quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
Primeiras 24 h sobrevivendo ao Vista
Meu perfil de hardware:
ATHLON XP 2600 (2GHZ), 1 gbyte de RAM, HD de 40 gbytes, Placa de Vídeo ATI Radeon 9600 (AGP), Placa de Áudio Creative Audigy 2 ZS 7.1, Monitor LCD Samsung 710 N, Impressora HP Photosmart 7260, Scanner Genius HR6X Slim, Mouse e Teclado wireless da Microsoft, Microsoft Fingerprint Reader (leitor de impressões digitais), Sintonizador de TV USB D-Link DUB T 210, iPaq hW6945, base para iPod com iTunes. Em rede híbrida (Wireless e Ethernet) com mais 3 computadores com Windows XP, de configuração semelhante. Os requisitos de sistema estão razoáveis para o Vista, principalmente levando em conta a placa de vídeo que deve fazer toda a diferença para fazer funcionar a interface AERO, mais bonita e cheia de novidades cosméticas. Mas quem não gosta de uma boa área de trabalho?
Instalação: durou quase uma hora. Descontado o tempo necessário para descobrir como abrir a caixa do Windows Vista (modo totalmente incomum) e onde estaria afixada a etiqueta com a chave de ativação. O Windows Vista vem em DVD. Portanto, os usuários que não possuírem leitor de DVD em sua máquina, NÃO conseguirão instalar o produto.
Neste tempo, 3 reinicializações sendo que a última, a máquina travou e tive aplicar a velha reinicialização manual (botão RESET no PC). Mas ao final, tudo voltou redondo e finalmente pude entrar em contato pela primeira vez com o sistema.
Primeiro boot:
A interface AERO funcionou perfeitamente nesta configuração com trasnparências, sombras e o novo cosmético Flip 3D (as janelas abertas se alternam em 3D na área de trabalho ao apertarmos as teclas WINDOWS + TAB). A performance aparente do sistema pareceu exatamente a mesma do XP, apesar de sabermos que tecnicamente o Vista exige muito mais da CPU. Ainda nas primeiras 24 h de sobrevivencia, é cedo para dar alguma opinião. Placa de vídeo, monitor, mouse e teclado automaticamente reconhecidos e funcionais. (Mouse e Teclados Microsoft utilizam os softwares Intellipoint e Intellitype que já possuem versões novas para o Vista. Recomendamos o download prévio). Os usuários do Fingerprint Reader, terão que fazer o download do novo software Digital Persona 2.0.
A placa de vídeo, apesar de ter sido reconhecida perfeitamente, deve ser atualizada com os últimos drivers disponíveis para manter sempre a melhor performance em jogos. Ambos os fabricantes (Nvidia e ATI) já possuem drivers atualizados em seus websites.
O iPod e o iTunes funcionaram sem nenhum arranhão, o que já contribuiu para minha maior tolerância aos problemas que surgiram depois (citados abaixo). Ora! Para que serve uma @#$%#% de PC que não consegue rodar um iPod?
O Fingerprint Reader, após a instalação do novo software, funcionou redondo.
A conexão com o roteador Velox funcionou de forma magnífica, sem quase nenhuma interferência minha, estando conectado à internet já no primeiro boot. Lembro que meu modem é configurado como roteador, sendo ele o responsável pelo login no Velox, independente do PC que a ele esteja conectado. Isto facilita e muito o compartilhamento de internet com os demais PCs da rede.
Problemas:
1. Placa de áudio não reconhecida. Tive que ir até o website da Creative americano e baixar uma versão beta do driver de áudio que funcionou adequadamente). Devo voltar lá mais vezes até o lançamento da versão final. Problema PARCIALMENTE RESOLVIDO!
2. Software de sincronização para o Pocket PC teve que ser atualizado para o novíssimo Windows Mobile Device Center que vai substituir o antigo ActiveSync. E funcionou bem após a instalação. Problema RESOLVIDO!
3. Norton Internet Security 2007 (NIS) comprado há menos de 1 mês é incompatível com o Vista e nem se instala. Problema GRAVÍSSIMO, que resolvi agora pela manhã após consultar Microsoft e Symantec. A solução apesar de trabalhosa é simples: baixa-se a versão trial da Symantec americana (em inglês uma vez que a brasileira ainda não está disponível até o momento) e durante a instalação, fornecemos a mesma chave de ativação impressa na capa do CD da versão brasileira, adquirida na loja. Finalmente, para meu alívio, tudo passou a funcionar perfeitamente. Estaremos em contato com a Symantec brasileira para obter uma versão funcional em português. Problema RESOLVIDO!
4. Perdi o Scanner que até o momento não possui drivers para o Vista (deverá ir para outro PC da rede com Windows XP). Problema NÃO RESOLVIDO!
5. Perdi o sintonizador de TV USB da D-Link que também até o momento não possui drivers para o Vista (idem). Problema NÃO RESOLVIDO!
6. Se você já se acostumou com o Windows Explorer, vai estranhar o novo gerenciador de arquivos do Vista. Trata-se de quase um novo paradigma. Mas com o tempo, acho que vou me adaptar a ele.
Estaremos a partir de agora postando sempre que possível, as novidades sobre o funcionamento do Vista, na medida em que o utilizamos. Aqueles que pretendem adotá-lo, podem ter uma boa idéia do que vão enfrentar pelo menos nestes primeiros meses. Na verdade, esta adoção precoce de um novo sistema operacional, nunca é recomendada, exatamente pelos problemas que sempre surgem com drivers de dispositivos. Nem todos os usuários de PC tem estômago para enfrentar sozinhos estas dificuldades iniciais. Estejam alertados então. Mas quem gosta e tem conhecimento para arriscar, vai adorar sim.
Vamos em frente então.
terça-feira, 30 de janeiro de 2007
É hoje!
segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
ORM/FUNTELPA: pagamento suspenso
Até o momento, o Portal ORM nada publica a respeito.
sábado, 27 de janeiro de 2007
Crises humanitárias negligenciadas pela mídia
The Artificial Florist. Man Ray, 1941
Enquanto escrevia o post sobre Doenças Negligenciadas, lembrei de olhar a página eletrônica dos Médicos Sem Fronteiras. Dei então com um interessantíssimo artigo sobre as omissões da mídia internacional, e por conseguinte local, sobre algumas crises humanitárias ocorridas em 2006.
Mais uma vez os interesses editoriais não condizem com o direito e os interesses de informação da opinião pública. Siga o link e saiba.
Doenças Negligenciadas
Entre os maiores problemas de saúde pública global está o insuficiente fomento à pesquisa de novos tratamentos para as chamadas doenças negligenciadas, que acometem a mais de cinco bilhões de pessoas no planeta.
A razão para esse insuficiente aporte de recursos em pesquisa e desenvolvimento de novas drogas, ou na melhoria da segurança e eficácia daquelas hoje disponíveis, decorre do interesse marginal ou nenhum interesse da grande indústria farmacêutica em investir num segmento com margem de lucro bem estreita.
