Ebi era usando por pessoas que antigamente consideravam o Égua como um palavrão)
LÁ NO CANTO - Lá na esquina
XIRÍ - Órgão genital feminino
RABIOLA - Um tipo de Pipa
CABAÇO - Pessoa que nunca teve relações sexuais
"AXIIII! CREDO!" - Expressão de desdém quando você não gosta de alguma coisa.
PIRA - Brincadeiras infantis (tipo pique lá pras bandas do sul) ou ferimento causado por má higiene.
quinta-feira, 6 de abril de 2006
Nojeira!
Está crescendo, em alguns municípios paraenses, a reação contra o Greepeace. Em Altamira e em Itaituba, há carros circulando com adesivos dizendo que a 'A Amazônia é Brasileira - Fora Greenpeace!'
E ainda vomita o seu preconceito como se "fosse testemunha" do fato. Já está ficando "pitiú".
Dicionário do Paraense
- "JÁ ESTÁS NO TEU MOMENTO" - quando alguém faz algo que chame atenção, ou "dá em cima" de outra pessoa... aí, usam isso.
- DERRUBAR - delatar, entregar.
- "MAS QUANDO" - não se refere a data e sim a pessoa dizendo "não". Por ex: "Você vai ao show hoje?? Mas quando! Estou sem dinheiro.
- ESMIGALHAR - amassar, desmanchar.
- ESBANDALHAR - quebrar.
- RALHAR - Brigar no sentido de "dar carão". Ex: "Nem te brigo, nem te ralho. Só te olho".
- "DIZ QUE"... - Uma interjeição de ironia. Por ex: "Diz que ele foi lá ver o chupa-chupa".
- COQUE - Um leve soco com a falange dos dedos na cabeça da criança peralta.
Mudança de veículo
Cena da cidade sem lei testemunhada por uma professora, por volta das 16h de anteontem, na Augusto Montenegro: adolescente que andava de bicicleta foi abordada por um ladrão, que aplicou safanão tão forte na garota que ela foi parar dentro da vala.
Coitada! Será que ela ao menos teve tempo de olhar para cara de seu algoz?
E que faz nosso ex-promotor público agora investido no cargo estadual de segurança?
Saúde e "presepada"
Pedro Bó
A declaração do secretário de Saúde, Fernando Dourado, em rede nacional de TV, já é séria candidata a presepada do ano. Segundo ele, o surto de malária que assola Anajás não é caso de calamidade pública. Para Dourado, 11.622 doentes (63% da população) não representam uma situação preocupante.
Dizer que a incidência de Malária não é preocupante parece já estar no automático das autoridades de saúde que se sucedem. Foi preciso a TV LIBERAL mudar de Chefe de Reportagem (agora comandado por jornalistas da Globo do Rio) para que a promiscuidade Governo/ORM não prejudicasse a credibilidade daquela televisão.
Cabe ainda um comentário sobre a nota do RD. A palavra "presepada" vai entrar rapidamente no Dicionário do Paraense, série que venho publicando desde ontem. Bem como "presepeiro".
Socorro!
Penitência
Dona-de-casa passou ontem por uma verdadeira tortura em busca de socorro médico nos postos de saúde da capital. Com ferimento no pé, ela se dirigiu à Cremação, mas acabou encaminhada ao PSM do Guamá. Recusada, voltou à Cremação. De lá, teve que ser levada ao posto do Jurunas, mas não havia mais senha. Foi, então, à Pedreira, onde deu com a cara na porta. Com febre e dor, vai amanhã tentar a sorte na Sacramenta.
Deste jeito, não existe pronto socorro que aguente. E na porta de entrada, quem sempre responde pelo problema, é o médico. Não as autoridades de saúde.
Firefox vai crescendo
O IDG NOw, website especializado em notícias de tecnologia da informação, publica hoje aquilo que todos já sabiam. O navegador Internet Explorer(IE) perdeu 3,89% de participação no mercado de navegadores. Seu principal concorrente de código aberto, o navegador Mozilla Firefox, ganha quase o mesmo percentual de usuários (3,34%), passando a possuir 10,05% deste mercado. Apesar disso, o IE ainda detém 84,7% graças ao fato de vir embutido no sistema operacional Windows. Fato interessante do estudo é a posição do navegador Netscape, outrora líder nos primórdios da internet comercial, ocupando agora prosaicos 1,05%. Para quem não se lembra, o Netscape foi um dos primeiros navegadores web, numa época em que a internet saía da inteface de linha de comando (estilo MS-DOS) e passava para a atual interface gráfica, que rapidamente popularizou a rede mundial de computadores. Quanto ao IE, ninguém deve estranhar se a Microsoft lançar ainda neste ano, antes mesmo de seu novo sistema operacional conhecido como Windows Vista (que vai substituir o atual Windows XP) previsto para o primeiro semestre de 2007, uma nova versão de seu navegador que deverá incluir o prático recurso de navegação por abas.