São classificadas como doenças negligenciadas a Tuberculose, a Dengue, a Malária, a Hanseníase, a Doença do Sono, a Doença de Chagas e a Leishmaniose.
Como elementos para reflexão cito algumas informações:
Das 1.233 novas drogas desenvolvidas entre 1975 e 1997, apenas 1% eram destinadas ao tratamento das doenças neglicencidas, de maior prevalência nos países pobres.
90% dos recursos para investigações farmacológicas são destinados a pesquisas científicas sobre problemas que afetam apenas 10% da população mundial.
Até 2020 calcula-se que existirão quase 2 bilhões de infectados pelo bacilo da Tuberculose, dos quais 200 milhões adoecerão e 35 milhões morrerão. De acordo com a OMS, somente em 2000 foram quase 9 milhões de casos de tuberculose, dos quais 80% em 22 países pobres.
No Brasil, calcula-se que ocorra a perda de 16.500 anos de vida/ano por Malária, cálculo obtido a partir da notificação de 600 mil casos com perda de 10 dias de trabalho por ano.
Segundo a Organização dos Médicos Sem Fronteiras dos US$ 70 bilhões aplicados em pesquisas de medicamentos nos países industrializados, apenas 5% são destinados a pesquisas para o tratamento de doenças prevalentes nos países em desenvolvimento.
Trata-se, portanto, de uma brutal iniqüidade social que tem requerido atenção redobrada dos organismos multilaterais de desenvolvimento e de saúde pública, de ONGs como a dos Médicos sem Fronteiras e de governos nacionais. O Ministério da Saúde do Brasil, em 2006/07, estará aplicando aproximadamente U$ 10 milhões de dólares em pesquisa para o tratamento das doenças negligenciadas.
Contudo, cabe registrar, a chamada Big Pharma acusou recentemente atitude positiva para o assunto. O poderoso Laboratório SANOFI-AVENTIS iniciou em escala mundial o seu programa de acesso a medicamentos para doenças negligenciadas, produzidas ou a serem desenvolvidas pelo grupo, com o compromisso de fazê-lo a custo alinhado com o nível de renda dos países do Hemisfério Sul.
Se der certo essa iniciativa estaremos no limiar de um novo momento na história das relações entre Norte e Sul, entre países ricos e países pobres, entre indústria farmacêutica e mercado de saúde.
o
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
Desatino até no cemitério
A coluna "Repórter 70" de hoje publicou o seguinte: "Alguns túmulos do cemitério de Santa Izabel estão expostos pela falta de conservação, agravada pelas chuvas torrenciais dos últimos dias. A administração lava as mãos: a responsabilidade pela manutenção não é da administração pública, mas das famílias, cabendo aos administradores manter a limpeza da área comum e zelar pela segurança. O problema é que alguns túmulos têm mais de 100 anos e não se acha mais a família de muitos que estão enterrados ali."
A notícia é do maior interesse da campanha. Afinal, é nesses vasinhos que o Aedes Aegypti fará a sua festinha procriatória.
E, de quebra, desnuda-se mais um desatino da Administração municipal.
Pactos e história
Pactos políticos são por natureza transitórios e só aparentemente tranquilos. Que diga esse registro fotográfico no momento da assinatura do Pacto Molotov-Von Ribbentrop, um tratado de não agressão entre Alemanha e URSS, como preâmbulo da II Guerra Mundial (1939-1945).
Por esse acordo diplomático Stálin não reagiria frente a uma invasão da Polônia pela Alemanha e o governo de Hitler por sua vez apoiaria uma invasão soviética na Finlândia.
A comunidade internacional ficou de queixo caído com tamanho pragmatismo de ambas as partes em dividirem entre si própósitos com respeito a interesses geopolíticos, pois afinal ambos eram inimigos declarados um do outro.
A lua de mel só durou dois anos. A Alemanha rasgou o tratado de não agressão e invadiu a URSS em 41, na chamada Operação Barbarossa, que levou o exército nazista distar 50 km de Moscou. Stalin que aparece na foto todo sorridente soube ser estadista nesse momento. Permaneceu na cidade comandando o Exército Vermelho, evacuando antes os tesouros artísticos do Kremlim, velhos e crianças.
A Operação foi um sangrento fiasco militar para Hitler e assinalou o revés do mais poderoso exército nacional da época. Talvez fosse referência ao futuro da Alemanha no pós-guerra, a imagem inusitada do Chanceler Von Ribbentrop, registrado para a história de olhos fechados no momento da assinatura do Pacto.
Após a derrocada do estado alemão nazista, Von Ribbentrop foi capturado em 45 pelo exército americano. Julgado culpado de crimes de guerra foi condenado a morte por enforcamento pelo Tribunal de Nuremberg.
Flanando pelo Centro de Belém
Em foto de telefone móvel, flagrante desrespeito ao código de posturas do município. O proprietário desta casa na Pe. Prudêncio quase na esquina com a Rua Carlos Gomes, reservou a calçada para depositar o entulho de possível obra de reforma. Há mais de 3 semanas, não existe nehuma providência para punir o infrator. Um pouco antes, na esquina com a rua Henrique Gurjão, outro infrator deposita DIARIAMENTE uma grande quantidade de entulho, sem que seja incomodado.
O combate a este tipo de atitude - especialmente reveladora de maus hábitos possivelmente associados a mais absoluta impunidade - deve ser implacável e faz parte do tópico ações públicas recomendado pelo Ministério da Saúde no combate à Dengue.
Flanando pelo Google Earth
Aruba no Google Earth...
...com belas praias de areia muito branca e fina. (zigzag1969)
Paraíso de muitos paraenses que para lá se dirigiram em tempos de boas promoções turísticas, Aruba fica a 27 km ao norte da Venezuela e é colônia holandesa. A capital, Orangestadt, com cerca de 27.000 habitantes, possue casas com típica arquitetura holandesa.
Latitude: 12°30'35.47"N
Longitude: 69°58'44.16"W
quinta-feira, 25 de janeiro de 2007
Pressão surte efeito parcial. Falta todo o resto.
A situação exige seriedade, sem musiquinha feliz ao fundo. Se ficar só na propaganda, a doença vai em frente.
Adoraria que o lixo fosse adequadamente retirado da cidade, da esquina de minha casa (que um animal diariamente há anos deposita em via pública sem sofrer qualquer fiscalização) da casa dos outros e da via pública, que os fumacês passassem com mais frequência na zona central e demais localidades desprovidas de qualquer saneamento básico.
Mas o que exultaria realmente, é que os 2 terríveis anos que ainda nos restam com Duciomar Costa passassem rapidinho. Vou tentar não ligar muito pra isso pra ver se pelo menos a ilusão de passagem rápida do tempo dá uma ajuda.
Enquanto isso, como diz o poster do Quinta, a convivência vai ser mesmo muito dura.
Maravilhas da natureza
quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
Caos ortográfico
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
Campanha permanente
Por sugestão de Oliver, o Flanar dá início a campanha permanente contra a dengue. A partir deste momento, as principais recomendações de utilidade pública estarão permanentemente na barra lateral direita do blog.
Não apenas isso. Estaremos vigilantes e cobrando das autoridades de saúde providências mais efetivas e enérgicas contra a doença. Aqueles que quiserem se juntar a nós, podem copiar a imagem acima e botar em seu blog.
Vamos construir um blogring de cidadania cobrando das autoridades as providências necessárias para controle da doença. Chega de campanhas de auto-promoção. Em um momento destes, queremos campanhas educativas, claras e efetivas contra a dengue.
Aqueles que forem aderindo, vão sendo linkados neste post.
É só comentar.
Dengue: informações à população
Sendo assim recomendamos a visita ao Portal da Saúde que apresenta informações muito valiosas aos digitalmente incluídos. Lá também você poderá ler as chamadas Ações Públicas. Em outras palavras, é tudo aquilo que nossas autoridades precisam fazer e que você não só pode como deve cobrar.
Quer fazer um pouco mais? Imprima, copie e distribua aos seus vizinhos, aos empregados de sua empresa, às escolas, em todos os lugares onde o alcance destas informações possa se amplificar.
Vamos imprimir a Dengue.
Dengue: o que não fazer
2) As dores generalizadas e febre são sintomas muito importantes e incômodos na dengue. O que leva muitas pessoas a se automedicarem de maneira insegura e abusiva, trazendo graves complicações. Para dor, a tolerância das pessoas varia muito. Alguns a toleram mais e outros não. Para estes casos recomendamos medicamentos a base de acetaminofen ou paracetamol em intervalos de no máximo 6/6 horas. Se a febre e a dor não passarem, melhor procurar o médico e fazer internação hospitalar para administração de medicamentos intravenosos de maneira segura, dentro do ambiente hospitalar.
Dengue: sinais e sintomas
Dengue Clássica: Febre alta com início súbito· Forte dor de cabeça· Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos· Perda do paladar e apetite· Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores· Náuseas e vômitos· Tonturas· Extremo cansaço· Moleza e dor no corpo · Muitas dores nos ossos e articulações.
Dengue hemorrágica: Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:· Dores abdominais fortes e contínuas. Vômitos persistentes · Pele pálida, fria e úmida· Sangramento pelo nariz, boca e gengivas· Manchas vermelhas na pele· Sonolência, agitação e confusão mental· Sede excessiva e boca seca· Pulso rápido e fraco· Dificuldade respiratória· Perda de consciência.
Fonte: Portal da Saúde
Combate à Dengue
Informações importantes para o combate que você também pode fazer à disseminação da Dengue em sua casa:
MEDIDAS PARA EVITAR PICADA DE MOSQUITO
- Espirais ou vaporizadores elétricos : Devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr-do-sol, horários em que os mosquitos da dengue mais picam.
- Mosquiteiros : Devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto à noite.
- Repelentes : Podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.
- Telas : Usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.
- Tampar os grandes depósitos de água : A boa vedação de tampas em recipientes como caixas d'água, tanques, tinas, poços e fossas impedirão que os mosquitos depositem seus ovos. Esses locais, se não forem bem vedados, permitirão a fácil entrada e saída de mosquitos.
- Remover o lixo : O acúmulo de lixo e de detritos em volta das casas pode servir como excelente meio de coleta de água de chuva. Portanto, as pessoas devem evitar tal ocorrência e solicitar sua remoção pelo serviço de limpeza pública - ou enterrá-los no chão ou queimá-los, onde isto for permitido.
- Fazer controle químico : Existem larvicidas seguros e fáceis de usar, que podem ser colocados nos recipientes de água para matar as larvas em desenvolvimento - este método para controle doméstico da dengue em cidades grandes tem sido usado com sucesso por várias secretarias municipais de saúde e é realizado pelos agentes de controle da dengue.
- Limpar os recipientes de água : Não basta apenas trocar a água do vaso de planta ou usar um produto para esterilizar a água, como a água sanitária. É preciso lavar as laterais e as bordas do recipiente com bucha, pois nesses locais os ovos eclodem e se transformam em larvas.
Socialismo viral?
Mas não é o karapanã nem o vírus que o fazem. Antes disso, a leniência de muitos é que nasce para todos.
O fato de um caso de Dengue Hemorrágica - a forma mais grave da doença - ter sido contraído em plena zona central da cidade é emblemático para aqueles que ainda acham que ele é privilégio de zonas mais periféricas, que de fato sofrem mais com as deficiências sanitárias.
Mas o centro, já não é mais o mesmo. Os maus tratos lá existentes nos mais variados aspectos (não exclusivamente sanitários), são os principais responsáveis pela realidade que já era de conhecimento dos médicos há muito tempo. Mas como a princípio a doença era de perfil predominantemente benigno, a sensação de segurança flanava na cabeça dos centro-belenenses.
Tristes dos cidadãos obrigados a viver em duas sensações: a de insegurança pública e a de segurança sanitária.
Mãos a obra e vamos todos começar a lutar contra o lixo nos terrenos baldios, em pisicinas abandonadas, tratar a água dos vasos de flores, emborcar garrafas e vasilhames, proteger pneus e abolir qualquer pocinha de água acumulada. Aproveitemos também para adquirir de maneira definitiva bons hábitos sanitários.
Alea jacta est.
segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
Flanando pelo Google Earth
Mapas antigos. Um bom passeio no Google Earth.
Mais uma maneira interessante de utilizar o Google Earth é descobrir alguns recursos meio que escondidos na barra lateral esquerda. Num deles, na área Layers (marcada em vermelho na imagem acima), procure Featured Content. Clique no sinal de + e em seguida verá Rumsey Historical Maps. Escolha um dos mapas e divirta-se com imagens sobrepostas do mundo em 1790, por exemplo. Recomendo o mapa da américa do sul (South America 1787).
Esta dica pode ser encontrada na última edição da PC Magazine Brasil.
A Ribalta para o convênio FUNTELPA/ORM
O programa Sem Censura Pará da próxima sexta-feira será especialmente dedicado ao convênio entre a Funtelpa e as ORM, pelo qual a TV Liberal usa as antenas repetidoras que pertencem ao Governo do Estado e ainda recebe por isso. Durante o governo tucano, foram pagos às ORM cerca de R$ 30 milhões. O convênio esdrúxulo foi renovado nos estertores do governo tucano. Assunto tabu na TV Cultura até o ano passado, o convênio virou pauta de um dos programas de maior audiência da emissora. Foram convidados o promotor Nelson Medrado, o sociólogo Domingos Conceição, autor da ação que pede o fim do convênio, e o diretor técnico da TV Cultura, José Neto.
Por que não convidar também o jornalista Lúcio Flávio Pinto, principal denunciante e grande responsável por tudo o que sabemos a respeito do escandaloso convênio?