quarta-feira, 5 de abril de 2006
Entenda o que o paraense fala
- ÉGUA - Vírgula do paraense, usada entre mil de mil frases ditas, e com essa expressão, ele não tem a menor chance de errar nas concordâncias.
- LEVOU O FARELO - Se deu mau.
- PITIÚ - Cheiro de característico de peixe, você consegue sentí-lo com maior intensidade no VER-O-PESO. Cheiro de ovo também é pitiú.
- "SÓ-TE-DIGO-VAI!" - Expressão usada pelas mães pra chamar a atenção dos filhos, quando não as obedecem.
- "TE ACOCA" - Te abaixa.
- "MUITO PALHA!" - Muito ruim!
- TUÍRA - Pó da pele de quem não toma banho direito!
- "MAS-COMO-ENTÃO?" - "Me explique, por favor!"
- "BORA LOGO!" - Se apresse!
- "BORIMBORA!" - Vamos embora.
- "MAS QUANDO!" - Você está mentindo!".
- "EU CHOOORO!!!" - Significa "não to nem aí pra ti!, te vira!, dá teu'jeito!".
- "OLHA QUE O PAU TE ACHA!" - Toma cuidado!.
- FILHO DUMA ÉGUA! - Filho da mãe!
- "E-GU-Á! "- Poxa vida!!!
- "PAI D'ÉGUA!" - Excelente!
- "MAS CREDO" - Sai fora.
- OLHA JÁ - É mentira!!
- JÁ ME VÚ - "TchauÊÊÊ"..Quando algo que se conta é mentira.
- ERAS - o "Eras" acompanha também todos esses sinônimos.
- TU ALOPRAS - Você "apela".
- HUUUIM! TÁ, CHEIROSO! - "Hum...tá bom, gatinho, tá bom lindo, tá bom bonito" É uma forma de ironia, tipo "conta outra!."
- PUTISTANGA - Sinônimo de "É-GU-A" que quer dizer: "poxa vida!!!"
- UUUULHA - Expressão usada por nossas crianças quando querem se referir a algo.
- ASSANHADO - Para nossos amigos sulistas, esse adjetivo não quer dizer "ENXERIDO", e sim, seu cabelo está bagunçado!!
- DIACHO! - Expressão de desapontamento.
- DESPOMBALECIDO - 1. Estado de moleza e cansaço. 2. Enfermidade. (Essa é demais!)
- MERDA NÁGUA! - É o famoso "maria vai com as outras".
- CARAPANÃ - Pernilongo, mosquito, borrachudo.
- PÔ-PÔ-PÔ - Embarcação típica composta por um a canoa coberta, movida a motor de 2 tempos na pôpa.
- CALANGO ou OSGA - lagartixa (de chão).
- BAITA - Algo legal, bacana.
- ARREDA AÍ - Afasta aí.
W.Bloggar
terça-feira, 4 de abril de 2006
Isso não tem em Algodoal
VÍCIO VIRTUAL
Uma pesquisa, realizada na Europa e no Oriente Médio pela empresa Symantec, concluiu que a maior parte dos usuários de e-mail é viciada na ferramenta de comunicação. Um em cada cinco entrevistados admitiu que verifica seus e-mails compulsivamente e fica arrasado quando não consegue acessá-los.
Segundo o estudo, divulgado em fevereiro deste ano, 75% dos usuários de Internet têm esse vício virtual: não conseguem se desconectar por nada desse mundo, nem mesmo se a troca for por uma boa viagem. Sem computador ou cybercafés para poder consultar sua caixa de entrada, nem pensar!
A pesquisa, encomendada à Dynamic Markets, teve como amostragem um universo de 1.700 pessoas e identificou quatro tipos de usuários do e-mail: os disciplinados, os dependentes, os fóbicos e os sobrecarregados. O perfil básico do viciado virtual seria o excesso de stress, frustração e nervosismo quando da impossibilidade de bater o ponto diário em sua caixa postal eletrônica.