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
Five to Midnight
Vaclav Chochola. Slepej, 1971
Em 1947, os diretores do Boletim dos Cientistas Atômicos da Universidade de Chicado (USA) criaram simbolicamente o Doomsday Clock, o Relógio do Juízo Final, destinado a mensurar o risco de um conflito nuclear capaz de aniquilar a Humanidade. A hora do Armagedom seria exatamente quando os ponteiros marcassem meia-noite, e antes que silenciasse a última badalada.
Desde então e de acordo com a temperatura da política internacional, os ponteiros do relógio avançam ou recuam, refletindo maior ou menor proximidade de uma guerra nuclear. Por exemplo, quando a extinta URSS testou sua primeira bomba nuclear, em 1949, o relógio passou a marcar três minutos para a meia-noite, e dois minutos, quatro anos depois, quando as duas superpotências iniciaram a porfia de testarem bombas nucleares cada vez mais poderosas a cada nove meses.
Mas ouve momentos de alívio. A ocasião da assinatura do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, entre URSS e EUA, o relógio cronometrou até hoje a distância máxima para o fim dos tempos: cravados 17 minutos. Curiosamente, na Crise dos Mísseis Cubanos, momento da história em que estivemos os mais próximo de uma catástrofe nuclear, o relógio não se moveu. A situação por si falava ao mundo da gravidade dos fatos e os cientistas decidiram não botar mais lenha na fogueira.
Hoje, o Boletim dos Cientistas Atômicos informou a Humanidade que o relógio foi alterado de 7 para 5 minutos em razão de fatos importantes estarem desenhando o advento de uma 2a. era atômica com todos os riscos que isto significa em termos de geopolítica internacional.
A primeira deles é a insegurança dos artefatos nucleares disponíveis nos países da extinta União Soviética, expostos a roubos e possível contrabando para criminosos internacionais, políticos ou não. Em segundo é o fim da era do petróleo, e com ela a mudança das fontes de combustível para a produção industrial. Não é só o Irã que está buscando energia nuclear. O Egito também reativou seu programa, mas como é aliado dos EUA, não ganha as manchetes internacionais.
Os cientistas advertem que avanços na biotecnologia - genética e nanotecnologia - e as alterações climáticas agregam também consideráveis riscos para um conflito nuclear em razão da possibilidade de uso daquelas tecnologias em armas biológicas até então não disponíveis, bem como, em termos de clima, a elevação das temperaturas no planeta provocarem disputas por terras ricas em recursos hídricos.
Educação ambiental
Sujismundos aquáticos
Passageiros que utilizam os portos da CDP receberão lições de educação ambiental para que os rios não paguem o preço da desinformação. A campanha chegará aos passageiros através de professores e alunos da Faculdade do Pará (FAP), que firmou, esta semana, parceria com o Ministério dos Transportes para levar conscientização ambiental e preservação dos rios a quem ainda atira lixo nas águas sem o menor pudor.
Mas a iniciativa deve ser permanente e impactante. De preferência mostrando aos educandos aquilo que vai parar nas praias. Sob pena de transformar-se em mais uma campanhazinha das inúmeras que acontecem e desaparecem após algum tempo.
De qualquer maneira, apoiamos fortemente a idéia.
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
Tal pai, tal filha
A garota ao lado de Jack Nicholson é a Miss Golden Globe e, ao contrário do que possam imaginar, não é nenhuma starlet. Tem 16 anos e como o famoso pai é chegada a caras e bocas. Atende pelo nome de Lorraine Nicholson.
Ciência da Forca
Em tradução livre teríamos:
"Quando o pescoço quebra e lesiona a coluna cervical, o indivíduo imediatamente perde a consciência. A morte cerebral ocorre em minutos. Mas se a queda for muito curta, o indivíduo pode ser estrangulado. E se for muito longa, pode ser decapitado"
Há portanto que se estabelecer uma relação favorável entre peso, altura e a distância da queda. Deve existir portanto um cálculo, digamos, adequado.
Mas parece que aqueles que adotam o enforcamento, necessitam fazer estudos multicêntricos duplo cegos randomizados para calibrar a forca.
segunda-feira, 15 de janeiro de 2007
iPhone: primeiras revisões
O Webinsider publica hoje uma excelente matéria, mostrando os primeiros pontos negativos do fantástico aparelhinho.
Entre eles, o fato de ser compatível até o momento com apenas uma operadora GSM americana, a Cingular.
Mas tudo muda muito rapidamente na área de TI. Pagamos pra ver o desenvolvimento deste produto. Mas ainda não recomendaríamos ninguém no Brasil a comprá-lo.
Leia mais no Webinsider.
domingo, 14 de janeiro de 2007
E agora Globo?
Ainda segundo o jornal, o médico através da assessoria jurídica do SINDMEPA vai mover uma ação de indenização, calúnia e difamação contra todos os atores responsáveis pela divulgação da matéria sobre a cobrança ilegal do transplante de córnea.
Perguntamos então: e agora Rede Globo e afiliada? Vai ficar assim mesmo?
E o SINJOR não vai se pronunciar?
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
Aspirinas, Bíblias e o urubú
Duciomar Costa, com mais esse escárnio, ignora a Constituição e arremete ao lixo o princípio laico da República brasileira.
Aniversário de Belém
Arquivo IBGE - foto Hernondino Chaves
Em homenagem ao aniversário de nossa querida Santa Maria de Belém do Grão Pará postei um pequeno conjunto de textos que, na minha opinião, descrevem um pouco do espírito da cidade sempre rico de som, cores, luz, cheiros e humor - conjunto de raras especiarias na elaboração de sua inigualável hospitalidade.
Despachos à margem
Almanach Paraense para o ano de 1907. Organizado e redigido pelos Irmãos Moraes. Belém-Pará, 1907. Typ. e Encadernação do Instituto Lauro Sodré.
quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
Grão Pará, 1918
Gaumont-Pathé. Revolução de 30 no Pará (foto de filme).
"Atraído pelos anúncios, fui ao Largo da Pólvora assistir a um comício organizado pelo operariado. Entre os que falaram encontravam-se alguns patrícios meus que nada deviam à inteligência e que me causaram imensa pena pelos dislates que disseram.
Todos os oradores foram unânimes em verberar a classe patronal, chamando-lhe nomes muito feios, sem contudo concretizarem as suas reivindicações sociais, mais parecendo que o desejo dos reclamantes era inverter as posições e passarem eles a patrões e estes a empregados.
Saí do comício com idéias socialistas muito confusas. No entanto, quando confronto o que se passava naquele tempo com os progressos alcançados até agora em matéria social, chego à conclusão de que, com dislates ou sem eles, valeu a pena ao proletariado batalhar e insistir pelas suas reivindicações justas e humanas."
Nas terras do Grão-Pará. Atribulações de um emigrante adolescente. Henrique Gonçalves. Atlândida Editora. Coimbra, 1964.
Convalescência no Murubira
Arquivo IBGE. Vila do Mosqueiro - Belém
"Isto aconteceu no Pará, há muito tempo; tinha acabado a gripe de espanhola e eu ia fazer oito anos.