Para a Symantec, o resultado é preocupante: 40% dos participantes da amostragem têm uma relação pouco saudável com as mensagens eletrônicas. Segundo o gerente de marketing da empresa, Christopher Cook, o comportamento do internauta brasileiro pode ser considerado o mesmo: "não há muita diferença, ainda mais se considerarmos o ambiente corporativo. A proliferação da Internet e do e-mail é uma coisa global", conclui Cook.
Onde você se enquadra?
Em se tratando de texto, resta saber se os efeitos deste fenômeno na linguagem escrita são positivos ou negativos.
Faltou a symantec detectar um grupinho, que apesar de raro, existe: grupo dos usuários que odeiam escrever e nem e-mail os estimula a gostar. Isso no universo de usuários que sabem ler e escrever e tem PCs em casa ou no trabalho, obviamente. Seriam os fóbicos?
Mas que eles existem, existem.
segunda-feira, 3 de abril de 2006
Mais mensagens cifradas
Números
O que impressiona nos números da 'pesquisa', além da precisão, é a desfaçatez de quem os produziu. Segundo o levantamento, 81% dos entrevistados lembraram o nome de uma empresa que não existe e jamais publicou um anúncio sequer, 71% aprovam o atendimento e 70% destacam a qualidade dos serviços. Há cuidados em informar a quantidade de homens e mulheres entrevistados e a faixa etária de cada um.
A quem eles se referem? Ao IVC?
Valores?
Valores
San Thiago Dantas, ministro da Fazenda e das Relações Exteriores no desposto governo João Goulart, fez certa vez reflexão que se ajusta como uma luva à realidade da política brasileira atual. Ensinou ele: 'A crise dos valores morais, na atual conjuntura política, tem feito com que todos os padrões de segurança, honestidade, transparência e confiança sejam abalados, produzindo nas pessoas os efeitos perniciosos da baixa estima e da descrença nas instituições e nos homens públicos'. Ainda hoje, alguém discorda disso?
Não. Ninguém discorda disso. Só não acho que seja motivo para golpe militar. Mas para acionamento das instituições reguladoras.
Museu do PC na Web
30 anos da Apple
Porta tumultuada
Depois de sofrer um acidente que resultou em dois cortes profundos na perna, o marítimo Augustinho Bahia, morador da avenida Mário Covas, em Ananindeua, procurou atendimento no Hospital Metropolitano de Belém, ontem, por volta das 21h. O médico que estava de plantão se recusou a atendê-lo alegando que o osso não estava exposto e o encaminhou ao Pronto Socorro do Jaderlândia. O curioso é que, no mesmo momento, uma mulher conseguiu atendimento para o filho que estava com dor de cabeça. O médico sequer olhou o ferimento. Ao chegar no Jaderlândia, não pôde ser atendido e foi encaminhado para a Cremação. Revoltado e sangrando, às 23h ele decidiu procurar atendimento de urgência e emergência em um Hospital Particular.
É preciso realmente deixar mais claro à população sobre qual de fato é a clientela deste hospital. Ostentar o título de Hospital de 'Urgência e Emergência" e obrigar os médicos de porta de entrada a comunicar ao paciente dentro da ambulância, que ele não será atendido, é no mínimo uma solução tensa. Que ainda pode sujeitar os profissionais de primeiro atendimento a todo tipo de tensões, incluindo agressão física e as mais inesperadas violências, por parte dos pacientes e familares inconformados. Mesmo informando à população, ainda assim estas tensões continuariam. Esperar ocorrer a primeira agressão na porta de entrada do hospital para só então tomar providencias, é no mínimo uma impropriedade. Considerando-se a flagrante ineficiencia e falta de resolutividade das unidades básicas de saúde, pode-se até argumentar que todas as portas de entrada públicas estão sob tensão. O que é verdade. Mas não há motivos para acrescentar mais uma sem as devidas garantias de segurança à equipe de saúde, que deve estar protegida dos mais exaltados. É preciso também reforçar ao SAMU 192 sobre a clientela do hospital evitando-se que as ambulâncias cheguem até o hospital levando casos que sabem não ser daquela referência. Ou então que se rediscuta o papel do hospital no sistema de saúde. Mas o médico não poderá ser o "boi de piranha" mais uma vez desta velha história.
sábado, 1 de abril de 2006
E os saudosistas param avião
Para que você não veja seu avião ser parado manu militare, interessante ler a reportagem da folha de hoje, que reproduzo abaixo.