Papai, o homem mais forte do mundo, o mais bonito e o mais valente, quase morreu de gripe e estava tão magro, tão brando e tão medroso, que não tinha coragem de sair na rua sozinho. Eu é que andava com ele, de braço dado feito uma moça. Na hora que teve a vertigem, em pleno Largo da Pólvora, e quase cai na calçada, fui eu sozinha que chamei o automóvel; e quando o carro buzinou da porta de casa e mamãe correu, chorando, fui eu que disse para ela que não se assustasse, que não tinha sido nada.
Papai voltou para a cama, e o médico disse que ele precisava convalescer na praia. Fomos, então, para o Murubira, no Chapéu Virado; lá o mar não é mar, é o rio: as ondas são de água doce; nas praias de areia branca há enormes mangueiras centenárias, e aqui e além, debaixo das árvores, pequenos chalés de madeira, leves e rústicos, pintados de listras de cor.
Eu já sabia nadar e passava os dias de roupa de banho, brincando sozinha, pescando marisco à beira d'água; estava tão queimada, tão corada, tão crescida, que parecia ter nascido ali; e talvez nem me lembrasse mesmo de outra existência e de outros lugares, tão feliz vivia, tão solta, entre a areia e o mar."
Rachel de Queiróz. A donzela e a moura torta IN Pará, Capital: Belém. Memórias & Pessoas & Coisas & Loisas da Cidade (Haroldo Maranhão, organizador). Prefeitura Municipal de Belém, 2000.
De onde quer que se viesse...
Arquivos IBGE. Vista do Cais do Ver-o-Peso. T. Jablonski
"A Santa Maria de Belém chegava-se pelo rio. Pelo rio ia-se embora. Se fosse para muito longe, passava-se pelo Farol do Atalaia em Salinas e depois era o mar verde-sujo, verde-esmeralda, à noite negras-negras parecendo as águas. O navio rompia caminho no mar tenebroso. Os medrosos rezavam e jejuavam de estômago embrulhado, esperando que o sol se abrisse para sossegarem um pouco.
Leves eram os baques da água na borda do cais. Não se tinha lembrança de que pelas cercanias da cidade, pelo Rio Pará, pela Baía do Guajará, tivesse acontecido uma pororoca, que é o rio com raiva. Calma era a correnteza do rio. As canoas passavam transbordando frutas. O Ver-o-Peso era um porto de lama sujo cujo cheiro podre os nativos nem sentiam mais. Sentiam os adventistas, não entendendo o perfume de lodo e caranguejo, de pupunha e piquiá, do mugunzá fumaçando nas cuiapitingas. Apuravam o nariz. Olhavam a paisagem de urubus e de tupinambás vestidos de sunga que saltavam de canoa em canoa, rápido deslocando-se de convés em convés como se os conveses fossem tábuas machetadas, um piso igual, chão superposto sobre as águas espessadas de lama, encardidas águas mas alegradas pelas velas amarelas, vermelhas, azuis, enroladas agora no mastro. As canoas carregavam ou descarregavam. A " Viajante II". A "Miss Macapá". A "Lindo Mar". A "Suprema". A "Flor do Cajari". A "Santa Providência". A "Rosflandina". A "Muanense". A " Vespertina do Cocal". A "Deusa Esperança". A "Cantora de Afuá". A "Lírio de Nazaré". "
(Rio de Raivas - Haroldo Maranhão. Ed. Francisco Alves, 1987)
Apple e suas maravilhas
Você certamente já viu um iMac, um iPod ou um Macbook. E deve ter achado todos eles um show de design. Design é a palavra de ordem na Apple. Mas estaria sendo injusto se afirmasse que apenas ele é que importa. Tecnologia também é sempre superlativa em seus produtos.
Design e performance seriam as duas palavras mágicas da Apple. Acrescentaria também inovação e criatividade.
Para conferir, basta uma visita no website da Apple e conhecer o mais novo lançamento, que promete estremecer tudo o que já foi feito em termos de mp3 player, telefone móvel GSM, PDA, câmera digital de 2 megapixels, conectividade sem fio entre outras funcionalidades. Uma aposta da Apple no que parece ser a tendência do futuro: convergência digital. Tudo do tamanho certo, com o design certo e com a mais alta tecnologia disponível na atualidade. E a apresentação em Flash no website é impecável.
A cada dia que passa, acreditamos cada vez mais que melhor que um iPod são 2 iPods ou outro mais moderno. Não tem Zune que dê jeito.
Só tem 2 coisas que definitivamente não são boas: o diminuto armazenamento onboard de até 8 gigabytes e o precinho, é claro. Mas isso melhora. Sempre melhora com o tempo.
Conheça o iPhone.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
As cores do arco-íris
Murubira e o arco-Íris...
...que aqui aparece com zoom e contraste exagerados no programa
de edição de imagens para realçar sua mágica e suas cores.
Neste fim de semana, cumpri um ritual que se não fosse mágico, seria no mínimo poético.
Junto com meu filho menor de 10 anos, armado com aquela câmera digital e um iPod, passeamos pela praia do Murubira em Mosqueiro. Longe de ser um mero passeio, costumamos curtir a praia de inúmeras e divertidas maneiras. Além de aproveitar o momento para conversar sobre tudo o que nos viesse a cabeça, caminhávamos sobre a areia procurando encontrar coisas que a maré alta deixa na beira da praia. Para cada coisa encontrada, uma história é inventada.
Além do lixo - que não escapou do juízo crítico do caçula - procurávamos encontrar e nomear as sementes e frutos que a floresta sabiamente ainda insiste em espalhar pelas praias, semeando a continuidade de sua existência. No caminho, íamos achando e nomeando sementes de seringa, andiroba, frutos de buritizeiro, coquinhos, e uma ampla variedade de outros ítens que não conseguíamos indentificar. Mas presumíamos sua importância.
Achamos também muitos objetos que ali não deveriam estar. Seja pela inevitável constatação da falta de educação ambiental de muitos, seja pelo potencial de dano a integridade física dos usuários da praia. Entre cacos de vidro, latas de cerveja, e outros objetos cortantes - restos indesejáveis do reveillon na ilha - encontramos uma tampa de sanitário quase que inteira enterrada na areia da praia.
- Incrível! - dizia meu filho.
Pura realidade aos nossos olhos, entristecidos de ver aquela excrescência no meio de tanta beleza.
Após purgarmos dentro de nossos corações aquela visão aterrorizante, o tempo resolveu nos dar uma compensação.
Com o sol batendo de lado, já por volta de 17 h, vento forte e uma chuvinha rala que não nos fez arredar o pé do programa planejado com carinho, eis que aparece o mais brilhante e completo arco-íris, com visão total de 180 graus. Via-se de uma ponta a outra.
Uma imagem vale mais do que mil palavras.
Quem sou eu para estragá-la com todo este texto.
sexta-feira, 5 de janeiro de 2007
Medicina
Foi a década da Editora Brasiliense, que sob a batuta de Caio Graco Prado editou a mais completa tradução do espírito dos Anos 80. Além de Feliz Ano Velho, a Brasiliense levou para as livrarias poetas do calibre de uma Ana Cristina César:
“Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei
Num delírio de arquivística
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos”
(A teus pés - Ana Cristina César, 1982)
A primeira volta ao mundo (Lembrando os 80 - I)
Os anos 80 foram anunciados com a atitude do ex-guerrilheiro e exilado político Fernando Gabeira, que, no verão de 79 - o verão da Abertura-, abalou Ipanema apresentando-se com uma micro-tanga de croche azul-rocha, na verdade a calcinha da Leda Nagle, de quem ele havia emprestado a peça do vestuário por não ter com que ir à praia. Depois desse fato e do episódio das latas com maconha prensada boiando na Baía da Guanabara, o Brasil dos militares jamais seria o mesmo.
Mas, os 80 começavam e pra valer pra cima da ditadura militar, já meio alquebrada depois de 16 anos de LSN, AI-5 e 477, divída externa impagável e inflação galopante. Entretanto a coisa não foi lá muito fácil até que chegássemos finalmente a eleger o Tancredo Neves, ainda que o para o Zé Ribamar Sarney presidir o Brasil. Até Fafá de Belém saudar o Menestrel das Alagoas e anunciarmos pomposamente a chamada Nova República muita água rolou dos céus de Belém.
A começar pela reação da extrema-direita, inconformada de ser apeada do poder pelos comunistas que retornavam dos exílios. E mandaram bala, ou melhor, bombas.
Foi o tempo de explodir a OAB, a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, o Rio Centro e as bancas de revistas que distribuíssem pasquins vermelhos (O Resistência era um deles). Lembro que eu e Sérgio Carneiro, futuro presidente da UNE, estudávamos a maçuda Anatomia Patológica do saudoso Prof. Ronaldo Araújo, enquanto explodiam as bancas na Praça da República. Fechávamos então o Bogliolo e dávamos um pulinho pra ver o estrago. Dos autores, até hoje nunca se viu a cara, e olhe que nesse priapismo golpista tardio a tal linha dura terminou matando civis.
Falando na truculência do regime militar, lembro que é do início dessa época o assassinato de um estudante em sala de aula, no Campus Básico da UFPA, vitimado pelo disparo não proposital da pistola automática de um Agente de Polícia Federal. Nesse tempo, para espionar os estudantes, essa gente entrava nas universidades sem vestibular, infiltrava-se no movimento estudantil e se graduavam santamente. Ainda lembro vivamente do cortejo que levou o corpo do estudante até Santa Isabel, sob uma torrencial chuva, todos cantando Pra dizer que não falei de flores, do Vandré, e "quem cala sobre teu corpo, consente na tua morte", com polícia de tudo que é lado fotografando quem desse bobeira. Aliás, o rapaz assassinado foi irmão de Sandra Leite, obstetra bem afamada em Belém, petista e hoje dirigente do IPASEP. Esse crime permanece impune até hoje!
È de 82 a expulsão dos Padres Camio e Gouriou, franceses, presos em Belém com base na LSN por organizarem posseiros de terras no Araguaia, região especialmente sensível para os governos militares. Todo o movimento estudantil de Belém se organizou em vigília para pressionar o governo a libertar os religiosos, com apoio de segmentos da Igreja Católica. As vigílias aconteciam na Igreja da Trindade e o lanche era garantido pelo Pedro Anaisse, que morava na Gama Abreu. Todo o esforço de mobilização foi em vão. Foram expulsos os dois do Brasil com base na LSN.
Mas, politicamente, os 80 guarda a fundação do PT, da CUT e do MST, três pesos pesados com influência até hoje. É o tempo também da emenda Dante de Oliveira que, embora derrotada, não impediu que o país se levantasse pela redemocratização, reunindo-se o povo em comícios monumentais da campanha pelas eleições diretas para presidente - Diretas Já! era a palavra de ordem.
Pois o negócio foi tão contagiante que até o General Presidente Figueiredo foi democrata ao modo dele, do alto de um cavalo imaginário que parecia sempre cavalgar: Quem for contra a abertura política, eu prendo e arrebento! E não satisfeito completou adiante: o comício pelas diretas deu um milhão de pessoas? Pois daria 1 milhão e uma se eu estivesse no Brasil!
Mas, aqui, cabe um porém. Foi em 82 que as esquerdas se uniram em torno de Jáder Fontenelle Barbalho e o elegeram governador do Pará. E com o meu voto, arre! Mas, quem iria advinhar. Nessa época o Edmilson já andava pelo movimento sindical (nunca se interessaria por movimento estudantil), mas não havia cunhado o tal fé no que virá que o elegeria prefeito de Belém, quinze anos depois!
quinta-feira, 4 de janeiro de 2007
A primeira volta ao mundo (Lembrando os 80 - II)
Se por um lado as esquerdas hegemonizavam na Arquitetura, Biologia, na Comunicação, na História, na Odontologia e na Medicina, a direita acuada reagia no sócio-econômico da UFPA sob a liderança do Bacalhau, que assim nomeio (e peço desculpas por isso) por ter escapado da memória seu nome real.
É desse tempo, enfim, a promulgação da Constituição Federal de 88, que o Sr. Diretas, Ulysses Guimarães, tonitrou como "o documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil" - o velho sabia emocionar, quando discursava.
Os anos 80 são de muito mais coisas em termos políticos. Dos chamados "fiscais do Sarney", por exemplo. Um bando de senhores e senhoras da classe média que assumindo o discurso dos planos de estabilização econômica radicalizavam nas portas dos comércios. É desse tempo por exemplo o Presidente da República sair a caça de bois que os fazendeiros estariam sonegando da mesa dos brasileiros e brasileiras.
É tempo... Do Movimento da Meia Passagem! Tendo a frente o Luiz Araújo, depois secretário de educação do governo Edmilson, conduzindo os secundaristas pelas ruas com a palavra de ordem: Meia passagem! Meia passagem!
E foi a época em que vários de nós depois de tanta confusão nos graduamos em médicos no período regulamentar de seis anos, casamos e iniciamos a pós-graduação e a vida profissional.
O encerramento dessa década, contudo, foi mal. Em 89, na primeira eleição direta para presidente, pós-ditadura militar, o Brasil elegeu Fernando Collor de Mello e a chamada República das Alagoas levou o povo brasileiro ladeira abaixo nas desigualdades sociais e na sempre frágil moralidade brasileira com os negócios públicos. A história, mais uma vez protestou, por coisas e loisas, que não daria saltos às ordens de nossos corações de estudantes.
Uma busca, porém, ainda nos move com a memória desses anos 80, que pelo impacto em nossas vidas representa a admiração de uma volta ao mundo. Tal qual o muiraquitã do Paulo Chaves, a tanguinha do gabeira está desaparecida, aguardando que algum arqueólogo interessado nas relíquias dos anos 80 a encontre e destine quem sabe a alguma vitrine do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
LEMINSKI
echantagem
acabo de ser culpado de tudo
esperanças, cheguei
tarde demais como uma lágrima
de tanto fazer tudo
parecer perfeito
você pode ficar louco
ou para todos os efeitos
suspeito
de ser verbo sem sujeito
pense um pouco
beba bastante
depois me conte direito
que aconteça o contrário
custe o que custar
deseja
quem quer que seja
tem calendário de tristezas
celebrar
tanto evitar o inevitável
in vino veritas
me parece
verdade
o pau na vida
o vinagre
vinho suave
pense e te pareça
senão eu te invento por toda a eternidade.