HERANÇA MILITAR
42 anos após tomar poder, Força afirma orgulhar-se do passado; quem assina nota é general que parou avião
Golpe alicerçou democracia, diz Exército
PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No aniversário de 42 anos do golpe militar de 1964, a ordem do dia do Exército, lida para cerca de 200 mil soldados em quartéis de todo o país ontem, exalta sua atuação ao dizer que "esse Exército orgulha-se do passado". Diz ainda que o golpe ajudou a "alicerçar, em cada brasileiro, a convicção perene de que preservar a democracia é dever nacional".
"O 31 de Março insere-se, pois, na História pátria e é sob o prisma dos valores imutáveis de nossa Força e da dinâmica conjuntural que o entendemos. É memória, dignificado à época pelo incontestável apoio popular, e une-se, vigorosamente, aos demais acontecimentos vividos, para alicerçar, em cada brasileiro, a convicção perene de que preservar a democracia é dever nacional", diz o final do texto, assinado pelo comandante do Exército, general Francisco Albuquerque.
Antes, em seis pontos começados sempre com "Esse Exército, o seu Exército", a nota destaca o que considera "valores" da Força. "Esse Exército, o seu Exército, orgulha-se do passado, porque nele os valores e postulados da instituição, que se confundem com os da própria nação brasileira, nasceram e se consolidaram", diz o primeiro dos pontos.
O novo ministro da Defesa, Waldir Pires, nomeado ontem para o cargo, disse respeitar a posição de cada um, ao comentar a ordem do dia do Exército. Pires foi um exilado político justamente pelo golpe militar de 1964
"Não tenho nada a contestar à posição de quem interprete dessa forma [a exaltação ao golpe militar]. Tenho que respeitar a posição de cada um", afirmou.
Segundo ele, "na história temos que consolidar a soberania popular, a idéia de liberdade e a garantia dos direitos dos cidadãos".
Em outro trecho, a nota de ontem diz que o Exército "considera que esse passado pertence à história e volta-se para o futuro, trabalhando pelo desenvolvimento nacional e empregando a mão amiga de sua gente toda vez que necessidades, urgências e emergências clamam por sua presença".
A nova manifestação do Exército ocorre num momento delicado, já que seu signatário, o comandante Albuquerque, foi alvo de críticas nas últimas semanas, depois de ter supostamente usado o cargo para conseguir embarcar em um avião lotado que já se preparava para decolar. Ele nega e diz que agiu como um cidadão.
Mas não é a primeira vez, já depois da redemocratização, que o Exército utiliza a ordem do dia para defender o golpe. Em 2000, a ordem do dia afirmava que o movimento militar de 64 foi um ato de "coragem moral" para "restaurar a democracia". Contra a "insensatez" e o "destempero", dizia a nota, os militares mantiveram-se "ao lado da razão".
No ano passado, porém, o Exército adotou, no ano passado, tom bem mais ameno sobre o golpe em sua ordem do dia de 31 de março. Uma nota de meses antes, de outubro de 2004, exaltava a atuação do Exército no golpe e tentava justificar a violência dos militares contra grupos que se opunham à ditadura. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva obrigou o general Albuquerque a se retratar, mas o militar ficou. Quem caiu foi o então ministro da Defesa, José Viegas.
Escaldado com a repercussão da nota de apenas seis meses antes, em 2005 o Exército disse apenas que, quando chamado a agir, "sempre o fez objetivando exclusivamente os mais elevados interesses nacionais".
Fervendo em Paris
police partout, justice nulle part !
era o q estava escrito num muro de grade na frente da sorbonne, ateh ontem.
depois tentaram apagar com uma escovinha xinfrim.
(mas tenho fotos e provas que logo posto aqui).
depois da grade tinham dois caminhoes de policia,
depois a praca da sorbonne,
depois a estatua de auguste compte da qual o papai gosta,
e longe muito longe tinha a tal universidade.
todas as ruas ao redor da sorbonne estao bloqueadas por zil carros de policia,
uns tantos caras armados de cara amarrada.
o bairro ficou totalmente isolado.
e virou a melhor atracao turistica da cidade !
alias, vou pra passeata nesta terça, o must atual de Paris !!!
Papelão II
Bem, é de se esperar que os demais donos de bares da cidade possam contar com a valiosa presença do deputado Jordy em suas mesas.
Bem como termos como amigos aquele General do Exército que mandou voltar o avião da cabeceira da pista afirmando que fez valer seu direito de cidadão.
Ser cidadão assim é ótimo, não?