Paulo Leminski - Polonaises, 1980
Batizado Agenor Miranda de Araújo Neto, o Cazuza, na música dos anos 80 é a estrela mais brilhante que se tornou legado.
Cazuza foi membro do pulsante Barão Vermelho e seguiu carreira solo das mais profícuas, produzindo verdadeiros clássicos da MPB, como Tudo o que houver nessa vida, Bete Balanço, Pro Dia Nascer Feliz e Maior Abandonado... entre outras.
Certamente representou como poucos de seus coetâneos o pensamento da década, ao produzir uma lírica sinalizada de inquietude, transitoriedade e preocupação social.
Infelizmente não teve tempo para prosseguir. Vitimado pela AIDS, faleceu no ínicio da década seguinte aos 32 anos de idade.
O cinema nacional dos anos 80 nos reserva poucos ícones. Mas esse aí de cima, do mais europeu dos nossos cineastas, o paulista Walter Hugo Khouri, é digno de nota. Além de integrar com brilho a obra do cineasta, traz duas brasileiras belíssimas, sendo que, no filme, Xuxa Meneghel aparece como veio ao mundo para revelar a um garoto de 12 anos os mistérios do sexo. Não a toa, depois, nos anos 90, a miliardária Rainha dos Baixinhos moveria ações judiciais para impedir a comercialização do filme. Amor Estranho Amor é um legítimo cult movie dos anos 80.
Recordando os 80
Impossível falar da música dos anos 80 e não resgatar na memória essa turminha aí de cima: O Balão Mágico, na sua formação quarteto com Mike, Simony, Tob e Jairzinho.
Os 80 foi uma das décadas mais ricas em termos de experimentar novas fórmulas musicais para disputar mercados. Foi nessa década que as grandes gravadoras pavimentaram a música instantânea e fugaz da década de 90, diminuindo o peso autoral dos anos 70, da Tropicália, de Chico, Elis, Mutantes, etc.
Saudades mortas à pauladas
Em uma animada confraternização, totalmente inesperada, revi velhos e sempre queridos amigos da década de 80. Década que muitos dizem que não gostaram, a exemplo da galera do blog Totalmente-sem-noção. Mas afinal de contas, não se poderia esperar outra coisa da divertida galera deste blog, que afinal de contas, ao menos parece ser sincera no título.
Lá, fizemos tudo aquilo que sempre se faz em confraternizações. Reavivamos nossas amizades solidificadas para sempre, relembramos velhas e divertidíssimas histórias, trocamos telefones, e-mails, websites e tomamos um bocado de cerveja. Tudo isso bem no meio da semana e todos devem ter ido hoje ao trabalho algo mal dormidos porém, absolutamente felizes com o extraordinário e inesperado encontro.
Gostaria de citar nominalmente cada um dos presentes naquela festinha improvisada e para mim, agradavelmente inesperada. Quem me convidou, sabia com precisão que me faria muito feliz. Desde já, agradeço com emoção ao convite. Prefiro contudo manter a privacidade e anonimato dos que se fizeram presentes. Basta para nós que guardemos no fundo de nossos corações aqueles momentos felizes.
A década de 80, do esplendor do rock brasileiro, produziu Legião Urbana, Capital Inicial, Kid Abelha, Lobão e os Ronaldos, Ultraje à Rigor e deu vida a outros grupos não brasileiros como The Cure, The Smiths, Everything But The Girl, B-52, Sting, Phil Collins, etc, etc.
No cinema, víamos embasbacados o surgimento de inúmeros diretores e filmes antológicos que gostaria que os amigos citassem. Na televisão, o TV Pirata fazia a alegria da galera. E um jornalzinho de humor chamado Planeta Diário, explodia nas bancas com algumas manchetes bem humoradas como "Militares e Maria de Fátima tramam um novo golpe". Maria de Fátima era a megera da vez nas novelas da globo, protagonizada por Glória Pires.
No Brasil, saíamos de uma ditadura e entrávamos com tudo na universidade, onde acabamos por nos encontrar e formar um grupo sólido de amigos, hoje todos quarentões absolutamente bem humorados, mantendo viva a história de bom caráter e excelente companheirismo.
Lamento mesmo, que muitos de meus novos e atuais amigos, formados ao longo de minha vida como profissional, não tenham vivido da mesma maneira aqueles anos. Mas viveram a seu modo outras histórias. Que sempre trazem à cena o saudável contraponto.
Amigos diletos e sinceros, serão sempre bem vindos. Mas aqueles que ontem se encontraram, marcaram nossa trajetória para sempre. O que seria de mim hoje, se não os tivesse conhecido?
Deixo a pergunta sem resposta, pois para ela, o momento presente é suficiente para torná-la óbvia demais. Ou pequena demais diante da grandeza dos valores e princípios forjados naqueles anos do resto de nossas vidas.
terça-feira, 2 de janeiro de 2007
Barraco na Unimed da Doca
Pelo jeito, os médicos das emergências de Belém, terão cada vez menos motivos para se sentirem estimulados a trabalhar em tão importantes serviços. E o empresário citado na reportagem, não é o único a protagonizar este tipo de atitude nas salas de emergência.
Muitos, amparados em suposta notoriedade e/ou poder econômico, acreditam que tal fato é o suficiente para que os profissionais larguem de imediato o atendimento que estão fazendo em outros pacientes verdadeiramente graves, (sob a ótica estritamente profissional que só cabe aos médicos avaliar e por isto são frequentemente responsabilizados caso deixem de fazê-lo), para atender seus "quereres".
A idéia de colocar câmeras de monitoramento, a exemplo do que ocorre nos EUA, é interessante para proteger médicos e pacientes, nesta já tão atribulada área de atendimento. E deveria de imediato ser adotada, caso não existam restrições legais ou éticas.
Salvação pela leitura
Folha de S. Paulo - 23/12/2006 - por Bernardo Carvalho
No sertão de Minas, onde, em vez de jagunços lutando e matando por honra, amor e amizade, há traficantes e adolescentes destruídos pelo crack, um pescador, tentando sobreviver às conseqüências da poluição de um dos maiores e mais emblemáticos rios do país, montou uma biblioteca ambulante na feira de uma cidade sem livrarias. Em 11 meses, Léo do Peixe reuniu 8.000 volumes e cadastrou 348 leitores no seu Clube da Leitura, numa feira livre, em Pirapora, às margens do rio São Francisco. Cinqüenta anos depois da publicação de Grande sertão: veredas, a obra-prima de Guimarães Rosa, o projeto heróico e obstinado do pescador revela, pela exceção, a realidade de um sertão que já não permite nenhum idealismo.
( do site Publishnews)
Não era defacement
No website normalizado, a razão do tal Banco do Bruno.
Na área circulada em vermelho onde se lê notícias, as explicações
sobre as alterações no website.
Corrigindo o post anterior, a súbita alteração no website do BB, que quase mata a todos nós do coração, é na verdade uma legítima intervenção da equipe de TI do banco que executa neste exato momento alterações em sua campanha publicitária para o ano de 2007.
A idéia, - entre inúmeras outras propostas para as unidades de tijolo e cimento - é justamente adotar o nome do cliente na home page do banco.
Só que a assessoria de imprensa do BB só avisou o que estava acontecendo às 15:23 h de hoje após provocar quase uma síncope nos usuários que tiveram esta desagradável surpresa ao tentar acessar o website do banco.
Trata-se muito provavelmente de um período de testes onde coisas estranhas podem acontecer. Como por exemplo ver no website o título Banco do Bruno, como aparece em uma das capturas de tela do post abaixo.
Em tempos de websites fraudulentos, é no mínimo uma impropriedade.
Veja abaixo a nota da Assessoria de Imprensa do BB.
Nova campanha publicitária do BB adota nome do cliente
Com quase 200 anos de história, o Banco do Brasil mudou a fachada de 300 agências em dez estados da federação para dizer, simbolicamente, que não medirá esforços para estar mais próximo das expectativas e desejos de seus correntistas e até não clientes. No primeiro dia útil de 2007, elas foram rebatizadas de Banco do João, Banco da Maria, Banco do Antônio e outros nomes tipicamente brasileiros. A ousadia é parte da nova campanha publicitária, que substituirá por 30 dias as placas fixadas nas entradas das agências. Mas as novidades não param por aí. O cliente que acessar o Portal bb.com.br será surpreendido com seu nome no logotipo do BB, anúncios de 30 segundos serão exibidos nas principais emissoras do País e em revistas e jornais de grande circulação. O slogan da campanha é “Todo seu” e aprofunda o posicionamento anterior, “O tempo todo com você”. A proposta é reforçar a estratégia negocial da empresa de desenvolver produtos e serviços sob medida para cada segmento em que o Banco atua e prestar atendimento personalizado.
Notícia publicada em 02/01/2007 às 15h23
Fonte: Assessoria de Imprensa - 61 3310-3551
Defacement no website do Banco do Brasil
No Firefox...
... e no Internet Explorer 7, o ataque ao website do BB.
Muita atenção funcionários públicos federais e demais correntistas. O website do Banco do Brasil acaba de ser atacado. Quem digitar agora http://www.bancodobrasil.com.br vai ter uma surpresa.
O ataque parece ter sido apenas um defacement (pixação da home page) mas ainda não temos informações sobre a profundidade deste ataque ou mesmo se a página inicial do banco é segura de ser visitada pois, pode conter algum script que instale algum programa espião no PC do usuário. Melhor evitar e aguardar as providências da equipe de TI do banco que possivelmente,
deve ter sido acionada.
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Editada às 15 h
Parece que a equipe de TI do Banco acordou agora. O website não é mais acessível.
Mas aí em cima, estão as capturas de tela feitas às 14:20 h que provam a ocorrência.
Palavra inicial
PALAVRA INICIAL
Depressa desperto ao tempo
(atento)
e suas armas
Além, após,
os costumes de sempre
sinalizam céleres:
é o mesmo tempo
(ao mesmo tempo)
é um outro dia
outra vez.
Love Lula if you're poor, worry if you're not
The Economist - 28/09/2006
Uma notícia está chegando lá do Maranhão
não deu no rádio, no jornal ou na televisão
veio no vento que soprava lá no litoral
de Fortaleza, de Recife e de Natal.
A boa nova foi ouvida em Belém, Manaus,
João Pessoa, Teresina e Aracajú
e lá do norte foi descendo pro Brasil central
chegou em Minas, e já bateu bem lá no sul.
Aqui vive um povo que merece mais respeito, sabe?
e belo é o povo como é belo todo amor
aqui vive um povo que é mar e que é rio
e seu destino é um dia se juntar.
O canto mais belo será sempre mais sincero, sabe?
e tudo quanto é belo será sempre de espantar
aqui vive um povo que cultiva a qualidade
ser mais sábio que quem o quer governar.
A novidade é que o Brasil não é só litoral
é muito mais, é muito mais que qualquer zona sul
tem gente boa espalhada por esse Brasil
que vai fazer desse lugar um bom país.
Uma notícia tá chegando lá do interior
não deu no rádio, no jornal ou na televisão
ficar de frente para o mar, de costas pro Brasil
não vai fazer desse lugar um bom país.
(Notícias do Brasil - Milton Nascimento e Fernando Brandt)
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007
O PIB cumprimenta o Presidente: Maurilio Biaggi e Gerdau do CDES
No primeiro Governo Lula, o Conselho de Desenvolvimento Social - CDES adquiriu maioridade política. Trata-se de um orgão de assessoria direta do Presidente da República, constituído por representantes considerados relevantes em nossa sociedade.
Nele têm assento, exclusivamente, lideranças da sociedade civil - representada, entre outros, por empresários, sindicalistas, cientistas, artistas, lideranças étnicas -, todos escolhidos pelo Presidente do Brasil.
É um espaço de debate e concertação em que os atores se reúnem periodicamente para discutir de modo crítico temas relevantes para o País e propor caminhos ao Poder Executivo.
Hoje, espaços institucionais de concertação entre governo e sociedade civil são considerados expressão de vivificação da democracia, inscrevendo-se entre os seus mais árduos defensores principalmente os países da Comunidade Européia.
O CDES, atualmente, é considerada uma experiência exitosa de prática governamental nas Américas, e, nele, o Pará está representado pelos Srs. Lutfala Bittar (Estacon) e Avelino Ganzer, (Cooperativas agrícolas) e pelo Prof. Dr. Alex Fiúza de Mello, Reitor da UFPA.
Momentos presidenciais - 3
"Quando um grupo de chefes, de dentro da cadeia, consegue dar ordens para fazer uma barbaridade daquelas, matando inocentes, eu quero dizer ao meu governo e aos governos estaduais: nós precisamos discutir profundamente, porque o que aconteceu no Rio de Janeiro foi uma prática terrorista das mais violentas."
Momentos presidenciais-1
"Não faltaram os que, do alto de seus preconceitos elitistas, tentaram desqualificar a opção popular como fruto da sedução que poderia exercer sobre ela o que chamavam de ´distribuição de migalhas."
Jazz Singers: Jane Monheit
Para os amantes do jazz, aqui vai mais uma bela sugestão de jazz singer.
Com apenas 30 anos e sólida formação musical, Jane Monheit tem versões fantásticas das clássicas Baby It's Cold Outside e I Wont Dance. Fora a bela estampa, não é verdade?
E a bela morena tem namorado a música brasileira, gravando versões únicas de Águas de Março (Waters of March) e Chega de Saudade (No more blues).
Vale a pena conferir agora mesmo.